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Angola quer aumentar produção de cereais

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O Ministério da Agricultura e Florestas angolano pretende aumentar a produção de


milho, soja, arroz e feijão, a partir da presente campanha 2017/2018, que começa
oficialmente no dia 10 deste mês, na província do Huambo, visando alavancar o setor
agropecuário no país.

 África 21 Digital com Angop

De acordo com o diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), David


Tunga, o cenário da produção agrícola, nos próximos dois anos, vai conhecer melhorias
e alcançar resultados significativos, tendo em conta o baixo preço dos fertilizantes, o
melhoramento das sementes e o aumento da disponibilidade de instrumentos de
trabalho.
Sem avançar dados sobre os níveis de produção que se pretende alcançar na presente
campanha agrícola, o responsável justificou que a melhoria desta produtividade assenta,
essencialmente, na redução do custo de produção, assim como na facilidade que os
produtores têm para aquisição de fertilizantes no mercado nacional, a disponibilidade de
sementes melhoradas, a preparação mecanizada da terra, correcção dos solos e o
aumento de meios de cultivos como charruas de tracção animal, enxadas, catanas, entre
outros.
Com estes insumos agrícolas, afirmou, estão criadas as condições necessárias para
alcançar níveis satisfatórios na produção de diversos bens alimentares, visando acelerar
o processo de diversificação económica no país e a redução da importação.
Segundo o director, actualmente o país é auto suficiente na produção de algumas raízes
e vários tubérculos como a batata-doce, mandioca e batata-rena.
A par disso, apesar de não satisfazer em tempo integral as necessidades do mercado
nacional, David Tunga garantiu que grande parte de ovos consumidos em Angola é
produzida nos aviários instalados em várias províncias do país.
“Atualmente, a possível importação de ovos serve apenas para corrigir,
excecionalmente, na quadra festiva, alguma distorção no mercado nacional, durante um
período de tempo”, explicou.
Para cobrir este défice, o gestor defendeu a necessidade de se produzir sementes
melhoradas de milho e soja para aumentar a quantidade do consumo das famílias e a
produção de ração suficiente para apoiar o subsector avícola.
O aumento da disponibilidade de sementes melhoradas de alto rendimento, aumento da
oferta e a disponibilidade de adubos no país, a intensificação da produção e do uso de
calcário dolomítico para a correcção de solos, promoção e intensificação do uso da
tracção animal e de motocultivadores no sector familiar, com vista o aumento das áreas
trabalhadas, assim como a intensificação da assistência técnica aos produtores constam
das estratégias para o aumento da produção e da produtividade do sector agrícola.
Segundo dados da campanha agricola 2015/2016, o país tem uma disponibilidade de 35
milhões de hectares de terras aráveis para a prática da agricultura, sobre uma superfície
cultivada de 5 milhões de hectares (14%), extensas áreas de pasto para a produção
pecuária, faixa irrigável de sete milhões de hectares da sua área total, dos quais 3,4
milhões de exploração tradicional, bem como uma rede hidrográfica constituída por 47
bacias, com um potencial hídrico estimado em 140 mil milhões de metros cúbicos.
Quanto à cobertura florestal, o país possui 60 milhões de hectares de florestas (48% da
superfície), representando uma vasta cadeia de exploração da flora e fauna nacional,
segundo o primeiro Inventário Florestal Nacional, pós independência, do Ministério da
Agricultura
Huíla prevê metade da produção de milho
3 de Novembro, 2018
Os municípios de Caconda, Caluquembe, Chicomba, Chipindo e Quipungo, regiões da
Huíla inseridas no “Triângulo do Milho”, representam mais de 50 por cento da produção
de cereais em Angola, declarou quinta-feira, no Lubango, o secretário de Estado da
Agricultura, Carlos Alberto Jaime.
Produção de cereais atinge 2,9 milhões de toneladas
Luanda - A produção de cereais no país aumentou, nos últimos dois anos, de dois
milhões, 878 mil e seis, para dois milhões, 902 mil e 643 toneladas, fruto das
políticas do Executivo no sector da Agricultura, afirmou hoje (terça-feira) o
Presidente da República, João Lourenço.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO, DISCURSA NA


ABERTURA DA III SESSÃO LEGISLATIVA DA IV LEGISLATURA DA
ASSEMBLEIA NACIONAL

FOTO: PEDRO PARENTE

João Lourenço, que falava na abertura do Ano Parlamentar, disse que, além dos cereais,
registou-se também um incremento na produção de raízes e tubérculos, que passou de
10 milhões, 876 e 857 toneladas, em 2017, para 11 milhões, 136 e 827 toneladas em
2018.

Informou que no domínio da fruticultura houve um avanço de cinco milhões, 211 mil e
593, em 2017, para cinco milhões, 314 mil e 860 toneladas em 2018.

Em relação a fasquia do sector da Agricultura no OGE, embora ainda insuficiente, João


Lourenço disse que se registou um incremento de 0,4%, em 2018, para 1,57% em 2019.

No ano agrícola de 2018/2019, previu-se a assistência técnica a um milhão e 300 mil


famílias camponesas, de um total de dois milhões e 800 mil. Nesse momento, 943 mil
famílias já foram beneficiadas, correspondendo a cerca de 72% do universo
programado.

Já no domínio do Comércio, tendo em vista a Reserva Estratégica Alimentar do país, o


Executivo aprovou o Programa Integrado de Desenvolvimento do Comércio Rural, para
a melhoria do escoamento da produção nacional, sobretudo do meio rural, com quatro
produtos, sendo arroz, farinha de milho, trigo e feijão.

Ainda neste sector, foi lançado o concurso público para a exploração de instalações
logísticas e comerciais do mercado abastecedor do Centro de Logística e Distribuição de
Luanda, com vista a atribuir ao sector privado a operacionalização das infra-estruturas
comerciais e logísticas.

Quanto a indústria, o Chefe de Estado disse registar um aumento da produção de vários


produtos como o açúcar, que passou de 58 mil toneladas em 2017 para cerca de 73 mil
em 2018, da farinha de trigo (de 87 mil, em 2017, para 272 mil em 2018), dos iogurtes,
de cerca de 784 mil litros, em 2017, para dois mil e 80 litros em 2018, e das massas
alimentícias, que passou de cerca de 400 toneladas em 2017 para 950 toneladas em
2018.

No quadro do sector da Construção e Obras Públicas, foi elaborado o Plano de Salvação


de Estradas e estão reabilitados já 935 quilómetros da rede primária de estradas, 160 da
rede secundária e 40 da rede de vias urbanas asfaltadas, e reabilitadas 28 pontes
rodoviárias.

Em relação ao domínio monetário, João Lourenço indicou que a inflação continua a


percorrer uma trajectória descendente e que, nos últimos 12 meses, a taxa de inflação
situou-se em 17,24%, nível inferior em 1,36 pontos percentuais ao observado em igual
período de 2018, que foi de 18,6 porcento.

“A taxa de inflação acumulada foi de 42 por cento em 2016 e de 23,7% em 2017. O


objectivo do Executivo é continuar a conduzir a política fiscal, monetária e cambial, de
modo que até 2022 Angola possa voltar a ter taxas de inflação anuais de um só dígito”,
sublinhou o Chefe de Estado.

Este é o terceiro discurso de João Lourenço no Parlamento, sobre o estado da Nação,


desde que assumiu o poder a 26 de Setembro de 2017
Agricultoras
na sementeira do início do ano agrícola na Huíla
Fotografia: Arão Martins | Edições Novembro| Huíla
Em entrevista à Angop, no Lubango, à margem do I Colóquio do Milho, o responsável
considerou que a consolidação dessa aposta passa pelo alargamento do uso de sementes
melhoradas pela  agricultura familiar.
Isso, acrescentou, está inserido nas políticas de segurança alimentar adoptadas  no
âmbito da Campanha Agrícola 2018-2019, onde se estabelece a necessidade de
introdução de   melhorias nos aspectos agro-técnicos para a produção de milho e de
sementes.
O secretário de Estado defendeu, também, que os organismos institucionais e os
produtores prestem mais atenção à fertilização, preparação mecanizada das terras e ao
uso da tracção animal, para  que, combinadas, essas acções levem a uma “grande”
colheita em Abril e Maio próximos.
O governador da Huíla, Luís Nunes, considerou no encontro que o Triângulo do Milho
representa “uma potência” no desenvolvimento agrícola da província e que um processo
de produção mais acentuado pode elevar rapidamente a região às exportações do cereal.
Luís Nunes declarou acreditar que a realização do colóquio tem potencial de fazer com
que os pequenos agricultores tenham campanhas agrícolas de grande produtividade, mas
disse que devem ser acrescidas de acções formativas constantes.
Com a participação de especialistas internacionais, o  I  Colóquio do Milho  abordou 
temas ligados às políticas  de fomento da produção agrícola familiar e à problemática da
produção de sementes em Angola, bem como programas de melhoramento do milho  e
produção  de hídricos em África.

Malanje tem potencial para produzir cereais


18 de Novembro, 2018
O ministro da Agricultura e Florestas, Marcos Nhunga, reconheceu sexta-feira, o
potencial de Malanje na produção de cereais, que tem sido aproveitado pelos
empresários que investem nesse domínio, com destaque para o milho e arroz.
Ministro da
Agricultura e Florestas, Marcos Nhunga
Fotografia: DR
O governante, que falava no final da sua visita de três dias nesta província, referiu ser
importante o empresariado olhar no potencial de Malanje nesse domínio e na agricultura
em si como o caminho para o desenvolvimento da economia do País.
Precisou ainda que o Ministério que dirige vai trabalhar para a melhoria cada vez mais
das culturas que podem fazer com que o País tenha algumas divisas, com destaque para
o café, cacau, palmar e algodão.
“No quadro da auto-suficiência alimentar está a se priorizar as culturas básicas que
entram na dieta alimentar da população angolana, que está ligada a produção de
mandioca, batata-doce, inhame, soja e feijão, bem como o milho e a soja que vão ajudar
a promover a pecuária, principalmente, a avicultura que são as formas mais rápidas e
fáceis da resolução da proteína animal e da população”, frisou.
Realçou, por outro lado, que os empresários a nível da província de Malanje e os
camponeses têm um engajamento na actividade de produção, capaz de satisfazer os
níveis desejados de exportação, pelo que manifestou a sua satisfação devido as cifras
que hoje já se atingem nessa vertente.
Sublinhou que Malanje é a segunda província, a seguir do Cuanza-Sul, com um sector
empresarial muito forte a nível de produção de cereais, pois detém grandes quantidades
de milho, arroz semeadas e preparadas para a sua colheita na campanha agrícola
2018/2019.
Durante três dias, o ministro visitou as fazendas Cristalina, Pipe, Terra de Koló, Raízes
da África, Seam, Florinda Chilumbo, Luckyman e Socania, nos municípios de Cacuso,
Quiwaba Nzoji, Cahombo Cangandala e Calandula. A visita visou inteirar-se dos níveis
de produção de algumas fazendas implantadas na província.

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