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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 100ª VARA DO TRABALHO

DE MACEIÓ/ AL
PROCESSO Nº XXXX

A sociedade empresária Ômega, já qualificada nos autos em epígrafe, vem,


respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado adiante
assinado com a procuração anexa, com endereço profissional XXX, onde recebe
intimações e notificações, com fulcro nos artigos 895, I da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT, interpor: RECURSO ORDINÁRIO, tendo em vista o
inconformismo com a sentença que julgou procedente os peidos da reclamatória
trabalhista movida por Fabiano, brasileiro, estado civil XXX, profissão XXX ,
portadora de cédula de identidade nº XXX e inscrita no CPF sob nº XXX, residente e
domiciliado à Rua XXX, sob o n° XXX , Bairro XXX, CEP XXX, na Cidade XXX,
com endereço eletrônico XX.

Diante o exposto, requer o recebimento do presente recurso, com a posterior


notificação do recorrido para apresentação das Contrarrazões ao Recurso Ordinário no
prazo de 8 (oito) dias conforme dispõe o art. 900 da CLT, e a posterior remessa ao
Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ... Região.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e Data.

Advogado (a)
OAB nº ...
AO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO.
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO

RECORENTE: SOCIEDADE EMPRESÁRIA ÔMEGA


RECORRIDO: FABIANO

PROCESSO NºXXXX

I – PRELIMINAR DE MÉRITO
II.1 – Incompetência Absoluta
A sentença determinou o recolhimento do INSS relativo ao período trabalhado mês a
mês, para fins de aposentadoria.
Entretanto, conforme estabelece a súmula 368, I do TST a Justiça do Trabalho será
competente quanto à execução das contribuições previdenciárias somente quando for
de sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo
homologado, que integrem o salário de contribuição. Sendo assim, a sentença do caso
em tela não tem cunho condenatório e, portanto, a Justiça do Trabalho não é
competente.
Diante o exposto, requer que seja declarado a incompetência absoluta quanto ao
recolhimento do INSS, conforme dispõe Súmula Vinculante 53 do STF, Súmula 368,
I, TST, art. 876, § único, CLT, e o art. 114, VIII, da CRFB/88.
II.2 – Coisa Julgada
A recorrente teve seu pedido rejeitado em preliminar, pois em síntese foi
desconsiderado que a empresa havia feito um acordo em outro processo movido pelo
mesmo empregado em juízo, na qual pagou o prêmio de assiduidade, condenando-a
novamente ao pagamento dessa parcela.
A sentença não merece ser mantida, pois foi feito um acordo, homologado em juízo,
na qual foi pago à época o prêmio e conforme dispõe o art.  831, § único, CLT, o termo
que for lavrado no caso de conciliação será irrecorrível.
Diante o exposto, requer a reforma da sentença sem resolução de mérito, para que
declare a coisa julgada quanto ao pedido de pagamento de assiduidade, conforme
art. 337, VII do CPC e art. 485, V, CPC.
II.3 – Litispendência
A sentença rejeitou a preliminar suscitada pelo recorrente e desconsiderou que em
relação as diárias postuladas, o autor tinha, comprovadamente, outra ação em curso
com o mesmo tema, e que se encontrava em grau de recurso.
De acordo com os art. 337, VI, do CPC, opera-se a litispendência quando a mesma
ação é proposta repetidamente. Portanto, estamos diante da repetição do pedido das
diárias, pois o pedido está sendo apreciado pelo Judiciário em outro processo.
Diante o exposto, requer a extinção do processo sem resolução de mérito quanto ao
pedido das diárias postuladas por litispendência, conforme
artigos 337, VI e 485, V ambos do CPC.
III – MÉRITO
III.1 – Reintegração
A sentença deferiu a reintegração do recorrido, pois ele foi eleito presidente da
Associação de Leitura dos empregados da empresa, entidade criada pelos próprios
empregados e que a dispensa ocorreu no decorrer do mandato do reclamante.
A sentença não merece ser mantida, conforme dispõe o art.  543, § 3º da CLT, eis que
a vedação da dispensa do empregado é somente nas hipóteses descritas no artigo e o
recorrido possuía a função de Presidente Associação de Leitura dos empregados da
empresa não possuindo estabilidade provisória prevista em lei ou norma coletiva.
Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que não considere o recorrido
com estabilidade e por consequência que mantenha a demissão.
III.2 – Dano Moral
A sentença deferiu o pedido de dano moral do recorrido, porque houve atraso no
pagamento do salário dos últimos 3 (três) meses do contrato de trabalho e com isso o
recorrido apresentou certidão do Serasa demonstrando a inserção do nome do
recorrido no rol dos maus pagadores em novembro de 2015.
A sentença não merece ser mantida, pois o atraso se deu somente nos últimos 3 (três)
meses do contrato de trabalho, ou seja, no ano de 2017, entretanto o documento
apresentado para comprovar o dano foi do ano de 2015 (documento de certidão do
Serasa, novembro de 2015). Assim, conclui-se que o documento apresentado não
poderá ser usado para configuração do dano haja vista a divergência dos períodos e a
não comprovação do prejuízo.
Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que se retire a condenação do
Dano Moral do recorrido.
III.3 – Carta de referência
A sentença deferiu a entrega de uma carta de referência para facilitar ao recorrido a
obtenção de nova colocação no mercado de trabalho.
Entretanto conforme o art. 5º, II, CRFB/88, ninguém será obrigado a fazer ou deixar
de fazer alguma coisa senão em virtude de Lei, e a Carta de referência não está
prevista em Lei.
Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que seja julgado improcedente o
pedido de entrega de carta de referência.
III.4 – Participação nos Lucros
A sentença deferiu o pagamento da participação nos lucros prevista na convenção
coletiva da categoria nos anos de 2012 e 2013, pois confessadamente não havia sido
paga.
A sentença não merece ser mantida, pois o contrato do recorrido estava suspenso no
período de referência em razão de doença (código B-31), assim a participação nos
lucros é indevida porque ele não colaborou para lucratividade por estar afastado
conforme estabelece o art. 476, art. 1º Lei 10.101/00, e a Súmula 451 TST.
Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que julgue improcedente o pedido
de participação dos lucros conforme explanado acima.
III.5 – Férias

A sentença deferiu ao recorrido o pagamento de férias sob a justificativa de que o


empregado não fruiu 30 dias úteis no ano de 2016, como garante a Lei.
A sentença não merece prosperar, pois o conforme o art. 130, I da CLT as férias não
são fruídas em dias úteis e sim em dias corridos.
Diante o exposto, requer a reforma da sentença para que julgue improcedente o pedido
de pagamento de férias em dias úteis.
IV – REQUERIMENTOS FINAIS
Diante o exposto, requer que o presente recurso seja conhecido bem como
acolhimento da prejudicial, o acolhimento das preliminares e no mérito seu
provimento com a total reforma do julgado conforme fundamentado alhures. Requer
ainda, a condenação do recorrido ao pagamento dos honorários advocatícios a razão
de 15%, conforme estabelece o art. 791-A, da CLT.
Dar-se à o valor da causa em R$ ...
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e Data.
Advogado (a)
OAB nº ...

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