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Autoria
O autor do livro dá seu nome simplesmente como ―João‖ (1:1,1:4,21:2,
22:8). As igrejas da Ãsia o conheciam muito bem, e ele se chama de seu irmão,
que participa com elas da tribulação, do reino e da perseverança (1:9). A
pergunta é: Quem era este João? Do estilo do livro podemos deduzir que ele era
um cristão de origem hebraica, conhecendo de ponta a ponta o Antigo
Testamento.
A igreja dos primeiros tempos em geral o aceitou como sendo o apóstolo
de Jesus Cristo, o autor do quarto evangelho. Já no ano 150 d.C. Justino Mártir
afirmou isto, como também Irineu por volta de 200 d.C., ambos residentes na
Ásia por algum tempo. A autoria apostólica era amplamente aceita pelos pais da
igreja. E é completamente possível, porque a tradição histórica de que João
viveu até idade avançada em Êfeso é sólida. Comenta George Eldon Ladd.
1
ROCHA LIMA, Nilton. Administrador. Especialista do Ensino superior. MBA Gestão do conhecimento.
Mestrando em Educação eclesiástica
O material ofertado pelo ITG é muito rico em detalhes na sua
composição permitindo a seus leitores facilidades na compreensão dos fatos de
acordo com o tempo e o espaço. Os períodos de acontecimentos bem definidos
com datas e registros bem distribuídos.
Versículos iniciais: Para entender qualquer carta, especialmente
uma de Deus, precisamos prestar atenção às palavras do escritor. Os primeiros
versículos de Apocalipse contêm vários fatos que são importantes para nosso
entendimento deste livro.
1 - É um livro divinamente inspirado. Ele é a palavra de Deus e testemunho de
Jesus Cristo (1:1-2).
2 - Foi transmitido pelo anjo de Deus, através de João (1:1).
3 - É um livro no qual João nos conta o que ele viu (1:11). Não é uma mera
transmissão de palavras, mas uma mensagem dos símbolos e imagens que
Deus permitiu a João visualizar.
4 - Fala das coisas que estavam para acontecer pouco depois que João
recebesse de Deus esta revelação, concernente "as cousas que em breve
devem acontecer" (1:1). Deus disse que "o tempo está próximo" (1:3).
Desenvolvimento
Situação Histórica
Observações gerais
Quando continuamos a ler este livro maravilhoso, devemos nos lembrar
de alguns princípios gerais que nos ajudarão a entender sua mensagem.
1 - Ele é um livro de profecia (1:3; 22:18-19). Os profetas bíblicos usam
frequentemente linguagem simbólica e ilustrações para apresentar a verdade.
Muitos entendimentos errados do livro de Apocalipse resultam de esforços para
interpretar literalmente a linguagem figurativa do livro.
2 - É um livro com fundamento nos livros do Velho Testamento. Não somente o
estilo, mas muitas das citações e imagens deste livro são baseadas no Velho
Testamento. Por esta razão, eu encorajo frequentemente as pessoas a
estudarem vários livros do Velho Testamento antes que comecem o estudo de
Apocalipse. Muito do vívido simbolismo de Apocalipse está baseado em livros
tais como Êxodo, Salmos, Isaías, Ezequiel, Daniel e Zacarias. Quanto melhor
entendermos estes livros, mais clara se tornará a mensagem de Apocalipse.
3 - É um livro que tem que ser entendido em seu contexto. Este livro foi escrito
próximo do encerramento do primeiro século, durante um tempo em que muitos
povos do mundo estavam sujeitos ao domínio do Império Romano. Esse
governo estava se tornando cada vez mais perverso e menos tolerante com o
povo de Deus. Muitas pessoas abordam o estudo deste livro com a
determinação de encontrar aplicações modernas, esquecendo que ele foi escrito
originalmente para os cristãos da Ásia (1:4,11), muitos dos quais sofriam severa
perseguição por causa da sua fé (2:10,13; 6:9).
Métodos de Interpretação
O Método Historicista
O Método Futurista
Este método interpreta o Apocalipse em grande parte como uma
profecia de acontecimentos futuros, colocada em termos simbólicos, que levam
ao fim do mundo e o acompanham. O ponto de vista futurista tomou duas
formas principais, que podemos chamar de moderada e extrema ou
dispensacionalista.
Esta última entende as sete cartas como sete épocas sucessivas da
história da igreja, expressas em símbolos. O caráter das sete igrejas ilustra as
principais características dos sete períodos de declínio e apostasia (Laodicéia).
O arrebatamento de João simboliza o arrebatamento da igreja no fim dos
tempos.
Os capítulos 6-18 retratam o período da grande tribulação — o último
período, curto, mas terrível, da história da igreja. No ponto de vista
dispensacionalista o povo de Deus é Israel, de volta a Jerusalém, protegido por
um selo divino (7:1-8), com o templo reconstruído (11:1-3); que sofre a ira do
Anticristo.
A igreja não está mais na terra, porque foi reunida ao Senhor nos ares.
O ponto de vista futurista moderado difere do extremo em diversos pontos. Ele
não vê razão, como o ponto de vista extremo, de fazer uma diferença tão
definida entre Israel e a igreja. O povo de Deus que sofre a perseguição feroz é
a igreja.
Também não vê razão para reconhecer nas sete cartas uma predição
de sete períodos da história da igreja. Não há qualquer evidência interna para tal
interpretação, há apenas sete cartas para sete igrejas históricas. Mas concorda
quanto a que o propósito do livro é descrever a consumação do propósito
redentor de Deus no fim dos tempos.
A interpretação Futurista (em sua maioria) crê que haverá um
arrebatamento secreto da igreja antes de um período de sete anos de grande
tribulação, a besta será um líder político que liderará um governo mundial, o
falso profeta seria uma espécie de ecumenismo religioso que tomará o mundo
no governo do Anticristo e ao final Cristo voltará para livrar o povo de Israel e
estabelecer um reino literal de mil anos (Milênio) na terra.
Novamente é válida a objeção de que se o livro foi escrito para tratar
primeiramente de eventos do futuro distante, então sua mensagem tinha pouca
importância para as igrejas do primeiro século a que foi endereçado. Não
podemos levar este argumento longe demais, ou ele esvaziará muitas profecias
do Antigo Testamento de sua importância.
Os profetas não falavam só de acontecimentos contemporâneos; Eles
estavam sempre relacionando os eventos contemporâneos com o grande
acontecimento do fim da história: o Dia do Senhor, quando Deus iria visitar o
seu povo para redimi-lo e estabelecer o seu Reino.
A seguir observa-se a apresentação dos 22 capítulos do livro amiúde
desfilando com as suas informações e ou revelações especificamente no seu
contexto conforme material apresentado pelo ITG – vê-se
Capítulo 1
1.1. Revelação de Jesus Cristo. O livro de Apocalípse torna claro que não se
ocupa do arrebatamento da igreja, e sim da aparição pessoal de Jesus em glória
a este mundo. Isso terá lugar após o arrebatamento da Igreja; 1.3.Bem-
aventurado... Três bem-aventuranças declaradas no livro: para os que lêem,
para os que ouvem, e para os que guardam; tudo em relação ao próprio livro.
Há 7 bem-aventuranças em todo o livro:_ ―Bem-aventurados os que lêem... e
guardam as coisas nela escritas...‖ (1.3);
→―...Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor...‖
(14.13);
→ ―...Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes...‖ (16.15);
→―...Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do
Cordeiro...‖ (19.9);
→―Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição...‖
(20.6);
→―...Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro‖
(22.7);
Ap 7- A grande tribulação.
João viu quatro anjos, que esperavam um outro que vinha do oriente
com selos para marcar 144 mil servos de Deus. Eles seguravam os quatro
ventos, mas os soltaram para danificar na terra, no mar e nas árvores. João viu
uma multidão vestida de branco diante do trono, que cantava louvores.
Eram os sobreviventes da grande tribulação salvos pelo cordeiro. Por
isso estão diante do trono de Deus, e o servem. Deus os abriga, não terão fome,
nem sede ou calor, e nunca mais chorarão. O cordeiro será seu pastor, e os
levará à fonte de água viva.
Ap 8 e 9- O sétimo selo.
João viu sete anjos com sete trombetas, e como os selos, a cada
toque de trombeta um fato ocorria. Assim:
1ª. Trombeta – choveu pedras, fogo e sangue.
2ª. Trombeta – Caiu no mar algo como uma grande montanha.
3ª. Trombeta – Caiu uma estrela chamada Absinto, e envenenou um terço das
águas.
4ª. Trombeta – Sol, lua e estrelas perdem um terço do brilho.
5ª. Trombeta – Caiu uma estrela que abriu o poço do abismo, e dele saiu muita
fumaça. Da fumaça saiu gafanhotos que afligiram aqueles que não tinham o
selo de Deus na fronte, por cinco meses. O rei dos gafanhotos era o anjo do
abismo, Abadon ou Apolion.
6ª. Trombeta – Soltaram os quatro anjos que estavam acorrentados no rio
Eufrates. Eles comandaram um exército de anjos que matou um terço dos
homens, com fogo, fumaça e enxofre. Dessas sete trombetas, quatro são
tocadas no capítulo 8, duas no capítulo 9 e a última no capítulo 11.
Os sete selos (Apocalipse 6:1-17; 8:1-5), sete trombetas (Apocalipse 8:6-
21; 11:15-19) e sete taças (Apocalipse 16:1-21) são três séries de julgamentos
de Deus que são diferentes e consecutivas. Os julgamentos progressivamente
pioram e se tornam mais devastadores à medida que o fim dos tempos progride.
Os sete selos, trombetas e taças estão conectados uns aos outros – o
sétimo selo inicia as sete trombetas (Apocalipse 8:1-5), e a sétima trombeta
inicia as sete taças (Apocalipse 11:15-19; 15:1-8).
Armagedon, a batalha
Aqui, temos agora o confronto final entre o Cristo que está voltando com
Seu exército e o anticristo com seus exércitos terrenos. Não é necessário
averiguar se a referência é literalmente a ―cavalos‖ ou não. Pois, força, poder, é
um fato, que não pode ser avaliado com os olhos.
Mas esse fato invisível tem que tomar uma forma, para se tornar visível.
Apesar de atualmente cada vez mais povos se voltarem contra Israel, o Senhor
ainda retarda a Sua vinda. Somente quando o Israel agora militarmente
invencível estiver diante de um novo Holocausto, cercado por todos os exércitos
do mundo, Ele aparecerá com os seus em Israel.
Quem toca em Israel, toca na menina do Seu olho (Zc 2.12). O ponto
culminante da angústia de Jacó será por ocasião da batalha do Armagedom,
quando o Anticristo comandará todos os exércitos do mundo contra Jerusa- lém
(Zc 14.2).
Quando tudo parecer perdido para Israel, este povo clamará ao Senhor
com grande clamor, e então surgirá o Messias com seu exército, os quais
alcançarão o Anticristo e suas tropas em Megido e em Moabe, e os destruirão
(Ap 19.19-21; Is 63.1-6).
A palavra ―Armagedom‖ é formada a partir das palavras hebraicas ―Har‖
ou montanha, e ―Megido‖, uma cidade em uma colina – na parte norte da Terra
Santa, interior de Monte Carmelo (perto do porto moderno de Haifa). É no
―cruzamento das encruzilhadas‖ em que a antiga Via Maris (―Caminho do Mar‖)
cruza a rodovia transversal central de Israel.
Esta comanda uma vista do vale de Jezreel, o ―celeiro de Israel.‖ Foi um
posto de comando estratégico para o controle de toda a área por muitos
séculos. Os viajantes do Egito à Síria, Babilônia, Pérsia, Ásia Menor,
normalmente passam por esse caminho, e poderia ser tributado por quem
controlava a cidade.
Por este motivo, a cidade foi conquistada por muitas vezes as várias
potências que ocuparam a Terra Santa A outra questão é: quem está lutando
contra quem nessa batalha? É evidente que, no final de sua carreira, o Anticristo
estará lutando contra várias alianças, e seu império parece estar se
desintegrando.
Por outro lado, de acordo com Apocalipse 19, todas as forças estarão
reunidas para que a batalha seja travada contra Jesus Cristo.O versículo 19
afirma: ―Então vi a besta e os reis da terra e os seus exércitos reunidos para
fazerem guerra contra o Cavaleiro sobre o cavalo e seu exército.‖
O cenário provável é que o Anticristo, percebendo que seu poder está
diminuindo, consegue unir todas as forças da terra juntos contra seu inimigo
comum – o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Como todo o não crente faz,
eles pensam que podem prevalecer contra Ele!
Milênio a prisão de satanás
Devemos considerar, que o resultado das últimas grandes lutas, ou
seja, dos juízos de Deus, que analisamos nos capítulos anteriores,
especialmente nos capítulos 17 e 18 (Queda de Babilônia) vai muito além
daquilo que atingirá a besta, o falso profeta e os povos anticristãos.
Pois, aqui no capítulo 20, o juízo de Deus se derrama sobre o
verdadeiro dominador, o príncipe das trevas. Por sua influência, as potências
mundiais e seus chefes de Estado tomaram anteriormente a funesta decisão de
pelejar contra o Rei dos reis e seus exércitos.
Como estará a igreja no milênio - A Igreja estará glorificada na
Jerusalém Celeste; a habitação eterna da Noiva do Cordeiro e reinamos com o
Senhor. (Jo14.2,3; Gl 4.26,27; Cl 3.4; I Pe 5.1; Ap 21.2,3,23-27; 22.1-6).
Durante o milênio, esta maravilhosa cidade estará acima da Terra, como uma
estrela e resplendor da Glória de Deus.
Jerusalém terrestre continuará existindo na Terra e os homens a ela
virão para adorar a Deus e verão Jerusalém celeste brilhando com a Glória de
Deus. Os santos estarão em um corpo glorioso adaptado para a vida no céu e
superior as leis da física.
Não sabemos os detalhes sobre este corpo, ou de que forma a Igreja
participará deste reino, sabemos apenas aquilo que o Senhor nos revelou em
sua Palavra, a saber: Teremos um corpo glorioso; espiritual; incorruptível;
imortal (I Co 15.42-44; 53,54) e reinaremos com Cristo.
O fim do milênio - Após os mil anos satanás será solto por um pouco de
tempo (Ap 20.1-3,7). O Diabo enganará a muitos (Ap 20.8,9). O Diabo reunirá
as nações para a guerra de Gogue e Magogue, ou seja, reunirá os povos de
uma extremidade a outra da Terra.
O próprio Satanás será o líder desta Guerra. Todos eles serão
destruídos por Deus de forma sobrenatural (Ap 20.9). Satanás será lançado no
Inferno e será atormentado de dia e de noite para todo o sempre (Ap 20.10).
Tudo isso mostra que o homem, quando não nasce de novo, permanece
em estado adâmico, e até debaixo das melhores condições de vida, é capaz de
virar as costas para Deus.
Juízo final - Após a guerra de Gogue e Magogue, antes do início do
Julgamento Final, quando houver a manifestação do Grande Trono Branco, a
Terra será totalmente desfeita (Ml 4.1; II Pe 3.7-13). Este céu e esta Terra não
existirão mais (Ap 21.1), portanto, o Juízo do Grande Trono Branco não será
nesta Terra nem tão pouco neste céu que agora vemos, haja vista eles não mais
existirem (Ap 20.11).
Ap 21- A Nova Jerusalém.
a) João viu uma nova terra e um novo céu, e do céu desceu a Cidade
Santa, a Nova Jerusalém vestida como esposa. Uma voz disse: Eis aqui o
tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles, serão seu povo,
enxugará toda lágrima, e não haverá morte, nem luto, nem dor, porque passou a
primeira condição.
b) João descreve a Nova Jerusalém. Não viu nela templo algum, pois
Deus é o seu templo. A cidade não necessita do Sol, nem da lua, pois a glória
de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua luz. As nações andarão na luz. Nela não
terá nada profano, nem abominação, nem mentira, e só entrará nela quem tiver
o nome escrito no livro da vida, do Cordeiro.
REFERENCIA