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Apocalipse1

Autoria
O autor do livro dá seu nome simplesmente como ―João‖ (1:1,1:4,21:2,
22:8). As igrejas da Ãsia o conheciam muito bem, e ele se chama de seu irmão,
que participa com elas da tribulação, do reino e da perseverança (1:9). A
pergunta é: Quem era este João? Do estilo do livro podemos deduzir que ele era
um cristão de origem hebraica, conhecendo de ponta a ponta o Antigo
Testamento.
A igreja dos primeiros tempos em geral o aceitou como sendo o apóstolo
de Jesus Cristo, o autor do quarto evangelho. Já no ano 150 d.C. Justino Mártir
afirmou isto, como também Irineu por volta de 200 d.C., ambos residentes na
Ásia por algum tempo. A autoria apostólica era amplamente aceita pelos pais da
igreja. E é completamente possível, porque a tradição histórica de que João
viveu até idade avançada em Êfeso é sólida. Comenta George Eldon Ladd.

O Título do Livro (1:1-3).


.
Revelação. A palavra grega, apocalupsis, tem diversos significados. O
significado mais simples da palavra é descobrir algo que está encoberto (Lc
12:2); mas no Novo Testamento a palavra geralmente tem uma conotação
religiosa distinta, no sentido especial de revelação sobrenatural de verdades
divinas desconhecidas aos homens e impossíveis de ser descobertas por eles
(Rm 16:25, G1 1:12).
Na versão grega de Daniel de Teodócio, a palavra é usada diversas
vezes para designar a divina revelação, através do profeta, pela providência de
Deus, de eventos ao rei que estavam destinados a acontecer no futuro.
Esta palavra ―apocalipse‖ foi emprestada, pelos eruditos modernos, (la
revelação de João e aplicada ao gênero de literatura judaico-cristã chamado
―apocalíptico‖. Aqui, no entanto, a palavra não é usada como termo técnico mas
para definir o conteúdo do livro

1
ROCHA LIMA, Nilton. Administrador. Especialista do Ensino superior. MBA Gestão do conhecimento.
Mestrando em Educação eclesiástica
O material ofertado pelo ITG é muito rico em detalhes na sua
composição permitindo a seus leitores facilidades na compreensão dos fatos de
acordo com o tempo e o espaço. Os períodos de acontecimentos bem definidos
com datas e registros bem distribuídos.
Versículos iniciais: Para entender qualquer carta, especialmente
uma de Deus, precisamos prestar atenção às palavras do escritor. Os primeiros
versículos de Apocalipse contêm vários fatos que são importantes para nosso
entendimento deste livro.
1 - É um livro divinamente inspirado. Ele é a palavra de Deus e testemunho de
Jesus Cristo (1:1-2).
2 - Foi transmitido pelo anjo de Deus, através de João (1:1).
3 - É um livro no qual João nos conta o que ele viu (1:11). Não é uma mera
transmissão de palavras, mas uma mensagem dos símbolos e imagens que
Deus permitiu a João visualizar.
4 - Fala das coisas que estavam para acontecer pouco depois que João
recebesse de Deus esta revelação, concernente "as cousas que em breve
devem acontecer" (1:1). Deus disse que "o tempo está próximo" (1:3).
Desenvolvimento
Situação Histórica

Para alguns estudiosos, literatura apocalíptica é quase por definição


―panfletos para tempos difíceis‖ , resultado de perseguição. Isto pode ser
verdade para a literatura apocalíptica dos judeus. Estes enfrentavam o
problema: Por que o povo de Deus era tão perseguido? Onde estava a salvação
de Deus?
Os profetas do Antigo Testamento viam Deus ativo tanto na história
como no fim escatológico, mas os autores apocalípticos não tinham esperança
na história, somente na intervenção escatológica de Deus. O
mundo e o tempo eram irremediavelmente maus, estavam sob o domínio de
poderes angelicais demoníacos.
Deus estava longe, no céu, mas em breve ele se ergueria do seu trono,
destruiria os poderes demoníacos e libertaria seu povo.Seguindo esta teoria,
muitos estudiosos reconstruíram a situação histórica do Apocalipse em termos
de uma perseguição mundial iminente da igreja por parte de Roma.
A igreja praticamente enfrentaria seu aniquilamento; João escreveu ao
povo de Deus para fortalecê-lo nas tribulações que enfrentaria: apesar do
sofrimento que viria, a vinda do ‘ Senhor estava próxima, para derrubar Roma e
libertar sua igreja. O problema com esta teoria é que não há evidência de que
houve uma perseguição aberta e sistemática da igreja durante a última década
do primeiro século.
Entre o povo cristão prevaleceu a ideia de que houve dez grandes
perseguições da igreja quase universais em seu alcance2: por Nero (64 d.C.),
Domiciano (95 d.C.), Trajano (112 d.C.), Marco Aurélio (117 d.C.), Sétimo
Severo (fim do segundo século), Maximino (235 d.C.), Décio (250 d.C.),
Valeriano (257 d.C.), Aureliano e Diocleciano (303 d.C.).
É verdade que Décio, Valeriano e Diocleciano promoveram
perseguições extensas, mas as perseguições anteriores eram de caráter local e
relativamente suave. Nero, sim, instigou uma forte e breve perseguição aos
cristãos, mas somente em Roma e uma só vez. Perseguição creditada a
Domiciano de modo algum alcançou todo o império, mas somente algumas
famílias em Roma.

Observações gerais
Quando continuamos a ler este livro maravilhoso, devemos nos lembrar
de alguns princípios gerais que nos ajudarão a entender sua mensagem.
1 - Ele é um livro de profecia (1:3; 22:18-19). Os profetas bíblicos usam
frequentemente linguagem simbólica e ilustrações para apresentar a verdade.
Muitos entendimentos errados do livro de Apocalipse resultam de esforços para
interpretar literalmente a linguagem figurativa do livro.
2 - É um livro com fundamento nos livros do Velho Testamento. Não somente o
estilo, mas muitas das citações e imagens deste livro são baseadas no Velho
Testamento. Por esta razão, eu encorajo frequentemente as pessoas a
estudarem vários livros do Velho Testamento antes que comecem o estudo de
Apocalipse. Muito do vívido simbolismo de Apocalipse está baseado em livros
tais como Êxodo, Salmos, Isaías, Ezequiel, Daniel e Zacarias. Quanto melhor
entendermos estes livros, mais clara se tornará a mensagem de Apocalipse.
3 - É um livro que tem que ser entendido em seu contexto. Este livro foi escrito
próximo do encerramento do primeiro século, durante um tempo em que muitos
povos do mundo estavam sujeitos ao domínio do Império Romano. Esse
governo estava se tornando cada vez mais perverso e menos tolerante com o
povo de Deus. Muitas pessoas abordam o estudo deste livro com a
determinação de encontrar aplicações modernas, esquecendo que ele foi escrito
originalmente para os cristãos da Ásia (1:4,11), muitos dos quais sofriam severa
perseguição por causa da sua fé (2:10,13; 6:9).

Métodos de Interpretação

O Apocalipse é o livro do Novo Testamento mais difícil de ser in-


terpretado, basicamente por causa do uso elaborado e extensivo de simbolismo.
Como entender estes símbolos estranhos, às vezes bizarros? Surgiram diversos
métodos distintos de interpretação. Muitos intérpretes acham elementos valiosos
em mais de um método, de modo que há considerável superposição. Mesmo
assim podemos identificar quatro métodos distintos.
Preterista
Considera que o livro descreve acontecimentos passados. Vê as visões
como algo que se elevou dentre as condições reinantes no Império Romano, no
primeiro século d.C. O vidente ficou espantado ante as possibilidades para o
mal, inerentes no império romano, e usou linguagem simbólica para protestar
contra o mesmo, e para registrar sua convicção que Deus interviria para fazer
acontecer aquilo que fosse de Seu agrado.
Em geral, os eruditos liberais endossam esse ponto de vista. Isso os
capacita a entender o livro sem encontrar muito lugar para a profecia preditiva, e
ao mesmo tempo a verem no Apocalipse uma asseveração muito necessitada
sobre a verdade do governo moral de Deus sobre o mundo.
Tal ponto de vista enraíza o livro nas circunstâncias dos próprios dias
do escritor, o que certamente está correto. Mas despreza o fato que o livro
chama a si mesmo de ‗profecia‘ (Ap 1.3), e que pelo menos algumas de suas
predições se referem àquilo que ainda é futuro (exemplo, capítulos 21,22).
Do ponto de vista preterista a Roma imperial era a besta do capítulo 13
e a classe sacerdotal asiática que incentivava o culto a Roma era o falso
profeta. A igreja estaria ameaçada de extinção virtual, em face das perseguições
que estavam às portas, e João escreveu para fortalecer a fé dos crentes, pois
mesmo com a perseguição iminente Deus interviria, Cristo voltaria, Roma seria
destruída e o Reino de Deus seria logo estabelecido.

O Método Historicista

Este método encara o Apocalipse como uma profecia simbólica de toda


a história da igreja até a volta de Cristo e o fim dos tempos. Os muitos símbolos
do livro identificam diversos acontecimentos e tendências da história do mundo
ocidental e da igreja.
Obviamente uma interpretação como esta pode levar a confusão,
porque não há diretrizes claras quanto a quais eventos históricos estariam
sendo abordados. Uma das linhas dominantes desta interpretação é que a besta
é o papado romano e o falso profeta a Igreja Romana.
Este ponto de vista foi tão popular que durante muito tempo foi chamado
de o ponto de vista protestante. Pouco há a comentar sobre este ponto de vista,
porque no caso o Apocalipse teria pouco a dizer às igrejas da Ãsia a que foi en-
dereçado.

O próprio tempo do escritor é mencionado, como também o tempo final,


mas não há indicação de interrupção em qualquer ponto. Por conseguinte, os
mentores de tais opiniões raciocinam, o livro deve oferecer uma história
contínua sobre o período inteiro. Essas opiniões eram sustentadas pela maioria
dos reformadores, os quais identificavam a Roma papal com a besta.
Mas as dificuldades dessa posição parecem insuperáveis, e é
significativo que, apesar de sustentarem inflexivelmente que toda a história
acha-se ali concentrada, os historicistas não têm sido capazes de concordar
entre si sobre os episódios exatos na história simbolizados pelas várias visões.
O Método Idealista
Este método evita o problema de ter de encontrar cumprimento his-
tórico para os símbolos do Apocalipse, e vê somente um quadro simbólico do
conflito cósmico espiritual entre o Reino de Deus e os poderes satânicos maus.
A besta é o mal satânico em qualquer forma que ele tome para oprimir a igreja.
O capítulo 12 ilustra que há alguma verdade neste método, porque
retrata um pesado conflito no céu entre Satanás e os anjos. Mas o Apocalipse
não deixa de pertencer ao gênero apocalíptico, e o simbolismo apocalíptico se
preocupa primeiramente com os acontecimentos da história que levam ao fim
dos tempos e à vinda do Reino de Deus. Por isso temos de procurar adiante.
A interpretação Idealista pode ser definida como totalmente simbólica,
na medida em que interpreta toda descrição presente no livro de Apocalipse
como símbolos, verdades ou ideais espirituais, ou seja, nada irá ocorrer
realmente de forma literal e histórica, mas completamente de maneira espiritual.
O Idealismo interpreta o Apocalipse como um símbolo da luta entre o
bem e o mal, entre a igreja e o paganismo dominado pelo poder satânico. Sendo
assim, verdades espirituais são ensinadas para que cristão possam aplica-las
em diversas situações. Ilustra Daniel Conegero.

O Método Futurista
Este método interpreta o Apocalipse em grande parte como uma
profecia de acontecimentos futuros, colocada em termos simbólicos, que levam
ao fim do mundo e o acompanham. O ponto de vista futurista tomou duas
formas principais, que podemos chamar de moderada e extrema ou
dispensacionalista.
Esta última entende as sete cartas como sete épocas sucessivas da
história da igreja, expressas em símbolos. O caráter das sete igrejas ilustra as
principais características dos sete períodos de declínio e apostasia (Laodicéia).
O arrebatamento de João simboliza o arrebatamento da igreja no fim dos
tempos.
Os capítulos 6-18 retratam o período da grande tribulação — o último
período, curto, mas terrível, da história da igreja. No ponto de vista
dispensacionalista o povo de Deus é Israel, de volta a Jerusalém, protegido por
um selo divino (7:1-8), com o templo reconstruído (11:1-3); que sofre a ira do
Anticristo.
A igreja não está mais na terra, porque foi reunida ao Senhor nos ares.
O ponto de vista futurista moderado difere do extremo em diversos pontos. Ele
não vê razão, como o ponto de vista extremo, de fazer uma diferença tão
definida entre Israel e a igreja. O povo de Deus que sofre a perseguição feroz é
a igreja.
Também não vê razão para reconhecer nas sete cartas uma predição
de sete períodos da história da igreja. Não há qualquer evidência interna para tal
interpretação, há apenas sete cartas para sete igrejas históricas. Mas concorda
quanto a que o propósito do livro é descrever a consumação do propósito
redentor de Deus no fim dos tempos.
A interpretação Futurista (em sua maioria) crê que haverá um
arrebatamento secreto da igreja antes de um período de sete anos de grande
tribulação, a besta será um líder político que liderará um governo mundial, o
falso profeta seria uma espécie de ecumenismo religioso que tomará o mundo
no governo do Anticristo e ao final Cristo voltará para livrar o povo de Israel e
estabelecer um reino literal de mil anos (Milênio) na terra.
Novamente é válida a objeção de que se o livro foi escrito para tratar
primeiramente de eventos do futuro distante, então sua mensagem tinha pouca
importância para as igrejas do primeiro século a que foi endereçado. Não
podemos levar este argumento longe demais, ou ele esvaziará muitas profecias
do Antigo Testamento de sua importância.
Os profetas não falavam só de acontecimentos contemporâneos; Eles
estavam sempre relacionando os eventos contemporâneos com o grande
acontecimento do fim da história: o Dia do Senhor, quando Deus iria visitar o
seu povo para redimi-lo e estabelecer o seu Reino.
A seguir observa-se a apresentação dos 22 capítulos do livro amiúde
desfilando com as suas informações e ou revelações especificamente no seu
contexto conforme material apresentado pelo ITG – vê-se
Capítulo 1
1.1. Revelação de Jesus Cristo. O livro de Apocalípse torna claro que não se
ocupa do arrebatamento da igreja, e sim da aparição pessoal de Jesus em glória
a este mundo. Isso terá lugar após o arrebatamento da Igreja; 1.3.Bem-
aventurado... Três bem-aventuranças declaradas no livro: para os que lêem,
para os que ouvem, e para os que guardam; tudo em relação ao próprio livro.
Há 7 bem-aventuranças em todo o livro:_ ―Bem-aventurados os que lêem... e
guardam as coisas nela escritas...‖ (1.3);
→―...Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor...‖
(14.13);
→ ―...Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes...‖ (16.15);
→―...Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do
Cordeiro...‖ (19.9);
→―Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição...‖
(20.6);
→―...Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro‖
(22.7);

Contém uma revelação rica, quase ofuscante do próprio Jesus Cristo.


Os versículos 4-8 apresentam 3 descrições básicas de Cristo. Parece que João
descreve o Cristo que ele conhece, pois não há nenhuma indicação de que ele
recebesse aqui alguma revelação especial. Este é o Cristo do passado, do
presente e do futuro (Hb 13.8).
• No passado, Cristo foi a fiel testemunha e o primogênito dos mortos;
No presente, Ele é aquele que nos ama e nos libertou dos nossos pecados (v.5);
• No futuro, vem com as nuvens e todo o olho o verá... e todas as tribos da terra
se lamentarão sobre ele (v.7).

Capítulos 2 e 3 Mensagens aos anjos das igrejas.


Alguém semelhante ao filho do homem diz a João: Escreva o que vê, e
mande às sete igrejas. Como segue: Éfeso – Igreja perseverante, mas se
afastou do primeiro amor, lhe dou o fruto da árvore da vida.
Esmirna – (Ap 2.8-11) Igreja pobre de espírito, e fiel, lhe dou a coroa da vida.
Esmirna era naquela época uma bonita e rica cidade comercial na Ásia
Menor, que tinha sido fundada por Alexandre Magno. Nela vivia uma igreja de
crentes no Senhor Jesus, era pobre e perseguida. Significativamente Esmirna
quer dizer ―murteira‖ ou ―mirra‖ ou também ―amargura‖.
Os filhos de Deus experimentaram ali muitas coisas amargas e difíceis.
No AT era justamente a mirra que tinha primeiro que ser triturada antes que
pudesse ser oferecida como aroma agradável sobre o altar do incenso de ouro.
Esse era o caminho da igreja de Esmirna, e também nós, como os crentes de
Esmirna, somos triturados, esmigalhados e esmagados, para que nossa oração
na essência seja nosso próprio ser, tornando-nos os mesmos um aroma
agradável ao Senhor.
Esmirna era uma cidade de mártires. Policarpo (como já dissemos), o
pai da igreja, foi mais tarde queimado sobre o monte Pagus em Esmirna; no
mesmo lugar o solo foi regado com o sangue de 1.500 testemunhas de Jesus,
que foram executadas ao mesmo tempo, sendo feito o mesmo depois com mais
800. O Senhor voltou seus olhos para essa cidade, pois no tempo em que João
se encontrava em Patmos, ali uma de suas igrejas encontrava-se em grande
tribulação.
Pérgamo - (Ap 2.12-17) Igreja fiel e fervorosa, mas seus líderes seguem Balaão
e Nicolau, lhe dou o maná escondido e uma pedra branca.
A igreja em Pérgamo, era dentre as 7 igrejas a que estava localizada
mais ao norte, 12 milhas ao norte de Esmirna. A cidade de Pérgamo aqui citada
pertencia uma vez à Lídia sob o riquíssimo rei Creso, e após sua derrota passou
a pertencer ao Império Persa.
Mais tarde ela passou a pertencer à Macedônia em 264 a.C., tornou-se a
muito conhecida e ricamente ornamentada capital do reino de Pérgamo. No ano
de 133 a.C., pelo testamento do seu último rei, Átalo III, ela passou a pertencer
ao Império Romano. Famosa ela era principalmente devido ao templo de
Esculápio e pelo gigantesco altar de Zeus.
A muito citada biblioteca com 250.000 rolos de pergaminho (também a
palavra pergaminho vem de Pérgamo), não se encontrava mais lá há muito
tempo na época do apóstolo. Mas a ciência e a arte ainda floresciam.
Tiatira – (Ap 2.18-29) Igreja virtuosa, mas liberal, lhe dou o poder sobre os
pagãos.
Tiatira era uma pequena cidade da Ásia Menor, na atual Turquia. O
nome é frequentemente traduzido por ―oferta de incenso‖, mas é também
interpretado como ―cheiro desagradável‖, o que indica o paganismo ali
dominante.
A cidade era localizada numa região encantadora, em um vale. Mas
Tiatira abrigava também uma guarnição da milícia romana, e era conhecida
como cidade comercial, tal como as outras. Além disso, essa cidade era famosa
por causa dos seus excelentes artífices. Também Tiatira permaneceu até ao
presente.
Ela chama-se Akhisar. ―a cidade branca‖, devido às muitas pedreiras de
mármore, que brilham das montanhas próximas. Na década de 30, Akhisar era
mal afamada por causa do seu comércio de ópio. Até ao século 20 havia ali uma
pequena igreja cristã de boa fama.
Em Tiatira deve ter surgido uma igreja bem viva e saudável, que ao
final do primeiro século tinha importância na cidade. Já antes da formação da
igreja de Jesus em Tiatira, havia ali uma mulher piedosa, a vendedora de
púrpura Lídia. Quando na sua segunda viagem missionária Paulo chegou à
cidade de filipos e pregou o evangelho, ela se encontrava ali. O Senhor abriu
seu coração e ela converteu-se (At 16.14). Ela e sua casa se tornaram crentes e
foram batizados.
Essa descrição causa certo alívio em todos que pregam a Palavra de
Deus ou tentam de outra maneira ganhar almas para o Senhor Jesus: não nós,
podemos abrir os corações das pessoas, mas somente o Senhor! E em todos os
lugares Ele tem pessoas às quais quer abri-lo. Por isso precisamos transmitir-
lhes a palavra da cruz. O Senhor quer, quando nós queremos!
Sardes – (Ap 3.1-6) Igreja contraditória, se acha viva, mas está morta. Seja
vigilante, e será revestida de branco.
O nome Sardes é derivado do hebraico ―sarid‖ e significa ―o que
escapou‖ ou ―remanescente‖ (como já dissemos). Historicamente, Sardes era a
antiga sede real da Lídia, e tinha um passado cheio de glórias. No tempo dos
romanos, , na época de João, portanto, apesar do seu bem-estar, Sardes era
uma cidade provinciana destituída de brilho.
Então ela ganhou na era cristã novamente uma certa fama, e isso através
do bispo Melito de Sardes, falecido no ano de 170 d.C. Na nossa época não
resta dessa notável cidade nada mais que um monte de ruínas espalhadas
numa ampla área, e entre elas miseráveis casebres turcos, que juntos formam
uma pequena vila com o nome Sarte.
Cristo na igreja local desaparece, como aqui em Sardes – a própria Igreja
de Jesus permanece. ―As portas do inferno não prevalecerão contra ela!‖ (Mt
16.18). O Senhor dirige-se agora à Igreja de Jesus nessa cidade.
É algo maravilhoso fazer parte da Igreja de Jesus e ser membro no Seu
corpo! A Igreja de Jesus sobrevive ao tempo – ela existia há 2 milênios e existe
hoje. E é o mesmo Senhor, o mesmo Salvador, que lhe falou e fala a ela HOJE.
Filadélfia – Igreja fraca, mas que guarda minha palavra, é um exemplo para os
falsos e mentirosos, e será uma coluna no templo.
Como se sabe, Filadélfia significa ―amor frater- nal‖. Filadélfia existe
ainda hoje sob o nome turco Alaseir. A comunidade Filadélfia localizava-se
aproximadamente a 13 milhas a sudeste de Sardes, nas proximidades, portanto,
da igreja de que o Senhor diz: ―tens nome de que vives, e estás morto‖ (cap.
3.1).
O perigo de contaminação para a igreja de Filadélfia não podia ser
desprezado, pois nada é mais contagioso do que a sorrateira morte espiritual.
Se somente 4 ou 5 numa igreja têm o nome de que vivem, mas estão
espiritualmente mortos, então logo a morte espiritual se espalha.
Isso já foi assim na Antiga Aliança. Em Josué cap 7 lemos como um
homem, Acã, pecou, agindo dolosamente e assim arrastou todo o povo de Israel
a uma derrota. Mas o belo e significativo nome Filadélfia não é de origem cristã,
pois essa cidade já foi fundada no ano de 154 a.C. pelo rei de Pérgamo, Átalo II.
Ele usava o cognome Filadelfo e chamou então essa cidade pelo seu
nome. Apesar de ela ter sido várias vezes destruída por terremotos, foi sempre
novamente reconstruída e atingiu nova prosperidade.
Laodiceia – Igreja que não é fria nem quente. Arrependa-se, reencontre o zelo,
e te deixarei se sentar comigo no trono.
Laodicéia estava localizada a sudeste de Filadél- fia, nas proximidades
de Colossos. Tratava-se de uma velha cidade frigia, que originalmente se
chamava Dióspolis, e depois Rheos. Somente mais tarde ela recebeu o nome
de Laodicéia, em honra a Laodice, a terrível esposa do rei sírio Antíoco II.
Ao tempo dos apóstolos, Laodicéia era uma cidade extremamente
próspera. Paulo faz referência a ela em (Cl 2.1; 4.13,15,16).O historiador
romano Tácito conta-a às cidades mais destacadas da Ásia e louva sua grande
riqueza.
No ano 62 d.C. ela foi, juntamente com Hierápolis e Colossos, destruída
por um terremoto. Por causa da sua grande riqueza, entretanto, ela pôde ser
reconstruída tão rápida e completamente, que ao tempo em que João recebeu o
Apocalipse em Patmos (aprox. 85 d.C.) essa terrível catástrofe já havia sido
esquecida há muito.
No ano 1402 d.C. também essa cidade, juntamente com Éfeso, foi
totalmente destruída pelas hordas de Timur-Lenk. Hoje, encontram-se no seu
lugar, somente muitas ruínas que chamam a atenção e têm o nome de Eski-
Hissar, o que significa ―castelo antigo‖. Elas são testemunhas melancólicas de
glória terrena passada.
Capítulo 4
Aqui começa efetivamente a acontecer algo tremendo tendo até agora
como pano de fundo João agora apresenta o ―Drama da Redenção‖. O caminho
já foi preparado pela visão do Cristo redivivo e vitorioso no capítulo primeiro. O
capítulo 4 prepara o ambiente e o caminho para tudo quanto vem a seguir.
O capítulo 5 completa essa preparação, apresentando a soberania de
Deus, reivindicada pela obra de Cristo. O capítulo 4 diz na linguagem de João
(Evangelho) 14 – ―Crede em Deus‖; o capítulo 5, com Cristo a comandar a cena,
diz – ―Crede também em Mim‖.Então, do capítulo 6 ao 18 teremos apresentação
da Ira de Deus contra os inimigos de sua causa.
Do capítulo 19 ao 22 veremos a vitória de Deus, final e completa, e o
destino eterno dos homens e demônios. Com tal apresentação é claro que esta
visão (caps 4 e 5) prepara o caminho para a mensagem total. Duas ideias se
destacam nesta visão.
Uma porta aberta no céu: Que privilégio! João viu uma porta aberta
dando-lhe acesso ao céu! Aqui a ênfase não está no acesso ao céu em termos
da salvação final e eterna dele, nem no sentido de entrar em comunhão com
Deus (sentidos encontrados em trechos como João 1:51; Atos 7:55-56; veja
também Efésios 2:6; Filipenses 3:20).
João viu o céu aberto porque Deus queria lhe mostrar as coisas que
estavam acontecendo lá (compare Ezequiel 1:1). Jesus já falou, transmitindo-lhe
mensagens importantes para as igrejas. Agora, João subirá ao céu, nestas
visões, para buscar outras mensagens para os servos do Senhor na terra.
A primeira voz que ouvi, como de trombeta: A mesma voz de 1:10.
Naquele trecho, João virou para ver quem falava e viu Jesus no meio dos
candeeiros. É importante lembrar que no capítulo 1 de Apocalipse ele viu uma
porta, mas esta do capítulo 4 se refere à porta pela qual Jesus passou do lugar
Santo para o Santíssimo, em 1844.
Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas
coisas: O Filho de Deus convida João para ver, no céu, as coisas que iam
acontecer. Em 1:19, ele falou para João escrever o que ele viu, o que estava
acontecendo naquele momento, e o que ia acontecer depois.
Tudo isso ainda está dentro dos limites de tempo de ―em breve‖ e
―próximo‖. Jesus já falou sobre o estado das igrejas naquele momento (capítulos
2 e 3), e agora começa a falar sobre as coisas que estes discípulos ainda teriam
de enfrentar.
Interpretações que procuram inserir milhares de anos entre os capítulos
3 e 4 não têm nenhuma base aqui. ―Depois‖ simplesmente sugere uma
sequencia de transição entre o que já passou e o que ia acontecer. João viu
uma porta no Céu. É importante lembrar que no capítulo 1 de Apocalipse ele viu
uma porta,
Outros profetas bíblicos tiveram a mesma oportunidade de João. Isaías
viu anjos cantando; Ezequiel contemplou uma cena com brasas de fogo, tochas.
Estevão, pouco antes de morrer, pôde ter uma vista da sala do trono de Deus.
O livro de Hebreus confirma a existência de um santuário no Céu. O
Apocalipse o menciona 14 vezes como estando localizado lá. O trono de Deus,
o qual está no interior do Templo Celestial, é mencionado 40 vezes.
João, através de uma visão, contemplou o trono de Deus no Céu e diz
ter visto alguém sentado no trono. Por que ele não reconheceu quem estava lá?
Sabemos que no estado pecaminoso em que o homem se encontra é
impossível ver a Deus.
Porém, o apóstolo tenta descrever o que viu, usando o jaspe e a
sardônica, que representam um brilho cristalino. O brilho retrata a santidade de
Deus. O restante do livro é, na realidade, uma explicação dos selos do pequeno
livro do destino. Por detrás de toda a história está Deus em Cristo; neste livro
vemos a mão de Cristo abrindo o selado livro dos feitos de Deus em relação ao
homem.
O selo era um sinal de propriedade. Só um representante oficial
poderia abrir um selo. Aqui Cristo é o representante oficial de Deus, e por isso
está devidamente qualificado para abrir os selos.
―vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouvi um dos quatro
seres viventes, dizendo, como se fosse voz de trovão: Vem. Vi, então, e eis um
cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco, e foi-lhe dada uma coroa: e ele
saiu vencendo e para vencer‖ (Ap 6.1-2).

Abertura de seis selos.

O cordeiro tirou o selo um a um, e a cada selo retirado um fato acontecia.


Assim:
1º selo – surge um cavalo branco, e seu cavaleiro era o vencedor.
2º selo – surge um cavalo vermelho, e seu cavaleiro era guerreiro.
3º selo – surge um cavalo preto, e seu cavaleiro era a carestia.
4º selo – surge um cavalo verde, e seu cavaleiro era a morte.
5º selo – surge sob o altar, homens que foram imolados, vestiam roupas
brancas, e esperavam.
6º selo – ocorreu um terremoto, o sol escureceu, a lua avermelhou, e as estrelas
caíram.
Este presente capítulo 6 do Apocalipse é um dos mais notáveis
capítulos do último dos livros da Bíblia, pois dele depende a compreensão de
quase tudo o que virá a seguir neste livro da Revelação de Jesus Cristo.
Também é, como teremos de ver adiante.
Uma reafirmação de tudo o que o Senhor Jesus Cristo nos fala a
respeito do fim nos Evangelhos. Há uma indissociável e tremenda relação entre
os relatos de Cristo sobre o fim, os relatos dos profetas Daniel, Joel e Zacarias e
este capítulo 6 do Apocalipse.
Portanto, é indispensável que ouçamos, primeiramente, o relato do
Senhor Jesus nos Evangelhos, para podermos entender com maior precisão
este capítulo 6 do Apocalipse.

O Cavalo Branco e o Cavaleiro com um Arco


A abertura do primeiro dos sete selos que selam o Livro da Vida dá
início ao último período da história humana, ou seja, com a abertura do primeiro
selo se inicia o irreversível processo rumo ao fim do mundo e à chegada do
juízo de Deus.
Para nossa alegria, é também uma contagem regressiva até que tenha,
finalmente, chegado a hora da nossa redenção e salvação eterna, o que
acontecerá quando o Senhor vier em grande glória. A coroa que foi dada a esse
cavaleiro significa um reino e o arco significa guerra e perseguição.
Este cavaleiro é a besta descrita no capítulo 13 do Apocalipse, o qual
trará guerra sobre a terra e empreenderá a mais atroz de todas as perseguições
que já houve contra os cristãos em toda a história da Igreja.
Esse primeiro cavaleiro com sua coroa e o cavalo branco nunca pode
ser Cristo, porque ao Senhor nunca seguem guerra, fome e morte, como é o
caso aqui: o segundo cavalo é vermelho e tem uma grande espada (v.4) –
guerra; o terceiro cavalo é preto (v.5) – fome; o quarto cavalo é amarelo (v.8) – a
morte, à qual segue o inferno.
Sobre a coroa que ele receberá e sobre as guerras que trará sobre o
mundo, isto já foi profetizado pelo profeta Daniel. Daniel fala sobre ambas estas
coisas, a saber, sobre as guerras e sobre a perseguição aos cristãos, chamados
por ele de o povo santo. Veja:
―Levantar-se-á um rei de feroz catadura e especialista em intrigas.
Grande é o seu poder, mas não por sua própria força; causará estupendas
destruições, prosperará e fará o que lhe aprouver; destruirá os poderosos e o
povo santo. Por sua astúcia nos seus empreendimentos, fará prosperar o
engano, no seu coração se engrandecerá e destruirá a muitos que vivem
despreocupadamente; levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes, mas será
quebrado sem esforço de mãos humanas.‖ Daniel 8:23-25
Este cavaleiro, que aparecerá após a abertura do primeiro dos sete selos
do Livro do Cordeiro, é o governo da besta, que será uma aliança de dez
nações, sobre a qual também falou o profeta Daniel. A besta será uma
confederação de dez nações, cujos dez reis são representados por dez chifres,
e esta confederação será liderada por sete cabeças, as quais também serão
sete reis, porém cada um a seu tempo, ou seja, a aliança dos dez reis - os
chifres - será liderada por sete cabeças (reis) que virão em uma sequência
cronológica, um após o outro.
Será este o rei que virá contra Cristo, quando este se encontrar em
Jerusalém, na guerra do Armagedom. Também sobre esse oitavo rei, o
Apocalipse fala que fará guerra contra os santos e os vencerá.
A identificação deste cavaleiro, o qual tem uma coroa e um arco (reino e
guerra), com a besta dos capítulos 13 e 17 do Apocalipse não é difícil, pois o
Apocalipse menciona dez reis que enfrentarão o Príncipe dos príncipes, que é o
Senhor Jesus Cristo, e que somente um deles terminará liderando toda a
confederação das dez nações, as quais virão contra Cristo no dia do
Armagedom.
―Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam
reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora. Têm
estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que
possuem. Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o
Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e
fiéis que se acham com ele.‖ Apocalipse 17:12-14
Segundo o Apocalipse, a Besta, o oitavo rei, procederá das sete
cabeças, e não dos dez chifres que serão os líderes da aliança de dez nações,
hoje já se configurando no movimento imperialista global, a Nova Ordem
Política, Militar e Econômica Global, ou simplesmente, a Nova Ordem Mundial.
Acreditamos que esta confederação das dez nações sairá do que hoje
conhecemos como G8.
O Cavalo Vermelho e seu Cavaleiro com uma grande Espada
―Quando (o Cordeiro) abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente,
dizendo: Vem. E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro foi-lhe dado
tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também
lhe foi dada uma grande espada‖ (Ap 6.3,4).
A esse cavaleiro sobre o cavalo vermelho será dada uma grande
espada. Essa curta observação explica o louco armamento das superpotências
em nossos dias. Bilhões e bilhões de dólares são gastos diariamente (um milhão
de dólares por minuto!) Essa é a grande ―espada‖, que está sendo forjada
agora. Leia (Is 59.8) Que tempo terrível aguarda ao mundo quando a Igreja
estiver arrebatada.
Na sequência dos eventos finais, agora surge um cavaleiro montado em
um cavalo vermelho, simbolizando sangue, e o fato de lhe ter sido dado tirar a
paz da terra e uma grande espada, significa GUERRAS.
Isto está em conformidade perfeita com a sequência dos eventos
anunciada pelo Senhor Jesus em Mateus 24, e com tudo o que já foi explicado
acima. Eis a sequência dos eventos de que nos fala o Senhor e observem a
harmonia entre Mateus 24 e Apocalipse 6.

O Cavalo preto, e seu cavaleiro era a carestia.


―Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente, dizendo: Vem. E
saiu outro cavalo, preto; e o seu cavaleiro com uma balança na mão. E ouvi uma
como que voz no meio dos quatro seres vivente, dizendo: uma medida de trigo
por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não da nifiques o
azeite e o vinho‖ (Ap 6.5,6).

O cavalo amarelo, e seu cavaleiro era a morte.


―Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser
vivente dizendo: Vem. E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro sendo
este chamado Morte: e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade
sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a
mortandade e por meio das feras da terra‖ (Ap 6.7,8).
Em Mateus 20, vemos o Senhor nos apresentando a Parábola dos
Trabalhadores, e nesta parábola, um dia inteiro de trabalho equivalia a um
denário. Já neste versículo 6 do capítulo 6 do Apocalipse, vemos que será
necessário um denário para se adquirir uma medida de trigo ou três medidas de
cevada.
Pelo estudo das medidas antigas, uma medida de trigo (choinix)
equivalia, aproximadamente, a um quilo. Então vemos uma situação onde temos
o equivalente de um dia de trabalho para que se possa comprar apenas um
quilo de trigo.
Neste momento, quando da abertura do quarto selo, a situação se
agrava bastante. Já estão em ação os três cavaleiros anteriores, a BESTA, as
GUERRAS e as FOMES. Agora não somente entram em ação as EPIDEMIAS,
bem como a este cavaleiro amarelo é dado matar pela guerra, pela fome, por
epidemias e por meio das feras da terra a quarta parte da população.
Como já dito anteriormente, a população mundial já está nos 7 bilhões
de pessoas. Sendo assim, a quarta parte da população da terra sendo morta,
teremos cerca de 1 bilhão e 750 milhões de mortos, o equivalente a quase dez
vezes a população do Brasil composta de cadáveres.
Os primeiros quatro dos sete selos são conhecidos como os quatro
cavaleiros do Apocalipse. O primeiro selo apresenta o anticristo (Apocalipse 6:1-
2). O segundo selo causa grandes guerras (Apocalipse 6:3-4). O terceiro dos
sete selos causa fome (Apocalipse 6:5-6). O quarto selo causa pragas, mais
fome e mais guerras (Apocalipse 6:7-8).

O Quinto Selo e a Perseguição da Igreja


―Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles
que tinham sido mortos por causa da Palavra de Deus e por causa do
testemunho que sustentavam‖. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando,
ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas nem vingas o nosso sangue
dos que habitam sobre a terra?
―Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram
que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o
número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente
eles foram‖ (Ap 6.9-11).
As almas debaixo do altar são um dos resultados do domínio de terror
do anticristo, pois aqueles que durante a Grande Tribulação se converter ao
Senhor Jesus, será executado (muitos) sem misericórdia. Trata-se de pessoas
que poderiam e deveriam ter se convertido antes do arrebatamento, mas que
deixaram passar indiferente seu ―prazo de graça‖, e têm que pagar com a vida a
sua confissão retardada do Senhor.
Pois quando o anticristo assumir seu domínio mundial e todos forem
obrigados a adorar sua imagem, quando tudo for registrado e eles tiverem que
usar o número 666 para poderem comprar e vender, então milhões de pessoas
―cristãs‖ reconhecerão esta GRANDE REALIDADE BÍBLICA.
Muitos comentadores são de opinião que as almas debaixo do altar são
os mártires dos séculos passados. Isso não pode ser, pois esses então já
estarão coroados e glorificados com Cristo e pertencem à Igreja de Jesus.
Uma multidão incontável dos países cristianizados e do Terceiro Mundo
vai converter-se depois do arrebata- mento. Por isso temos a tarefa de tornar
conhecida a mensagem do Evangelho de Nosso Senhor ao maior número
possível de pessoas na Europa, na América do Sul e em quaisquer outros
lugares, e de anunciar que ele vai voltar em breve.
Quando os crentes então tiverem sido arrebatados e o anticristo
dominar sobre a terra, eles se recordarão e se converterão. Aleluia!

Sexto Selo, a Anunciação da Chegada do Dia do Senhor


―Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto‖.
O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda como sangue, as estrelas
do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa
cair os seus figos verdes, e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se
enrola.
Então todos os montes e ilhas foram movidos dos seus lugares. Os reis
da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos, e todo escravo e
todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes, e
disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos da face
daquele que se assenta no trono, e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande
dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?‖ (Ap 6.12-17).
O que sucederá quando da abertura do sexto selo também já havia sido
dito pelo Senhor nas sequências dos capítulos 24 de Mateus e 13 de Marcos.
Vejamos:
―Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a
sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão
abalados. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos
da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do
céu, com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor
de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a
outra extremidade dos céus.‖ Mateus 24:29-31.
A visão do apóstolo, no momento da abertura deste selo, se volta para a
Terra e para o nosso sistema solar. A Terra passa a ser o palco das maiores
catástrofes de toda a história da humanidade. Os juízos, com a abertura deste
selo, são em forma de fenômenos cósmicos envolvendo o sol, a lua, as estrelas,
enfim, todos os corpos celestes.
Pode ser que as armas nucleares estejam dentro deste contexto sinistro
que virá sobre a face da Terra.Cremos que João teve dificuldade em passar
para o papel aquilo que os seus olhos realmente viram.
E se ele teve grande dificuldade para relatar aqueles acontecimentos
futuros a respeito de tantas desgraças, imagine então a dificuldade que nós
temos para captar o terror deste sexto juízo!
Começa-se a tremer quando se pensa a respeito daquilo que ainda virá
sobre este mundo, mas temos que ocupar-nos com isso. Os primeiros sete
selos-visões apontam para futuras desgraças sobre o mundo das nações.
Agora o campo visual estende-se além da Terra e da Humanidade, e
através dos olhos de João recebemos uma impressionante visão do grande dia
da ira do Cordeiro. Esses terríveis juízos são uma introdução para a segunda
etapa da Sua volta em grande poder e glória, para o juízo sobre o mundo das
nações anticristãs.
Quando o Cordeiro abre o sexto selo, a terra é sacudida e abalada por
um terremoto extraordinariamente forte. O número crescente de terremotos é
simplesmente impressionante, vejamos segundo as estatísticas publicadas em
Estrasburgo:
Século 12 – 84 terremotos;
Século 13 - 115 terremotos;
Século 14 - 137 terremotos;
Século 15 - 174 terremotos;
Século 16 - 258 terremotos;
Século 17 - 378 terremotos;
Século 18 - 640 terremotos;
Século 19 - 2119 terremotos.
O sétimo selo
―Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de
meia hora. Então vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes
foram dadas sete trombetas. Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com
um incensário de ouro, e foi lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as
orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e
da mão do anjo subiu à presença de Deus o fumo do incenso, com as orações
dos santos.
E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à
terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto. Então os sete anjos que
tinham as sete trombetas preparam-se para tocar‖ (Ap 8.1-5).
No início do capítulo 8, o Cordeiro abre o último selo (o sétimo) do livro
selado, ato que foi interrompido na narrativa, pelo parêntese da visão dos dois
grupos de redimidos (144.000 e a grande multidão inumerável) do capítulo 7.
O livro fica totalmente aberto com a abertura do sétimo selo, o qual
introduz as 7 trombetas de juízo que predominarão no capítulo 8. A última
trombeta vai dar lugar às sete taças, as quais encerram os piores juízos sobre a
terra.
Sétimo Selo, cujo relato não se encontra no capítulo 6 do Apocalipse,
mas no capítulo 8. E pensamos que seja melhor desta forma, pois teremos de
falar sobre as Sete Trombetas e sobre as Sete Taças da Cólera de Deus, as
quais serão derramadas sobre a terra.

Ap 7- A grande tribulação.
João viu quatro anjos, que esperavam um outro que vinha do oriente
com selos para marcar 144 mil servos de Deus. Eles seguravam os quatro
ventos, mas os soltaram para danificar na terra, no mar e nas árvores. João viu
uma multidão vestida de branco diante do trono, que cantava louvores.
Eram os sobreviventes da grande tribulação salvos pelo cordeiro. Por
isso estão diante do trono de Deus, e o servem. Deus os abriga, não terão fome,
nem sede ou calor, e nunca mais chorarão. O cordeiro será seu pastor, e os
levará à fonte de água viva.
Ap 8 e 9- O sétimo selo.
João viu sete anjos com sete trombetas, e como os selos, a cada
toque de trombeta um fato ocorria. Assim:
1ª. Trombeta – choveu pedras, fogo e sangue.
2ª. Trombeta – Caiu no mar algo como uma grande montanha.
3ª. Trombeta – Caiu uma estrela chamada Absinto, e envenenou um terço das
águas.
4ª. Trombeta – Sol, lua e estrelas perdem um terço do brilho.
5ª. Trombeta – Caiu uma estrela que abriu o poço do abismo, e dele saiu muita
fumaça. Da fumaça saiu gafanhotos que afligiram aqueles que não tinham o
selo de Deus na fronte, por cinco meses. O rei dos gafanhotos era o anjo do
abismo, Abadon ou Apolion.
6ª. Trombeta – Soltaram os quatro anjos que estavam acorrentados no rio
Eufrates. Eles comandaram um exército de anjos que matou um terço dos
homens, com fogo, fumaça e enxofre. Dessas sete trombetas, quatro são
tocadas no capítulo 8, duas no capítulo 9 e a última no capítulo 11.
Os sete selos (Apocalipse 6:1-17; 8:1-5), sete trombetas (Apocalipse 8:6-
21; 11:15-19) e sete taças (Apocalipse 16:1-21) são três séries de julgamentos
de Deus que são diferentes e consecutivas. Os julgamentos progressivamente
pioram e se tornam mais devastadores à medida que o fim dos tempos progride.
Os sete selos, trombetas e taças estão conectados uns aos outros – o
sétimo selo inicia as sete trombetas (Apocalipse 8:1-5), e a sétima trombeta
inicia as sete taças (Apocalipse 11:15-19; 15:1-8).

A primeira trombeta (Ap 8.7) - Desencadeou calamidades sobre a


terra. A terra foi arrasada e queimada pelo incêndio das florestas.
A segunda trombeta (Ap 8.8) seguiu-se uma erupção vulcânica.
Morreu a terça parte dos peixes, e perdeu-se a terça parte das naus.
A terceira trombeta (Ap 8.10) enorme estrela, que ardia como uma
tocha. Tornou as suas águas amargo veneno.
A quarta trombeta (Ap 8.12) a terça parte do sol, da lua e das estrelas
se escureceu.
A quinta trombeta (Ap 9.1-12) enxame de gafanhotos gigantes
infernais invadem a terra.
A sexta trombeta (Ap 9.13-21) cavalaria infernal. Seres demoníacos
como os da quinta trombeta. Morre mais um terço dos homens (v.15,18). O
número de seres infernais era de 200 milhões.
A sétima trombeta (Ap 11.15-19) Esta trombeta ecoa no início da
segunda metade da Grande Tribulação. São os últimos 3,5 anos

As sete trombetas são descritas em Apocalipse 8:6-21. As sete


trombetas são o ―conteúdo‖ do sétimo selo (Apocalipse 8:1-5). A primeira
trombeta causa granizo e fogo que destroem muito das plantas do mundo
(Apocalipse 8:7).
A segunda das sete trombetas causa o que aparenta ser um meteoro
atingindo os oceanos e causando a morte de grande parte da vida marinha
(Apocalipse 8:8-9). A terceira trombeta é parecida com a segunda trombeta, só
que dessa vez ela atinge os lagos e rios do mundo, ao invés dos oceanos
(Apocalipse 8:10-11).
A quarta das sete trombetas causam o sol e a lua a se escurecerem
(Apocalipse 8:12). A quinta trombeta resulta em uma praga de ―gafanhotos
demoníacos‖ que atacam e torturam a humanidade (Apocalipse 9:1-11).
A sexta trombeta libera um exército demoníaco que mata um terço da
humanidade (Apocalipse 9:12-21). A sétima trombeta evoca os sete anjos com
as sete taças da ira de Deus (Apocalipse 11:15-19; 15:1-8)
Ap 16- As sete taças da ira de Deus. E os anjos derramaram as taças com os
flagelos.

1ª. Taça – Formaram-se úlceras nos homens com o sinal da fera.


2ª. Taça – O mar se tornou sangue, e morreu.
3ª. Taça – Rios e fontes se transformaram em sangue.
4ª. Taça – O Sol queimava os homens.
5ª. Taça – O reino da fera se escureceu.
6ª. Taça – O Rio Eufrates secou, e virou caminho para os reis do oriente. O
dragão, a fera e o falso profeta chamaram os reis da terra para uma reunião,
em Armagedom, para tratar da batalha do grande dia.
7ª. Taça –Foi derramada no ar, houve relâmpagos, trovões, granizo, e um
grande terremoto dividiu a grande cidade em três.
Ap 20- a) O milênio.
O Dragão, a serpente é o demônio, satanás. Ele foi preso por mil anos,
e depois será solto. E Cristo reinará mil anos com os mártires, e com os que não
adoraram a fera. Esta é a primeira ressurreição, haverá outra para os demais,
mas só depois dos mil anos.
b) Depois dos mil anos, satanás será solto, e seduzirá as nações para
novo combate. Cercarão a cidade querida, mas desce um fogo do céu, e devora
as nações. O demônio foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a fera
e o falso profeta, e serão atormentados eternamente.
c) Juízo final.
João viu um trono branco. Abriram o livro da vida, e os mortos foram
julgados segundo suas obras escritas nele. A morte foi lançada no tanque de
fogo, e esta é a segunda morte.

Armagedon, a batalha
Aqui, temos agora o confronto final entre o Cristo que está voltando com
Seu exército e o anticristo com seus exércitos terrenos. Não é necessário
averiguar se a referência é literalmente a ―cavalos‖ ou não. Pois, força, poder, é
um fato, que não pode ser avaliado com os olhos.
Mas esse fato invisível tem que tomar uma forma, para se tornar visível.
Apesar de atualmente cada vez mais povos se voltarem contra Israel, o Senhor
ainda retarda a Sua vinda. Somente quando o Israel agora militarmente
invencível estiver diante de um novo Holocausto, cercado por todos os exércitos
do mundo, Ele aparecerá com os seus em Israel.
Quem toca em Israel, toca na menina do Seu olho (Zc 2.12). O ponto
culminante da angústia de Jacó será por ocasião da batalha do Armagedom,
quando o Anticristo comandará todos os exércitos do mundo contra Jerusa- lém
(Zc 14.2).
Quando tudo parecer perdido para Israel, este povo clamará ao Senhor
com grande clamor, e então surgirá o Messias com seu exército, os quais
alcançarão o Anticristo e suas tropas em Megido e em Moabe, e os destruirão
(Ap 19.19-21; Is 63.1-6).
A palavra ―Armagedom‖ é formada a partir das palavras hebraicas ―Har‖
ou montanha, e ―Megido‖, uma cidade em uma colina – na parte norte da Terra
Santa, interior de Monte Carmelo (perto do porto moderno de Haifa). É no
―cruzamento das encruzilhadas‖ em que a antiga Via Maris (―Caminho do Mar‖)
cruza a rodovia transversal central de Israel.
Esta comanda uma vista do vale de Jezreel, o ―celeiro de Israel.‖ Foi um
posto de comando estratégico para o controle de toda a área por muitos
séculos. Os viajantes do Egito à Síria, Babilônia, Pérsia, Ásia Menor,
normalmente passam por esse caminho, e poderia ser tributado por quem
controlava a cidade.
Por este motivo, a cidade foi conquistada por muitas vezes as várias
potências que ocuparam a Terra Santa A outra questão é: quem está lutando
contra quem nessa batalha? É evidente que, no final de sua carreira, o Anticristo
estará lutando contra várias alianças, e seu império parece estar se
desintegrando.
Por outro lado, de acordo com Apocalipse 19, todas as forças estarão
reunidas para que a batalha seja travada contra Jesus Cristo.O versículo 19
afirma: ―Então vi a besta e os reis da terra e os seus exércitos reunidos para
fazerem guerra contra o Cavaleiro sobre o cavalo e seu exército.‖
O cenário provável é que o Anticristo, percebendo que seu poder está
diminuindo, consegue unir todas as forças da terra juntos contra seu inimigo
comum – o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Como todo o não crente faz,
eles pensam que podem prevalecer contra Ele!
Milênio a prisão de satanás
Devemos considerar, que o resultado das últimas grandes lutas, ou
seja, dos juízos de Deus, que analisamos nos capítulos anteriores,
especialmente nos capítulos 17 e 18 (Queda de Babilônia) vai muito além
daquilo que atingirá a besta, o falso profeta e os povos anticristãos.
Pois, aqui no capítulo 20, o juízo de Deus se derrama sobre o
verdadeiro dominador, o príncipe das trevas. Por sua influência, as potências
mundiais e seus chefes de Estado tomaram anteriormente a funesta decisão de
pelejar contra o Rei dos reis e seus exércitos.
Como estará a igreja no milênio - A Igreja estará glorificada na
Jerusalém Celeste; a habitação eterna da Noiva do Cordeiro e reinamos com o
Senhor. (Jo14.2,3; Gl 4.26,27; Cl 3.4; I Pe 5.1; Ap 21.2,3,23-27; 22.1-6).
Durante o milênio, esta maravilhosa cidade estará acima da Terra, como uma
estrela e resplendor da Glória de Deus.
Jerusalém terrestre continuará existindo na Terra e os homens a ela
virão para adorar a Deus e verão Jerusalém celeste brilhando com a Glória de
Deus. Os santos estarão em um corpo glorioso adaptado para a vida no céu e
superior as leis da física.
Não sabemos os detalhes sobre este corpo, ou de que forma a Igreja
participará deste reino, sabemos apenas aquilo que o Senhor nos revelou em
sua Palavra, a saber: Teremos um corpo glorioso; espiritual; incorruptível;
imortal (I Co 15.42-44; 53,54) e reinaremos com Cristo.
O fim do milênio - Após os mil anos satanás será solto por um pouco de
tempo (Ap 20.1-3,7). O Diabo enganará a muitos (Ap 20.8,9). O Diabo reunirá
as nações para a guerra de Gogue e Magogue, ou seja, reunirá os povos de
uma extremidade a outra da Terra.
O próprio Satanás será o líder desta Guerra. Todos eles serão
destruídos por Deus de forma sobrenatural (Ap 20.9). Satanás será lançado no
Inferno e será atormentado de dia e de noite para todo o sempre (Ap 20.10).
Tudo isso mostra que o homem, quando não nasce de novo, permanece
em estado adâmico, e até debaixo das melhores condições de vida, é capaz de
virar as costas para Deus.
Juízo final - Após a guerra de Gogue e Magogue, antes do início do
Julgamento Final, quando houver a manifestação do Grande Trono Branco, a
Terra será totalmente desfeita (Ml 4.1; II Pe 3.7-13). Este céu e esta Terra não
existirão mais (Ap 21.1), portanto, o Juízo do Grande Trono Branco não será
nesta Terra nem tão pouco neste céu que agora vemos, haja vista eles não mais
existirem (Ap 20.11).
Ap 21- A Nova Jerusalém.
a) João viu uma nova terra e um novo céu, e do céu desceu a Cidade
Santa, a Nova Jerusalém vestida como esposa. Uma voz disse: Eis aqui o
tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles, serão seu povo,
enxugará toda lágrima, e não haverá morte, nem luto, nem dor, porque passou a
primeira condição.
b) João descreve a Nova Jerusalém. Não viu nela templo algum, pois
Deus é o seu templo. A cidade não necessita do Sol, nem da lua, pois a glória
de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua luz. As nações andarão na luz. Nela não
terá nada profano, nem abominação, nem mentira, e só entrará nela quem tiver
o nome escrito no livro da vida, do Cordeiro.

Ap 22- a) João viu um rio saindo do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da


avenida tem uma árvore da vida, que produz doze frutos, e suas folhas curam
as nações.
b) O injusto faça a injustiça, o impuro a impureza, o justo a justiça ainda
mais e o santo a santidade ainda mais. Eis que em breve venho. Eu sou o alfa e
o ômega, o primeiro e o último, o começo e o fim. Felizes os que lavam suas
vestes para ter direito à árvore da vida, e entram na cidade pelas portas.
c) O Espírito e a esposa dizem: Vem! Todos digam: Vem!
Conclusão
Conclui-se que é impossível estabelecer uma situação de perseguição
mundial da igreja como descrita no Apocalipse a partir de fontes extrabíblicas. A
profecia contida no Apocalipse vai muito além de qualquer situação histórica do
primeiro século.
Apesar de a Roma dos tempos de João ter tendências anticristãs, o
quadro feito do Anticristo em Apocalipse 13 representa muito mais que a Roma
histórica. Referências concretas à perseguições são todas ilustrações da
hostilidade do mundo frente à igreja.
Não podemos dizer por que João foi exilado para Patmos (1:9). De
qualquer modo ele diz que Deus usou seu exílio como ocasião para lhe
proporcionar uma série de visões que retratariam o conflito entre o Reino de
Deus e o poder de Satanás, a vitória final do Reino de Deus e a consumação do
seu propósito redentor.
Esta batalha terrível é o tema de muitas passagens do Velho e Novo
Testamento. É realmente uma série de inter-relacionados desastres. Vamos
primeiro olhar para algumas das previsões do Antigo Testamento sobre esse dia
terrível.
Essas passagens nos lembram de que o povo escolhido de Deus,
Israel, e sua capital, Jerusalém, são o foco da batalha. Ela também mostra a
compaixão de Deus para com Israel.

REFERENCIA

Armagedon, a Batalha Final do Apocalipse. Disponível em:< http://a-


biblia.blogspot.com.br/2011/11/revelacao-apocalipse.html >. Acesso em
22/11/16
Disponível em:< http://a-biblia.blogspot.com.br/2011/11/revelacao-
apocalipse.html >. Acesso em 22/11/16

ELDON Ladd, George. A Commentary on The Revelation of John.


SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA e ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA
EDITORA MUNDO CRISTÃO. Disponível em:<
https://teologiaediscernimento.files.wordpress.com/2014/08/apocalipse-
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