Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
a) Divulgação – a norma deve ser divulgada pelos meios adequados, com metodos
educacionais e alguns dos meios de propaganda e política e comerical.
*
*
EFICÁCIA → Capacidade que a norma jurídica possui de produzir os efeitos para o qual ela foi
criada. A norma será eficaz se produzir no grupo social o efeito para o qual ela foi criada.
EFEITOS → São alterações produzidas pela norma dentro do grupo social. É a Lei atuando no
grupo social.
*
*
*
*
Eficácia é diferente de Efeito: Pode-se dizer que a eficácia da norma é a força que a norma
possui para atingir os objetivos para as quais foi editada, dentro do grupo social, ou seja, é
quando uma lei ao ser editada tem força para atender as necessidades do grupo social.
Quando a Lei entra em vigor é que vamos perceber se é eficaz. Não produzindo os efeitos
desejados ela se tornará ineficaz e sendo ineficaz produzirá efeitos negativos na sociedade.
*
*
*
*
*
*
O Brasil adota o sistema representativo, os cidadãos elegem seu representantes que irão
elaborar leis que atendem às suas necessidades; o legislador não pode estar afastado do povo.
O regime representativo é imperioso, importante para o grupo social. Como as leis são
editadas, podemos dizer, que o governo é de leis e não de homens.
*
*
A Lei tem que estar sempre em equilíbrio com o grupo social, não podendo estar antecipada e
nem atrasada em relação a ele.
Ex.: Art. 240 do C.P. (Adultério) → É ineficaz ( o grupo social já a ultrapassou).
O E.C.A. → ineficaz, antecipada na sociedade que ainda não está preparada para a lei e o
governo não consegue colocar em prática as suas regras.
A C.L.T., editada em 1930, estava antecipada, porém sofreu diversas emendas para ser
atualizada.
*
*
*
*
Efeitos Positivos
Controle Social → Função social do direito; a norma impedindo que a sociedade tenha
dificuldade para evoluir. O controle social se faz pela prevenção de conflitos, que pode ser :
Geral → quando a lei está atuando no grupo, prevê uma punição para quem transgredir a
norma, intimidando a ação que o grupo social não deseja.
Especial → refere-se a um indivíduo isoladamente, e não à sociedade.
*
*
*
*
Conservador → Os institutos vão ser preservados pela norma. Ela vai proteger de maneira
eficaz os institutos. Quanto mais eficaz a norma melhor serão preservados os valores do grupo
social. É o controle social fazendo com que a comunidade entenda que em casos de conflito
existem critérios pré – determinados para solucioná-los.
*
*
*
*
A eficácia da norma está na teoria tridimensional do direito. O sistema jurídico, um dos
mecanismos do controle social é o principal instrumento do poder social para organizar a
sociedade. Se o sistema jurídico é falho, é falho o controle social.
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
É importante a edição de normas eficazes, sem elas, é mais fácil a criação de um Estado
dentro do Estado. Quanto mais enfraquecido o poder público, mais forte os mecanismos que a
sociedade cria para sua organização, é o poder social dissociado do governo.
A FUNÇÃO DA SOCIOLOGIA JURÍDICA E A EFICÁCIA DO DIREITO (Sabadell)
A sociologia jurídica analisa o processo de criação do
Direito e sua aplicação na sociedade. Examinaremos
nesta abordagem as especificidades da Sociologia do
Direito, passando em seguida a analisar o tema da
eficácia do Direito, que constitui um dos principais
objetos de estudo da sociologia jurídica.
1. TRIDIMENSIONALIDADE DO DIREITO E
ESPECIFICIDADE DA ABORDAGEM
SOCIOLÓGICA
O nosso exemplo nos permite tirar duas conclusões
com relação ao papel da sociologia jurídica e do seu
campo de ação. Em primeiro lugar a sociologia
jurídica não se interessa pelo estudo da justificação do
Direito. A análise de seus fundamentos (razão, ideia de
justiça, moral, vontade da classe dominante,
racionalização) é pertinente à "Filosofia do Direito".
qE = E/S
b) ADEQUAÇÃO INTERNA DA
NORMA - Trata-se da capacidade da
norma em atingir a finalidade social
estabelecida pelo legislador. Uma norma
jurídica é considerada internamente
adequada quando as suas consequências
na prática permitem alcançar os fins
objetivados pelo legislador. Em outras
palavras examinamos aqui a
"funcionalidade" da norma que resulta
da análise de suas consequências sociais
(Bettini, 1998, p. 32).
Duas observações:
PROFESSOR
CAVALCANTI
Acadêmico de Direito
Num primeiro estágio de sua evolução, o homem era um "ser" absolutamente livre e solitário. A
propósito, é preciso entender que a completa liberdade pode ser uma "realidade" cobiçada por
muitos, porém, é preciso lembrar que esse almejado estágio da existência humana está,
necessariamente, vinculado a uma supressão do meio social (só pode ser absolutamente livre
quem está sozinho). É que, para conviver em sociedade, o primeiro requisito está atrelado à
coexistência de interesses díspares, muitas vezes antagônicos. E para tanto, devemos abdicar de
nossa plenitude volitiva (vontade), respeitando os interesses e a individualidade alheia. Este o
grande "mistério" da convivência social: o respeito aos interesses e à individualidade alheia. E é
precisamente de uma coexistência pacífica e harmoniosa que se tem a viabilização da sociedade.
Em síntese, pode-se afirmar que toda manifestação de intolerância ou agressão ao semelhante,
implica, necessariamente, num abalo à própria ordem social! Aqui, mais uma pequena
digressão: agressão ou intolerância não tem a conotação exclusivamente física...
Então, como se visse carente de conviência social e inseguro contra toda sorte de perigos que o
cercava (animais, homens ou grupos estranhos e mais fortes), aquele homem primitivo começou
a formar os primeiros grupos sociais, talvez tribos ou grupamentos em que alguns indivíduos
com interesses comuns esponteamente renunciavam a uma determinada parcela de sua própria
"liberdade absoluta" para, com isso, se permitirem conviver com o semelhante, ou seja, com os
demais "indivíduos" daquele meio social. Mas, como toda convivência plural exige determinado
regramento (perceba que até os mais inocentes "jogos infantis" exigem certas regras para que
possam acontecer), as primeiras normas foram concebidas a fim de garantir uma coexistência
minimamente equilibrada, ainda que, num primeiro estágio, inequivocamente, rudimentar. Eis
aí o momento inicial da concepção de uma determinada norma social, posteriormente definida
como "lei". Assim, pois, a "lei" deve ser percebida (e é concebida) como um importante
instrumento de regulamentação social, de molde a possibilitar um ambiente equilibrado e
viável.
Retornando ao nosso "homem plenamente livre", devemos registrar que nesse estágio de sua
existência, o homem via-se no que se denomina "estado de natureza". Muitas pessoas não sabem
(talvez, a maioria dos cidadãos, principalmente, no Brasil...), mas ainda tentam viver num típico
"estado de natureza", em que observam, exclusivamente, a própria vontade ou os próprios
interesses, sem se importarem com as pessoas que os circundam, ou seja, o grupo social. E nesse
caso, a regulamentação da convivência social se mostra, mesmo, imprescindível. Mas, mais que
isso, mais que a previsão legal, a eficácia da lei deve ser o "bem" mais cobiçado... E este é o
propósito deste modesto ensaio: esclarecer a importância da lei, mas, principalmente, os fatores
que lhe determinam a eficácia (observância e respeito à lei, no meio social...).
Da origem social até os dias atuais, muitas importantes etapas históricas foram percorridas pelo
Homem em sua evolução pessoa e social. Assim, por ora, devemos abstrair tais "capítulos" da
evolução humana, para entendermos o atual nível da complexidade orgânica social.
Essa mesma "lei", que num primeiro estágio social traduzia a necessidade de limitação dos
interesses e vontades dos membros do grupo (justificando, ainda, a existência no regramento
social), hoje é ditada pelo Estado politicamente organizado, em suas mais variadas
manifestações políticas...
Considerando, pois, o Estado Democrático de Direito, deve-se lembrar que a "lei" não é um
instrumento totalmente auto-suficiente, de forma que sua simples "existência" signifique a
solução para o tema por ela regulamentado... Então, para que uma determinada lei seja eficaz
(respeitada e efetivamente observada pelo grupo social), devem concorrer "fatores de eficácia da
norma jurídica"! E, no caso, há uma regra geral que não pode ser ignorada: quanto mais efetiva
se mostrar a presença desses fatores de eficácia , maiores serão as chances de eficácia da norma
jurídica!
Observando, então, os "fatores de eficácia" das normas jurídicas (leis) - com os quais nossos
agentes públicos (presidente, governadores, magistrados e legisladores, além dos próprios
operadores do Direito) deveriam se preocupar - podemos distingui-los em "fatores
instrumentais" e "fatores sociais". Antes, porém, de adentrarmos numa explanação mais técnica,
queremos registrar que os citados "fatores" constituem a força motriz que permite a própria
efetiva presença da norma perante a sociedade, de molde a regulamentar, eficazmente, o
respectivo convívio social.
Ainda que possamos dissertar mais pormenorizadamente num próximo "encontro", adiantamos
o que sejam os mencionados "fatores", lembrando que a defesa da própria organização jurídica
(regulamentação social) cabe aos membros do grupo social, tanto mais atuantes quanto o forem
os seus "representantes" constituídos:
i) Atualidade da regra legal. As leis que exprimem regras que contenham valores
"antigos" ou "inovadores", de forma geral, padecem de maior dificuldade quanto à sua eficácia
(observância pela sociedade). Assim, o legislador deve estar atento à contemporaneidade entre o
estágio de evolução social e os valores que pretende proteger com a previsão legislativa (lei). Por
exemplo, no Brasil, onde somente agora despertamos para uma consciência ambiental, de pouco
tem adiantado uma legislação ambiental extremamente evoluída...
j) Coesão social. Ah..., este, sim, constitui um fator de extrema importância, não somente
para a eficácia das normas jurídicas (leis), mas, também, para a própria convivência social, num
ambiente harmonioso e satisfatoriamente equilibrado. Quanto menos conflitos hajam em uma
sociedade, num determinado momento histórico, mais equilibrado, naturalmente, será o
ambiente social, com mais seguras possibilidades de eficácia das regras fixadas para sua
regulamentação. A propósito, o grande sociólogo francês, Èmile Durkheim, já discorreu sobre o
tema, com inegável competência. Muitos a ele se referem como "solidariedade social".
k) Adeqüação da lei ao momento histórico. Antes de se confunda com a já referida
"atualidade da regra legal", é importante salientar que, agora, não se está avaliando a
contemporaneidade com os valores culturais vigentes, mas com as relações de força e com a
própria realidade social, no sentido de que uma previsão legal encontrará maior receptividade,
se observados os verdadeiros anseios do grupo social, sempre consideradas as forças atuantes
em seu meio.
Eis, portanto, em modesta síntese, o que se tem como alguns importantes fatores para a efetiva
observância das leis, lembrando que as leis nunca devem ter uma conotação exclusivamente
impositiva (o que, não raro, desperta antipatias e condutas rebeldes - movimentos justificados
pela a teoria de Karl Marx, "conflito social"), mas, sobretudo, necessária, para viabilizar um
convívio social saudável e satisfatoriamente equilibrado.