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A música popular engajada

 A música foi a manifestação artística que mais consolidou-se ao grande público;


 MPB – articulação estética e ideológica (nascimento no seio carioca);
 Samba, Bossa Nova e MPB – plano do pensamento crítico-musical popular;
 A canção engajada nasceu como desdobramento dos músicos ligados à Bossa Nova –
conscientização por meio da arte, a crença de que os morros cariocas tomados nas
letras da Bossa Nova as tornavam subjetivas e localizadas demais.
 Depois do carnaval (Carlos Lyra - 1962) e Um senhor de talento (Sérgio Ricardo –
1963);
 Crítica à dependência da Bossa Nova ao Jazz norte-americano;
 Mescla da música brasileira (C. Lyra – Broadway e Hollywood/Sérgio Ricardo –
materiais rítmicos e poéticos retirados da traição afro-brasielira);
 Tradição (as raízes musicais já consolidadas, como os elementos da Bossa Nova) +
modernidade (as questões sociais, a música engajada e novos elementos musicais);
 Tradição + modernidade: samba + jazz; morro + sertão; lirismo + a busca pela realidade
brasileira;
 Nara Leão; Elis Regina;
 A música popular: dos shows universitários às emissoras de TV e gravadoras
multinacionais (Philips e Odeon);
 Os festivais da canção potencializaram o público da canção engajada no Brasil;
 Chico Buarque – recuperação do samba urbano carioca dos anos 1930, na tradição de
Ismael Silva e Noel Rosa;
 Edu Lobo – fusão do cool jazz, música erudita e materiais folclóricos;
 A MPB mesclou preocupações sociais, sofisticação musical, lirismo poético;
 Os festivais começam antes da ditadura e seguem em seu início – perceber como essas
mudanças influenciaram nas letras;
 Festivais, LPS > canção engajada como epicentro do mercado fonográfico brasileiro;
 A canção engajada (assim como a tese do autor) foi incorporada ao mercado;
 Preferências pelas canções engajadas ao invés da tradição romântica;
 Jovem Guarda;
 A substituição da importação de músicas pela MPB;
 Maria, carnaval e cinzas (Roberto Carlos – colocar a letra no slide);
 A Jovem Guarda acabou em 1968, ao contrário da MPB;
 A maior parte das músicas engajadas tinha como fundamento o “dia que virá”. Assim,
traduziam;
 Caminhando e cantando: uma ruptura com o ideal do “dia que virá”;
 Chico Buarque (tradição) – tradição nacional-popular; lirismo nostálgico x o dia que
virá (Ex: a banda, “enquanto a banda passa pela cidadezinha, os homens saem da sua
alienação, voltam-se para o espaço público e experimentam uma fugacidade sublime.
Mas a banda se vai, e cada qual volta para seu canto”);
 Caetano Veloso (ruptura) – à frente da tropicália; criticava a tradição nacional-popular
por ser esteticamente conservadora e politicamente arcaica; alegria, alegria;
questionamento aos dois heróis: “jovem” e “povo”.
 Outra tensão: as canções eram pensadas a partir da fusão com gêneros pop,
eletrificados, vistos pela esquerda nacionalista como desvios da tradição;
 A tropicália assumiu, ao longo de 1968, o mercado como o lugar social das canções;
 O agravante veio com o AI-5.

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