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O Ambiente

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Doenças do Trabalho
Aqui
Toxicologia

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Alessandro José Nunes da Silva

Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Toxicologia

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Introdução;
• Agentes Tóxicos;
• Vias de Penetração;
• Limites Biológicos de Tolerância;

Fonte: Getty Images


• A Vigilância da Exposição a Agentes
Tóxicos no Ambiente de Trabalho.

Objetivos
• Apresentar informações básicas sobre toxicologia;
• Destacar as funções dos agentes tóxicos, as vias de penetração no corpo humano, as fun-
ções da toxicocinética e os limites de tolerância biológicos no corpo humano;
• Mostrar como conduzir o estudo do nexo causal e como realizar a vigilância dos
agentes tóxicos.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
Toxicologia

Contextualização
No meio ambiente de trabalho, podem existir muitos componentes químicos, bioló-
gicos e físicos presentes que podem afetar os trabalhadores. A ciência que estuda esses
efeitos nocivos causados por substâncias químicas na saúde do trabalhador é denomina-
da de Toxicologia Ocupacional.

Para saber um pouco mais sobre o que é toxicologia, acesse o vídeo do Centro de Estudos
em Toxicologia da Universidade Federal do Ceará (CETOX UFC, 2015).
Acesse aqui: https://youtu.be/MhI_edjpXE4.

A Toxicologia é uma ciência que estuda a interação entre os agentes


químicos, biológicos e físicos com os organismos vivos e ecossistemas
e a probabilidade de ocorrência de danos, a partir desta interação,
assim como a prevenção e tratamento dos efeitos e danos decorrentes
da exposição a tais agentes. (BRASIL, 2018a)

Esse tema é muito complexo, suas ações não devem ser realizadas por novatos, a
proficiência no assunto é fundamental para as ações de proteção da saúde dos traba-
lhadores. Alguns dos temas abordados na Instituto Nacional do Câncer aponta: agentes
infecciosos, agrotóxicos, amianto, poeiras, poeira de couro, poeira de madeira, poeira
de sílica, poluentes, fumaças de motores a diesel, hidrocarbonetos policíclicos aromáti-
cos, poluição do ar, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, solventes, benzeno,
formol, tricloroetileno, medicamentos, quimioterapia e antineoplásica.

Problemas novos estão surgindo com as novas tecnologias, como a nanotecnologia. São
mudanças que vêm ocorrendo de forma muito rápida, sem o conhecimento necessário de
seu impacto nos ambientes de trabalho. Contudo, não vemos a mesma preocupação com a
exposição dos trabalhadores nesse contexto, das nanotecnologias, por isso a Fundacentro
criou um grupo de pesquisa no assunto que pode ser acessado aqui: https://bit.ly/2Izypnp.
No Brasil, quando se fala de toxicologia, normalmente nos remetemos ao Instituto Nacional
do Câncer como referência, por isso, para dar início, ao conteúdo é fundamental a leitura
no site de Toxicologia e Câncer – Causas e Prevenção. Acesse aqui: https://bit.ly/2IxrqLG.

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Introdução
“[...] todas as substâncias são venenos, não existe nenhuma que não
seja. A dose correta diferencia um remédio de um veneno”. Paracelso
1443-1541. (SOUZA, 2019)

Na atualidade, existem mais de 23 milhões de substâncias químicas conhecidas, das


quais cerca de 200 mil são usadas mundialmente (FREITAS, 2000). A cada momento
essas aumentam em milhares e o excesso de possibilidades de produtos e derivados
causam a poluição ambiental no “ar, água, terra que plantamos, resíduos sóli-
dos, líquidos e gasosos”, no local de trabalho decorrente dos muitos processos de
transformação de produtos “plástico, borracha, fluidos, aço, combustíveis, papel,
muitos outros” e também presentes na cadeia de consumo como os “alimentos,
remédios, ambientes climatizados, dentre outros”, portanto, muitas possibilidades
no nosso dia a dia. Para nossa maior compreensão da Toxicologia, segue um trecho
de Fukushima e Azevedo:
A Toxicologia é a área do conhecimento humano devotada a com-
preender os tóxicos, sua existência, sua ocorrência, seus comporta-
mentos, mecanismos de ação, etc. Os propósitos para esse esforço
humano de conhecer são muitos, e têm se diversificado com o passar
do tempo: desde reconhecer o alimento seguro, até praticar a ‘arte’
do envenenamento; desde caracterizar o tóxico de um envenena-
mento até predizer o grau possível de uma exposição (contato) sem
superveniência de risco explícito etc. É exatamente nesse aspecto
último, vale dizer, conhecer para determinados agentes tóxicos e sob
determinadas situações qual a possibilidade de ocorrência da doença
intoxicação (de subclínica a grave ou letal), que mais e mais tem hoje a
Toxicologia encontrado desenvolvimento franco e aplicação prática.
Por isso é que a atual Toxicologia ganha intimidade quase amalgâmi-
ca com a matemática e as técnicas computacionais. (FUKUSHIMA;
AZEVEDO, 2015)

Os resíduos, se não cuidados, podem estar presentes no meio ambiente de trabalho


e também nas áreas circunvizinhas das indústrias, como é o caso, por exemplo, da po-
luição decorrente da cadeia produtiva de cerâmica que afeta a população em geral e a
classe trabalhadora no polo cerâmico no interior do estado de São Paulo.

O que está por trás da segunda cidade mais poluída do Brasil?


Acesse o link: https://youtu.be/p1oO1N7ymzk.

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UNIDADE
Toxicologia

No meio ambiente de trabalho, é necessário ter um controle sobre esses agentes de


poluição (BRASIL, 2014) e, para evitar ou mitigar o adoecimento do trabalhador, devem
existir ações de monitoramento através do (BRASIL, 1978), por isso da necessidade de
um trabalho preventivo e protetivo, conforme determina a NR9.

Eu respirei o pó do amianto, acesse: https://youtu.be/R2__iCjXTPY.

Agentes Tóxicos
“O que é agente tóxico? É a substância química capaz de causar dano a
um sistema biológico, alterando seriamente uma função ou levando-o à
morte, sob certas condições de exposição”. (SANTA CATARINA, 2019)

A toxidade é a medida do potencial tóxico de uma substância. Portanto, não existem


substâncias químicas sem toxicidade (FIOCRUZ, 2019). Ao manipular as substâncias
químicas, deve-se adotar barreiras de segurança, sejam elas de forma coletiva, individual
ou procedimental, sempre visando à limitação da dose e da exposição dos trabalhadores
(BRASIL, 2014).
Para a equipe de segurança, é importantíssimo saber que os maiores
fatores que influenciam na toxicidade de uma substância são: frequên-
cia da exposição, duração da exposição e via de administração. Existe
uma relação direta entre a frequência e a duração da exposição na
toxicidade dos agentes tóxicos. (FIOCRUZ, 2019)

Para se avaliar a toxicidade de uma substância química, é necessário conhecer: que


tipo de efeito ela produz, a dose para produzir o efeito, informações sobre as caracte-
rísticas ou propriedades da substância, informações sobre a exposição e o indivíduo.
As intoxicações por substâncias químicas podem ser agudas e crônicas, e poderão se
manifestar de forma leve, moderada ou grave, a depender da quantidade da substância
química absorvida, do tempo de absorção, da toxicidade do produto, da suscetibilida-
de do organismo e do tempo decorrido entre a exposição e o atendimento médico
(BRASIL, 2018b), conforme mostra a Tabela 1.

Tabela 1 – Manifestações dos Efeitos tóxicos


Efeitos tóxicos Período Vias Exemplo
Respiratória O trabalhador ficou exposto a produtos tóxicos
Aguda Exposição de curto tempo – dia Cutânea uma única vez ou por múltiplas exposições a uma
Oral substância no mesmo dia.
Respiratória
O trabalhador fica exposto a uma substância em
Subcrônica Exposição mediana – meses Cutânea
vários dias de forma contínua.
Oral
Respiratória O trabalhador fica exposto a repetidas exposições,
Crônica Exposição prolongada – anos Cutânea por um período longo. Nesses casos, as
Oral manifestações ocorrem tardiamente.
Fonte: Fiocruz (2019)

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Outro ponto importante a ser considerado pela equipe de saúde e segurança sobre
os efeitos tóxicos é a severidade, conforme mostra a Tabela 2.

Tabela 2 – Severidade da exposição ao agente tóxico


Severidade Descrição
Promove distúrbios no corpo humano que são rapidamente reversíveis e desaparecem com o término da
Leve
exposição ou sem a intervenção médica.
Promove distúrbios no organismo que são reversíveis e não são suficientes para provocar danos físicos sérios
Moderada
ou prejuízos à saúde. Depende de intervenção médica.
Promove mudanças irreversíveis no organismo humano, suficientemente severas para produzirem lesões
Severa
graves ou a morte.
Fonte: Fiocruz (2019)

Relato de caso

O texto a seguir traz maior compreensão para compreendermos sobre a exposição


dos bombeiros no resgate de humanos e animais especificamente nos rompimentos
das barragens da Samarco e da Vale nos municípios de Mariana e Brumadinho,
uma vez que essa exposição pode causar muitos problemas de saúde para esses
profissionais no futuro. Principalmente, ao considerarmos que a “lama tóxica” pos-
sui muitos contaminantes, dentre eles metais pesados.

Sendo assim, verifique quais ações podem ser realizadas para a proteção
desses profissionais. Acesse aqui: https://bit.ly/2GqvZ91.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) apresenta um quadro onde mostra as substân-


cias tóxicas que causam adoecimento e podem ter relação com o trabalho na maioria
dos casos.

Tabela 3 – Exposição a substâncias tóxicas e órgão afetado


Substâncias Tóxicas Locais Primários dos Tumores
Nitrito de acrílico Pulmão, cólon e próstata
Alumínio e seus compostos Pulmão
Arsênico Pulmão, pele e fígado
Asbesto Pulmão, serosas, trato gastrointestinal e rim
Aminas aromáticas Bexiga
Benzeno Medula óssea (leucemia mieloide)
Benzidina Bexiga
Berílio e seus compostos Pulmão
Cádmio Próstata
Cromo e seus compostos Pulmão
Álcool isopropílico Seios paranasais
Borracha Medula óssea e bexiga
Compostos de níquel Pulmão e seios paranasais
Pó de madeiras Seios paranasais
Radônio Pulmão
Tinturas de cabelo Bexiga
Material de pintura Pulmão
Fonte: INCA (2012)

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UNIDADE
Toxicologia

Tabela 4 – Exemplos de função e órgão afetado


Ocupação Locais Primários dos Tumores
Marceneiro Carcinoma de nariz e seios paranasais
Sapateiro Carcinoma de nariz e seios paranasais
Limpador de chaminé Carcinoma de pele, pulmão e bexiga
Fonte: INCA (2012)

Para saber a relação entre as substâncias tóxicas, a ocupação e o órgão afetado, leia o
Capítulo 3 do texto, Tipos de Câncer e a Relação com a Exposição Ocupacional.
Acesso aqui: https://bit.ly/2HD017u.

Vias de Penetração
Para que ocorra um efeito tóxico, o agente ou seu metabólito ativo
deve atingir o sítio (local) correto de ação, na dose (concentração)
correta e com duração (período de tempo) suficiente para produzir o
dano (manifestações tóxicas) no organismo. A toxicologia define dose
como a quantidade do agente tóxico que alcança o tecido-alvo em um
determinado período de tempo. (INCA, 2012)

Nas atividades no meio ambiente de trabalho, as equipes de segurança devem ficar


atentas às formas de absorção dos agentes tóxicos. A partir desse momento, os agen-
tes atravessam as membranas e adentram na corrente sanguínea. As principais vias
de exposição de agentes tóxicos no organismo são a respiratória, a dérmica e a oral
(INCA, 2012).

Via respiratória
Para a toxicologia ocupacional, é a principal via de introdução de agentes tóxicos
no organismo humano. As vias respiratórias superiores e os alvéolos tomam parte na
retenção e absorção de agentes tóxicos, embora dependendo sempre do estado físico do
agente tóxico (INCA, 2012).

Você deve pesquisar a reportagem referente ao acidente no alojamento do Clube Regatas


Flamengo, onde dez trabalhadores (jogadores de uma categoria de base menor) morreram
quando dormiam em local organizado pelo clube. Analisar: quais os produtos tóxicos foram
inalados pelos jogadores que morreram? Como esses agem no nosso organismo? Quais são
os meios para evitar? Acesse aqui: https://bit.ly/2UZGmZt.

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Primeiros Socorros – Intoxicação por via inalatória (pela respiração)
• Remover a vítima para local fresco e ventilado;
• Afrouxar as roupas;
• Se necessário, iniciar manobras de ressuscitação cardiopulmonar (caso tenha trei-
namento específico);
• Os cuidados imediatos devem contemplar a situação como um todo: em mui-
tos casos, a contaminação ocorre tanto por inalação quanto pela pele (SANTA
CATARINA, 2019).

Via cutânea
A pele é um órgão que possui múltiplas camadas de tecidos, por isso ela é uma bar-
reira efetiva contra a penetração de substâncias químicas exógenas. Contudo, alguns
agentes podem sofrer absorção cutânea, sempre dependendo dos fatores fisiológicos e
anatômicos da pele e das propriedades físico-químicas dos agentes. Muitos agentes tó-
xicos são permeáveis, sejam eles em seu estado sólido, gasoso ou líquido (INCA, 2012).
Relato de caso

Ocorreu em um acidente de trabalho com o proprietário de empresa de reciclagem


de materiais plásticos, que era usada para o descarte clandestino de embalagens
(bombona de 50 litros) de ácido fluorídrico (70%). Ao receber as embalagens ácido
fluorídrico (70%), o proprietário, para revender as bombonas, necessitava realizar
o corte em pedaços pequenos, em um tamanho que pudesse entrar nas máquinas
extrusoras de plástico. Para realizar o corte em pedaços pequenos, utilizava uma
serra de fita. Quando realizava esses cortes, o trabalhador tinha o contato com o
líquido que estava armazenado em pequenas quantidades no interior da bombona.

Ele desenvolvia essa atividade e passava por essa exposição durante um dia todo,
enquanto cortava. Contudo, em uma manhã, ao iniciar os trabalhos, começou
a sentir dores nos braços, dirigindo-se ao pronto socorro mais próximo, sendo
medicado com analgésico. Seu quadro piorou durante o dia, e o mesmo teve que
procurar outro pronto socorro, onde recebeu mais uma dose de analgésico.

Note que nenhuma unidade médica se aprofundou no motivo da dor.

Como estava sem diagnóstico e com dores, o trabalhador procurou pela terceira
vez o pronto socorro, onde foi barrado pelo guarda municipal a pedido da equipe.
Nesse caso, a equipe, pelo desconhecimento da exposição do trabalhador, enten-
deu ser ele uma pessoa tentando se drogar.

Ao conservar do caso com sua vizinha, que era enfermeira e trabalhava em um hospi-
tal, desconfiou finalmente da exposição química. A mulher o encaminhou ao Centro
de Controle de Intoxicações, onde foi realizado o diagnóstico, seguido de internação e
tratamento. A exposição por contato ao ácido fluorídrico (70%), que é um sequestrante
de cálcio, provocou a osteoporose química nele, causando muita dor ao trabalhador.
Fonte: Buoso (2019)

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UNIDADE
Toxicologia

Primeiros Socorros – Intoxicação por via cutânea (pele)


• Devidamente protegido com luvas, o socorrista deve retirar as roupas contamina-
das da vítima e colocá-las em saco plástico;
• Lavar bem a pele contaminada com água corrente e sabão por no mínimo 10 mi-
nutos. Não esquecer de lavar cabelos, axilas, virilhas, umbigo, barba e dobras do
corpo, para descontaminar;
• No caso de contaminação nos olhos, lavar bem com água corrente por 15 minu-
tos, encaminhando o paciente para avaliação oftalmológica o mais breve possível
(SANTA CATARINA, 2019).

Via oral
A absorção por meio dessa via pode percorrer em todo o trato gastrointestinal,
como a boca, faringe, esôfago e estômago. Para a toxicologia ocupacional, essa via é
secundária, entretanto, a exposição a poeiras de certos elementos, como chumbo, ar-
sênio, cádmio, pode ocorrer também pela via digestiva. Isso se deve ao fato de que, no
meio industrial, a contaminação por essas poeiras pode ocorrer diretamente pelas mãos
ou por alimentos contaminados (INCA, 2012)
Relato de caso

Em uma indústria de transformação metálica que possui muita poeira, contendo


metais pesados decorrentes da fundição, ocorreu que o refeitório e os bebedouros
de água tinham contato direto com a área produtiva. Isso fazia com que a exposição
dos trabalhadores ao metal pesado, já rotineira nas atividades de trabalho, aumen-
tasse ainda mais por conta da ingestão de água e das refeições contaminadas.
Fonte: elaborado pelo autor

Primeiros socorros – Intoxicação por via oral


• Ler o rótulo do produto para ver se é recomendado provocar vômito;
• Não provocar vômitos em pessoas inconscientes, durante convulsões, em crian-
ças menores de três anos ou quando na composição do produto constar derivados
de petróleo;
• Nunca oferecer leite ou bebidas alcoólicas como forma de amenizar a intoxicação;
• Após os primeiros socorros, deve-se procurar o serviço de saúde mais próximo ou
chamar o SAMU 192, levando o rótulo ou a embalagem do agrotóxico e o receitu-
ário agronômico (SANTA CATARINA, 2019).

Toxicocinética
A equipe de saúde e segurança deve compreender que a toxicocinética é caracteri-
zada pela ação que o organismo realiza sobre o agente tóxico, sendo que esse atua em
etapas distintas e consecutivas, como: a absorção, distribuição, metabolismo e excreção
(INCA, 2012), conforme mostra a Tabela 5 e a Figura 1.

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Para maior conhecimento no assunto, realizar a leitura do mecanismo da toxicocinética nas
páginas 31 a 34 das diretrizes para a vigilância do câncer relacionado ao trabalho.
Acesse aqui: http://bit.ly/2UEbmyL.

Tabela 5 – Etapas da Toxicocinética


Toxicocinética Descrição
Absorção É o processo pelo qual os agentes tóxicos atravessam as membranas e entram na corrente sanguínea.
Os agentes são transportados pelo sangue para diversos tecidos, portanto, a distribuição depende do
Distribuição
fluxo sanguíneo nos diferentes órgãos.
Os agentes tóxicos são alvo de uma série de reações enzimáticas, cujo resultado é a transformação de
Biotransformação
moléculas lipofílicas em metabólitos mais hidrossolúveis.
É o processo pelo qual as substâncias químicas são eliminadas do organismo. Os agentes tóxicos são
Excreção excretados por diferentes vias e, na maioria das vezes, sob a forma de produtos mais hidrossolúveis,
após a sua biotransformação.
Fonte: INCA (2012)

Para um entendimento melhor do processo das fases de exposição, toxicocinética,


toxicodinâmica e efeitos das substâncias químicas no organismo humano, assim Instituto
Nacional de Câncer (INCA) desenvolveu a Figura 1.

Figura 1 – Fases de exposição, toxicocinética, toxicodinâmica


e efeitos das substâncias químicas no organismo humano
Fonte: INCA (2012)

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UNIDADE
Toxicologia

Limites Biológicos de Tolerância


Uma das funções dos médicos do trabalho é a de realizar os exames necessários para
cada função de trabalho. Nesse caso, para realizar exames, utilizam dos indicadores
biológicos. Esses indicadores são uma quantidade do agente químico que está no corpo
humano, seja no sangue, na urina, em algum tecido (BRASIL, 1978). O ponto de par-
tida é a quantidade do agente que pode gerar reações indesejadas no corpo. Contudo,
se a quantidade estiver abaixo do limite de tolerância biológica, deve-se considerar que
está tudo bem, mas que cuidados médicos são importantes, uma vez que esses limites
biológicos mudam ao longo do tempo. Sendo assim, caso ocorra qualquer alteração, a
equipe de saúde deverá criar ações como: afastar o trabalhador da exposição, tratá-lo
e, por seguinte, avisar a equipe de segurança para avaliar o cenário de contaminação.

Os limites de tolerância são dados pela NR 15 – Atividades e Operações Insalubres


(BRASIL, 2011) e também pelos artigos 189 a 194 da CLT, em que é determinado que
se deve eliminar primeiramente o risco; na negativa, neutralizar, e que podem ser rea-
lizadas as seguintes ações: a) com a adoção de medidas que conservem o ambiente de
trabalho dentro dos limites de tolerância; b) com a utilização de equipamentos de prote-
ção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites
de tolerância (BRASIL, 1943).

Para ampliar os seus conhecimentos sobre os limites de tolerância, é importante pesquisar e


acessar os seguintes anexos da NR 15: a) XI – Agentes químicos cuja insalubridade é caracteri-
zada por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho; b) XII – Limites de tolerância para
poeiras minerais asbesto; c) XIII – Agentes químicos e benzeno e d) XIV – Agentes biológicos.

Para esse monitoramento, existe o Quadro I – Parâmetros para Controle Bio-


lógico da Exposição Ocupacional a alguns Agentes Químicos, anexo da NR 07
(BRASIL, 1978), conforme Tabela 6.

Tabela 6 – Exemplo de parâmetros para controle biológico da exposição ocupacional a alguns agentes químicos
Indicador Biológico
Agente Químico
Mat. Biológico Análise
Arsênico Urina Arsênico
Cádmio Urina Cádmio
Urina Chumbo e Ácido delta amino levulínico ou
Chumbo Inorgânico
Sangue Zincoprotoporfirina
Cromo Hexavalente Urina Cromo
AcetilColinesterase Eritrocitária ou Colinesterase
Ésteres Organofosforados e Carbamatos Sangue
Plasmática ou Colinesterase Eritrocitária e plasmática
Etil-Benzeno Urina Ácido Mandélico
Flúor e Fluoretos Urina Fluoreto
Mercúrio Inorgânico Urina Mercúrio
Monóxido de Carbono Sangue Carboxihemoglobina
Tolueno Urina Ácido Hipúrico
Xileno Urina Ácido Metil-Hipúrico
Fonte: BRASIL (1978)

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Relato de caso

O caso se passa com um tratorista aplicador de agrotóxico. O trator é cabinado com


ar condicionado. A empresa fornece todos os Equipamento de proteção individual
(EPIs) e vestimentas necessárias. Ao realizar o trabalho, permanece dentro da ca-
bine vedada e climatizada, controlando a dispensação de herbicidas na plantação,
visualizando se todos os bicos dos braços acoplados na lateral e atrás do trator estão
em funcionamento. Contudo, quando ocorrem algumas variáveis, tem que corrigi-
-las, como o desentupimento dos bicos que são realizados manualmente. Para re-
alizar isso, utiliza mangueira acoplada em reservatórios de água para lavar o bico
e, quando isso não resolve, utiliza um arame para introduzir no bico e desentupir.

Relata ainda que utiliza a máscara PFF2 nesse momento, porém, todo maquinário
e as plantas ao redor estão com herbicida em suas superfícies e, mesmo com a más-
cara, sente o cheiro forte. Também relata que suas roupas ficam com odor intenso,
sendo que alguns herbicidas causam maior desconforto respiratório.

Após, volta para o trator, retira a máscara (relata que recebeu orientação durante capa-
citação na empresa, que dentro da cabine não é necessário utilizar a máscara), inicia a
aplicação de herbicida no campo. O trabalhador relata que, mesmo dentro da cabine
do trator, sente cheiro forte devido às suas roupas estarem impregnadas com o herbici-
da. Outra variável que dificulta são as misturas, em que algumas causam maiores difi-
culdades em passar pelo bico porque, com a mistura dos compostos químicos, alguns
reagem e viram produtos gelatinosos, densos etc. Com isso a passagem fica limitada.

Os trabalhadores do campo utilizam de estratégias para que isso não ocorra, como
a utilização de água na temperatura certa, o momento de misturar, o como mistu-
rar. São situações que, por conta da experiência desses trabalhadores, fazem com
que o serviço possa ser realizado. Além disso, há momentos em que é preciso
retirar os filtros para que se possa passar o produto químico. Portanto, existem
muitas variáveis na atividade que colocam o trabalhador mais ou menos exposto.
Nos exames de controle médico, os limites de tolerância biológica estavam abaixo
do padrão, mas o trabalhador precisou se afastar do trabalho para realizar o trata-
mento. E outras medidas de segurança precisaram ser adotadas para não deixar os
trabalhadores expostos.

A Vigilância da Exposição a Agentes


Tóxicos no Ambiente de Trabalho
Uma das tarefas mais tradicionais em que a equipe de segurança atuará é na ela-
boração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA),
que visa sempre à preservação da saúde dos trabalhadores. As etapas de atuação são
a antecipação, o reconhecimento, a avaliação e o consequente controle da ocorrência
de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo
em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (BRASIL, 2014).

A quantificação e a estimativa da exposição do trabalhador aos agentes tóxicos po-


dem ser realizadas pela avaliação ambiental e/ou do monitoramento biológico. A ava-
liação ambiental (BRASIL, 2014) deve ser realizada de forma individual e setorial, para
que se tenha um olhar sistêmico do ambiente de trabalho, uma vez que pode ocorrer a
integração da concentração da substância. A forma de exposição pode ser visível ou in-
visível ao olhar humano, portanto, a equipe de segurança não deve subestimar os riscos
presentes no local de trabalho, ficando atenta aos produtos novos.

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UNIDADE
Toxicologia

Para desenvolver o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO),


que tem como objetivo a promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus traba-
lhadores, deve-se estabelecer parâmetros mínimos e diretrizes para cada estabelecimento.

A organização da equipe de segurança deve ser integrada, assim como os indicadores


de saúde – atestados, absenteísmo etc. –, as questões de incidentes sobre os indivíduos
e a coletividade de trabalhadores, privilegiando assim o instrumental clínico-epidemio-
lógico na abordagem da relação entre saúde e trabalho. Essa organização o deve ter
caráter de prevenção, para o rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde
relacionados ao trabalho. Tudo deve ser planejado e implantado com base nos riscos
à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas no
PPRA (BRASIL, 1978).

O casamento entre o PPRA e PCMSO é fundamental para o monitoramento dos


trabalhadores expostos e não expostos, ficando a equipe de segurança com o ambiente
de trabalho (coletivo) e a equipe médica no controle individual (biológico) dos trabalha-
dores, portanto, referindo-se à quantificação das substâncias tóxicas presentes no corpo
humano (BRASIL, 1978).

O olhar do profissional de segurança, mesmo que desenvolvendo atividades de asses-


sorias, deve pensar em desenvolver programas específicos, principalmente na criação
de multiplicadores. Como exemplo, podemos pensar em profissionais da agricultura
que ficam expostos aos agrotóxicos. Nesse caso, no mínimo, deve-se transmitir conhe-
cimento para capacitar e entregar material educativo, como que pode ser acessado
aqui: http://bit.ly/2UB6yKw (SANTA CATARINA, 2019).

O nexo causal entre o dano ou a doença com o trabalho


A equipe de saúde deve ser composta por equipe multidisciplinar para realizar o nexo
da relação da doença com o trabalho. Essa deve se basear em argumentos que permitam
a sua presunção, sem a existência de prova absoluta. Para isso, o Conselho Federal de
Medicina em sua Resolução n.º 2.183 e em seu artigo 2º descreve:
Para o estabelecimento do nexo causal entre os transtornos de saúde
e as atividades do trabalhador, além da anamnese, do exame clínico
(físico e mental), de relatórios e dos exames complementares, é dever
do médico considerar:

I – a história clínica e ocupacional atual e pregressa, decisiva em qual-


quer diagnóstico e/ou investigação de nexo causal;

II – o estudo do local de trabalho;

III – o estudo da organização do trabalho;

IV – os dados epidemiológicos;

V – a literatura científica;

VI – a ocorrência de quadro clínico ou subclínico em trabalhadores


expostos a riscos semelhantes;

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VII – a identificação de riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos,
estressantes e outros;

VIII – o depoimento e a experiência dos trabalhadores;

IX – os conhecimentos e as práticas de outras disciplinas e de seus


profissionais, sejam ou não da área da saúde. (CFM, 2018)

No manual de procedimentos para os serviços de saúde de doenças relacionadas


ao trabalho (BRASIL, 2001), apresenta-se alguns critérios que devem ser considerados
pela equipe de saéde e segurança para que se identifique o nexo causal entre doença e
trabalho, em que é preciso verificar as seguintes etapas:
• Verificar o tipo de relação causal com o trabalho, conforme a classificação de
Schilling (BRASIL, 2001);
• Verificar o grau ou a intensidade da exposição, se é compatível com a relação pro-
dução e doença;
• Verificar se o tempo de exposição é suficiente para produzir a doença;
• Verificar se o tempo de latência é suficiente para que a doença se instale e manifeste;
• Verificar se existem registros quanto ao estado anterior de saúde do trabalhador;
» Em caso positivo, esses contribuem para o estabelecimento da relação causal
entre o estado atual e o trabalho?
» Existem evidências epidemiológicas que reforçam a hipótese de relação causal
entre a doença e o trabalho.

A Tabela 7 a seguir é uma proposta do Ministério da Saúde, para que a equipe do


Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)
possa realizar a investigação das relações saúde-doença-trabalho, seguindo os instru-
mentos e as abordagens envolvendo ações individuais e coletivas (BRASIL, 2001).

Tabela 7 – Instrumentos de Investigação das relações Saúde – Trabalho – Doença


Natureza Nível de aplicação Abordagem / Instrumentos
Clínica História clínica/Anamnese ocupacional.
Complementar
Individual Laboratoriais
Dano ou Exames laboratoriais, exames clínicos e funcionais.
Toxicológicos
doença
Provas funcionais
Estudos descritivos de morbidade e mortalidade.
Coletivo Estudos epidemiológicos
Estudos casos controle – prospectivo e retrospectivo.
Estudo de posto de trabalho, por meio de análise ergonômica da atividade.
Individual Avaliação ambiental qualitativa ou quantitativa, de acordo com as ferramentas da
higiene do trabalho.
Fatores ou
condição Estudo de posto de trabalho, por meio de análise ergonômica da atividade.
de riscos Análise Coletiva do Trabalho.
Coletivo Avaliação ambiental qualitativa ou quantitativa.
Elaboração de matriz de risco.
Inquéritos coletivos.
Fonte: BRASIL (2001)

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UNIDADE
Toxicologia

Dicas para a prevenção e proteção do câncer ocupacional


Dicas do INCA para prevenir o câncer ocupacional, para isso é preciso realizar as
seguintes ações:
• A remoção da substância cancerígena do local de trabalho;

• Controle da liberação de substâncias cancerígenas resultantes de


processos industriais para a atmosfera;

• Controle da exposição de cada trabalhador e o uso rigoroso dos


equipamentos de proteção individual (máscaras e roupas especiais);

• A boa ventilação do local de trabalho, para se evitar o excesso de


produtos químicos no ambiente;

• O trabalho educativo, visando aumentar o conhecimento dos traba-


lhadores a respeito das substâncias com as quais trabalham, além
dos riscos e cuidados que devem ser tomados ao se exporem a
essas substâncias;

• A eficiência dos serviços de medicina do trabalho, com a realização


de exames periódicos em todos os trabalhadores;

• A proibição do fumo nos ambientes de trabalho, pois, como já foi


dito, a poluição tabagista ambiental potencializa as ações da maio-
ria dessas substâncias. (INCA, 2012)

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
Documentário Nuvens de veneno
http://bit.ly/2UA3Ox0
Documentário Mulheres das águas
http://bit.ly/2UDJcE5
Documentário Agrofloresta é mais
http://bit.ly/2UJjsGI
TV Unesp – Saúde e Segurança no Trabalho – Substâncias químicas no ambiente de trabalho
https://youtu.be/4noZLzdAIcg
Relatório da ONU revela que Santa Gertrudes (SP) é a cidade mais poluída do País
Reportagem que traz relatório da ONU que revela que Santa Gertrudes (SP) é a cidade
mais poluída do País.
https://youtu.be/nV6W2PjO3bg

Leitura
Doenças relacionadas ao trabalho – Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde
http://bit.ly/2UDJydT

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UNIDADE
Toxicologia

Referências
BRASIL (1943). Presidência da República. Decreto-lei n.º 5.452. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso em: 11 abril. 2019.

BRASIL (1978). Ministério do Trabalho Emprego. Normas Regulamentadoras de Segu-


rança e Saúde no Trabalho. NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupa-
cional, 1978. Disponível em: <https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_
SST/SST_NR/NR-07.pdf>. Acesso em: 11 abril. 2019.

BRASIL (2001). Ministério da Saúde. Doenças Relacionadas Ao Trabalho – Manual


de Procedimentos para os Serviços de Saúde. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.
br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho1.pdf>. Acesso em: 11 abril. 2019.

BRASIL (2011). Ministério do Trabalho Emprego. Normas Regulamentadoras de Se-


gurança e Saúde no Trabalho. NR 15 – Atividades e Operações Insalubres, 2011.
Disponível em: <https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/
NR-15.pdf>. Acesso em: 11 abril. 2019.

BRASIL (2017). Ministério do Trabalho Emprego. Normas Regulamentadoras de Se-


gurança e Saúde no Trabalho. NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambien-
tais, 2017. Disponível em: <https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/
SST_NR/NR-09.pdf>. Acesso em: 11 abril. 2019.

BRASIL (2018a). Ministério da Saúde. Toxicologia e câncer, 2018. Disponível em:


<https://www.inca.gov.br/exposicao-no-trabalho-e-no-ambiente/toxicologia-e-cancer>.
Acesso em: 11 abril. 2019.

BRASIL (2018b). Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico Intoxicação Exógena.


Disponível em: <http://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/boletim-epidemiologico-in-
toxicacoes-exogenas-relacionadas-trabalho-brasil-2007-2016>. Acesso em: 11 abril. 2019.

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de-junho-de-2018-41778871>. Acesso em: 11 abril. 2019.

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Segurança e Saúde Ocupacional: Metais Tóxicos, 2019. Disponível em: <https://
www.osha.gov/SLTC/metalsheavy/>. Acesso em 11 abril. 2019.

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mação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina, 2019. Disponível em: <http://
ciatox.sc.gov.br/#>. Acesso em: 11 abril. 2019.

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cientista-saude.htm>. Acesso em: 11 abril. 2019.

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