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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”


FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

DISCENTE: Ramine Tomaz Nelo RA:171223306


DOCENTE: Prof. Marcos Sorrilha Pinheiro TURNO: Diurno
DISCIPLINA: História dos Estados Unidos

RELATÓRIO/RESUMO​ - ATIVIDADE CORONGA

Primeiramente, a Guerra Civil e a secessão nos Estados Unidos (EUA) ainda que possuam o
tema da escravidão como elemento fundamental, não podem ter suas causas simplificadas a este
assunto quando na realidade o processo histórico que teve como consequência tais acontecimentos
envolveu diversos fatores em disputa que levaram os estados do norte e do sul a se oporem. Ambos
os episódios fazem parte do processo de formação do estado americano, que no período anterior a
Guerra Civil ocupava-se de um debate sobre o estado nacional, cujo contexto eram as lutas políticas
por seu controle que culminaram na separação dos estados do sul e posteriormente a guerra entre o
Norte livre e o Sul escravista.
Embora a questão central tenha sido a escravidão, mudanças na cultura e na visão de mundo
decorrentes do processo de modernização em especial do norte foram igualmente importantes,
porém o medo da separação da união estabelecida pela Confederação foi significativo, dado que seu
objetivo era manter a união e garantir uma estabilidade que possibilita-se o desenvolvimento
socioeconômico da nação o que justifica a proposta da criação de uma federação e a criação da
Carta de Direitos em 1891. Já a escravidão era tida como um problema futuro e para isso foram
feitos acordos e compromissos como a Lei dos ⅗, a ratificação das ordenanças do Noroeste e o fim
do trafego internacional de escravos, pois parte do americanos acreditavam que a escravidão estava
fadada ao fracasso.
Em 1800 Thomas Jefferson se torna presidente dos EUA, como uma resposta antifederalista
e inaugura a chamda Era Jeffersoniana (1800-1828) que estabeleceu um novo modelo de estado
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com uma visão pragmática da política, que moderava os interesses através de políticas conciliatórias
dando mais autonomia aos estados (Sul) e políticas de modernização (Norte) por exemplo, assim
como promoveu a expansão da democracia participativa. Para Jefferson a ampliação da liberdade
viria através de mais terras, de acordo com o seu ideial agrário do pequeno fazendeiro explicitado
na compra da Louisiana em 1804 assim como a expansão para o oeste, porém como evidênciado no
vídeo neste momento de “conquistas” havia uma contradição entre a expanção da democracia
simultania a da escravidão.
Nas novas terras do oeste os latifundios escravistas se multiplicaram em especial na região
sul contradizendo o ideal dos pequenos fazendeiros, quando surgi a primeira divergência entre norte
e sul sobre a ocupação de terriotórios e a mão de obra escrava na formação do estado do Missouri
que gostaria de implementar o trabalho escravo, o que causaria um desequilíbrio na balança do
Congresso dando mais votos aos senadores do sul resolvido, a partir, do Compromisso do Missouri
(1820) que criou o estado do Maine para equilibrar o Senado e traçou uma linha imaginária no
território nacional que o dividia entre norte e sul, assim todo estado que surigisse abaixo poderia
adotar o trabalho escravo e acima teria de aplicar algum tipo de trabalho livre.
No ano de 1828 Andrew Jackson se torna presidente dando início a Era Jacksoniana
(1828-1850), cujo interresse era dar maior mobilidade social ao trabalhador livre e ampliação da
participação na política e nos partidos que culminou na profissionalização dos mesmos e o
surgimento de um novo sistema partidário (1820-1830), assim como a refundação do partido
Democrata. E ainda da seguimento a expansão para o oeste, subsidios as industrias e entendia que o
poder principal era o precidente promovendo uma desentralização através de acordos regionais de
apoio a esse.
Esta era foi marcada pelo clientelismo e por políticas de espólio, o que impediu a formação
de uma burocrácia racional, até que em 1832 ocorre a Crise da Nulificação devido a negação da
Carolina do Sul de coletar impostos federais, embora sua verdadeira causa tenha sido a
desconfiança dos escravistas em relação ao governo federal e sua atuação frente a escravidão.
Porém foi a partir de 1840 que iniciou-se um debate em torno da escravidão devido a Guerra entre
México e EUA (1846-1848), que com a vitória americana deu-se uma discussão a respeito de qual
tipo de trabalho os territórios mexicanos conquistados deveriam ter, já que estes se encontravam no
sul.
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Em meio a esta disputa política em relação a adesão dos novos estados e a escravidão, em
que a força do norte estava na industrialização e a do sul na política na qual utilizavam o medo da
separação para garantir seus interesses, sendo notório no Compromisso de 1850, que substituia o
Compromisso do Missouri cuja adessão à escravidão seria através do voto popular e a reformulação
da Lei do escravo fugitivo. Tais políticas juntamente ao crescimento do abolucionismo geraram nos
estados do norte um sentimento de que no Congresso havia o predomínio de um Poder Escravocrata
(Slave Power) que impedia discussões a respeito da escravidão.
Desta insatisfação surge o antisulismo conjunto ao abolucionismo gerando um sentimento
homogênio, que questionava o Compromisso de 1850 e que, a partir, de 1854 começam a surgir
conflitos armados entre nortitas e sulistas quanto ao voto popular bem como o de diversos partidos
políticos dentre eles o Republicano que abarcava tal oposição ao sul e a escravidão, o julgamento
Dred Scott vs. Sandford em 1857 e a morte de John Brown em 1859 “confirmaram” a ideia do
Poder Escravista assim como outros acontecimento deram força a esse que tornou-se capaz de
enfrentar o partido Democrata nas eleições de 1860.

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