Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
l o Ss oOf Fi aI A
11º ano
O conhecimento
Catarina Cardoso
A relação entre o sujeito e o objeto no ato de conhecer
Objeto conhecido: Refere-se a tudo aquilo que é suscetivel de ser apreendido. Assim, uma
pessoa pode ser um objeto de conhecimento, De igual forma, uma ideia, um sentimento, uma
teoria, uma ação, uma doença, um valor, uma cultura, uma raiz quadrada , etc.
O ato de conhecer põe-nos em relação com o mundo. É por isso que consiste numa relação entre
sujeito e objeto, que é entendida em sentido lato, e por isso inclui estados de coisas.
O sujeito envolve-se nessa relação de conhecimento, a que podemos chamar também relação
cognitiva, formando crenças e as justificações com que as sustenta. Do objeto envolvido nessa
relação, o sujeito espera descobrir factos, as verdades.
Conhecimento
Consciência: representação
Conhecer: é construir
imagélica ou concentual
representações a partir da
(objeto gnosiológico)
relação estabelecida entre
sujeito e objeto reais.
Requisitos do
conhecimento
Justificar corretamente as
suas crenças
Sujeito Objeto
Conhecimento:
elaboração racional
da nossa apreensão
da realidade
O conhecimento como crença verdadeira e justificada
A partir da década de 60 do séc. XX, surgiu uma crítica inesperada a uma definição que parecia
perfeita o que suscitou um debate intenso acerca dos seus méritos.
Este debate: -> mostra que a noção de conhecimento é mais complexa do que se julgava e
melhora a nossa compreensão dos aspetos envolvidos no processo de conhecimento.
Limitações da definição de conhecimento
Os contraexemplos de Gettier:
Passo 1: Apresentar factos que geralmente não são boas razões para formar crenças.
Passo 2: Assegurar que a crença se justifica.
Passo 3: Imaginar uma coincidência feliz do ponto de vista cognitivo, de maneira que um
processo que levaria a uma crença justificada mas falsa acabe por conduzir a uma crença
verdadeira.
Apesar de ser vaga, a definição clássica de conhecimento tem a virtude de estimular o debate
sobre conceitos como o de justificação. Este debate tem conduzido a refinamentos de conceitos
e aspetos a ter em conta na definição de conhecimento.
A definição clássica de conhecimento tem o mérito de dar a devida importância à justficação.
A estabilidade do conhecimento é tanto maior quanto mais força tiver a justificação de uma
crença verdadeira.
As crenças verdadeiras precisam da justificação para terem uma relação mais segura com a
realidade.
O método da dúvida
O método da dúvida serve para investigar os fundamentos do conhecimento.
É a ferramenta decisiva para o prjeto de Descartes.
Não só estabelece o dever de suspendermos a nossa aprovação de opiniões que são falsas mas
de o fazermos também perante opiniões que não são completamente certas.
Principio forte da dúvida: Devemos recusar o nosso assentimento a opiniões que não são
completamente certas e indubitáveis, isto é, àquelas em que descobrimos alguma razão de
dúvida.
O conhecimento envolve o estado de certeza- um estado que ŕ proporcionado por aquilo que é
claramente percebido.
perceber claramente= ideias claras e distintas (indubitaveis).
Artificial: Não é uma extensão do tipo de dúvida que naturalmente levantamos na vida prática.
Radical: Incide sobre crenças muito básicas para averiguar se podem ser ideias claras e
distintas.
Hipóteses céticas
Hipótese cética: é uma possibilidade de erro que é incompativel com o que pensamos saber, mas
que a nossa experiência subjetiva não consegue distinguir das circunstâncias normais; essas
possibilidades de erro são razões de dúvida radicais.
Caracteristicas das hipóteses céticas:
Oferecem uma explicação sobre como certos tipos de crença surgem no sujeito, segundo a qual
as crenças são falsas;
O sujeito não pode afirmar se essa explicação é correta ou não;
O sujeito suspende o assentimento a crenças e opiniões que antes considerava verdadeiras.
Afirma que temos de deixar de acreditar em toda a informação sobre o nosso ambiente,
adquirida por meio dos sentidos.
Beneficio da dúvida
Certeza Ideia
Absoluta Indubitável
Fundamentos do conhecimento
Argumento de marca: Deus é o artifice que deixou na sua obra uma marca, ideia de Deus,
atestando assim a sua autoria.
Argumento ontologico Deus é um ser perfeito e terá de existir, pois não seria perfeito se não
existisse.
Deus é um fundamento mais sólido que o cogito.
A existência de deus é uma ideia clara e distinta que permite a Descartes provar a verdade das
suas ideias.
A caracteristica essencial do mundo material é a extensão- quantidade contínua estudada na
matemática.
Fundamentos do conhecimento
Definição semântica:
Verdades analiticas: são verdadeiras por definição; a sua verdade é garantida pelo significado
dos termos usados para as afirmar ( verdades já contidas no sujeito)
Exemplo: todos os triângulos têm três lados.
Verdades sintéticas: são verdadeiras não apenas devido ao significado dos termos, mas também
aos factos. (está para além do sujeito)
Exemplo: O núcleo da Terra é quente.
Definição epistemológica:
Verdades a priori: pode ser conhecida sem recurso à experiência dos factos.
Verdades a posteriori: apenas pode ser conhecida com recurso a experiências relevantes.
implica implica
Existência de
Deus
Circulo cartesiano
Descartes descobre verdades e defende estar certo do que tem conhecimento. Supera desse
modo os argumentos céticos que apresentou para testemunhar preventivamente as suas ideias
e opiniões. -> argumentos mais importantes
Ajudam a promover uma atitude de xame cuidadoso do conhecimento estabelecido,
clarificando as exigências a que se deve submeter.
Naturalismo: posição que defende que as atividades humanas fazem parte da Natureza e são
explicadas do mesmo modo que as outras atividades naturais. Por exemplo, a mente e as suas
atividades são explicadas do mesmo modo que os átomos e os seus movimentos.
Impressões: perceções que se distinguem por terem um grau maior de força e vivacidade. Têm,
por isso, uma capacidade causal forte, influenciando diretamente o comportamento.
Exemplo: sensações visuais.
Materiais da mente
Ideias: Perceções que se distinguem por terem um grau menor de força e vivacidade. Têm, por
isso, uma capacidade causal fraca, influenciando apenas indiretamente o comportamento.
Exemplo: ideia de quadrado.
Atividades da mente
Pensar: Atividade de representação e de interação com o mundo, mas produz ideias e
desenvolve uma interação com o mundo com um grau de sensibilidade fraco.