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Biologia para o ENEM

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mecanismos de transmissão de características. Apesar de ter publicado sua


obra em 1866, seu trabalho ficou esquecido até o início do século XX,
quando outros pesquisadores chegaram às mesmas conclusões que Mendel
e reencontraram seus trabalhos realizados mais de 30 anos antes.
Mendel cultivou e reproduziu grande quantidade de plantas de ervilhas
até obter linhagens puras, que só geravam descendentes com as mesmas
características das plantas progenitoras. Ele conseguiu isso através da
autofecundação desses indivíduos. As ervilhas foram escolhidas porque
além de apresentarem fácil cultivo, produzem muitas sementes e possuem
várias características facilmente observáveis como a cor da semente, a cor
da vagem, a cor da flor, entre outras. Mendel obteve sucesso em seus
experimentos pois resolveu estudar uma característica de cada vez. Para
isso ele pegava duas linhagens puras para uma determinada característica.
Por exemplo: plantas de flor púrpura e plantas de flor branca. Essa seria
chamada posteriormente de Geração Parental ou P. Ao cruzar esses dois
grupos, Mendel obteve somente plantas de flor púrpura, na chamada
primeira geração ou F1. Feito isso, Mendel intercruzava indivíduos da
geração F1 e os resultados da geração F2 (segunda geração) eram: 75%
de flores púrpuras e 25% de flores brancas. O aparecimento de flores
brancas na geração F2 mas não na F1 fez com que Mendel concluísse que
o elemento para a cor branca não havia desaparecido. Na verdade, ele seria
inibido pela presença do elemento para a cor púrpura. Assim, a flor púrpura
seria a característica dominante e a flor branca a característica recessiva.

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Fig. 01: O cruzamento de plantas da geração F1 gerou flores púrpura e brancas na proporção de
3:1, respectivamente.

Mendel repetiu esse experimento para várias outras características,


definindo quais eram dominantes e quais recessivas. Os resultados dos
cruzamentos entre a geração F2 eram sempre os mesmos: uma proporção
de 3 indivíduos contendo a característica dominante para 1 contendo a
característica recessiva. Isso deu origem à Primeira Lei de Mendel que pode
ser enunciada como: “Cada caráter é condicionado por um par de fatores
que se separam na formação dos gametas, nos quais ocorrem em dose
simples”. Portanto, para que a herança de determinada característica seja
enquadrada na Primeira Lei, essa característica deve ser determinada por
um par de fatores que são recebidos um de cada progenitor e que, caso um
indivíduo possua dois fatores diferentes, um pode ser dominante sobre o
outro. Além disso, esses fatores não se misturam e, durante a formação
dos gametas, se separam, indo apenas um para cada gameta produzido.
Atualmente, podemos explicar as conclusões de Mendel com os
conhecimentos de Biologia Celular e Molecular. Sabemos que as
informações genéticas (hereditárias) estão contidas no DNA que, por sua
vez, está organizado em cromossomos no interior das células. Além disso,
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sabemos que a maioria dos organismos possui um par cromossomos de


cada tipo (cromossomos homólogos) e que um foi herdado do pai e outro
da mãe. Cada gene ocupa seu local específico (lócus) em um cromossomo,
e esse lócus é o mesmo nos dois cromossomos homólogos. Os genes podem
apresentar-se em diferentes versões chamadas alelos, que se situam cada
um em um cromossomo de um mesmo par. Quando um indivíduo possui os
dois alelos iguais, dizemos que ele é homozigoto para aquela
característica. Caso ele tenha herdado alelos diferentes de seus
progenitores, dizemos que ele é heterozigoto. Nos cruzamentos de
Mendel, as linhagens puras eram de homozigotos, enquanto que a geração
F1 era de heterozigotos. Nós representamos os alelos dominantes por letras
maiúsculas e os recessivos por letras minúsculas. Normalmente se usa a
letra correspondente à característica recessiva. Por exemplo: alelo para a
flor branca: “b”; alelo para a cor púrpura: “B”. Sendo assim, indivíduos que
possuam um par de alelos BB (homozigoto dominante) ou Bb (heterozigoto)
terão flores de cor púrpura, uma vez que essa característica é dominante.
Para que as flores tenham cor branca, o indivíduo deve possuir um par de
alelos bb (homozigoto recessivo), uma vez que essa característica é
recessiva e só será manifestada na ausência do alelo dominante. Nesse tipo
de herança, existem, portanto, três genótipos (BB, Bb e bb) e dois
fenótipos (flor branca e flor púrpura). O fenótipo corresponde à expressão
do genótipo e pode também sofrer a influência do ambiente.

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Fig. 02: Proporção fenotípica e genotípica na herança dominante da cor da flor de ervilha.

A maior parte dos seres vivos realiza reprodução sexuada com a


produção de gametas. Nos animais, os gametas são produzidos através da
meiose, como já vimos em aulas anteriores. Você deve se lembrar que, na
primeira divisão meiótica, ocorre o pareamento dos cromossomos
homólogos e sua consequente separação na anáfase I. Com isso, os
gametas carregam apenas um cromossomo de cada tipo (células haploides)
e, por isso, também carregam apenas um alelo para cada gene. Sendo
assim, ainda utilizando o exemplo da cor da flor na ervilha, indivíduos de
genótipo BB podem produzir gametas contendo apenas o alelo B. Indivíduos
de genótipo Bb terão 50% de gametas portando o alelo B e 50% de gametas
portando o alelo b. Já os indivíduos de genótipo bb formarão 100% dos
gametas contendo o alelo b. Com a fecundação, forma-se um zigoto diploide
que recebe um alelo de cada gameta. Assim, os cruzamentos entre dois
indivíduos podem ser representados através do chamado quadro de
Punnett. Abaixo um exemplo de cruzamento entre um macho e uma fêmea,
ambos heterozigotos para a cor da flor.

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Gametas femininos

B b

masculinos
Gametas
B BB Bb

b Bb bb
Como os dois indivíduos no exemplo acima são heterozigotos, ambos
podem gerar gametas com um ou outro alelo. Assim, os possíveis
resultados de cruzamentos serão: ¼ BB, 2/4 Bb e ¼ bb. Sabendo que o
alelo B é dominante, temos ¾ de descendentes de flor púrpura e ¼ de cor
branca. Isso equivale exatamente às proporções encontradas por Mendel
de 75% e 25% respectivamente.
O tipo de herança visto acima é o que chamamos de dominância
completa, pois a presença de apenas um alelo B é suficiente para que
somente a característica “flor púrpura” seja expressa nos seus portadores.
Existem casos, porém, em que os heterozigotos vão apresentar uma
característica intermediária. Um exemplo disso é a cor da flor maravilha
(Mirabilis sp) em que os homozigotos são vermelhos ou brancos e os
heterozigotos são cor de rosa, ou seja, uma forma intermediária. Essa é a
chamada dominância incompleta. Nesse caso, quando cruzamos dois
indivíduos heterozigotos, os resultados serão conforme o quadro de Punnett
abaixo:
Gametas femininos

V B
masculinos
Gametas

V VV VB

B VB BB
O alelo V determina a cor vermelha e o alelo B determina a cor branca.
Quando ambos os alelos estão presentes, o fenótipo é rosa. Assim, temos
uma proporção de 25% de flores vermelhas, 50% de flores rosa e 25% de
flores brancas (1:2:1).

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Fig. 03: Exemplo de dominância incompleta.

Existe ainda uma terceira situação chamada codominância em que


cada alelo produzirá uma característica diferente. É o caso do nosso sistema
de herança de grupos sanguíneos. Caso uma pessoa possua os alelos para
o sangue tipo A e para o sangue tipo B, ela terá sangue tipo AB, ou seja, as
duas características serão expressas. Falaremos melhor sobre grupos
sanguíneos mais à frente.
Alguns alelos podem causar a morte do embrião interferindo
diretamente nos resultados obtidos na prole. São os chamados alelos
letais e podem ser dominantes, quando a presença de apenas um alelo é
suficiente para matar seu portador, ou recessivos, quando a presença de
dois alelos letais é necessária para matar o portador. Quando um gene
possui um alelo letal, os resultados dos cruzamentos apresentam
proporções diferentes. Por exemplo: a cor da pelagem de camundongos é
determinada por um par de alelos. A cor amarela é dominante e a marrom-
acinzentada é recessiva. No entanto, indivíduos homozigotos dominantes

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1º filho: Menino – probabilidade ½


2º filho: Menino – probabilidade ½
3º filho: Menina – probabilidade ½
Já sabemos as probabilidades de cada evento individual, mas agora
queremos saber sua probabilidade em conjunto, ou seja, a probabilidade do
primeiro filho ser menino “E” do segundo filho ser menino “E” do terceiro
filho ser uma menina. Nessa situação basta multiplicarmos as
probabilidades individuais: ½ x ½ x ½ = 1/8
Na regra do “OU” o raciocínio já é diferente. Vimos anteriormente que
as flores maravilha possuem dominância incompleta na sua coloração.
Assim, quando flores heterozigotas (cor de rosa) são cruzadas, surge uma
prole com resultados 25% vermelhas, 50% cor de rosa e 25% brancas. Se
quisermos saber qual é a probabilidade desse cruzamento gerar flores que
não sejam brancas, ou seja, vermelhas “OU” rosa, teremos que somar as
probabilidades individuais: 25% + 50% = 75% (ou em frações ¼ + ½ =
¾).

TRABALHANDO COM HEREDOGRAMAS


Uma maneira muito útil de representar relações de herança genética
em indivíduos é elaborar heredogramas ou árvores genealógicas. Muitas
questões sobre genética já fornecem um heredograma que deve ser
interpretado ou fornecem informações para que você monte um
heredograma que o auxilie a encontrar a resposta. Abaixo um exemplo de
heredograma que representa do chamado bico de viúva em uma família. O
bico de viúva é um contorno pontiagudo da linha do cabelo no meio da
testa. Mesmo se o heredograma não fornecesse os genótipos dos
indivíduos, poderíamos deduzir que o bico de viúva é determinado por um
alelo dominante. É só observar o casal da segunda geração (ambos com
bico de viúva) e uma de suas filhas sem essa característica. Para que isso
aconteça, a única possibilidade é que os pais sejam heterozigotos (Ww) e a
filha não afetada seja homozigota recessiva (ww). Caso essa característica

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Isso indica que houve recombinação entre os genótipos parentais e que a


cor da semente é transmitida independentemente da sua rugosidade.
Essa conclusão ficou conhecida como a lei da segregação
independente ou segunda lei de Mendel, justamente porque: “Em um
cruzamento em que estejam envolvidos dois ou mais caracteres, os fatores
que determinam cada um se separam (se segregam) de forma
independente durante a formação dos gametas, se recombinam ao acaso e
formam todas as combinações possíveis.”
Quando estudamos a divisão celular por meiose, vimos que os
cromossomos homólogos pareiam e se separam de forma independente e
aleatória uns em relação aos outros. Assim, genes ocupando loci (plural de
lócus) em cromossomos diferentes também serão segregados de forma
independente. Assim, quando analisamos a herança de dois caracteres ao
mesmo tempo, temos duas opções: ou raciocinamos com a formação de
todas as combinações de gametas considerando os dois pares de alelos e
construindo o seu quadrado de Punnett ou calculamos as probabilidades
para cada par de alelos separadamente e depois utilizamos a regra do “E”.
Vamos fazer um exemplo para que você entenda. Usando ainda a herança
da cor e rugosidade das sementes de ervilhas, vamos primeiramente
elaborar o quadrado de Punnett com todas as possibilidades de gametas.

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Fig. 05: Quadrado de Punnett para herança de cor e rugosidade na semente de ervilha.

Os resultados obtidos são exatamente os mesmos que Mendel


encontrou, na proporção de 9:3:3:1 para os fenótipos amarela lisa, amarela
rugosa, verde lisa e verde rugosa, respectivamente.
A outra forma de chegar a esse resultado seria fazer os cruzamentos
para cada característica separadamente:
Vv x Vv: ¼ VV, 2/4 Vv, ¼ vv
Rr x Rr: ¼ RR, 2/4 Rr, ¼ rr
Agora multiplicamos os resultados de todas as possíveis combinações,
usando a regra do “E”, já que queremos saber as probabilidades
relacionadas à cor da semente “E” à rugosidade.
¼ RR  1/16 VVRR
¼ VV X 2/4 Rr  2/16 VVRr
¼ rr  1/16 VVrr

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Podemos observar que existe uma relação de dominância entre os


alelos representada por C > cch > ch > c. O raciocínio para realizar
cruzamentos nesse tipo de herança é exatamente o mesmo para genes com
apenas dois alelos. A única diferença é na atenção quanto aos fenótipos
produzidos. Por exemplo, um cruzamento entre um coelho aguti de
genótipo Ccch e um coelho chinchila de genótipo cchch vai gerar a seguinte
descendência:
¼ Ccch
½ aguti
¼ Cch

¼ cchcch
½ chinchila
¼ cchch

Outro exemplo de alelos múltiplos é a herança dos grupos sanguíneos


em humanos. Eles são determinados por três alelos que, combinados, dão
origem a quatro fenótipos. Os alelos IA e IB determinam a produção de
glicoproteínas chamadas aglutinogênios e situadas na membrana das
hemácias. O alelo IA determina a produção de aglutinogênio A, o alelo IB
determina a produção de aglutinogênio B e o alelo i não forma nenhum dos
dois aglutinogênios. Os alelos IA e IB são dominantes em relação ao alelo i
e codominantes entre si. As combinações resultantes geram os seguintes
genótipos e fenótipos:

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Fig. 06: Genótipos e fenótipos dos grupos sanguíneos.

Os aglutinogênios são reconhecidos como antígenos pelo corpo da


pessoa. Assim, um indivíduo de sangue tipo A, por exemplo, vai apresentar
anticorpos contra o algutinogênio B, mas não contra o aglutinogênio A. Pelo
memo raciocínio, um indivíduo de sangue tipo B vai apresentar anticorpos
contra o aglutinogênio A, mas não contra o B. Uma pessoa de sangue tipo
AB não apresentará anticorpos nem contra o aglutinogênio A nem contra o
B. E, por fim, a pessoa de sangue tipo O apresentará anticorpos contra os
dois tipos de aglutinogênio.
Esses anticorpos são chamados de aglutininas e promovem a
aglutinação das hemácias contendo os respectivos aglutinogênios. Isso é
usado quando se quer descobrir o tipo sanguíneo de uma pessoa. Colhe-se
uma amostra de sangue da pessoa e adicionam-se as aglutininas Anti-A e
Anti-B. Os resultados obtidos estão representados na figura 07.

Fig. 07: Resultados de testes para identificação do tipo sanguíneo.

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Por isso, também, existe um padrão de compatibilidade entre os tipos


sanguíneos que podem ser usados numa transfusão de sangue:
• Os portadores de sangue tipo A só podem receber sangue tipo A ou
sangue tipo O e podem doar para quem tem sangue A ou AB.
• Os portadores de sangue tipo B só podem receber sangue tipo B ou
sangue tipo O e podem doar para quem tem sangue B ou AB.
• Os portadores de sangue tipo AB podem receber sangue de todos os
tipos (receptores universais) mas só podem doar para quem tem
sangue AB.
• Os portadores de sangue tipo O só podem receber sangue tipo O mas
podem doar para todos os grupos (doadores universais).

O sistema Rh também participa da determinação dos grupos


sanguíneos. É ele que define se o sangue vem acompanhado de um “+” ou
de um “-“. Diferentemente do sistema ABO, o sistema Rh é determinado
por apenas um par de alelos (D e d). Pessoas Rh positivas (Rh+) possuem
o antígeno Rh em suas hemácias e podem ter genótipo DD ou Dd. Já as
pessoas Rh negativas (Rh-) não possuem esse antígeno e só podem ter
genótipo dd. Por conta disso, pessoas Rh positivas podem receber sangue
dos dois tipos, mas pessoas Rh negativas só podem receber sangue do seu
tipo. Dessa forma, ao raciocinarmos com os dois sistemas (ABO e Rh),
temos os portadores de sangue AB+ como os verdadeiros receptores
universais e os portadores de sangue O- como os verdadeiros doadores
universais.
Uma grave condição chamada eritroblastose fetal pode afetar filhos
Rh+ de mães Rh-. O que acontece é que, caso uma mãe Rh- tenha um filho
Rh+, um pequeno contato do sangue fetal com o sangue materno pode
estimular a produção de anticorpos anti-Rh pela mãe. Como esse processo
é demorado, o primeiro filho não terá problemas. Se, em uma segunda
gravidez, novamente o feto for Rh+, os anticorpos maternos vão atravessar
a placenta e causar a aglutinação e destruição das hemácias fetais. Isso

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proporções fenotípicas encontradas na reprodução de dois duplos


heterozigotos também serão 9:3:3:1.
As interações epistáticas podem ser dominantes, quando apenas um
alelo epistático é necessário para que ocorra a interação gênica, ou
recessivas, quando o alelo epistático precisa estar em dose dupla para
exercer seu efeito inibitório sobre o outro gene. Um exemplo de epistasia
recessiva é a herança da cor da pelagem de camundongos. O alelo c
(recessivo), quando em homozigose, inibe a manifestação de outro par de
alelos que determina a cor do camundongo. Com isso, todos os animais
nessa condição serão albinos. Na presença de um alelo C (dominante), a
pelagem será aguti (dominante) ou preta (recessivo), de acordo com a
presença do alelo A (dominante). Veja abaixo os resultados de um
cruzamento de duplos heterozigotos.

Fig. 08: Epistasia recessiva na pelagem de camundongos.

Existem características que são determinadas por vários genes, cujos


alelos têm seus efeitos somados. Por isso, seu tipo de herança é
quantitativa e, ao contrário das características analisadas por Mendel,
produz fenótipos de variação contínua. A altura e a cor da pele de seres
humanos são dois exemplos desse tipo de herança. Além disso, essas

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características também são, frequentemente, influenciadas pelo ambiente.


Abaixo, um modelo de determinação da cor da pele em humanos, com três
pares de alelos.

Fig. 09: Herança quantitativa da cor da pele em humanos. Repare que os fenótipos intermediários
são mais frequentes do que os extremos.

Em muitos casos, um único gene influencia várias características, num


efeito chamado pleiotropia, que é o contrário da interação gênica. As
mutações que alteram o gene afetam todas as características ao mesmo
tempo. Muitas desordens genéticas complexas, como a síndrome de Marfan,
são resultado de mutações em genes pleiotrópicos. A síndrome de Marfan
danifica as fibras elásticas do tecido conjuntivo, o que leva a problemas no
coração, na pele, nos vasos sanguíneos, nos tendões e em outras partes do
corpo. Muitas vezes, essa síndrome é assintomática e, por não ser tratada
adequadamente, pode levar seus portadores à morte pelo rompimento de
grandes vasos sanguíneos como a aorta, por exemplo.

Ficamos por aqui com nossa primeira aula sobre Genética. Bom
estudo a todos e até a próxima!

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a) o pai e a mãe sejam heterozigotos para o sistema sanguíneo ABO e para


o fator Rh.
b) o pai e a mãe sejam heterozigotos para o sistema sanguíneo ABO e
homozigotos para o fator Rh.
c) o pai seja homozigoto para as duas características e a mãe heterozigota
para as duas características.
d) o pai seja homozigoto para as duas características e a mãe heterozigota
para o sistema ABO e homozigota para o fator Rh.
e) o pai seja homozigoto para o sistema ABO e heterozigoto para o fator Rh
e a mãe homozigota para as duas características.

04. (Mack-2007) Uma mulher casa-se com um homem que apresentou


eritroblastose fetal ao nascer. O parto do primeiro filho transcorre
normalmente, mas o segundo filho apresenta eritroblastose. A respeito
dessa situação, são feitas as seguintes afirmações:
I. Essa mulher é certamente Rh-.
II. A segunda criança é Rh+.
III. O pai das crianças é Rh+.
IV. A primeira criança pode ter provocado a sensibilização da mãe.
Assinale:
a) se todas as afirmativas forem corretas.
b) se somente as afirmativas I e II forem corretas.
c) se somente as afirmativas II, III e IV forem corretas.
d) se somente as afirmativas I e IV forem corretas.
e) se somente as afirmativas III e IV forem corretas.

05. (Mack-2009) O primeiro filho de um casal é diagnosticado como


portador da forma grave da anemia falciforme que, sem tratamento, é letal.
Essa doença é causada por um gene HbS que apresenta uma relação de
codominância com o gene HbA, responsável pela produção de hemoglobina
normal. Sabendo que os indivíduos heterozigotos apresentam a forma
branda da doença, assinale a alternativa correta.
a) Um dos pais dessa criança pode ser normal para a anemia falciforme.
b) Não há probabilidade de esse casal vir a ter filhos normais.
c) Todo portador da forma branda da doença possui hemoglobina normal
em seu sangue.
d) Todos os avós dessa criança são obrigatoriamente portadores da forma
branda da doença.
e) Um dos pais dessa criança é obrigatoriamente homozigoto.

06. (PUC - SP-2007) Na genealogia abaixo, as pessoas indicadas pelos


números 1, 2, 4, 5 e 7 apresentam uma anomalia condicionada por gene
autossômico dominante. Já as pessoas indicadas pelos números 3 e 6 têm
fenótipo normal.

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Após a análise da genealogia, pode-se concluir que:


a) apenas as pessoas indicadas pelos números 1 e 2 são heterozigóticas.
b) a pessoa indicada pelo número 4 é homozigótica.
c) a pessoa indicada pelo número 3 transmitiu o gene recessivo para seu
descendente indicado pelo número 7.
d) não há possibilidade de a pessoa indicada pelo número 5 ser
heterozigótica.
e) o casal indicado pelos números 6 e 7 não poderá ter descendentes com
fenótipo normal.

07. (VUNESP-2007) O diagrama representa o padrão de herança de uma


doença genética que afeta uma determinada espécie de animal silvestre,
observado a partir de cruzamentos controlados realizados em cativeiro.

A partir da análise da ocorrência da doença entre os indivíduos nascidos dos


diferentes cruzamentos, foram feitas as afirmações seguintes.
I. Trata-se de uma doença autossômica recessiva.
II. Os indivíduos I-1 e I-3 são obrigatoriamente homozigotos dominantes.
III. Não há nenhuma possibilidade de que um filhote nascido do cruzamento
entre os indivíduos II-5 e II-6 apresente a doença.
IV. O indivíduo III-1 só deve ser cruzado com o indivíduo II-5, uma vez que
são nulas as possibilidades de que desse cruzamento resulte um filhote que
apresente a doença.
É verdadeiro o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) III e IV, apenas.

08. (Mack-2005) O exame para tipagem sanguínea de um casal


apresentou o seguinte resultado:

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Sabendo que a mulher teve eritroblastose fetal ao nascer e seu pai pertencia
ao grupo O, a probabilidade de esse casal ter uma criança AB, Rh+ é de
a) 1/4
b) 1/2
c) 1/8
d) 3/4
e) zero

09. (FMTM-2001) Em certa espécie de cobaia, uma série de alelos


múltiplos controla o pigmento dos pelos. O alelo Gm produz pelo marrom, o
alelo gc produz pelo castanho e o alelo gb produz pelo branco. A relação de
dominância entre os três alelos dessa série é Gm > gc > gb. Considere a
genealogia abaixo.

A probabilidade de 7 x 8, ao se cruzarem, produzirem um animal branco é


de
a) 0 ou 0%.
b) ¼ ou 25%.
c) ½ ou 50%.
d) ¾ ou 75%.
e) 1 ou 100%.

10. (Mack-2002) As flores da planta maravilha podem ser vermelhas,


brancas ou rosas. As flores vermelhas e brancas são homozigotas, enquanto
as rosas são heterozigotas. Para se obter 50% de flores brancas, é
necessário cruzar:
a) duas plantas de flores rosas.
b) uma planta de flores brancas com outra de flores rosas.
c) uma planta de flores rosas com outra de flores vermelhas.
d) uma planta de flores vermelhas com outra de flores brancas.
e) duas plantas de flores vermelhas.
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11. (Mack-2008) Em algumas espécies de roedores, o padrão da pelagem


(malhada ou uniforme) é condicionado por um par de genes autossômicos
não codominantes. Se dois indivíduos malhados forem cruzados, a prole
obtida será composta por indivíduos de pelagem malhada e uniforme, na
proporção de 2 : 1. Considere as afirmativas abaixo.
I. O gene que determina pelagem malhada é dominante.
II. Um dos dois alelos é letal em homozigose.
III. Se dois indivíduos com pelagem uniforme forem cruzados, toda a prole
será constituída de indivíduos com pelagem uniforme.
Assinale
a) se todas as afirmativas forem corretas.
b) se somente a afirmativa I for correta.
c) se somente as afirmativas I e II forem corretas.
d) se somente a afirmativa III for correta.
e) se somente as afirmativas I e III forem corretas.

12. (Mack-2003) Na espécie humana a acondroplasia é caracterizada


pela presença de braços e pernas anormalmente curtos. Quando a anomalia
é muito grave, os indivíduos possuem genótipo homozigoto dominante e
morrem antes de nascer. A forma branda da doença afeta indivíduos
heterozigotos enquanto os normais são homozigotos recessivos. A
probabilidade de um casal, em que ambos são acondroplásicos, ter uma
criança de sexo feminino normal para a acondroplasia é de:
a) 2/5.
b) 2/3.
c) 1/3.
d) 1/2.
e) 1/6.

13. (FUVEST-2007) Em cães labradores, dois genes, cada um com dois


alelos (B/b e E/e), condicionam as três pelagens típicas da raça: preta,
marrom e dourada. A pelagem dourada é condicionada pela presença do
alelo recessivo e em homozigose no genótipo. Os cães portadores de pelo
menos um alelo dominante E serão pretos, se tiverem pelo menos um alelo
dominante B; ou marrons, se forem homozigóticos bb. O cruzamento de
um macho dourado com uma fêmea marrom produziu descendentes pretos,
marrons e dourados. O genótipo do macho é
a) Ee BB.
b) Ee Bb.
c) ee bb.
d) ee BB.
e) ee Bb.

14. (UECE-2005) Sabendo-se que a altura humana é determinada por


genes aditivos e supondo-se que 3(três) pares de alelos efetivos
determinam o fenótipo alto de 1,95m; que as classes de altura variam de 5
em 5cm; que o fenótipo baixo é determinado pelos mesmos 3(três) pares
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de alelos não efetivos, realizando-se o cruzamento entre tri-híbridos


espera-se encontrar, na classe de 1,85m uma proporção fenotípica de:
a) 3/32;
b) 15/64;
c) 5/16;
d) 1/64.

15. (Mack-2007) Na espécie humana, a fenilcetonúria é condicionada por


um gene autossômico recessivo, enquanto a polidactilia é devida a um gene
autossômico dominante. Uma mulher normal para a fenilcetonúria e não
polidáctila casa-se com um homem normal para a fenilcetonúria, mas
polidáctilo. O casal tem uma filha com fenilcetonúria e não polidáctila. A
probabilidade de esse casal ter uma criança normal para a fenilcetonúria, e
não polidáctila, é de
a) ¾
b) 1/2
c) 3/8
d) 1/16
e) 2/3

16. (Vunesp-2004) Epistasia é o fenômeno em que um gene (chamado


epistático) inibe a ação de outro que não é seu alelo (chamado hipostático).
Em ratos, o alelo dominante B determina cor de pelo acinzentada, enquanto
o genótipo homozigoto bb define cor preta. Em outro cromossomo, um
segundo lócus afeta uma etapa inicial na formação dos pigmentos dos pelos.
O alelo dominante A nesse lócus possibilita o desenvolvimento normal da
cor (como definido pelos genótipos B_ ou bb), mas o genótipo aa bloqueia
toda a produção de pigmentos e o rato torna-se albino. Considerando os
descendentes do cruzamento de dois ratos, ambos com genótipo AaBb, os
filhotes de cor preta poderão apresentar genótipos:
a) Aabb e AAbb.
b) Aabb e aabb.
c) AAbb e aabb.
d) AABB e Aabb.
e) aaBB, AaBB e aabb.

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES

01. Essa questão tem uma série de informações que podem acabar
confundindo o candidato. Então vamos observar com calma. A primeira
informação é que o óvulo da vaca Z teve seu núcleo desprezado, ou seja,
para fins de determinação genética, a vaca Z não está contribuindo
diretamente com seu DNA. O DNA usado está vindo do núcleo de uma célula
da vaca W, que foi injetado no óvulo da vaca Z. Esse óvulo agora passa a
ser uma célula diploide que sofre várias divisões e é implantado no útero
da vaca Y, que não contribui diretamente com DNA. Por fim, o enunciado
supõe que a vaca Y seja mãe biológica da vaca W, que forneceu o DNA para
o embrião, e pergunta qual será a porcentagem de genes da vaca Y no clone
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da vaca W. Ora, se Y é mãe biológica de W, ela passou metade de seus


genes para a filha, ou seja, 50%. Alternativa C.

02. Sabemos que o sangue tipo A possui hemácias com antígenos do tipo
A que, na presença de anticorpos anti-A serão aglutinadas. Já na presença
de anticorpos anti-B, não ocorrerá aglutinação. Assim, o lote que
corresponde a essa situação é o II que tinha 25 L de sangue. Podemos
também identificar os demais lotes como I – sangue tipo B, III – sangue
tipo AB, IV – sangue tipo O e V – sangue tipo B. Alternativa B.

03. Vamos por partes. Primeiramente, em relação ao sistema ABO, o filho


é O (genótipo ii), o pai é B e a mãe é A. Para que o casal tenha tido um
filho O, basta que ambos carreguem o alelo i. Assim, o genótipo do pai seria
IBi e o da mãe seria IAi, ou seja, heterozigotos. Em relação ao fator Rh o
raciocínio é o mesmo. Para que o filho seja Rh negativo, os pais precisam
carregar o alelo recessivo. Como ambos são Rh positivo, eles precisam ser
obrigatoriamente heterozigotos. Alternativa A.

04. Para que ocorra a eritroblastose fetal, é necessário que o filho tenha
Rh+ e a mãe tenha Rh-. Além disso, é preciso que ocorra um primeiro
contato da mãe com o sangue Rh+ para que ela seja sensibilizada, produza
anticorpos anti-Rh e aí, na segunda gestação de um filho Rh+, ocorrerá a
eritroblastose. Sendo assim, todas as afirmativas estão corretas.
Alternativa A.

05. Vamos analisar os possíveis genótipos e seus fenótipos:


• HbSHbS: forma grave da anemia
• HbSHbA: forma branda da anemia
• HbAHbA: indivíduo normal
Como o filho do casal é HbSHbS, sabemos que ambos os pais precisam ser,
no mínimo, portadores da forma branda da doença (HbSHbA) para que cada
um possa passar o alelo HbS para seu filho. Isso já exclui a alternativa A.
Além disso, o cruzamento de heterozigotos tem 25% de chances de gerar
um descendente normal (HbAHbA), o que invalida a alternativa B. Como os
pais podem ser heterozigotos, apenas um dos avós por parte de pai e de
mãe precisam carregar o alelo HbS, o que faz com que os outros possam
ser normais e isso exclui a alternativa D. Vimos também que os pais podem
ser heterozigotos, não havendo necessidade de um deles ser homozigoto
para que o filho seja HbSHbS. Isso invalida a alternativa E. Por fim, como se
trata de um caso de codominância, ambos os alelos são expressados. Isso
significa que o indivíduo com a forma branda da doença também produz
hemoglobina normal devido à presença do alelo HbA. Alternativa C.

06. Se a anomalia é dominante e não é ligada ao sexo (autossômica), os


indivíduos normais são homozigotos recessivos. Logo, 3 e 6 possuem
genótipo aa. Para que 1 e 2 tenham uma filha de genótipo aa, é necessário
que ambos sejam Aa, para que ambos passem o alelo a adiante. O indivíduo

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7 só pode ser heterozigoto pois seu pai é homozigoto recessivo. Sua mãe
(4) pode ser AA ou Aa, assim como a mulher 5. Com base nessas
informações, a alternativa A é descartada pois outros indivíduos podem ser
heterozigóticos. As alternativas B e D também são descartadas pois a
pessoa 4 e a 5 também podem ser heterozigóticas. A alternativa E é
descartada pois 7 é heterozigótico e 6 é homozigótico recessivo, o que dá
50% de chances do casal ter um descendente normal. Resta então a
alternativa C, uma vez que o indivíduo 3, por ser homozigótico recessivo,
só pode passar o alelo recessivo para seus descendentes.

07. Analisando as afirmativas: I - Uma dica para saber se a herança é


autossômica recessiva é procurar casais normais gerando filhos afetados.
Isso ocorre com os indivíduos II-1 e II-4. CORRETA. II – Os indivíduos I-1
e I-3 devem ser, obrigatoriamente heterozigotos, pois apresentam filhos
homozigotos recessivos. ERRADA. III - Existe sim possibilidade do filho do
casal ter a doença, principalmente por não sabermos qual é o genótipo do
indivíduo II-6. Caso ele e o indivíduo II-5 sejam heterozigotos, o filho terá
25% de chances de ter a doença. ERRADA. IV – Tanto o indivíduo III-1
quanto o II-5 podem ser heterozigotos, e tal cruzamento teria 25% de
chances de gerar descendentes afetados pela doença. ERRADA.
Alternativa A.

08. Primeiramente, temos que descobrir os genótipos do casal. Como o


sangue do homem aglutinou com anticorpos anti-A e anti-B, mas não para
o anti-Rh, isso indica que seu sangue é AB-, cujo genótipo é IAIB, dd. A
mulher tem sangue B+. Como ela teve eritroblastose, isso indica que sua
mãe era Rh-, ou seja, com genótipo dd. Logo, a mulher só pode ser Dd para
o fator Rh. Como o pai dela tinha sangue tipo O, cujo genótipo é ii, ele só
pode ter passado para a filha o alelo i. Assim, o genótipo da mulher é I Bi,
Dd. Fazendo o cruzamento, teremos:
IBi, Dd X IAIB, dd

IBi X IAIB  ¼ IAIB, ¼ IBIB, ¼ IAi, ¼ IBi

Dd X dd  ½ Dd, ½ dd

Usando a regra do “E”, multiplicamos as probabilidades separadas:


P(AB+) = ¼ x ½ = 1/8 Alternativa C.

09. De acordo com a relação de dominância, os indivíduos brancos possuem


genótipo gbgb, que é o caso dos indivíduos 1, 7 e 10. Por isso, os indivíduos
3, 4, 5 e 6 precisam portar um alelo gb para poderem passá-lo aos
descendentes. Assim, os genótipos de 5 e 6 são Gmgb e gcgb,
respectivamente. Para que o indivíduo 8 possa gerar um descendente
branco, seu genótipo tem que ser Gmgb, o que depende da probabilidade do
indivíduo 6 passar o alelo gb para ele que é de 50% ou ½. Assim, o
cruzamento do indivíduo 7 (gbgb) com o indivíduo 8 (Gmgb) gera

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descendência com 50% de chances de ser marrom e 50% de chances de


ser branco ½. Usando a regra do “E” temos ½ x ½ = ¼. Alternativa B.

10. Esse é um caso de dominância incompleta. Plantas vermelhas possuem


genótipo VV; brancas são BB e rosas são VB. Vejamos as alternativas:
a) VB X VB  25% VV, 50% VB, 25% BB
b) BB X VB  50% VB, 50% BB CORRETA
c) VB X VV  50% VB, 50% VV
d) VV X BB  100% VB
e) VV X VV  100% VV

11. Indivíduos malhados gerando indivíduos uniformes indicam que a


característica “pelagem uniforme” é recessiva e que seus progenitores são
heterozigotos. Logo a pelagem malhada é dominante (afirmativa I correta).
O cruzamento entre dois heterozigotos deveria gerar descendentes com a
proporção fenotípica de 1:2:1. No entanto, a proporção encontrada foi 2:1.
Isso indica que os alelos dominantes, quando em homozigose, são letais e
não geram descendentes viáveis (afirmativa II correta). Como a pelagem
uniforme é recessiva, cruzamentos entre indivíduos com essa característica
sempre vão gerar descendentes iguais aos progenitores (afirmativa III
correta). Alternativa A.

12. O casal é acondroplásico e, portanto, ambos possuem genótipo Aa. O


cruzamento Aa x Aa gera descendentes na proporção: 2/3 Aa, 1/3 aa, já
que o genótipo AA é letal. Como a questão quer uma menina normal,
multiplicamos 1/3 (chance do descendente ser normal) por ½ (chance de
se formar uma menina) = 1/6. Alternativa E.

13. ee_ _  dourado


E_ B_  preto
E_ bb  marrom
Macho ee_ _ X Fêmea E_bb
Para que esse cruzamento gere descendentes marrons, o macho tem que
ter pelo menos um alelo “b” e para que esse cruzamento gere descendentes
pretos, o macho tem que ter pelo menos um alelo “B”. Logo, seu genótipo
será eeBb. Alternativa E.

14. O cruzamento de dois tri-híbridos será: AaBbCc X AaBbCc. Fazendo o


quadrado de Punnett teremos.

ABC ABc AbC Abc aBC aBc abC abc


ABC AABBCC AABBCc AABbCC AABbCc AaBBCC AaBBCc AaBbCC AaBbCc
ABc AABBCc AABBcc AABbCc AABbcc AaBBCc AaBBcc AaBbCc AaBbcc
AbC AABbCC AABbCc AAbbCC AAbbCc AaBbCC AaBbCc AabbCC AabbCc
Abc AABbCc AABbcc AAbbCc AAbbcc AaBbCc AaBbcc AabbCc Aabbcc
aBC AaBBCC AaBBCc AaBbCC AaBbCc aaBBCC aaBBCc AaBbCC aaBbCc
aBc AaBBCc AaBBcc AaBbCc AaBbcc aaBBCc aaBBcc aaBbCc aaBbcc
abC AaBbCC AaBbCc AabbCC AabbCc aaBbCC aaBbCc aabbCC aabbCc
abc AaBbCc AaBbcc AabbCc Aabbcc aaBbCc aaBbcc aabbCc aabbcc

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