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ENGENHARIA ELÉTRICA

GTD
ENERGIA RENOVÁVEL
COM
SISTEMAS ELETRÔNICOS
DE POTÊNCIA
DIAGRAMA EM BLOCOS DE UM SISTEMA DE GERAÇÃO DE
ENERGIA RENOVÁVEL:
FONTE: SOLAR
SISTEMAS DE ENERGIA SOLAR:
FONTE: EÓLICA
Diagramas de blocos do controle de energia eólica:
FONTE: HIDROGÊNIO
Diagrama de blocos de um sistema CC de células a combustível:
FONTE: OCEÂNICA
FONTE: GEOTÉRMICA
FONTE: BIOMASSA
ALGUMAS

DEFINIÇÕES
TIPOS DE CORRENTE ELÉTRICA

Corrente contínua:
Ela mantém seu valor constante enquanto o tempo
decorre.
Sai sempre do mesmo terminal da fonte.
CORRENTE ALTERNADA:
Seu valor e sentido variam periodicamente, no decorrer
do tempo, saindo ora de um terminal, ora de outro terminal
da fonte.
MODELAMENTO DE UM CIRCUITO ELÉTRICO

➢Circuito elétrico:
é o caminho eletricamente completo, por onde circula
ou pode circular uma corrente elétrica, quando se mantém
uma d.d.p. em seus terminais.

➢Fonte de tensão:
é o elemento do circuito elétrico que fornece uma
tensão definida (DDP).
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

Representação gráfica de uma fonte de tensão


contínua, com indicação do terminal positivo e do
negativo, resistor e circuito elétrico completo.
RESISTÊNCIA ELÉTRICA
Definição de Resistencia elétrica:
Cada material possui uma resistividade diferente.

É a medida macroscópica da colisão dos elétrons


na estrutura cristalina do material.
ANALOGIA MECÂNICA DE UM RESISTOR
O plano inclinado com pregos é
o análogo mecânico de um resistor.
Na figura temos a mão do
operador como análogo mecânico da
fonte. As esferas são o análogo
mecânico dos elétrons.
A inclinação do plano garante
que as esferas continuem se
movimentando sob a ação da
gravidade, que é o análogo
mecânico da tensão da bateria
ANALOGIA: TENSÃO x CORRENTE ELÉTRICA x RESISTÊNCIA
PRIMEIRA LEI DE OHM

Georg Simon Ohm (1789 - 1854) – Físico Alemão


PRIMEIRA LEI DE OHM

Temos uma fonte de tensão contínua variável, um resistor, um


amperímetro e um voltímetro, onde medimos a corrente que passa no
circuito a cada novo valor de tensão, que é medido no voltímetro.
Com isso, podemos montar o gráfico.
PRIMEIRA LEI DE OHM

A tangente do ângulo α é uma constante,

denominada resistência do circuito.


PRIMEIRA LEI DE OHM:

V = R.I

em que:

◼ V: diferença de potencial, tensão ou força eletromotriz, em volts (V);


◼ R: resistência elétrica, em ohm (Ω);
◼ I: intensidade da corrente elétrica, em ampère (A).
SEGUNDA LEI DE OHM
A área de seção transversal:
A corrente elétrica pode ser comparada ao fluxo de água em um cano:
Se o cano for mais grosso, a água flui com maior facilidade, mantida a
pressão.
A resistência de um material diminui quando a área de sua seção
aumenta.
Portanto, a resistência é inversamente proporcional à área
de seção transversal do material.
Comprimento:
No mesmo material, com área de seção transversal
constante, a resistência total é diretamente proporcional ao
seu comprimento:
SEGUNDA LEI DE OHM
A resistência de um resistor depende do material de que ele é
feito, do seu comprimento e da área do elemento.
A resistência, em função dos principais fatores, é:

Onde:
➢R é a resistência elétrica, em ohm (W);
➢ρ é a resistividade do material, dada em Ωm;
➢l é o comprimento do material, dado em metros (m);
➢A é a área do material, dada em m2.
RELAÇÃO:

𝑽 𝒍
= 𝝆
𝒊 𝑨
SEGUNDA LEI DE OHM
Cada material tem uma resistividade, é uma característica
do material.
Temperatura:
a variação da temperatura altera a energia disponível
na estrutura do material.

Por exemplo, nos metais, o aumento da energia


térmica tende a dificultar o movimento dos elétrons livres.
SEGUNDA LEI DE OHM
Segunda Lei de Ohm
A resistividade do material depende da temperatura. Nos resistores que
obedecem a Lei de Ohm, quanto maior a temperatura, maior é a resistência do
elemento.
A resistividade do elemento aumenta com a temperatura conforme a equação:
ρ = ρO(1 + αΔT)
onde:
ρ é a resistividade do material na temperatura desejada;
ρ0 é a resistividade do material à 20º C;
α é o coeficiente de temperatura, dado em 1⁄oC;
ΔT é a diferença de temperatura entre a temperatura em que se deseja a
resistividade e a da temperatura de referência, que é 20º C.
RESISTORES
NÃO
LINEARES
A Lei de Ohm mostra que há uma relação linear
entre tensão e corrente, conforme o valor do resistor.

Mas há resistores que não obedecem a esta Lei.


São chamados resistores não lineares.
O símbolo utilizado para identificar um elemento não
linear é:
Resistores que não obedecem a Lei de Ohm

Nos resistores que não obedecem a Lei de


Ohm, o coeficiente de temperatura pode ser
positivo ou negativo.
O coeficiente de temperatura, bem como a relação
tensão x corrente depende de cada elemento.
Exemplo de uma resistência não linear: diodo.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Um chuveiro elétrico de resistência 6 Ω está submetido a uma
d.d.p. de 120 VP.
Qual a intensidade da corrente elétrica de pico que flui pelo
mesmo?

Solução:

Relacionar as grandezas conhecidas e a que se pretende


determinar:
V=R·I
R=6Ω 120 = 6 · I
I = 120 / 6
V = 120 V
Ip = 20 A
Ip = ?
EXERCÍCIO

Um chuveiro elétrico de resistência de tugstênio, qual


possui 12,6 Ω a 20 oC, está submetido a uma d.d.p. de 228 VP.
Sabe-se que a temperatura da resistencia, quando encontra-se
em regime permanente de trabalho, atinge 48,7 oC.
Qual a intensidade da corrente elétrica eficaz do chuveiro
quando a resistencia elétrica estiver em regime permanente de
trabalho? 𝑽 𝒍
= 𝝆
𝒊 𝑨

ρ = ρO(1 + αΔT)
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE
TRIÂNGULO ESTRELA
ESTRELA TRIÂNGULO
TRANSFORMAÇÃO ESTRELA-TRIÂNGULO

Estas configurações não se caracterizam como série nem


como paralelo.
Para resolver este problema, é possível converter uma
configuração na outra, fazendo com que os resistores mudem de
posição, sem mudar as característica elétricas do circuito.

Estes tipos de ligação são mais usados em sistemas trifásicos.


EXEMPLO: ASSOCIAÇÃO ESTRELA EM ASSOCIAÇÃO TRIÂNGULO.
EXEMPLO
Usando a conversão triângulo em estrela encontre a
resistência equivalente:
EXEMPLO 1: PARA O CIRCUITO A SEGUIR, VAMOS CALCULAR RAB
E A CORRENTE i.
VAMOS COMEÇAR EFETUANDO A TRANSFORMAÇÃO DA REDE Y DOS TRÊS
ÚLTIMOS RESISTORES DO CIRCUITO, ASSIM DEFINIMOS:
Observe que agora transformamos aquela rede. Para ficar mais claro, veja o
circuito abaixo junto com o modelo superposto das duas redes, já apresentado
anteriormente. Nosso circuito ficará então da seguinte forma:
Veja que agora ficou bem mais fácil efetuar os cálculos, pois temos
resistores em paralelo e série, bastando apenas que façamos os cálculos
conforme as associações de resistores.
Efetuamos o paralelo dos resistores de cima e de baixo. Em seguida
somamos, pois os resultados estarão em série.
Neste momento, nosso circuito está assim:
Finalizando, faremos o paralelo entre os dois resistores e
por fim somamos com o resistor de 13 ohms.
Para calcular a corrente, basta aplicar a lei de ohm:
Exemplo 2: Converter a rede delta em Y.
GTD
GERAÇÃO, TRANSMISSÃO
E
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA
O registro mais antigo de uma central de produção de
energia elétrica data de 1881, construída por dois eletricistas
em Godalming, na Inglaterra.
A central fazia uso de duas rodas de água, gerando
uma Corrente Alternada (CA) que era utilizada para
abastecer algumas lâmpadas.
Edison Electric Company
Pearl Street Station, Nova York 1882.
;

➢ 6 geradores CC;
➢ Acionados por motores a vapor;
➢ 30 kW em 110 V;
➢ 1,5 km de raio de cobertura.
Limitações da Transmissão CC, para a época:
-Distância máxima para transmissão linear: 1.500 m;
-Não haviam elevadores/redutores de tensão CC;
-Grandes perdas de tensão CC ao longo do caminho;
-Bitolas grandes para minimizar a perda;
-Energia consumida no mesmo valor de geração;
-Necessidade de novas centrais elétricas próximas entre si.
Invenção do transformador, em 1881, pelo
francês Lucien Gaulard e pelo inglês John Dixon Gibbs.
A invenção foi vendida no mesmo ano para a
companhia americana Westinghouse.
Em uma feira de lançamento por Westinghouse, o
transformador funcionou a partir de um único gerador de
CA, iluminando aproximadamente 40 km de uma ferrovia.
Em 1886 foi instalado pela Westinghouse, no estado
americano de Massachusetts, o primeiro sistema de
distribuição CA, composto por uma carga de 150 lâmpadas.
GUERRA DAS CORRENTES

CC x CA
1893 – Feira de Chicago – Eletricidade CA
Westinghouse+Tesla
(Tesla + Westinghouse) x Edison
Na guerra CA x CC, quem venceu foi a opção
em CA:
-Transmissão de alta-tensão por longas distâncias;
-Transformação da tensão;
-Uso mais simples e econômico dos receptores.
TRANSMISSÃO CC
CA x CC
MATRIZ MUNDIAL
(Hz)
Década de 1920:
-Frequências de: 25, 50, 60, 66 e 133 Hz;
-Dificuldades de interconexões;
-Necessidade de uma padronização;
-Comércio internacional dos equipamentos elétricos.
2020
Característica do 60 Hz:
-Geradores, Motores e Transmissores são menores;
-Reatância capacitiva menor.

Característica do 50 Hz:
-Linhas de Transmissão e os Transformadores possuem
reatância indutiva menor a 50 Hz do que a 60 Hz.

𝑋𝐿 = 2𝜋𝑓𝐿
SISTEMA
ELÉTRICO
BRASILEIRO
Em 1889 foi construida a primeira hidrelétrica brasileira.
Usina de Marmelos/Juiz de Fora, com dois geradores de
125 kW cada.
Tinha a função de abastecer as fábricas de tecido e fazer a
iluminação pública da cidade.
Só a partir de 1945, com o fim da Segunda
Guerra Mundial, o sistema elétrico brasileiro ganhou
uma proporção maior, com a construção da primeira
grande hidrelétrica, a usina de Paulo Afonso I, com
potência instalada de 180 MW.
Paulo Afonso I - Rio São Francisco / BA (1948)

(180 MW)
Vieram posteriormente, as usinas de
Furnas e de Três Marias, entre outras; a
maior delas, a Usina Hidrelétrica Binacional
de Itaipu.
FURNAS: RIO GRANDE/MG (1958)

(1,2 TW)
TRÊS MARIAS/MG 1963

(400 MW)
ITAIPU FOZ DO IGUAÇU/PR 1975

(14 TW)
MAIOR USINA HIDRELÉTRICA DO MUNDO
USINA DE TRÊS GARGANTAS - CHINA

(22,5 TW)
O que é Matriz Energética?

➢ É toda energia disponibilizada para ser


transformada, distribuída e consumida;

➢ Quantidade de recursos energéticos oferecidos


por um país ou por uma região.
MATRIZ ENERGÉTICA: 2019

MATRIZ ELÉTRICA MUNDIAL


REPRESENTAÇÃO
DO
SIN
(SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL)
CLASSES DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO
BRASIL
VARIAÇÃO DE CONSUMO DURANTE UM DIA ÚTIL
NÍVEIS DE TENSÃO NO BRASIL

BT <1kV
MT 1kV a 69 kV
AT > 69 kV (69 kV, 138 kV, 230 kV)
EAT: 345 kV, 440 kV, 500 kV e 750kV
UAT: acima de 750kV
FUNDAMENTOS
DA
GERAÇÃO
DE
ENERGIA ELÉTRICA
DIAGRAMA
FASORIAL
http://people.ece.umn.edu/users/riaz/animations/sinvec.html
EXERCÍCIOS
https://forms.gle/QtLVNoUq27nueWAF9
REFERÊNCIAS:
1. PINTO, M. O. Energia Elétrica - Geração, Transmissão e Sistemas
Interligados. Ed. LTC, 2013.
2. GEDRA, R. L., BARROS, B. F., BORELLi, R. Geração, Transmissão, Distribuição
e Consumo de Energia Elétrica. Ed. Érica, 2014.
3. NELSON, K.; OLIVEIRA, C. C. B., ROBBA, E. J. Introdução aos Sistemas de
Distribuição de Energia Elétrica. 2a Ed. Editora Edgar Blucher, 2010.
4. TOLMASQUIM, M. T. Novo modelo do setor elétrico brasileiro. 2 ed. São
Paulo: Synergia, 2015.
5. STEVENSON, William D. Jr. Elementos de análise de sistemas de potência.
4a Ed. Editora Mc Graw Hill, 1996.

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