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Biomecânica e
Mecânica do Exercício
TOM PURVIS
i
www.rtsbrazil.com.br
Copyright © 2017, by Tom Purvis; RTS, LLC
Edited for the Science 1 manual, copyright © 1997, by Tom Purvis; RTS, LLC
Revised 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012,
2013, 2014, 2015, 2016
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Sobre este manual
Este manual foi criado exclusivamente para ser parte do curso RTS Mecânica do Exercício.
Ele não tem a intenção de ser uma ferramenta educacional para ser usada separada do
curso porque muitas das seções incluem conceitos equivocados baseados na maneira
tradicional ensinada pela indústria do exercício. A correção destes conceitos faz parte das
muitas discussões que acontecem durante as aulas.
Sem a apresentação correspondente, este manual não está completo e, mesmo assim, ele
está sempre em trabalho de evolução.
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Biomecânica e Mecânica do Exercício •
Mecânica do Exercício
Biomecânica e a Mecânica do Exercício
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Biomecânica e Mecânica do Exercício •
Mecânica do Exercício
2 Definição de Biomecânica
• “O estudo das forças e os seus efeitos sobre os sistemas vivos.” Peter
4 McGinnis em Biomecânica do Esporte e Exercício.
• “Ciência que estuda a ação de forças internas ou externas no corpo vivo.” PDR
6 Dicionário Médico.
• “Biomecânica consiste da área da cinemática e da cinética. A cinemática
8 inclui as descrições de movimento sem considerar as forças que produzem o
movimento. Cinética considera as forças que produzem o movimento,
10 resultante do movimento ou da manutenção do equilíbrio.” Norkin e
Levangie em Articulação, Estrutura e Função.
12 • “A mecânica é uma área da física e da engenharia que estuda e aplica a
avaliação de forças responsáveis pela manutenção de uma estrutura ou de
14 um objeto em uma posição fixa, bem como a descrição, previsão e causas de
movimento de um objeto ou estrutura. O campo da mecânica pode ser
16 dividido em estática, que considera as partículas e organismos rígidos que
estão em um estado de equilíbrio estático, e dinâmica, que estuda objetos que
18 estão em movimento acelerado. Dinâmica pode ainda ser dividida em
cinemática e cinética. A cinemática é a geometria do movimento, que inclui a
20 velocidade de deslocamento, aceleração sem contar a força. Cinética
considera as forças causando o movimento.” Garhammer em Cinesiologia e
22 Anatomia Aplicada.
• “Biomecânica é o estudo da estrutura e da função dos sistemas biológicos por
24 meio dos métodos da mecânica.” Hebert Hatze.
• “Mecânica, ciência do movimento e da ação das forças nos corpos.” Webster,
26 Dicionário do Novo Mundo.
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Biomecânica e Mecânica do Exercício •
4 Mecânica do Exercício
A Mecânica do Exercício pode ser considerada como a aplicação dos princípios da
6 mecânica muscular, mecânica articular, mecânica da resistência e seus efeitos
combinados que influenciam fatores, tais como a mecânica da cadeia e as forças
8 articulares em exercícios específicos, bem como a forma como cada um é alterado pela
influência da intenção (quer estrategicamente ou aleatoriamente).
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Então, para reforçar, a lista de princípios que são aplicados em um exercício específico
12 inclui:
• Força
14 • Mecânica Articular
• Mecânica Muscular
16 • Mecânica da Resistência
• Mecânica das Cadeias
18 • Intenção (decisões baseadas na força e que influenciam os resultados da
mecânica do exercício)
20 • Orquestração
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Biomecânica e Mecânica do Exercício •
Perspectivas Importantes
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Exercício é “invasivo”
4 Tipicamente, invasivo se refere à penetração da pele, como na cirurgia. Por este motivo,
profissionais da saúde e médicos se referem ao exercício como um procedimento não
6 invasivo. Mas quando colocamos um halter na mão, onde estão os efeitos? Removemos
o halter e olhamos para a palma da mão esperando ver os efeitos desejados?
8 Obviamente, as forças são transmitidas pelo corpo até locais distantes, e é esse o
conceito que nos incentiva a pensar no exercício como invasivo (Invasivo – a capacidade
10 de infiltrar e destruir tecidos em volta). Durante o exercício, devemos visualizar a ação
e os efeitos sobre estruturas relacionadas subjacentes. Muitas vezes tomamos decisões
12 de treinamento ao ver o movimento da “pele”. Nós devemos estar constantemente
cientes de que…
14
“É esta perspectiva que demonstra a responsabilidade associada à
16 prescrição de exercícios de resistência e por que devemos levar a sério.
Logo, essa responsabilidade deve ser restrita àqueles que entendem as
18 funções, interrelações e tolerância do sistema neuromuscular, tecido
conjuntivo e sistema esquelético do corpo, bem como as propriedades
20 das forças e a física de sua aplicação!”
RTS
30 Não existem exercícios bons ou ruins, o que existem são más decisões baseadas
na falta de compreensão sobre o exercício.
32 • Existe um custo e um benefício em potencial.
• E existe uma hierarquia de valores para o indivíduo, para seu objetivo, sua
34 tolerância e habilidade.
▪ Existem exercícios inúteis, que são uma perda de tempo e que são uma
36 distração para o progresso do cliente-paciente.
▪ Existem exercícios funcionais que violam a função humana verdadeira.
38 • Existem exercícios que são muito avançados e estressantes para um
indivíduo.
40 • Existem exercícios que são muito complicados para um indivíduo.
• Afundo, levantamento olímpico, protocolos de kettlebell, pliometria,
42 exercícios no elíptico podem estar dentro das categorias acima.
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Biomecânica e Mecânica do Exercício •
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Assim como médicos, a preocupação principal de todo fisioterapeuta e todo
4 professor de educação física deve ser, em primeiro lugar, NÃO CAUSAR NENHUM
MAL!
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Biomecânica e Mecânica do Exercício •
porque vai melhorar os resultados com menor custo. E a partir deste momento
2 tomamos nossas próprias decisões e nos tornamos “Michelangelos”.
4 Não podemos tomar decisões de exercício vendo a pele mexer. Para criar, analisar e/ou
monitorar um exercício, você precisa visualizar o que está ocorrendo dentro do corpo
6 e as forças.
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Biomecânica e Mecânica do Exercício •
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Biomecânica e Mecânica do Exercício •
É o fator X?”
2 Alguns se referem à biomecânica como um “fator X” que “você não pode fazer nada a
respeito”. Embora você não possa mudar a estrutura física de um indivíduo como se
4 relaciona com a mecânica, você pode aprender a reconhecer como essas diferenças
individuais alterarão a habilidade mecânica de um indivíduo. Esse é um aspecto
6 fundamental no exame/avaliação sobre a capacidade genética, a tolerância e o potencial
de uma pessoa relativa ao desenvolvimento de força interna e a aplicação de carga
8 externa.
10 A biomecânica nos conta verdades ocultas sobre tantas variáveis tais como a maneira
como a taxa de desaceleração e a distância do posicionamento da carga na articulação
12 podem aumentar exponencialmente as forças no corpo. Então, dizer que a biomecânica
é uma área com a qual não devemos nos preocupar já que não é algo que nós podemos
14 manipular é, em si, uma exibição verbal de uma total falta de compreensão desta ciência.
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• INTRODUÇÃO À MECÂNICA DO EXERCÍCIO | Biomecânica e Mecânica do Exercício •
8 Muitas vezes, doutores em Biomecânica utilizam EMG para determinar quais músculos
estão envolvidos em uma atividade. Mas veja que dicotomia, a mecânica é a ciência que
10 nos ensina como calcular e identificar a participação muscular em uma determinada
atividade sem precisar de um EMG.
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Não é incomum para um profissional com doutorado exibir uma perspectiva limitada
14 na aplicação dos seus conhecimentos. Isto muitas vezes acontece devido à prática
limitada exigida pelo seu trabalho específico dentro de um laboratório e também por
16 não ter explorado as possibilidades além das oferecidas pelos livros. Precisamos
aprender a aplicar a ciência além dos exemplos encontrados nos livros.
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