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DA FATURA
Estudos das Faturas de Energia Elétrica
Estudos das Faturas de Energia Elétrica 2
ÍNDICE
Introdução 4
Tipos de Cobranças 5
Grupo B 5
O que é o grupo B? 5
Grupo A 6
O que é o grupo A? 6
Bandeiras tarifárias 8
Encargos e tributos 10
PIS 11
COFINS 11
ICMS 11
CIP/COSIP 11
Posto Tarifário 12
Ponta 12
Intermediário 13
Fora Ponta 13
Demanda 13
Contratada 13
Faturada 14
Ultrapassagem 15
Consumo 15
Ativo 15
Reativo 15
Tarifas 16
TUSD 16
TE 16
Indicadores 17
DIC 17
FIC 18
DMIC 18
DICRI 18
UFER 18
UFDR 18
Referências 19
1. Introdução
a) nome do consumidor;
b) número de inscrição no CNPJ, CPF ou RANI;
c) código de identificação da unidade consumidora;
d) classe e subclasse da unidade consumidora;
e) endereço da unidade consumidora;
f) números de identificação dos medidores de energia elétrica ativa e
reativa e respectiva constantes de multiplicação da medição;
g) datas e registros das leituras anterior e atual dos medidores, e a data
prevista para a próxima leitura;
h) data de apresentação e de vencimento;
i) grandezas e respectivos valores relativos aos produtos e serviços
prestados, discriminando-se as tarifas aplicadas em conformidade com as
Resoluções Homologatórias publicadas pela ANEEL;
j) valor total a pagar;
k) aviso de informações sobre as condições gerais de fornecimento,
tarifas, produtos, serviços prestados e tributos se encontram à disposição
dos consumidores, para consulta, nos postos de atendimento da
distribuidora e na página da internet, quando houver;
l) valores correspondentes à energia, ao serviço de distribuição, à
transmissão, às perdas de energia, aos encargos setoriais e aos tributos,
conforme regulamentação específica, aos consumidores do grupo B e aos
consumidores do grupo A optantes pelas tarifas do grupo B;
m) número de telefone da central de teleatendimento, da ouvidoria,
quando houver, e outros meios de acesso à distribuidora para solicitações
ou reclamações, em destaque;
n) número de telefone da central de teleatendimento da agência estadual
conveniada, quando houver; e
o) número da central de teleatendimento da ANEEL.
2. Tipos de Cobranças
2.1. Grupo B
3 (2F + N) 50
4 (3F + N) 100
2.1.2.1. Convencional
Consumidores que se enquadram na tarifação convencional pagam um
valor único de tarifa para o consumo ativo (kWh) sem levar em
consideração as horas sazonais do dia (horário de ponta e fora ponta),
mas permanecendo a aplicação das bandeiras tarifárias pelos períodos de
geração de energia elétrica durante o ano.
2.1.2.2. Branca
Consumidores que se enquadram na tarifação branca pagam diferentes
valores de tarifa para o consumo ativo (kWh), levando em consideração
as horas sazonais do dia (horário de ponta e fora ponta), permanecendo a
aplicação das bandeiras tarifárias pelos períodos de geração de energia
elétrica durante o ano.
2.2. Grupo A
2.2.2.2. Verde
A tarifação verde, disponível para as modalidades A3a, A4 e AS, é
caracterizada pela aplicação de tarifas distintas para o consumo ativo
(kWh) nos horários sazonais de fora ponta (HFP) e ponta (HP), levando-
se em consideração também, os períodos do ano. Além disso, esses
consumidores pagam pelo consumo reativo (kVArh) excedente àquele
permitido pela concessionária, (já que atualmente, a razão entre consumo
ativo e consumo aparente de potência está em 0,92), sem levar em conta
2.2.2.3. Azul
A tarifação azul está disponível para todas as modalidades do grupo A e
obrigatórias para as modalidades A1, A2 e A3. É caracterizada pela
aplicação de tarifas distintas para o consumo ativo (kWh) nos horários
sazonais de fora ponta (HFP) e ponta (HP), levando-se em consideração
também, os períodos do ano. Além disso, esses consumidores pagam pelo
consumo reativo (kVArh) excedente àquele permitido pela
concessionária, sem levar em conta os horários sazonais. Para a demanda
de potência, são contratados e cobrados valores para o horário de fora
ponta (HFP) e para o horário de ponta (HP). Ainda, nessa modalidade,
são cobrados valores de ultrapassagem de demanda quando as faturadas
são superiores a 5% aos valores das demandas contratadas HFP e HP.
3. Bandeiras tarifárias
As bandeiras tarifárias, criadas através da Resolução Normativa nº 547
em 16 de abril de 2013, estabelece que a partir de 2015, sejam utilizadas
para advertir o consumidor sobre os custos atuais de geração de energia
elétrica e, em segundo plano, promover a economia no consumo de
energia. Atualmente, as principais fontes geradoras no Brasil, segundo
fontes da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), são:
Tab. 4 – As principais fontes geradoras
Posição Fonte no Brasil
1º Hidráulica
2º Gás Natural Fonte: Câmara de Comercialização de
3º Petróleo Energia Elétrica (CCEE)
4º Carvão
5º Nuclear
6º Biomassa
7º Eólica
8º Solar
9º Geotérmica
10º Marítima
11º Biogás
4. Encargos e tributos
Segundo informações da Secretaria de Energia e Mineração do Estado de
São Paulo, no Brasil, paga-se tributos sobre bens e serviços, como por
exemplo, nas faturas de água e esgoto, luz, telefone, na compra de
produtos alimentícios e outros bens que são monetizados. Nas contas de
energia elétrica, os tributos são separados entre:
+ +
Fig. 3 – Estrutura tarifária
Energia Transmissão e Distribuição Encargos Setoriais
gerada (TE) (TUSD) (PIS/COFINS/ICMS) Fonte: ANEEL – Entendendo a Tarifa
4.1. PIS
O Programa de Integração Social é uma das formas de complementação
de renda do governo e, tem como foco a contribuição nacional de caráter
social, para pagamento do seguro-desemprego, abono e participação na
receita dos órgãos e entidades, tanto para trabalhadores de empresas
públicas quanto para empresas privadas.
4.2. COFINS
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, também é uma
contribuição de caráter social, tributada sobre o valor total de algum
serviço ou bem. No caso da energia elétrica, cobra-se o tributo sobre o
valor da compra de energia elétrica pela concessionária.
4.3. ICMS
O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços é um tributo de
caráter estadual, constituído em 1988, onde cada estado possui uma
alíquota distinta. Para a conta de energia elétrica, o ICMS representa a
maior parcela de taxas para o consumidor, que varia de 18% a 30%.
4.4. CIP/COSIP
A Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública é um
encargo municipal incluso na fatura de energia elétrica, que visa angariar
fundos para a iluminação de vias, logradouros e demais bens públicos,
além de instalação, manutenção, melhoramento e a expansão da rede de
iluminação pública municipal. Estão afetados por ela todos os
Período de pagamento da fatura Data de repasse do valor Tab. 5 – Repasse do valor COSIP
5. Posto Tarifário
5.1. Ponta
O posto tarifário de ponta compreende o período do dia em que o
consumo de energia elétrica alcança seus valores máximos e, por conta
disso, a demanda por essa energia junto às usinas geradoras e às
distribuidoras se torna maior. Portanto, o custo do kWh durante essas
horas, é maior.
Proclamação da
15 de novembro 662, de 06/04/1949
República
5.2. Intermediário
Considera-se o posto tarifário intermediário, o período de uma hora
imediatamente antes do início do horário de ponta e uma hora
consecutivamente após o término do posto tarifário de ponta. É possível
aplicá-lo apenas nas faturas dos consumidores do grupo B e ainda,
admitindo sua flexibilização conforme Módulo 7 dos Procedimentos de
Regulação Tarifária, disponibilizado pela ANEEL.
6. Demanda
6.1. Contratada
A demanda contratada é um valor de potência (em kW para a demanda
ativa e kVAr para demanda reativa, respectivamente) que a
concessionária disponibiliza ao cliente no ponto de entrada do ramal de
energia elétrica da unidade consumidora, por um contrato anual. Quando
multiplicado pelas horas de uso do sistema elétrico da concessionária,
6.2. Faturada
A demanda faturada é o valor máximo de potência registrado dentro de
um período de tempo estabelecido pela concessionária, geralmente
mensal. Os valores são registrados pelo medidor de energia, de 15 em 15
minutos, de forma que, dentro de 30 dias, tenham-se cerca de 2880
amostras de potência e, a partir daí, extrai-se o maior valor para a
cobrança na fatura.
6.3. Ultrapassagem
A ultrapassagem de demanda é uma multa, cobrada pela concessionária,
com base no valor de demanda contratada e ocorre quando a demanda
faturada excede a contratada em mais de 5%. E, quando ocorre, esse
excedente é cobrado do consumidor com tarifa 2x maior à equivalente do
posto tarifário vigente. Ou seja, se a ultrapassagem foi verificada no
horário de ponta, por exemplo, será cobrado em média, 2x o valor da
demanda contratada desse posto tarifário, por kW ultrapassado. Por fim,
o mesmo procedimento se vale para o consumo excedente de potência
reativa.
7. Consumo
7.1. Ativo
É a quantidade de energia elétrica, em kWh, exigida da rede de
distribuição em um período de tempo. Então, o consumo ativo registra a
quantidade de potência elétrica exigida pela unidade consumidora
durante um mês ou 730 horas/mês. O consumo ativo pode ser mensurado
para todos os postos tarifários vigentes, fora de
ponta/intermediário/ponta.
7.2. Reativo
É a quantidade de energia elétrica reativa, em kVArh, consumida de
forma excedente pela unidade consumidora. Por isso, esse valor somente
é registrado na fatura quando, por algum motivo, o fator de potência fica
abaixo de 0,92. Ou seja, de todo o consumo energético de um local, até
8% podem ser oriundos de reativos, sem que haja cobranças por isso. A
partir daí, o consumo reativo (UFER) excedente pode ser mensurado pela
equação disposta no item 9.5, à frente.
8. Tarifas
8.1. TUSD
A TUSD ou Tarifa pelo Uso do Sistema de Distribuição é a cobrança
relativa ao custo da rede de distribuição da concessionária. É incidida
sobre o consumo ativo de energia elétrica e sua estrutura está dividida em
três parcelas:
Encargos e tributos
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜𝐴𝑇𝐼𝑉𝑂 ∗ 𝑇𝑈𝑆𝐷
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑇𝑈𝑆𝐷 =
𝐼𝐶𝑀𝑆 + 𝑃𝐼𝑆 + 𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆
[1 − ( )]
100
ValorTUSD – Valor devido à concessionária referente ao uso do sistema de
distribuição sobre o consumo ativo, em kWh, da unidade consumidora;
ConsumoATIVO – Valor do consumo ativo da unidade consumidora, disposto na
fatura de energia elétrica, em kWh;
TUSD – Tarifa pelo uso do sistema de distribuição, em R$/kWh;
ICMS – Alíquota de ICMS, em porcentagem;
PIS – Alíquota de PIS, em porcentagem;
COFINS – Alíquota de COFINS, em porcentagem.
8.2. TE
A Tarifa de Energia é o valor cobrado do consumidor, referente ao custo
da geração de energia elétrica. A concessionária, teoricamente, apenas
repassa os custos de aquisição dessa energia e não pode obter lucros e/ou
dividendos sobre a TE. Ela é definida, anualmente, pela ANEEL em
R$/MWh para as concessionárias e quando repassadas aos consumidores,
esses valores são divulgados em R$/kWh. Abaixo, está disponível parte
do ranking nacional de tarifas residenciais, que pode ser consultado na
página online da ANEEL (http://www.aneel.gov.br/ranking-das-tarifas):
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜𝐴𝑇𝐼𝑉𝑂 ∗ 𝑇𝐸
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑇𝐸 =
𝐼𝐶𝑀𝑆 + 𝑃𝐼𝑆 + 𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆
[1 − ( )]
100
ValorTE – Valor devido à concessionária referente ao custo da energia elétrica
sobre o consumo ativo, em kWh, da unidade consumidora;
ConsumoATIVO – Valor do consumo ativo da unidade consumidora, disposto na
fatura de energia elétrica, em kWh;
TE – Tarifa pelo custo da energia elétrica, em R$/kWh;
ICMS – Alíquota de ICMS, em porcentagem;
PIS – Alíquota de PIS, em porcentagem;
COFINS – Alíquota de COFINS, em porcentagem.
9. Indicadores
Os indicadores de continuidade do serviço de distribuição de energia
elétrica são extremamente importantes, pois é através deles que as
distribuidoras, a ANEEL e os próprios consumidores conseguem avaliar
a qualidade do serviço prestado.
9.1. DIC
DIC ou Duração de Interrupção Individual é o índice de quanto tempo
uma unidade consumidora ou ponto de conexão permaneceu sem energia
em certo período, podendo ser mensal, trimestral ou anual;
9.2. FIC
A Freqüência de Interrupção Individual demonstra quantas vezes uma
unidade consumidora ou ponto de conexão permaneceu sem energia em
certo período de tempo mensal, trimestral ou anual;
9.3. DMIC
O índice DMIC é a Duração Máxima de Interrupção Contínua por
Unidade Consumidora, ou seja, é o tempo máximo de uma interrupção,
de forma contínua, em uma unidade consumidora ou ponto de conexão;
9.4. DICRI
Duração da Interrupção Individual Ocorrida em dia Crítico por unidade
consumidora ou ponto de conexão, DICRI, é o indicador de interrupção
para um dia com muitas ocorrências e variações;
9.5. UFER
Consumo de energia reativa excedente à quantidade permitida pelo fator
de potência 0,92, dentro do período de faturamento. O cálculo de UFER é
feito de acordo com a equação abaixo:
0,92
𝑈𝐹𝐸𝑅 = ( − 1) ∗ 𝐶𝑚𝑝 ∗ 𝑇𝐶
𝐹𝑃𝑟
Onde,
9.6. UFDR
UFDR ou Ultrapassagem Faturada de Demanda Reativa é o valor relativo
ao uso em excesso, de potência reativa, ocorrido quando o fator de
potência está abaixo de 0,92. Somente é adicionado à fatura do
consumidor quando o valor de UFDR é superior ao DMCR (Demanda
Máxima Corrigida Registrada), de modo que, a equação para esse
indicador é:
10. Referências
[1] Ministério de Minas e Energia. Manual de Tarifação da Energia
Elétrica. Disponível em:
<http://www.mme.gov.br/documents/10584/1985241/Manual%20de%20
Tarif%20En%20El%20-%20Procel_EPP%20-%20Agosto-2011.pdf>;