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A posse é um poder de facto sobre a coisa. A relação de posse como poder de facto, quando há
duvidas sobre mecanismos típicos de domínio, quando falha a ordenação definitiva, traduz a
latência de relação funcional através da relação jurídica estrutural. O poder de facto sobre as
coisas insere-se ao lado ou atrás dos mecanismos jurídicos legais:
A posse será, pois o poder de facto sobre uma coisa, juridicamente relevante. Daí que, quando o
elemento infra-estruturar do poder de facto aque a ordem jurídica recorre sempre que faltem os
mecanismos normais, nessa altura, o anti-direito, o contrario do direito, surge e é tratado como
direito.
Daí a afirmação de que a posse embora anti-direito é, na realidade, sombra dos direitos reais – a
posse como poder de facto ameaça constantemente o direito. O poder de facto, ameaçando
embora o poder de direito, sendo o seu contrario (se eu só possuo de facto não possuo do direito;
alguém possuira de direito e contestara a minha posse, pois é contraria a sua), acompanha-lo-a
sistematicamente, sendo a configuração interna e externa do poder de direito. Assim, o direito,
quando falha na ordenação dos bens, servir-se-a do poder de facto como sua própria explicação,
quer externa, quer interna, como o vinculo de integração dos bens não ordenados.
Detenção
Espécies da posse
Quanto as espécies a posse pode ser: titulada ou não titulada, de boa-fé ou de má-fé, passifica ou
violenta, publica ou oculta nos termos do artigo 1258 do C.C.
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Posse titulada ou não titulada
Define a posse titulada como a posse fundada em qualquer modo legitimo de adquirir,
independentemente, quer de direito de transmitente, quer da validade substancial do negocio
jurídico. Artigo 1259o CC
A boa-fé consiste na ignorância, quando se adquire a posse, de que se esta a lesar direitos
alheios. E uma disposição de natureza psicológica.
A posse tituladora presume-se de boa-fé e a não titulada de má-fé, trata-se de uma presunção.
Nos termos do no 2 e 3 do artigo 1260o CC.
Posse pacifica é a que foi adquirida sem violência. Para que a posse seja violenta, não basta que
haja uma oposição. É necessário a coação física ou moral. No caso de coação física, a posse
nunca é titulada, porque o negócio é enexistente e, como tal, não há um modo legitimo de
adquirir, em abstrato, o direito real. Nos termos do artigo 1261o CC.