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Foi por conta de uma apresentação de show musical maravilhosa que cheguei a uma pergunta

que mudou a forma de me relacionar com o trabalho. “Qual é o meu conceito?”

Há alguns anos comecei a acompanhar uma banda de jazz muito bacana. Quando soube que
viriam pra São Paulo logo comprei os ingressos e fui ao show. A apresentação foi impecável.
Do início ao fim. Tudo certo e de muito bom gosto. A qualidade estava presente em tudo. Na
música, na apresentação, nos intervalos, no figurino, no brilho dos sapatos dos músicos, nos
instrumentos...A postura da banda quando se apresentaram. Tudo, absolutamente tudo
estava onde deveria estar e as pessoas envolvidas nisso estavam verdadeiramente conectadas
com o que estavam fazendo. Bonito de ver!

Voltei pra casa alimentada, encantada e logo fui pesquisar mais sobre o trabalho da banda.
Estou falando de Ambrose Akinmusire, jazzista norte americano, jovem e muito muito
talentoso. Seu instrumento é o trompete, e em uma das entrevistas que li, Ambrose relatou
que em uma determinada época de sua vida, estava sem saber como encaminhar sua carreira,
até que o seu “mentor”, o saxofonista Steve Coleman lhe disse que o mais importante seria
descobrir qual era o seu conceito. Meditei muito tempo sobre essa frase.

Qual é o meu conceito?

Naquela época, dava aula em um jardim de infância Waldorf em São Paulo e estava
começando minha formação na Antroposofia. Não sabia qual era o meu conceito, afinal, qual
poderia ser o conceito de trabalho de uma professora de jardim de infância? Mas essa
pergunta me acompanhou por anos até chegar aqui hoje.

Passado algum tempo, me mudei de São Paulo e voltei à minha cidade natal, minha linda
Santos.

Logo dei vida a minha própria escola. Criei um jardim de infância ancorado na Pedagogia
Waldorf e ao longo dos anos fui estudando, observando, pesquisando e percebendo tudo o
que estava relacionado ao universo da primeira infância. Tive ricos encontros com todas as
famílias que passaram por mim e refleti muito sobre todos os desafios e dificuldades, alegrias e
expectativas que os pais e crianças vivem nessa época. Em paralelo a tudo isso, minha vida
com todos os desafios, sabores e dessabores típicos de uma família comum também serviram
de apoio para me levar ao encontro do tão desejado “conceito”.

Decidi criar um conteúdo digital. O que tinha pra dizer era bom e precisava chegar ao maior
número de pessoas, pois era algo que de fato impactaria na vida dos adultos que lidam com
crianças pequenas e consequentemente impactaria na vida das crianças.

Levei um ano para organizar as ideias, para criar uma linha de raciocínio e de fato oferecer um
conteúdo relevante aos os pais e educadores.

Primeiro observei muito as crianças. Revisitei minha infância para resgatar sensações e
memórias do início da vida. Foi intenso! Me recordei de sensações que causaram desconforto,
medo, prazer, alegria e estranheza. Isso me ajudou muito para acompanhar as crianças lá na
escola. É importante para o educador fazer esse caminho.
Meu conceito é o meu projeto Base da Vida.

Para termos crianças sadias, precisamos olhar para os pais e professores. Sem julgamentos.
Mas mostrar que o único caminho para obtermos um bom resultado é começarmos da base.
Olhar pra nós. Com coragem. Tem que estar disposto a olhar. Depois disso, tudo anda.

Base da vida é um projeto feito com muito amor. É a produção de conteúdo especializado em
desenvolvimento de pais e professores. De forma simples, sem rodeios e de forma
extremamente prática.

É também, um espaço para cuidar dos adultos com o objetivo de oferecer melhor qualidade
de vida para as crianças e suas famílias. É cuidar da infância e ressaltar a importância dela na
formação da vida do ser humano.

A vida das crianças de hoje não está fácil. Precisamos olhar pra isso.

Convido a todos a fazerem esse caminho comigo.

Eu sou Carolina De Cicco e quero muito oferecer um espaço para nós nos nutrirmos de
conteúdos de qualidade para lidarmos com a tarefa de criarmos e educarmos crianças
pequenas.

Seja bem vindo ao Base da Vida!

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