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ANDREIA RIBEIRO TORRES | 15997306588 | artorres261@gmail.

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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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Material: 205º Simulado Mege (MP-SP III)

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205º Simulado Mege – MP-SP III 2


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(Gabarito Comentado)*
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[*] Gabarito atualizado em 08.04.2019

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
ANDREIA RIBEIRO TORRES | 15997306588 | artorres261@gmail.com

SUMÁRIO
DIREITO PENAL ....................................................................................................................................... 4
DIREITO PROCESSUAL PENAL ............................................................................................................... 27
DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................................................. 42
DIREITO ADMINISTRATIVO .................................................................................................................. 50
DIREITO CIVIL ....................................................................................................................................... 70
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ................................................................................................................. 77
DIREITO EMPRESARIAL......................................................................................................................... 89
DIREITOS HUMANOS ............................................................................................................................ 96
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ........................................................................................ 101
DIREITO ELEITORAL ............................................................................................................................ 108

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DIREITO PENAL
1. Com relação ao crime de roubo, analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
(A) A violência e a grave ameaça pode ser exercida contra outra coisa que não seja a pessoa.
(B) A violência só pode ser exercida antes da subtração da coisa, pois se for depois da subtração da
coisa o crime será de furto.
(C) Caso haja lesão corporal na vítima a pena deve ser aumentada.
(D) Se no crime de roubo haviam dois agentes praticando o crime, sendo um deles adolescente, não
se aplica a majorante do concurso de pessoas.
(E) É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
Errado, a violência ou a grave ameaça, conforme o próprio art. 157, caput, do CP só pode ser exercido
contra a pessoa.

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a
pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
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Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
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ALTERNATIVA B: INCORRETA
6.

Errado, quando a violência é exercida após a subtração do bem, ocorre o chamado roubo improprio,
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disposto no art. 155, § 1º, do CP.


6.

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a
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pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:


Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra
pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si
ou para terceiro.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
Errado, pois no caso, somente se houver lesão corporal grave é que no caso surgiria uma
qualificadora e não uma majorante como diz o enunciado. Conforme o art. 157, § 3º, do CP:

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a
pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da
multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.

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ALTERNATIVA D: INCORRETA
Já é entendimento pacificado na doutrina e na jurisprudência que a menoridade de um dos agentes
não desfigura o concurso de pessoas.

ALTERNATIVA E: CORRETA
Súmula 442 - STJ - É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante
do roubo.

2. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a
pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função, comete o crime
de:
(A) Corrupção passiva.
(B) Excesso de exação.
(C) Concussão
(D) Tráfico de influência.
(E) Advocacia administrativa.

RESPOSTA: D
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COMENTÁRIOS
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ALTERNATIVA A: INCORRETA
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Corrupção passiva
6.

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
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vantagem:
6.

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa


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ALTERNATIVA B: INCORRETA
Excesso de exação
Art. 316, § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber
indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa

ALTERNATIVA C: INCORRETA
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

ALTERNATIVA D: CORRETA
Tráfico de Influência
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de

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vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
Advocacia administrativa
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública,
valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:


Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

3. Analise as afirmações abaixo sobre o instituto da tentativa e marque incorreta.


(A) Não se admite tentativa em crime culposo.
(B) No que concerne à punibilidade da tentativa, o Código Penal adota a teoria objetiva.
(C) Configura-se tentativa incruenta no caso de o agente não conseguir atingir a pessoa ou a coisa
contra a qual deveria recair sua conduta.
(D) Configura-se tentativa cruenta no caso de o agente conseguir atingir a pessoa ou a coisa contra a
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qual deveria recair sua conduta.
4-

(E) Em relação à tentativa, adota-se, no Código Penal, a teoria subjetiva.


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RESPOSTA: E
6.

COMENTÁRIOS
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ALTERNATIVA A: CORRETA
6.

Nos crimes culposos o agente não tem dolo de consumação, o que o torna essa modalidade de
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delito incompatível com o instituto da tentativa.

ALTERNATIVA B: CORRETA
A punibilidade da tentativa é disciplinada pelo art. 14, parágrafo único. E, nesse campo, o Código
Penal acolheu como regra teoria objetiva, realística ou dualista, ao determinar que a pena da
tentativa deve ser correspondente à pena do crime consumado, diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois
terços). Como o desvalor do resultado é menor quando comparado ao do crime consumado, o
conatus deve suportar uma punição mais branda. Excecionalmente, entretanto, é aceita a teoria
subjetiva, voluntarística ou monista, consagrada pela expressão “salvo disposição em contrário”.

(Fonte: Cléber Rogério Masson - Direito Penal Esquematizado).

ALTERNATIVA C: CORRETA
A tentativa incruenta ou branca acontece quando é aquela na qual a vítima não chega a ser
fisicamente atingida, ou seja, quando a vítima sai ilesa.

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ALTERNATIVA D: CORRETA
Tentativa vermelha ou cruenta, na qual a vítima é atingida e sofre a lesão .

ALTERNATIVA E: INCORRETA
Como afirmado no item A, o código penal adota a teoria objetiva.

Na Teoria Subjetiva: A punição da tentativa deve observar seu aspecto subjetivo do delito, da
perspectiva do dolo do agente. Sabendo que, seja na consumação seja na tentativa, o crime é
subjetivamente completo, não pode haver, para esta teoria, distinção entre as penas nas duas
modalidades. A tentativa merece a mesma pena do crime consumado.

4. Acerca da antijuridicidade e das causas de exclusão no direito penal, julgue os itens subsequentes
e marque a alternativa correta.
(A) O consentimento do ofendido é uma excludente de ilicitude e poderá ser manifestado antes,
durante ou depois da conduta do agente.
(B) Segundo o Código Penal, o agente que tenha cometido excesso quando da análise das excludentes
de ilicitudes será punido apenas se o tiver cometido dolosamente.
(C) Somente na legitima defesa que será punido o agente pelo excesso doloso. 6
4
(D) O ordenamento jurídico brasileiro prevê a possibilidade de ocorrência de tipicidade sem
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antijuridicidade, assim como de antijuridicidade sem culpabilidade.


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(E) Nas excludentes de antijuridicidade, quando há o excesso, ele pode ocorrer na forma de excesso
intensivo e excesso extensivo. O excesso extensivo é aquele onde o agente usa imoderadamente os
6.

meios necessários para repelir a injusta agressão.


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6.

RESPOSTA: D
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COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
O consentimento do ofendido, a depender da construção do tipo incriminador diante do qual
analisado, pode apresentar-se como:

a) causa de exclusão da tipicidade: se o tipo penal exige o dissenso da vítima enquanto um dos
requisitos objetivos formais necessários à completude da figura incriminadora, é claro que o válido
consentimento do ofendido exclui a tipicidade. Exemplo: crimes de violação de domicílio — artigo
150 do Código Penal (se alguém permite ou tolera que terceiro ingresse em sua casa, ausente estará
a tipicidade da conduta) e estupro — artigo 213 do Código Penal (se a mulher consente na relação
sexual, inexiste tipicidade);
b) causa supralegal de exclusão da ilicitude: o consentimento do ofendido, fora essas hipóteses em
que o dissenso da vítima constitui requisito da figura típica, pode excluir a ilicitude, se praticado em
situação justificante. Exemplo: aquele que realiza tatuagens no corpo de terceiros pratica conduta
típica de lesões corporais (art. 129 do CP), muito embora lícita, se verificado o consentimento do
ofendido; aquele que inutiliza coisa de terceiro, ainda que a pedido deste, pratica conduta típica de

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dano (art. 163 do CP), muito embora lícita, se presente o consentimento da vítima.

O consentimento do ofendido só pode ser reconhecido validamente se presentes os seguintes


requisitos, em caráter cumulativo: bem jurídico disponível, ofendido capaz, consentimento livre,
indubitável e anterior ou, no máximo, contemporâneo à conduta, bem como que o autor do
consentimento seja titular exclusivo ou expressamente autorizado a dispor sobre o bem jurídico.

ALTERNATIVA B: INCORRETA
Exclusão de ilicitude
CP: Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso
ou culposo. 4 6
ALTERNATIVA C: INCORRETA
4-

Não só na legitima defesa, como em qualquer exclusão da ilicitude do art. 23, do CP.
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Exclusão de ilicitude
6.

CP: Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:


20

I - em estado de necessidade;
6.

II - em legítima defesa;
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III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.


Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso
ou culposo.

ALTERNATIVA D: CORRETA
Pode ocorrer tipicidade sem antijuridicidade, exemplo são as causas de excludente de ilicitude. E o
fato pode ser antijurídico e não ser culpável, nos casos de exclusão de culpabilidade que isenta o
agente de pena.

É fato típico mas sem antijuridicidade: Legitima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento
de dever legal e exercício regular de direito.

E fato antijurídico mas sem culpabilidade: crimes cometidos por inimputáveis, quando não há
consciência da ilicitude, coação moral irresistível e obediência hierárquica.

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ALTERNATIVA E: INCORRETA
Excesso - Excedendo-se o agente na conduta de preservar o bem jurídico, responderá por ilícito penal
se atuou dolosa ou culposamente. O excesso pode ser dividido em dois tipos:
- Excesso Intensivo - Neste a reação sem moderação ocorre quando a agressão injusta está em curso.
- Excesso Extensivo - No excesso extensivo aquele que reage excede sua reação após o agressor ter
acabado a agressão.

5. São efeitos automáticos da condenação, exceto:


I. Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime.
II. A perda em favor da União dos instrumentos do crime.
III. A perda do cargo ou função.
IV. A incapacidade para o exercício do pátrio poder.

(A) I e II.
(B) I, II e III.
(C) II, III e IV.
(D) Apenas III.
(E) III e IV. 6
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RESPOSTA: E
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COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA I: CORRETA
6.

Os efeitos da condenação dispostos nos arts. 91 e 92 do CP, são efeitos extrapenais da condenação.
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Os efeitos do art. 91 são efeitos automáticos da condenação. Já os do art. 92 não são automáticos e
6.

precisam ser fundamentados em sua aplicação.


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Art. 91 - São efeitos da condenação:


I – tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;
II – a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé:
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou
detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente
com a prática do fato criminoso.

ALTERNATIVA II: CORRETA


Art. 91 - São efeitos da condenação:
I – tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;
II – a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé:
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou
detenção constitua fato ilícito;

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b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente
com a prática do fato criminoso.

ALTERNATIVA III: INCORRETA


Art. 92 - São também efeitos da condenação:
I – a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes
praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública;
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais
casos.
II – a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos
à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado;
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso.
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença.

ALTERNATIVA IV: INCORRETA


Art. 92 - São também efeitos da condenação:
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I – a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:
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a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes
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praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública;
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b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais
casos.
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II – a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos
6.

à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado;


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III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso.
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença

6. São considerados lesões de natureza grave, exceto:


(A) Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
(B) Perigo de vida;
(C) Deformidade permanente;
(D) Aceleração de parto.
(E) Debilidade permanente de membro, sentido ou função;

RESPOSTA: C
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ALTERNATIVA A: CORRETA
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

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Pena - detenção, de três meses a um ano.


Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta: (gravíssima)
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.

ALTERNATIVA B: CORRETA
Lesão corporal
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Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
4-

Pena - detenção, de três meses a um ano.


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Lesão corporal de natureza grave


6.

§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
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II - perigo de vida;
6.

III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;


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IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta: (gravíssima)
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:

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I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;


II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta: (gravíssima)
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.

ALTERNATIVA D: CORRETA
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
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§ 1º Se resulta:
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I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;


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II - perigo de vida;
6.

III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;


IV - aceleração de parto:
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Pena - reclusão, de um a cinco anos.


6.

§ 2° Se resulta: (gravíssima)
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I - Incapacidade permanente para o trabalho;


II - enfermidade incurável;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.

ALTERNATIVA E: CORRETA
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;

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IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta: (gravíssima)
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.

7. Com relação ao crime de estelionato disposto no Código Penal e ao entendimento sumular do STF,
assinale a alternativa correta.
(A) A emissão de cheque sem fundos, configura o crime de emissão de cheque sem fundos.
(B) O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da
emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento
pelo sacado.
(C) O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, antes do recebimento da denúncia,
não obsta ao prosseguimento da ação penal.
4 6
(D) O estelionato contra o idoso é uma agravante do crime de estelionato.
4-

(E) Extingue a punibilidade do crime de estelionato previdenciário (art. 171, § 3º, do CP) a devolução
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à Previdência Social, antes do recebimento da denúncia, da vantagem percebida ilicitamente.


6.

RESPOSTA: B
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COMENTÁRIOS
6.

ALTERNATIVA A: INCORRETA
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SÚMULA Nº 246 DO STF


Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de emissão de cheque sem fundos.

ALTERNATIVA B: CORRETA
SÚMULA Nº 521 DO STF
O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da
emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento
pelo sacado.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
SÚMULA Nº 554 DO STF
O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não
obsta ao prosseguimento da ação penal.

ALTERNATIVA D: INCORRETA
Segundo entendimento doutrinário, o estelionato contra o idoso é forma qualificada do crime.

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Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
Não extingue a punibilidade do crime de estelionato previdenciário (art. 171, § 3º, do CP) a devolução
à Previdência Social, antes do recebimento da denúncia, da vantagem percebida ilicitamente. O art.
9º da Lei 10.684/2003 menciona os crimes aos quais são aplicadas suas regras: a) arts. 1º e 2º da Lei
nº 8.137/90; b) art. 168-A do CP (apropriação indébita previdenciária); c) Art. 337-A do CP (sonegação
de contribuição previdenciária). Repare, portanto, que o estelionato previdenciário (art. 171, § 3º do
CP) não está listado nessa lei. Mesmo sem o estelionato previdenciário estar previsto, não é possível
aplicar essas regras por analogia em favor do réu? NÃO. O art.9º da Lei 10.684/2003 somente
abrange crimes tributários materiais, delitos que são ontologicamente distintos do estelionato
previdenciário e que protegem bens jurídicos diferentes. Dessa forma, não há lacuna involuntária na
lei penal a demandar analogia. O fato de o agente ter pago integralmente o prejuízo trará algum
benefício penal? SIM. O agente poderá ter direito de receber o benefício do arrependimento
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posterior, tendo sua pena reduzida de 1/3 a 2/3 (art. 18 do CP). STJ. 6ª Turma. REsp 1.380.672-SC,
4-

Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 24/3/2015.


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6.

8. Assinale a alternativa que só tenha itens corretos sobre os crimes contra a administração pública:
I. O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública.
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II. No crime de concussão, a situação de flagrante delito configura-se no momento da entrega da


6.

vantagem indevida.
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III. A obtenção de lucro fácil e a cobiça nos crimes de concussão e corrupção passiva podem ser
utilizados para aumentar a pena-base alegando que os “motivos do crime” (circunstância judicial do
art. 59 do CP) seriam desfavoráveis.
IV. Secretária de Estado que desvia verbas de convênio federal que tinha destinação específica e as
utiliza para pagamento da folha de servidores pratica o crime de peculato (art. 312 do CP).

(A) I e IV.
(B) I, III, e IV.
(C) II, III e IV.
(D) Apenas I.
(E) III e IV.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA I: CORRETA
Súmula 599-STJ: O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública.

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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ALTERNATIVA II: INCORRETA


No crime de concussão, a situação de flagrante delito configura-se pela exigência - e não pela
entrega - da vantagem indevida. Isso porque a concussão é crime formal, que se consuma com a
exigência da vantagem indevida. Assim, a eventual entrega do exigido se consubstancia mero
exaurimento do crime previamente consumado. HC 266.460-ES, Rel. Min. Reynaldo Soares da
Fonseca, julgado em 11/6/2015, DJe 17/6/2015.

ALTERNATIVA III: INCORRETA


A obtenção de lucro fácil e a cobiça constituem elementares dos tipos de concussão e corrupção
passiva (arts. 316 e 317 do CP), sendo indevido utilizá-las para aumentar a pena-base alegando que
os “motivos do crime” (circunstância judicial do art. 59 do CP) seriam desfavoráveis.

STJ. 3ª Secção. EDv nos EREsp 1.196.136-RO, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 24/5/17 (Info
608).

ALTERNATIVA IV: INCORRETA


Secretária de Estado que desvia verbas de convênio federal que tinha destinação específica e as
4 6
utiliza para pagamento da folha de servidores não pratica o crime de peculato (art. 312 do CP), mas
4-

sim o delito de emprego irregular de verbas ou rendas públicas (art. 315).


15
12

STF. 2ª Turma. Inq 3731/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 2/2/2016 (Info813).
6.

9. Com relação a lei de organização criminosa (lei 12.850/2013) e aos crimes a ele correlato, marque
20

a alternativa correta:
6.

(A) Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas mesmo que não
02

seja estruturalmente ordenada mas caracterizada pela divisão de tarefas, anda que informalmente,
com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática
de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter
transnacional;
(B) A referida lei se aplica à organização terrorista.
(C) A lei de organização criminosa não traz em seu bojo crimes em espécies de forma expressa.
(D) A colaboração premiada somente é permitida durante a fase pré-processual.
(E) O fato do agente exercer o comando da organização criminosa é irrelevante para a aplicação da
pena.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
Lesão corporal
Art. 1o Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de
obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.

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§ 1o Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente


ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter,
direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais
cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.

ALTERNATIVA B: CORRETA
Verdade, art.1º, § 2º, II, introduzido pela lei 13.260/2016 (Lei do Terrorismo).

§ 2o Esta Lei se aplica também:


I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução
no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos atos de
terrorismo legalmente definidos.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
A referida lei traz sim tipo penal, Art. 2º e parágrafos.
Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa,
organização criminosa: 6
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais
4
4-

infrações penais praticadas.


16
12

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de
infração penal que envolva organização criminosa.
6.

§ 2o As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego


20

de arma de fogo.
6.

§ 3o A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização


02

criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.


§ 4o A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços):
I - se há participação de criança ou adolescente;
II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a
prática de infração penal;
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior;
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes;
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização.
§ 5o Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá
o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.
§ 6o A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo,
função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo
prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena.
§ 7o Se houver indícios de participação de policial nos crimes de que trata esta Lei, a Corregedoria de
Polícia instaurará inquérito policial e comunicará ao Ministério Público, que designará membro para

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acompanhar o feito até a sua conclusão.

ALTERNATIVA D: INCORRETA
Errado, ela pode a colaboração penal pode ser permitida:
Art. 3o Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos
em lei, os seguintes meios de obtenção da prova:
I - colaboração premiada;
II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;
III - ação controlada;
IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos
de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;
V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação específica;
VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica;
VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11;
VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de
provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
4 6
Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa,
4-

organização criminosa:
17
12

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais
6.

infrações penais praticadas.


§ 1o Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de
20

infração penal que envolva organização criminosa.


6.

§ 2o As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego


02

de arma de fogo.
§ 3o A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização
criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.

10. Com relação aos crimes ligados a Lei Maria da Penha, (Lei 13.340/2006), assinale a alternativa
correta.
(A) Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei nº 11.340/2006
(Lei Maria da Penha) se exige a coabitação entre autor e vítima.
(B) É aplicável o princípio da insignificância nas contravenções penais praticados contra a mulher no
âmbito das relações domésticas.
(C) A prática de contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente
doméstico possibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
(D) Cabe habeas corpus para apurar eventual ilegalidade na fixação de medida protetiva de urgência
consistente na proibição de aproximar-se de vítima de violência doméstica e familiar.
(E) A ação penal relativa ao crime de lesão corporal de natureza leve, resultante de violência
doméstica contra a mulher é pública condicionada a representação.

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RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
Súmula 600-STJ: Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei nº
11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a coabitação entre autor e vítima.

ALTERNATIVA B: INCORRETA
Súmula 589-STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais
praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
Súmula 588-STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave
ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos.

ALTERNATIVA D: CORRETA 6
Cabe habeas corpus para apurar eventual ilegalidade na fixação de medida protetiva de urgência
4
consistente na proibição de aproximar-se de vítima de violência doméstica e familiar. O eventual
4-

descumprimento de medidas protetivas arroladas na Lei Maria da Penha pode gerar sanções de 18
12

natureza civil (art. 22, § 4º, da n. Lei 11.340/2006, c/c art. 461, §§ 5º e 6º do CPC), bem como a
6.

decretação de prisão preventiva, de acordo com o art. 313, III, do CPP (HC 271.267-MS, Quinta Turma,
20

DJe 18/11/2015). Ademais, prevê o CPP o seguinte: “Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que
alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e
6.

vir, salvo nos casos de punição disciplinar”. Se o paciente não pode aproximar-se da vítima ou de seus
02

familiares, decerto que se encontra limitada a sua liberdade de ir e vir. Assim, afigura-se cabível a
impetração do habeas corpus. HC 298.499-AL, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
1º/12/2015, DJe 9/12/2015.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
Súmula 542-STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica
contra a mulher é pública incondicionada.

11. Com relação ao crime da Lei de Lavagem de Capitais (Lei 9.613/1998), é considerado causa de
aumento de pena quando:
(A) O agente importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros
(B) O agente utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores provenientes de
infração penal
(C) O agente participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade
principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei

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(D) O agente, os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito,
movimenta ou transfere.
(E) Se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de
organização criminosa.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou
propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.
§ 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou
valores provenientes de infração penal:
I - os converte em ativos lícitos;
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito,
movimenta ou transfere;
III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros. 6
§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem:
4
4-

I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores provenientes de infração


19
12

penal;
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal
6.

ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.


20
6.

ALTERNATIVA B: INCORRETA
02

Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou


propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.

§ 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou
valores provenientes de infração penal:
I - os converte em ativos lícitos;
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito,
movimenta ou transfere;
III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.
§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem:
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores provenientes de infração
penal;
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal
ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.

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ALTERNATIVA C: INCORRETA
Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou
propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.
§ 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores
provenientes de infração penal:
I - os converte em ativos lícitos;
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito,
movimenta ou transfere;
III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.
§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem:
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores provenientes de infração
penal;
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal
ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.

ALTERNATIVA D: INCORRETA 6
Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou
4
4-

propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.


20
12

Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.


§ 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores
6.
20

provenientes de infração penal:


I - os converte em ativos lícitos;
6.

II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito,


02

movimenta ou transfere;
III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.
§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem:
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores provenientes de infração
penal;
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal
ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.

ALTERNATIVA E: CORRETA
§ 4o A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos
de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.

12. A respeito dos crimes contra a fé pública de acordo com a jurisprudência e suas disposições
dispostas na lei, assinale a alternativa correta:
(A) Falsa declaração de hipossuficiência é crime.

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(B) Pratica falsidade ideológica (art. 299 do CP) o candidato que deixa de contabilizar despesas em
sua prestação de contas no TRE.
(C) A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da
entidade ou órgão expedidor.
(D) Antes da entrada em vigor da lei 12.737/12 que tipificou no art. 298 o crime de clonagem de
cartão de crédito, caso o agente clonasse cartões de crédito era considerado fato atípico.
(E) Inserir informação falsa em currículo Lattes configura crime de falsidade ideológica.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
É atípica a mera declaração falsa de estado de pobreza realizada com o intuito de obter os
benefícios da justiça gratuita.
A conduta de firmar ou usar declaração de pobreza falsa em juízo, com a finalidade de obter os
benefícios da gratuidade de justiça não é crime, pois aludida manifestação não pode ser considerada
documento para fins penais, já que é passível de comprovação posterior, seja por provocação da
parte contrária seja por aferição, de ofício, pelo magistrado da causa.
STJ. 6ª Turma. HC 261.074-MS, Rel. Min. Marilza Maynard (Desembargadora convocada do TJ-SE),
4 6
j. 5/8/14 (Info 546).
4-

21
12

ALTERNATIVA B: CORRETA
6.

A 1ª Turma, por maioria, recebeu denúncia oferecida contra senador pela suposta prática do crime
de falsidade ideológica (CP, art. 299). Na espécie, o investigado teria inserido informações falsas em
20

prestação de contas eleitoral, consistente na omissão de despesas com “banners”, “minidoors” e


6.

cartazes, no total de R$ 15.293,58. A Turma asseverou que a prestação de contas eleitoral haveria
02

de corresponder aos valores arrecadados e às despesas efetuadas e que, no presente caso, não se
poderia cogitar de insignificância penal. Vencidos os Ministros Luiz Fux e Dias Tofolli, que rejeitavam
a denúncia por não entreverem dolo específico e elemento subjetivo do tipo.
Inq 3767/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 28.10.2014. (Inq-3767)

ALTERNATIVA C: INCORRETA
Súmula 546-STJ: A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada
em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a
qualificação do órgão expedidor.

ALTERNATIVA D: INCORRETA
Ainda que praticada antes da entrada em vigor da Lei n. 12.737/2012, é típica (art. 298 do CP) a
conduta de falsificar, no todo ou em parte, cartão de crédito ou débito. De fato, o caput do art. 298
do CP (“Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro”) descreve o elemento normativo: "documento". Segundo doutrina, “os elementos
normativos são aqueles para cuja compreensão é insuficiente desenvolver uma atividade meramente

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cognitiva, devendo-se realizar uma atividade valorativa.” Assim, o elemento normativo implica uma
atitude especial do intérprete, a exigir um pouco mais que a simples percepção de sentidos,
delimitando-se o alcance e o sentido do texto legal existente. Por conseguinte, no processo
hermenêutico que subjaz à atividade do julgador, o elemento normativo em questão prescinde de
integração, especialmente da utilização de analogia. Ao avançar na compreensão ou na valoração do
significado do elemento normativo “documento”, poder-se-ia extrair, de acordo com os escólios de
doutrina, a ideia de que seria “todo escrito especialmente destinado a servir ou eventualmente
utilizável como meio de prova de fato juridicamente relevante” e, acerca da falsidade documental:
“imitação ou deformação fraudulenta da verdade em um papel escrito, no sentido de conculcar uma
relação jurídica ou causar um prejuízo juridicamente apreciável.” Aliás, a própria Lei de Acesso à
Informação (art. 4º, II) define documento como "unidade de registro de informações, qualquer que
seja o suporte ou formato". Nessa perspectiva, não há como perder de vista que o "cartão de
crédito", embora não seja tão recente, passou a ter utilização propagada de forma exponencial no
final do século passado, notadamente pela facilidade de se estabelecer, com ele, uma gama de
relações jurídicas relevantes para o cenário econômico. Tal importância, fruto da própria dinâmica
tecnológica, culminou com a necessidade de se estabelecer uma proteção penal mais significativa
para essas relações. Nesse ponto, o elemento normativo previsto no art. 298 do CP assumiu especial
relevo, porque a maleabilidade valorativa que lhe é inerente permitiu a sua adaptação aos anseios e
4 6
às necessidades provenientes da existência de novas relações jurídicas advindas da evolução
4-

tecnológica. De acordo com doutrina, há uma vinculação entre esse conteúdo e a interpretação
22
12

valorativa, que sempre será determinada pelo julgador de acordo com a cultura da época. Em virtude
6.

disso, a jurisprudência, antes da entrada em vigor da Lei n. 12.737/2012, passou ao largo de discutir
se a falsificação de cartão de crédito poderia se enquadrar como falsificação de documento
20

particular. A presença do elemento normativo "documento" possibilitou ao aplicador da lei


6.

compreender que o cartão de crédito ou bancário enquadrar-se-ia no conceito de documento


02

particular, para fins de tipificação da conduta, principalmente porque dele constam dados pessoais
do titular e da própria instituição financeira (inclusive na tarja magnética) e que são passíveis de
falsificação. Isso pode ser constatado pelo fato de que os inúmeros processos que aportaram no STJ
antes da edição da referida lei e que tratavam de falsificação de documento particular em casos de
“clonagem” de cartão de crédito não reconheceram a atipicidade da conduta (HC 43.952-RJ, Quinta
Turma, DJ 11/9/2006; HC 116.356-GO, Quinta Turma, DJe 6/4/2009; RHC 19.936-RJ, Quinta Turma,
DJ 11/12/2006; RHC 13.415-CE, Quinta Turma, DJ 3/2/2003; HC 27.520-GO, Sexta Turma, DJ
15/9/2003; entre outros). No mesmo sentido, citam-se precedentes do STF: HC 102.971-RJ, Segunda
Turma, DJe 5/5/2011; e HC 82.582-RJ, Segunda Turma, DJ 4/4/2003; entre outros. Assim, a inserção
do parágrafo único no art. 298 do CP apenas ratificou e tornou explícito o entendimento
jurisprudencial da época, relativamente ao alcance do elemento normativo “documento”,
clarificando que cartão de crédito é considerado documento. Não houve, portanto, uma ruptura
conceitual que justificasse considerar, somente a partir da edição da Lei n. 12.737/2012, cartão de
crédito ou de débito como documento. Inclusive, seria incongruente, a prevalecer a tese da
atipicidade anterior à referida lei, reconhecer que todos os casos antes assim definidos pela
jurisprudência, por meio de legítima valoração de elemento normativo, devam ser desconstituídos

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justamente em virtude da edição de uma lei interpretativa que veio em apoio à própria jurisprudência
já então dominante. Acrescenta-se, ainda, não prosperar o argumento de que é sempre inviável a
retroatividade de uma lei penal interpretativa (se não favorável ao réu), esta compreendida como
norma que não altera o conteúdo ou o elemento da norma interpretada, mas, apenas, traduz o seu
significado. Esse raciocínio, se considerado isoladamente, conduziria à ideia de que a previsão contida
no parágrafo único do art. 298 do CP não poderia retroagir e, por esse ângulo, surgiria um imbróglio,
na medida em que a jurisprudência nunca oscilou quanto ao reconhecimento de que cartão de
crédito é documento para fins do caput do referido artigo. Nesse contexto, há vertente doutrinária
no viés de que: “se o sentido fixado pela lei interpretativa é diferente do atribuído à norma por uma
corrente jurisprudencial uniforme, então a lei nova [...] já não pode ser considerada realmente
interpretativa, mas inovadora.” Isso sugere, a contrario sensu, que o sentido atribuído à norma
interpretativa que estivesse em consonância com a jurisprudência não se caracterizaria como lei
inovadora, no sentido substancial. Na hipótese, repita-se, a jurisprudência era uníssona em
reconhecer que cartão de crédito era documento para fins do caput do art. 298 do CP, o que implica
dizer que a Lei n. 12.737/2012 apenas reproduziu, com palavras mais inequívocas, a jurisprudência
daquela época, tratando-se, desse modo, de lei interpretativa exemplificativa, porquanto o
conceito de "documento" previsto no caput não deixou de conter outras interpretações possíveis.
Por fim, não é possível deixar de salientar que, a não se compreender assim, todos os casos anteriores
4 6
à edição da referida lei e que culminaram em condenação, ou mesmo aqueles que ainda se
4-

encontram em andamento, deveriam ser revistos, embora não tenha ocorrido qualquer ruptura na
23
12

interpretação dada pela jurisprudência ao elemento normativo do tipo antes ou após a inserção do
6.

parágrafo único no art. 298 do CP. REsp 1.578.479-SC, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel.
para acórdão Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 2/8/2016, DJe 3/10/2016.
20
6.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
02

PROCESSUAL PENAL. INSERÇÃO DE DADO FALSO EM CURRÍCULO LATTES. FALSIDADE IDEOLÓGICA.


ATIPICIDADE. OCORRÊNCIA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. PECULATO-FURTO POR OMISSÃO
RELEVANTE. DESCRIÇÃO FÁTICA INSUFICIENTE. INÉPCIA DA DENÚNCIA. 1 - Documento digital que
pode ter a sua higidez aferida e, pois, produzir efeitos jurídicos, é aquele assinado digitalmente,
conforme a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). 2 - O currículo inserido na página
digital Lattes do CNPq não é assinado digitalmente, mas decorrente da inserção de dados, mediante
imposição de login e senha, não ostentando, portanto, a qualidade de "documento digital" para fins
penais. 3 - Além disso, como qualquer currículo, material ou virtual, necessita ser averiguado por
quem tem nele tem interesse, o que, consoante consagradas doutrina e jurisprudência, denota
atipicidade na conduta do crime de falsidade ideológica. 4 - A consumação do crime de peculato-
furto por meio de omissão (crime comissivo por omissão) é excepcional e, como tal, há de constar na
denúncia narrativa de como a atuação do recorrente ou, melhor, de como a sua falta de ação deu
causa à figura do ilícito penal. 5 - Descrição, na espécie, insuficiente que limita-se a fazer constar ser
o recorrente Procurador-Geral da Universidade, o que, por óbvio, não é possível aceitar. Inépcia da
incoativa. 6 - Recurso provido para para trancar a ação penal quanto ao crime de falsidade ideológica,
por falta de justa causa, ante a constatada atipicidade e para declarar nula a denúncia, por inépcia,

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no tocante ao crime de peculato, sem prejuízo de que outra peça acusatória seja apresentada com
observância da lei processual penal. RHC 81451 / RJ RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
2017/0043808-8

13. De acordo com o estatuto do desarmamento (Lei 10.826/2003) assinale a única alternativa
correta:
(A) Portar granada de gás lacrimogêneo ou de pimenta configura crime do Estatuto do
Desarmamento.
(B) Configura o crime de posse ilegal de arma de fogo (art. 12 da Lei nº 10.826/2003) a conduta do
agente que mantém sob guarda, no interior de sua residência, arma de fogo de uso permitido com
registro vencido.
(C) Para que haja condenação pelo crime de posse ou porte não é necessário que a arma de fogo
tenha sido apreendida e periciada. No entanto, se a perícia for realizada na arma e o laudo constatar
que a arma não tem nenhuma condição de efetuar disparos não haverá crime.
(D) O porte de arma de fogo a que têm direito os policiais civis se estende aos policiais
aposentados.
(E) Não pratica o crime do art. art. 14 da Lei 10.826/03 o praticante de tiro desportivo que
transporta, municiada, arma de fogo de uso permitido em desacordo com os termos de sua guia
4 6
de tráfego.
4-

24
12

RESPOSTA: C
6.

COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
20

A conduta de portar granada de gás lacrimogêneo ou granada de gás de pimenta não se subsome
6.

(amolda) ao delito previsto no art. 16, parágrafo único, III, da Lei 10.826/03. Isso porque elas não se
02

enquadram no conceito de artefatos explosivos.


STJ. 6ª Turma. REsp 1627028/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 21/02/17 (Info 599).

ALTERNATIVA B: INCORRETA

Não configura o crime de posse ilegal de arma de fogo (art. 12 da Lei nº 10.826/2003) a conduta do
agente que mantém sob guarda, no interior de sua residência, arma de fogo de uso permitido com
registro vencido. Se o agente já procedeu ao registro da arma, a expiração do prazo é mera
irregularidade administrativa que autoriza a apreensão do artefato e aplicação de multa. A conduta,
no entanto, não caracteriza ilícito penal. STJ. Corte Especial. APn 686-AP, Rel. Min. João Otávio de
Noronha, j. 21/10/15 (Info 572).

ALTERNATIVA C: CORRETA
Para que haja condenação pelo crime de posse ou porte NÃO é necessário que a arma de fogo tenha
sido apreendida e periciada. Assim, é irrelevante a realização de exame pericial para a comprovação
da potencialidade lesiva do artefato. Isso porque os crimes previstos no arts. 12, 14 e 16 da Lei

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10.826/2003 são de mera conduta ou de perigo abstrato, cujo objeto jurídico imediato é a segurança
coletiva.

No entanto, se a perícia for realizada na arma e o laudo constatar que a arma não tem nenhuma
condição de efetuar disparos não haverá crime. Para o STJ, não está caracterizado o crime de porte
ilegal de arma de fogo quando o instrumento apreendido sequer pode ser enquadrado no conceito
técnico de arma de fogo, por estar quebrado e, de acordo com laudo pericial, totalmente inapto para
realizar disparos. Assim, demonstrada por laudo pericial a total ineficácia da arma de fogo e das
munições apreendidas, deve ser reconhecida a atipicidade da conduta do agente que detinha a posse
do referido artefato e das aludidas munições de uso proibido, sem autorização e em desacordo com
a determinação legal/regulamentar.
STJ. 6ª Turma. REsp 1.451.397-MG, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 15/9/15 (Info 570).

ALTERNATIVA D: INCORRETA

O porte de arma de fogo a que têm direito os policiais civis não se estende aos policiais aposentados.
Isso porque, de acordo com o art. 33 do Decreto 5.123/2004, que regulamentou o art. 6º da Lei
10.826/2003, o porte de arma de fogo está condicionado ao efetivo exercício das funções 6
institucionais por parte dos policiais, motivo pelo qual não se estende aos aposentados.
4
4-

STJ. 5ª Turma. HC 267.058-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, j. 4/12/14 (Info 554).
25
12

ALTERNATIVA E: INCORRETA
6.

É típica (art. 14 da Lei 10.826/2003) a conduta do praticante de tiro desportivo que transportava,
20

municiada, arma de fogo de uso permitido em desacordo com os termos de sua guia de tráfego, a
6.

qual autorizava apenas o transporte de arma desmuniciada. De fato, as armas dos praticantes de tiro
02

desportivo não integram rol dos “registros próprios” (art. 2º, § 1º, do Decreto 5.123/2004), ao menos
para o fim de lhes ser deferido porte de arma. Dispõe, na verdade, sobre guia de tráfego (art. 30, §
1º, do referido Decreto 5.123/2004), licença distinta, a ser expedida pelo Comando do Exército.
Poder-se-ia alegar que a restrição de se ter que trafegar com a arma desmuniciada não constaria de
lei ou regulamento, daí ser ela inócua mesmo que o Exército tenha expedido a guia com essa menção.
Todavia, o legislador foi extremamente cuidadoso ao consignar, claramente, na Lei 10.826/2003, em
seu art. 6º, que é “proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional”, seguindo-se as
ressalvas. Em relação aos atiradores, foi autorizado o porte apenas no momento em que a
competição é realizada. Nos indispensáveis trajetos para os estandes de tiro não se deferiu porte,
mas específica guia de tráfego. Daí, a necessidade de cautelas no transporte. Nesse contexto, em
consideração ao fato de que a prática esportiva de tiro é atividade que conta com disciplina legal, é
plenamente possível o traslado de arma de fogo para a realização de treinos e competições, exigindo-
se, porém, além do registro, a expedição de guia de tráfego (que não se confunde com o porte de
arma) e respeito aos termos desta autorização. Não concordando com os termos da guia, a lealdade
recomendaria que o praticante de tiro desportivo promovesse as medidas jurídicas cabíveis para
eventualmente modificá-la, e não simplesmente que saísse com a arma municiada, ao arrepio do que

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vem determinando a autoridade competente sobre a matéria, o Exército. RHC 34.579-RS, Rel. Min.
Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 24/4/2014.

14. O crime de furto, com arrombamento em casa habitada, absorve os delitos de dano e invasão de
domicílio. Nesse caso, o conflito aparente de normas foi solucionado pelo princípio da
(A) consunção.
(B) especialidade.
(C) subsidiariedade.
(D) alternatividade.
(E) legalidade.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
Também conhecido como princípio da absorção, a consunção verifica-se quando o crime previsto por
uma norma (consumida) não passa de uma fase de realização do crime previsto por outra
(consuntiva) ou é uma forma normal de transição para o último (crime progressivo). Os fatos aqui
não acham em relação de espécie e gênero, mas de parte a todo, de meio a fim. 4 6
15. Com relação ao erro de tipo e ao erro de proibição, assinale a alternativa INCORRETA:
4-

(A) É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de 26
12

fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa
6.

e o fato é punível como crime culposo.


20

(B) De acordo com a teoria extremada da culpabilidade, todo e qualquer erro que recaia sobre uma
causa de justificação é erro de proibição.
6.

(C) O erro, sobre a causa do resultado, afasta o dolo ou a culpa, tendo em vista que recai sobre
02

elemento essencial do fato.


(D) O erro de proibição mandamental é aquele que recai sobre uma norma impositiva e, se inevitável,
isenta o agente de pena.
(E) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um
sexto a um terço.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
ITEM A: CORRETO
É a dicção do art. 20, § 1°, CP.

ITEM B: CORRETO
Sim, para a teoria extremada (diferente da limitada), não importa que o erro tenha sido sobre
pressupostos fáticos de uma situação de justificação, limites ou até mesmo existência de uma
justificante. Para esta teoria, tudo será considerado como erro de proibição.

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ITEM C: ERRADO
O erro sobre o nexo causal não incide sobre elemento essencial e sim sobre o nexo que une a conduta
ao resultado (ABERRATIO CAUSAE). Está dentro do conceito de DOLO GERAL onde o agente imagina
que o crime se consumou com sua 1ª conduta porém somente houve a consumação devido condutas
posteriores. Ex: Agente atira para matar, imagina ter se consumado o homicídio, e enterra a vítima
para ocultar o cadáver e a mesma acaba morrendo por asfixia. Fato é que a responsabilidade penal
do autor continua, mas o nexo causal foi distinto do que esse imaginava. O aberratio causae não
exclui o dolo nem a culpa, não isentando o agente de pena, respondendo o agente pelo crime
provocado.

ITEM D: CORRETO
O erro mandamental ocorre nos crimes omissivos. O erro do agente recai sobre uma norma
impositiva, que manda fazer, que está implícita nos tipos omissivos. Por exemplo, alguém que deixa
de prestar socorro porque acredita, por erro, que esta assistência lhe trará risco pessoal, ou seja,
pensa que há o risco, quando este não existe, comete erro de tipo. Porém, se esta mesma pessoa,
consciente da ausência de risco pessoal, consciente da situação de perigo e da necessidade de prestar
socorro não o faz, porque acredita que não está obrigado a fazê-lo pela ausência de qualquer vínculo
com a vítima, incide em erro de proibição mandamental.
4 6
4-

ITEM E: CORRETO
27
12

É a dicção do art. 21, CP.


6.
20

DIREITO PROCESSUAL PENAL


16. Levando em consideração as previsões legais, bem como o entendimento dos tribunais
6.

superiores, assinale a alternativa incorreta:


02

(A) o isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderá exceder a trinta dias.
(B) para concessão de saídas temporárias pelo juiz da execução não há necessidade de observância
do intervalo mínimo de 45 dias entre uma e outra.
(C) a falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime
prisional mais gravoso.
(D) o prazo prescricional para punição quanto às faltas disciplinares praticadas no curso da execução
da pena é de três anos.
(E) inadimplemento de parcelas da pena de multa pode autorizar a regressão de regime.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
LETRA A: ERRADA – art. 58, caput, da LEP, de fato, traz essa previsão, mas traz a ressalva do regime
disciplinar diferenciado, cujo prazo de duração é de 360 dias, sem prejuízo de repetição da sanção
por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada, conforme disposto
no art. 52, I. O art. 53 traz o rol das sanções disciplinares, entre as quais se acha o RDD, o isolamento,

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a suspensão e a restrição de direitos e o art. 58 trata exatamente do prazo de aplicação dessas


sanções. Todos esses dispositivos devem ser conjugados para a adequação da resposta.
LETRA B: CORRETA – De fato, o ar. 124, p. 3º da LEP prevê esse intervalo mínimo entre as saídas
temporárias, que será de 45 dias. Porém, nem sempre será observado tal intervalo. Como o
dispositivo em questão já começa a redação com “no demais casos”, vindo logo após o p. 2º, que
trata da saída temporária para frequência a cursos, percebe-se que, no caso de cursos, essa regra de
intervalo mínimo não precisa ser observada. Ainda, conforme entendeu o STJ no REsp 1.544.036,
para as saídas temporárias para visitação à família e atividade relativa ao retorno social limitadas a
cinco por ano, há necessidade de observância do intervalo de 45 dias. Por outro lado, conforme o
tribunal, para as saídas de curta duração, que ocorrem por outros motivos ao longo do ano, nem
sempre havendo pernoite, não se exige esse intervalo mínimo de 45 dias entre uma saída e outra.

LETRA C: CORRETA – Súmula Vinculante 56 traz exatamente essa previsão: “a falta de


estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional
mais gravoso, devendo-se observar, nesta hipótese, os parâmetros fixados no Recurso Extraordinário
(RE) 641320.” Nos termos deste recurso, cabe ao juiz da execução avaliar os estabelecimentos
voltados a regime aberto e semiaberto para qualificar como adequado ou não e, havendo déficit de
vaga, como o condenado não pode ficar no regime mais gravoso, deverá: determinar sua saída
4 6
antecipada; ou estabelecer sua liberdade com monitoramento eletrônico; ou colocação em prisão
4-

domiciliar; ou cumprimento de penas restritivas; ou verificação da possibilidade de progressão do


28
12

regime fechado para o aberto.


6.

LETRA D: CORRETA – Não há previsão na lei de tal prazo prescricional, trata-se de aplicação analógica
20

da jurisprudência, já que o direito de punir do Estado não pode se eternizar. Assim, entendeu-se pela
6.

aplicação do menor prazo prescricional previsto no CP, qual seja, o de três anos, nos termos do inciso
02

VI, do art. 109. Nesse sentido é o julgamento do HC 114.422 pelo STF.

LETRA E: CORRETA – Em regra, o não pagamento da pena de multa aplicada de forma cumulativa
com a pena privativa de liberdade impede a progressão de regime. Porém, será possível a progressão
se comprovada a efetiva impossibilidade de adimplemento da pena de multa. Caso autorizado pelo
juiz da execução o parcelamento da multa, em havendo a progressão de regime e o compromisso de
quitar as prestações da multa, o inadimplemento injustificado autoriza a regressão. Nesse sentido,
julgamento do EP 16 ProgReg-AgR pelo Plenário do STF.

17. Levando em consideração o entendimento jurisprudencial, bem como a legislação aplicável,


assinale a alternativa correta:
(A) o foro por prerrogativa de função no STF é aplicado aos crimes praticados no exercício do cargo
e em razão dele.
(B) se o réu deixar de ocupar o cargo que justificou seu foro por prerrogativa de função os autos
devem ser remetidos à primeira instância.

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(C) se não for conhecido o local da infração, a competência será determinada pelo local em que o
acusado for encontrado.
(D) na determinação da competência por conexão ou continência, segue-se sempre a regra do local
onde se tenham praticado mais infrações.
(E) os crimes dolosos contra a vida praticados por militares contra civis são de competência da justiça
militar.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
LETRA A: CORRETA – No julgamento da AP 937, QO, o STF entendeu por bem reduzir a aplicação do
foro por prerrogativa de função. Entre os fundamentos da decisão, o STF considerou que o foro por
prerrogativa é uma exceção ao princípio da igualdade, razão pela qual deve ser interpretado
restritivamente, assim como todas as normas que excepcionem princípios constitucionais. Ainda,
aplicou a redução teleológica, deixando de aplicar a regra do foro para todo e qualquer crime,
passando a restringi-la somente aos crimes cometidos no exercício do cargo e em razão dele.

LETRA B: INCORRETA: Conforme entendimento trazido pelo STF na AP 937, o fato do parlamentar
deixar de ocupar o cargo pode ou não cessar a competência do STF, a depender da fase do processo:
4 6
se ocorreu antes da instrução criminal, cessa a competência e os autos são remetidos à primeira
4-

instância; mas se o réu deixar de ocupar o carto após o encerramento da instrução, a competência
29
12

do STF subsiste. A alternativa está incorreta e, portanto, deveria ter sido assinalada, porque não fez
6.

qualquer ressalva. Desse modo, evita-se a fraude ao foro e estabelece-se um critério objetivo, já que
se considera encerrada a instrução com a publicação do despacho de intimação para apresentação
20

das alegações finais.


6.
02

LETRA C: INCORRETA: Nos termos do art. 72 do CPP, se não for conhecido o lugar da infração, a
competência será determinada pelo domicílio ou residência do réu. Porém, nos termos do parágrafo
1º desse dispositivo legal, caso o réu tenha mais de uma residência, aí a competência será fixada pela
prevenção. A alternativa não é peremptória ao afirmar que, não sendo conhecido o local da infração,
será caso de aplicação automática da regra da prevenção, mas diz apenas que é possível que assim
seja feito. Ainda, conforme o parágrafo 2º do dispositivo legal em questão, se o réu não tiver
residência certa ou for ignorado seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar
conhecimento do fato.

LETRA D: INCORRETA – O art. 78 do CPP traz as regras que devem ser observadas para fixação da
competência nos casos de conexão e continência, devendo ser verificado qual o tipo de concorrência
que se verifica: concorrendo júri e jurisdição comum, prevalece a competência daquele; no concurso
de jurisdições da mesma categoria, aí entram os critérios retratados na alternativa, acrescendo- se a
prevenção: prepondera a competência do lugar em que tenha ocorrido a infração com pena mais
grave; ou do lugar em que tenha ocorrido o maior número de infrações, se todos forem de igual
gravidade; se nenhum desses critérios bastar, aí recorre-se à prevenção; no concurso de jurisdições

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de diversas categorias, prevalece a de maior graduação; e no concurso entre jurisdição comum e


especial, prevalece a especial.

LETRA E: INCORRETA: Trata-se de previsão do art. 9º, parágrafos 1º e 2º do CPM, após a alteração da
Lei n. 13.491/2017. A regra continua sendo a competência da justiça comum e, portanto, do tribunal
do júri, para julgar os crimes dolosos contra a vida praticados por militares contra civis. Porém, a lei
estabelece algumas exceções, entre as quais a indicada na assertiva. São elas: os crimes dolosos
contra a vida praticados por militares das forças armadas contra civil serão julgados pela justiça
militar da União quando praticados no contexto: do cumprimento de atribuições que lhes forem
estabelecidas pelo presidente da república ou pelo ministro de estado da defesa; de ação que envolva
a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não beligerante; ou de atividade
de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição subsidiária,
realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da CF e na forma das seguintes leis: Código
Brasileiro de Aeronáutica, LC 97/99, CPPM e Código Eleitoral.

18. Sobre a interceptação telefônica, assinale a alternativa correta, considerando o disposto na lei
específica e o entendimento da jurisprudência:
(A) o CNMP não tem atribuição para editar resolução tratando sobre interceptação telefônica, ainda
4 6
que no âmbito do Ministério Público, por ser matéria de direito penal e processual penal.
4-

(B) dada a peculiaridade da medida, por excepcionar direito fundamental, a interceptação telefônica
30
12

não pode ser prorrogada durante plantão judiciário nem durante o recesso forense, sendo essa
6.

decisão de competência exclusiva do juiz natural


(C) a denúncia anônima não autoriza a realização de investigação, pois lhe falta credibilidade.
20

(D) pela teoria do crime achado, é possível a ocorrência a utilização de conversa interceptada com
6.

autorização judicial na investigação de crime apenado com detenção.


02

(E) o juiz deverá decidir sobre o pedido de interceptação no prazo máximo de 48hs.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – Em 2009 o CNMP editou a Res. 36, tratando exatamente do pedido e da
utilização de interceptações telefônicas no âmbito do MP, nos termos da Lei n. 9.296/96. E, segundo
entendeu o STF no julgamento da ADI 4263, a resolução é constitucional, pois somente tratou de
regulamentar aspectos administrativos e disciplinares. A resolução aborda, por ex., o trâmite do
pedido, a necessidade de lacração do envelope, de prestação de contas mensal à corregedoria acerca
dos números interceptados etc., não trata, portanto, nem de questões penais nem de questões
processuais, o que implicaria, realmente, em extrapolar as atribuições que a CF, art. 130-A, parágrafo
2º, incisos I e II confere ao CNMP.

LETRA B: INCORRETA – a Res. 59 de 2008 do CNJ buscou uniformizar o procedimento de


interceptação das comunicações telefônicas e sistemas de informática e telemática. Na ADI 4145,
proposta contra tal resolução, o STF julgou pela constitucionalidade, salvo quanto ao artigo 13,

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parágrafo 1º, que trata exatamente da proibição contida na questão: “não será admitido pedido de
prorrogação de prazo de medida cautelar de interceptação de comunicação telefônica, telemática
ou de informática durante o plantão judiciário, ressalvada a hipótese de risco iminente e grave à
integridade ou à vida de terceiros, bem como durante o plantão de recesso previsto no artigo 62 da
Lei n. 5.010/66.” O tribunal entendeu que essa previsão é inconstitucional porque o CNJ extrapolou
sua competência normativa e violou a competência dos estados para editar leis de organização
judiciária (CF, art. 125, parágrafo 1º); a competência legislativa da União para editar suas leis sobre
normas processuais (CF, art. 22, inciso I); e o princípio da inafastabilidade da jurisdição (CF, art. 5º,
inciso XXXV).

LETRA C: INCORRETA – Afirmações muito peremptórias, normalmente, estão equivocadas. É o caso


dessa assertiva. Realmente, ao receber a denúncia anônima, a autoridade policial não pode
simplesmente instaurar o inquérito policial, devendo, antes, verificar a veracidade da informação
recebida. Nesse sentido, a denúncia anônima constitui fonte de informação e de prova, razão pela
qual, no outro extremo, também não pode ser descartada pelo delegado. Neste cenário, o que está
vedado é a realização de investigação que implique no emprego de métodos invasivos, tais como
interceptação telefônica e expedida de mandado de busca e apreensão. Para tais providências, deve
haver um lastro mínimo; por isso que, recebida a denúncia anônima, devem ser realizadas
4 6
investigações preliminares para confirmar a informação recebida, se é factível, verossímil e se merece
4-

credibilidade. Confirmada a mínima aparência de procedência da informação trazida pela denúncia


31
12

anônima, aí sim será possível instaurar o inquérito policial, no bojo do qual a autoridade policial
6.

deverá buscar outros meios de prova que não a interceptação, à qual se recorre apenas em último
caso e quando efetivamente imprescindível. Veja, nesse sentido, STJ, HC 106152.
20
6.

LETRA D: CORRETA – Antes de tudo, deve ser observado que a alternativa não diz ser possível a
02

decretação da interceptação telefônica para o crime apenado com detenção, o que a tornaria errada,
nos termos do artigo 2º, II, da Lei n. 9.296/96. Para a hipótese, podem ser encontrados outros nomes,
como encontro fortuito de provas, teoria da serendipidade. O fato é que, autorizada regularmente a
interceptação telefônica, no curso dela são encontradas provas acerca de outro delito, que sequer
era conhecido, muito menos investigado. Ainda que não se trate de crime conexo, a prova obtida é
considerada lícita, desde que respeitados os requisitos estabelecidos na constituição e na lei
específica para a decretação da quebra.

LETRA E: INCORRETA – Nos termos do art. 4, parágrafo 2º, a decisão judicial sobre o pedido de
interceptação telefônica deverá ocorrer em 24hs.

19. É passível de anulação:


(A) a decisão condenatória proferida em processo criminal que teve origem em inquérito policial
conduzido por autoridade policial amigo íntimo da vítima, já que suspeito.
(B) o ato instrutório praticado por juiz de primeiro grau em ação penal originária do STF ou STJ, em
razão de violação ao princípio do juiz natural e caracterização do tribunal de exceção.

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(C) a instrução em que o magistrado tenha formulado perguntas à testemunha de acusação na


hipótese de não comparecimento do membro do MP à audiência, mesmo tendo sido regularmente
intimado, e insurgência da defesa, por violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa.
(D) o depoimento da testemunha que se autoincrimina e a partir daí tem contra si deflagrada ação
penal quando assinado termo de depoimento comprometendo-se a dizer a verdade, ressalvadas as
garantias constitucionais aplicáveis.
(E) o julgamento da apelação ministerial se o advogado, mesmo intimado, deixa de apresentar
contrarrazões, sem que os autos tenham sido encaminhados à defensoria pública para apresentação
da peça, por violação à ampla defesa e ao contraditório.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – não se anula a ação penal a partir de irregularidades verificadas no inquérito
penal, mesmo que tal irregularidade se refira à suspeição do delegado de polícia que presidiu a
investigação. E isso porque o inquérito policial é procedimento administrativo sem contraditório,
formando peça informativa a partir da qual o MP promoverá ou não a ação penal. Ainda, conforme
entendimento do STF, as nulidades são questões afetas ao processo penal, pois relacionadas a
defeitos de ordem jurídica que maculam os atos praticados na ação penal, essa sim submetida ao
4 6
contraditório. Nesse sentido: STF, HC 131450.
4-

32
12

LETRA B: INCORRETA – O art. 3º, inciso III autoriza a delegação dos atos instrutórios: “compete ao
6.

relator: III – convocar desembargadores de Turmas Criminais dos Tribunais de Justiça ou dos
Tribunais Regionais Federais, bem como juízes de varas criminais da Justiça dos Estados e da Justiça
20

Federal, pelo prazo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período, até o máximo de 2 (dois) anos,
6.

para a realização do interrogatório e de outros atos da instrução, na sede do tribunal ou no local


02

onde se deva produzir o ato.”. Reforçando a previsão legal, no julgamento do HC 131164 o STF
decidiu pela possibilidade de delegação pelos ministros, nas ações originárias, dos atos de instrução,
sendo certo que a figura dos juízes instrutores não caracteriza nulidade, uma vez que eles atuam
como longa manus do ministro relator, estando a delegação limitada a atos de instrução, com poder
decisório limitado e restrito a tal objetivo.

LETRA C: CORRETA – Conforme decidiu o STJ no REsp 1.384.978, não há nulidade se o magistrado
determina o registro na ata de audiência da ausência do MP e complementa a inquirição da
testemunha realizada pela defesa. Pode caracterizar nulidade, porém, se demonstrado o efetivo
prejuízo pelo defensor, que se insurge no momento oportuno contra tal conduta do juiz.

LETRA D: INCORRETA – Conforme decidiu o STF no Inq 3983, não há nulidade no depoimento se antes
de ser prestado a testemunha assina termo em que se compromete a dizer a verdade, mas ali consta
que estão ressalvadas as garantias constitucionais aplicáveis, sendo certo que uma delas é
justamente o direito à não-autoincriminação. A aplicação das garantias constitucionais permite que
a testemunha não responda às perguntas que eventualmente possam gerar sua autoincriminação.

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LETRA E: INCORRETA – Conforme decidiu o STF no RHC 133121, não ocorre nulidade no julgamento
da apelação interposta pela acusação desacompanhada das contrarrazões defensivas quando o
advogado constituído, devidamente intimado, não as apresenta. Tendo havido intimação, não se há
falar em cerceamento de defesa, até porque as peças defensivas indispensáveis ao julgamento da
causa foram devidamente apresentadas, como a resposta à acusação. Conforme Renato Brasileiro:
“dúvida não há quanto à obrigatoriedade de apresentação da resposta à acusação. Afinal, o art. 396-
A, § 2º, do CPP, estabelece que ‘não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado,
não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por
10 (dez) dias. Portanto, a não apresentação da resposta à acusação implicará em nulidade absoluta,
por força do art. 564, III, ‘e’, do CPP.”.

20. Sobre a vítima na ação penal pública, assinale a alternativa correta:


(A) é possível a impetração de mandado de segurança no caso de arquivamento de inquérito policial,
uma vez que a vítima tem o direito de produzir as provas pertinentes para à elucidação do crime.
(B) há necessidade de comunicação à vítima quanto à colocação do acusado em liberdade, mas não
quanto à sua prisão, pois a intenção da lei é informar à vítima quanto a possível risco, o que só se
verifica diante da liberdade do réu.
4 6
(C) poderá propor ação privada no prazo decadencial de seis, contados do encerramento do prazo
4-

do órgão acusador para oferecimento de denúncia ou determinação da realização de diligências.


33
12

(D) não é possível a fixação de valor mínimo para reparação de dano moral em sentença condenatória
6.

por crime de violência doméstica e familiar contra a mulher.


(E) a vítima não pode formular quesitos nem indicar assistente técnico para realização de perícias,
20

por não ser parte.


6.
02

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – Não sendo a vítima a titular da ação penal pública, mas o MP, cabe a ele a
avaliação da presença da justa causa para a deflagração da ação penal, ou continuidade das
diligências que se mostrem necessárias, ou arquivamento do inquérito caso todas as diligências
possíveis já tenham sido realizadas e ainda assim não exista justa causa para oferecimento da
denúncia, ou esteja extinta a punibilidade do agente. Não há um direito líquido e certo da vítima de
impedir o arquivamento do inquérito, já que não participa da ação penal, cabendo ao MP propor o
arquivamento e ao juiz homologar e, caso não concorde com a promoção ministerial, aplicar o art.
28 do CPP e submeter os autos ao PGJ.

LETRA B: INCORRETA – A alternativa contraria a literalidade do art. 201, p. 1º: “o ofendido será
comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação
de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem”. A
alteração levada a efeito pela lei de 2008 demonstra um novo olhar para a vítima, que passa a ter
mais atenção no sistema processual-penal.

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LETRA C: CORRETA – A alternativa está correta, pois trata da ação penal privada subsidiária da
pública, prevista inciso LIV do art. 5º da CF e no art. 29 do CPP. O art. 38 do último diploma legal
prevê o prazo decadencial de seis meses e traz a ressalva do início da contagem quanto ao
oferecimento da queixa subsidiária. O MP, ao receber o inquérito policial, no caso de réu solto, terá
15 dias (05 para réu preso) para adotar uma de três providências: oferecer denúncia, promover o
arquivamento ou requisitar à autoridade policial novas diligências imprescindíveis à formação da
opinio delicti. Findo o prazo sem qualquer manifestação ministerial, começa a contar o prazo
decadencial para propositura da queixa subsidiária.

LETRA D: INCORRETA – O STJ, no julgamento do Resp 1.643.051 decidiu pelo cabimento da fixação
de valor mínimo a título de reparação de danos morais em sentença condenatória por delito
praticado com a incidência da Lei Maria da Penha. Trata-se de previsão constante no inciso IV art.
387 do CPP “o juiz, ao proferir sentença condenatória: (...) IV 0 fixará o valor mínimo para reparação
dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido”. Como a lei não
fala em qual o tipo de prejuízo, o tribunal entendeu que podem ser de natureza material ou moral.
Porém, para o cabimento da fixação do valor, deve haver pedido expresso, seja da acusação, seja da
ofendida, mas não há necessidade de especificação da quantia nem de instrução probatória.
4 6
4-

LETRA E: INCORRETA – A alternativa contraria a redação do art. 159, p. 3º, do CPP: “o exame de corpo
34
12

de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.
6.

(...) § Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante


e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.”.
20
6.

21. Acerca da inicial acusatória, é correto afirmar que:


02

(A) o Ministério Público somente poderá aditar a queixa-crime se se tratar de ação penal privada
subsidiária da pública, não podendo fazê-lo na hipótese de ação penal privada por natureza.
(B) conforme entendimento dos tribunais superiores, somente se aplica o princípio da indivisibilidade
à ação penal privada.
(C) a renúncia é instituto que somente pode ser reconhecido diante da expressa manifestação de
vontade do querelante, não sendo possível o reconhecimento da renúncia tácita quanto ao direito
de queixa porque foram excluídos alguns autores ou partícipes da queixa-crime.
(D) a invocação da teoria do domínio do fato é suficiente para imputar o crime de evasão de divisas
ao diretor presidente da empresa utilizada para a prática delitiva, pois o cargo implica no
conhecimento do ilícito penal e, consequentemente, na concorrência para o resultado.
(E) o prazo para oferecimento de denúncia por crime previsto na Lei de Drogas é de 05 dias para réu
preso e 10 para réu solto.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS

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LETRA A: INCORRETA – O MP pode aditar a queixa-crime mesmo na hipótese de ação penal privada,
já que atua na condição de fiscal da lei e intervém na ação. O art. 45 do CPP autoriza o aditamento:
“a queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério
Público, a quem caberá intervir em todos os termos subsequentes do processo.”

LETRA B: CORRETA – Pela redação do art. 48 do CPP, o princípio da indivisibilidade, de fato, só é


aplicado às ações penais privadas. É a posição que prevalece no STF e no STJ, para os quais não se há
falar em indivisibilidade na ação penal pública. Não é, entretanto, o entendimento de parte da
doutrina, como Renato Brasileiro, Tourinho Filho etc., para quem, havendo indícios de autoria
suficientes, o MP deve denunciar todos os envolvidos.

LETRA C: INCORRETA – Não é o entendimento nem da doutrina nem da jurisprudência. Nesse sentido:
STJ, HC 186.405. Trata-se de decorrência do princípio da indivisibilidade previsto no art. 48 do CPP.
Assim, se o querelante promove a ação penal contra apenas um ou alguns dos autores do fato, deve
ser avaliado se os demais foram excluídos da queixa-crime por ato voluntário. E isso porque,
configurada a omissão voluntária, ou seja, o querelante, deliberadamente, não incluiu todos os
autores do fato na queixa, resta configurada a renúncia tácita em relação aos excluídos, cabendo ao
magistrado rejeitar a queixa e declarar extinta a punibilidade de todos. Por outro lado, configurada
4 6
uma omissão involuntária por parte do querelante, o MP, na qualidade de fiscal do princípio da
4-

indivisibilidade, deverá requerer a intimação do querelante para fins de aditar a queixa, incluindo
35
12

todos os autores do fato, sob pena, aí sim, de renúncia em relação aos excluídos e extinção da
6.

punibilidade em relação a todos. Veja, nesse sentido, a explicação de Renato Brasileiro.


20

LETRA D: INCORRETA – É possível a invocação da teoria do domínio do fato, conforme entendimento


6.

da doutrina e da jurisprudência. Porém, não é ela suficiente para a imputação delitiva, havendo
02

necessidade de descrição do fato praticado, ainda que pautado no domínio final, sob pena de inépcia
da denúncia. Nesse sentido foi o julgamento do HC 127397 do STF, para quem a teoria do domínio
do fato deve vir acompanhada de indícios suficientes de que o imputado, que no caso era diretor
presidente da empresa, além do conhecimento acerca da prática da evasão de divisas, tenha,
também, dirigido finalisticamente a atuação dos demais acusados. A simples posição hierárquica não
é suficiente para a imputação.

LETRA E: INCORRETA – O prazo para oferecimento da denúncia na Lei n. 11.343/06 é comum, tanto
para réu preso como para réu solto, e é de 10 dias, nos termos do art. 54, caput, da lei.

22. Não se trata de enunciado de súmula vinculante:


(A) só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou perigo à
integridade física alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do
Estado.

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(B) é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova
que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
(C) para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo ou equiparado,
o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei in. 8.072/90, sem prejuízo de
avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo
determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico.
(D) a homologação da transação penal prevista no art. 76 da Lei n. 9.099/95 não faz coisa julgada
material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao
Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou
requisição de inquérito policial.
(E) compete à justiça federal comum processar e julgar civil denunciado pelos crimes de falsificação
e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação de caderneta de inscrição e registro ou
de carteira de habilitação de amador, ainda que expedidas pela Marinha do Brasil.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – Essa alternativa deve ser assinalada porque, apesar de refletir quase que a
4 6
integralidade da súmula vinculante 11, omite a possibilidade de uso de algemas em razão de perigo
4-

à integridade física própria, fazendo menção apenas à alheia.


36
12
6.

LETRA B: CORRETA – Trata-se da súmula vinculante 14.


20

LETRA C: CORRETA – Trata-se da súmula vinculante 26.


6.
02

LETRA D: CORRETA – Trata-se da súmula vinculante 35.

LETRA E: CORRETA – Trata-se da súmula vinculante 36.

23. Acerca das intimações no processo penal, assinale a alternativa correta, levando em consideração
as previsões do Código de Processo Penal e a jurisprudência sobre o tema:
(A) se não houver intimação da defensoria pública quanto à data de julgamento de habeas corpus
haverá nulidade.
(B) para que seja reconhecida a ilegitimidade ativa do Ministério Público relativa à propositura de
ação civil ex delicto na qualidade de substituto de menor carente é necessário que tenha havido a
intimação da defensoria pública para tomar ciência da demanda.
(C) diante do direito à autodefesa, irrenunciável, é constitucional a previsão que autoriza a condução
coercitiva do acusado para interrogatório.
(D) a intimação da sentença ao acusado sempre será pessoal, ainda que seu advogado constituído
tenha sido intimado.

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(E) estando o acusado solto, a intimação de seu advogado constituído quanto à pronúncia, dispensa
a sua intimação pessoal.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – Conforme entendimento do STF no HC 134.904, a intimação pessoal da
defensoria pública relativa à data de julgamento de habeas corpus somente será necessária se
houver pedido de sustentação oral. Do contrário, a intimação é dispensável e não há qualquer
nulidade.

LETRA B: CORRETA – De fato, em razão da inconstitucionalidade progressiva do art. 68 do CPP, a


legitimidade para propor a ação civil ex delicto, nos locais em que haja defensoria pública
estruturada, é dessa instituição, não do MP. Porém, antes de o magistrado reconhecer a ilegitimidade
ativa ministerial, deverá intimar a defensoria pública a fim de que tome conhecimento dessa ação e,
se for o caso, assuma o polo ativo, sob pena de violação ao art. 68 do CPP. Nesse sentido foi o
julgamento do STJ no REsp 888.081

LETRA C: INCORRETA – O art. 260 do CPP prevê que “se o acusado não atender à intimação para o
4 6
interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a
4-

autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.”. Porém, no julgamento das ADPF’s 395 e 444
37
12

o STF entendeu pela não recepção desse dispositivo legal pela CF/88. Portanto, não é possível a
6.

condição coercitiva do acusado para interrogatório, sob pena de responsabilidade administrativa,


civil e penal da autoridade e invalidação das provas obtidas a partir daí, sem prejuízo da
20

responsabilidade civil do Estado.


6.
02

LETRA D: INCORRETA – O at. 392, incisos I e II trata da intimação da sentença ao acusado, devendo
ser observado se ele está preso ou solto. O réu preso sempre deve ser intimado pessoalmente,
enquanto que o réu solto poderá ser intimado pessoalmente, ou na pessoa do defensor por ele
constituído.

LETRA E: INCORRETA – O art. 420, incisos I e II, do CPP, determina a necessidade de intimação pessoal
do acusado acerca da pronúncia, independente da intimação do advogado constituído ou da
defensoria pública. Salvo se, solto, não for encontrado para intimação, hipótese em que será
intimado por edital, nos termos do parágrafo único do mesmo dispositivo legal.

24. Acerca dos impedimentos e das suspeições, assinale a alternativa correta:


(A) o juiz deve se dar por suspeito apenas nos casos previstos na lei.
(B) o juiz somente será tido por impedido nos casos previstos em lei.
(C) o magistrado que atuou como corregedor em processo administrativo está impedido de julgar o
réu em processo criminal.

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(D) o promotor de justiça que atuou na fase investigatória criminal está impedido de oferecer a
denúncia.
(E) a dissolução do casamento que deu causa ao impedimento ou suspeição decorrente de
parentesco por afinidade faz cessar, automaticamente, o impedimento ou suspeição.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – O rol previsto no art. 254 do CPP, conforme decidiu o STJ no HC 69.927, é
exemplificativo.

LETRA B: CORRETA – Ao contrário do rol das suspeições, o rol dos impedimentos, previsto no art. 252
do CPP, conforme entendeu o STJ no julgamento dos HC’s 94089 e 162.491, é taxativo.

LETRA C: INCORRETA – Como dito na alternativa B, o rol dos impedimentos é taxativo e, portanto, o
juiz que foi corregedor no processo administrativo, não está impedido de julgar o processo criminal
que tramita contra o mesmo acusado. Veja os julgados do STJ já mencionados acerca da taxatividade
do rol de impedimentos, combinado com a decisão proferida pelo STF no RHC 131735, que trata
especificamente de inexistência desse impedimento, diante da impossibilidade de interpretação
4 6
extensiva para criação de novas causas de impedimento que não as previstas na lei.
4-

38
12

LETRA D: INCORRETA – Nos termos da súmula 232 do STJ, “a participação de membro do Ministério
6.

Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para
oferecimento da denúncia.”. Lembre-se que o rol dos impedimentos e taxativo, conforme já
20

mencionado, o que se aplica aqui por analogia.


6.
02

LETRA E: INCORRETA – Nos termos do art. 255 do CPP, não é automática a cessação do impedimento
ou da suspeição, devendo ser verificado se há descendentes: “o impedimento ou suspeição
decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que lhe tiver dado
causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes,
não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunha, o genro ou enteado de quem for parte no
processo.”.

25. Sobre os recursos, assinale a alternativa incorreta:


(A) o termo inicial do prazo para interposição de recurso supletivo pelo assistente começa com o
termo final do prazo para interposição do recurso pela acusação.
(B) mesmo sendo o Ministério Público o titular da ação penal pública, na hipótese de pedido de
absolvição feito pelo promotor de justiça em plenário do júri, o assistente de acusação tem
legitimidade para recorrer da decisão absolutória.
(C) interposto o recurso de apelação, o recorrente terá sempre oito dias para apresentação das
razões e o recorrido, o mesmo prazo para apresentar as contrarrazões.

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(D) cabe recurso em sentido estrito das decisões que julgam procedentes as exceções, salvo a de
suspeição.
(E) há previsão expressa na legislação processual penal do princípio da fungibilidade recursal.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
LETRA A: CORRETA – Se o recurso é supletivo, deve ser esgotado o prazo recursal da acusação, findo
o qual, aí sim, inicia-se a contagem para interposição do recurso supletivo. É a redação da súmula
448 do STF “o prazo para o assistente recorrer supletivamente começa a correr imediatamente após
o transcurso do prazo do Ministério Público”.

LETRA B: CORRETA – O assistente de acusação, neste caso, poderá interpor recurso supletivo, pois
tem legitimidade nos termos do CPP, art. 598, mesmo diante do pedido de absolvição feito pela
acusação. Nesse sentido foi o julgamento do REsp 1.451.720 pelo STJ.

LETRA C: INCORRETA – Nos termos do art. 600 do CPP, o prazo será de oito dias para os processos de
crime, sendo de três dias nos processos de contravenção: “assinado o termo de apelação, o apelante
e, depois dele, o apelado, terão o prazo de oito dias cada um para oferecer razões, salvo nos
4 6
processos de contravenção, em que o prazo será de três dias.”.
4-

39
12

LETRA D: CORRETA – A alternativa afirma que cabe RESE das decisões que julgam as exceções, sem
6.

excepcionar as de suspeição, nos termos do art. 581, III, do CPP: “caberá recurso, no sentido estrito,
da decisão, despacho ou sentença: III – que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição.”.
20
6.

LETRA E: CORRETA – O CPP, art. 579, prevê, expressamente, tal princípio: “salvo hipótese de má-fé,
02

a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro.”

26. Compete à justiça federal:


(A) o processo e julgamento de qualquer crime de disponibilização ou aquisição de material
pornográfico envolvendo criança ou adolescente.
(B) o processo e julgamento dos crimes de violação de direito autoral e contra a lei de software
relacionados com o card sharing.
(C) o processo e julgamento de crimes ambientais.
(D) o processo e julgamento de contravenção penal que tenha a União como vítima.
(E) o processo e julgamento dos crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – A alternativa é muito genérica e coloca que tais delitos são julgamentos pela
justiça estadual pura e simplesmente. Porém, a forma de execução do crime é extremamente
relevante para fins de definição da competência. Com efeito, o STF, no julgamento do RE 6282624

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decidiu que tais crimes, previstos nos arts. 241, 241-A e 241-B, do ECA, serão julgados pela justiça
federal quando cometidos por meio da rede mundial de computadores. No mesmo sentido, veja o
julgamento do CC 150.564, STJ, que reconheceu a competência da justiça federal quando
caracterizada a internacionalidade da conduta. A publicação na internet, por permitir acesso por
qualquer pessoa, de qualquer lugar, configura a internacionalidade. Diferente é a situação de
transmissão do material pornográfico de forma privada, por aplicativos como WhatsApp, Messenger
etc., situação em que, apesar do uso da internet, a comunicação é entre pessoas certas e
determinadas, o agente escolhe a quem manda o material pornográfico, sendo certo que a
comunicação privada não está disponível a qualquer pessoa, pois não se trata de ambiente virtual de
livre acesso. Neste caso a competência é da justiça estadual.

LETRA B: CORRETA – A competência para processo e julgamento desses crimes é da justiça federal,
uma vez que envolve o compartilhamento ilícito de sinal de TV por assinatura, via satélite ou cabo,
com uso do serviço de card sharing. Diante do bem jurídico tutelado, fica caracterizado o interesse
federal no julgamento. Foi nesse sentido o julgamento do CC 150.629 pelo STJ.

LETRA C: INCORRETA – A competência para o processo e julgamento de crimes ambientais não é


automática da justiça federal. Por ex., no caso de crimes ambientais envolvendo animais silvestres,
4 6
em extinção, exóticos ou protegidos por compromissos internacionais diante do caráter
4-

transnacional, em razão da ameaça de extinção ou porque envolvem animais exóticos, ou porque os


40
12

espécimes são protegidos por compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, aí a competência
6.

será da Justiça Federal. Foi nesse sentido o julgamento do RE 835558 pelo STF.
20

LETRA D: INCORRETA – O art. 109, IV, da CF, expressamente exclui da competência da justiça federal
6.

as contravenções: “aos juízes federais compete processar e julgar: IV – os crimes políticos e as


02

infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas


entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência
da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral”. Portanto, apenas a justiça estadual julga contravenções
penais, ainda que praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesses da União.

LETRA E: INCORRETA – O art. 109, IX, da CF determina que é competência da justiça federal o
processo e julgamento dos “crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a
competência da Justiça Militar”. Portanto, nem sempre a competência será da justiça federal, deve
ser feita a ressalva da justiça militar.

27. Assinale a alternativa que reflete o entendimento dos tribunais superiores acerca do acordo de
colaboração premiada:
(A) o poder judiciário intervém no acordo de colaboração premiada apenas ao final, a fim de verificar
a presença dos requisitos legais de validade e existência, sendo indispensável a sua homologação.
(B) se o colaborador não tiver foro por prerrogativa de função não há necessidade de submissão do
acordo para homologação pelo tribunal, cabendo tal ato ao magistrado de primeira instância.

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(C) a decisão do juiz que avalia o acordo de delação premiada é de mérito, já que há necessidade de
análise das declarações do colaborador.
(D) considerando que não cabe ao magistrado a análise do conteúdo do acordo de delação premiada,
não pode avaliar o teor das declarações prestadas pelo colaborador, em nenhuma hipótese.
(E) no caso de acordo de colaboração premiada envolvendo investigado ou réu que tenha foro por
prerrogativa de função, cabe ao tribunal competente, pelo seu órgão colegiado, homologar o acordo.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
LETRA A: CORRETA – Realmente, as tratativas do acordo de colaboração premiada tramitam
exclusivamente entre Ministério Público e colaborador, sem a intervenção do poder judiciário, uma
vez que essa espécie de prova não se submete ao princípio da reserva de jurisdição e, portanto, não
demanda autorização judicial para sua realização. Nesse sentido foi o julgamento do STF na Pet. 7074.

LETRA B: INCORRETA – Não é o fato de o colaborador ter foro por prerrogativa de função que deve
ser analisado, mas sim aqueles que são por ele mencionados, ou seja, se há a delação de alguma
autoridade submetida a foro por prerrogativa de função, haverá necessidade, sim de homologação
deste acordo pelo tribunal competente para processar e julgar a autoridade. Também há necessidade
4 6
de que o acordo seja celebrado entre o delator e o PGR.
4-

41
12

LETRA C: INCORRETA – A decisão judicial acerca do acordo de colaboração premiada é meramente


6.

homologatória, não julga o mérito da pretensão acusatória. Trata-se de resolução de questão


incidente. O magistrado deve se limitar ao pronunciamento sobre a regularidade, voluntariedade e
20

legalidade do acordo, conforme previsão do art. 4º, p. 7º, da Lei n. 12.850/13. Ressalte-se que não
6.

cabe ao juiz a emissão de juízo de valor acerca do conteúdo do acordo. A análise do conteúdo do
02

acordo deve ser feita em cotejo com as demais provas produzidas nos autos, quando da prolação da
sentença, conforme art. 4º, p. 11, da lei. Veja, nesse sentido, STF, Pet. 7074.

LETRA D: INCORRETA – A alternativa está errada porque coloca que, em nenhuma situação, pode o
juiz analisar o conteúdo das declarações. De fato, na cabe ao judiciário verificar o teor do que foi
relatado pelo colaborador, já que não pode antecipar o juízo de valor acerca dos termos. Porém,
deve verificar se há flagrante ofensa ao ordenamento jurídico. Não se trata de análise do conteúdo
meritório, limitando-se à verificação dos aspectos formais e legais do acordo. Veja, ainda, o
julgamento do STF, Pet 7074.

LETRA E: INCORRETA – A alternativa está errada porque a competência para homologação é do


relator, que deverá, monocraticamente, verificar a regularidade, a legalidade e a voluntariedade do
acordo, conforme estabelece o art. 4º, p. 7º. Ao órgão colegiado caberá, na decisão final de mérito,
avaliar se houve cumprimento do acordo antes homologado, bem como sua eficácia, nos termos do
p. 11 do mesmo dispositivo legal.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
28. Assinale a alternativa que contenha um enunciado de Súmula do Superior Tribunal de Justiça
inteiramente correto:
(A) Na ação de mandado de segurança se admite condenação em honorários advocatícios.
(B) Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de
economia mista ou empresa pública. (Súmula 333, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/12/2006, DJ
14/02/2007 p. 246)
(C) A impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial, se condiciona a interposição de
recurso.
(D) Os créditos de natureza alimentícia gozam de preferência, vinculados aos precatórios da ordem
cronológica dos créditos de natureza diversa.
(E) Os atos do presidente do tribunal que disponham sobre processamento e pagamento de
precatório não têm caráter administrativo, mas judicial.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. Súmula 105 - Na ação de mandado de segurança não se admite condenação em
honorários advocatícios. (Súmula 105, CORTE ESPECIAL, julgado em 26/05/1994, DJ 03/06/1994 p.
4 6
13885).
4-

(B) Correta. 42
12

(C) Incorreta. Súmula 202 - A impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial, não se
6.

condiciona a interposição de recurso. (Súmula 202, CORTE ESPECIAL, julgado em 17/12/1997, DJ


20

02/02/1998)
(D) Incorreta. Súmula 144 - Os créditos de natureza alimentícia gozam de preferência, desvinculados
6.

os precatórios da ordem cronológica dos créditos de natureza diversa. (Súmula 144, CORTE ESPECIAL,
02

julgado em 10/08/1995, DJ 18/08/1995 p. 25079)


(E) Incorreta. Súmula 311 - Os atos do presidente do tribunal que disponham sobre processamento
e pagamento de precatório não têm caráter jurisdicional.

29. Assinale a alternativa que contenha um enunciado de súmula do Superior Tribunal de Justiça
incorreto:
(A) O mutuário do SFH não pode ser compelido a contratar o seguro habitacional obrigatório com a
instituição financeira mutuante ou com a seguradora por ela indicada.
(B) A exigência de acordo entre o credor e o devedor na escolha do agente fiduciário aplica-se,
exclusivamente, aos contratos não vinculados ao Sistema Financeiro da Habitação SFH.
(C) A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da competência da União.
(D) A comissão de permanência e a correção monetária são cumuláveis.
(E) A comprovação da mora é imprescindível à busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS

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(A) Correto.
(B) Correto.
(C) Correto.
(D) Incorreto. Súmula 30: A comissão de permanência e a correção monetária são inacumuláveis.
(Súmula 30, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 09/10/1991, DJ 18/10/1991).
(E) Correta.

30. Assinale a alternativa que não corresponde a enunciado de Súmula Vinculante:


(A) Compete à Justiça Federal comum processar e julgar civil denunciado pelos crimes de falsificação
e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação da Caderneta de Inscrição e Registro
(CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador (CHA), ainda que expedidas pela Marinha do Brasil.
(B) A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada
material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao
Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou
requisição de inquérito policial.
(C) A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime
prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE
641.320/RS.
4 6
(D) A medida provisória não apreciada pelo congresso nacional podia, até a Emenda Constitucional
4-

32/2001, ser reeditada dentro do seu prazo de eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei desde
43
12

a primeira edição.
6.

(E) Quando alugado a terceiros, não permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das
entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, ainda que o valor dos aluguéis seja
20

aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.


6.
02

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(A) Correta.
(B) Correta.
(C) Correta.
(D) Correta.
(E) Incorreta. Súmula Vinculante 52. Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal,
desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
constituídas.

31. Assinale a alternativa que contenha enunciado correto de Súmula do Supremo Tribunal Federal:
(A) Cabe reclamação ainda que já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha
desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
(B) Cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar.

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(C) A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art.
150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se
houver contribuição dos beneficiários.
(D) Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de
instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a
causa instaurada no âmbito dos juizados especiais.
(E) São da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o
estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento, podendo os Estados e os
Municípios legislarem a respeito com relação aos processos que tramitam em suas Assembleias
Legislativas e Câmaras de Vereadores.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. SÚMULA 734. Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato
judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
(B) Incorreta. Súmula 735. Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida
liminar.
(C) Correta.
4 6
(D) Incorreta. Súmula 727. Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal
4-

Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda
44
12

que referente a causa instaurada no âmbito dos juizados especiais.


6.

(E) Incorreta. Súmula 722. São da competência legislativa da União a definição dos crimes de
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento.
20
6.

32. Sobre a recente jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é incorreto dizer que:
02

(A) É inadmissível o restabelecimento do nome de solteiro na hipótese de dissolução do vínculo


conjugal pelo falecimento do cônjuge, possibilidade reservada para as demais hipóteses de
dissolução em vida.
(B) É inadmissível a homologação de acordo extrajudicial de retificação de registro civil de menor em
juízo sem a observância dos requisitos e procedimento legalmente instituído para essa finalidade.
(C) O bem de família é IMPENHORÁVEL quando for dado em garantia real de dívida por um dos sócios
da pessoa jurídica, cabendo ao credor o ônus da prova de que o proveito se reverteu à entidade
familiar.
(D) O bem de família é PENHORÁVEL quando os únicos sócios da empresa devedora são os titulares
do imóvel hipotecado, sendo ônus dos proprietários a demonstração de que não se beneficiaram dos
valores auferidos. Assim, é possível a penhora de bem de família dado em garantia hipotecária pelo
casal quando os cônjuges forem os únicos sócios da pessoa jurídica devedora.
(E) Constatado o caráter manifestamente excessivo da cláusula penal contratada, o magistrado
deverá, independentemente de requerimento do devedor, proceder à sua redução.

RESPOSTA: A

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COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. É admissível o restabelecimento do nome de solteiro na hipótese de dissolução do
vínculo conjugal pelo falecimento do cônjuge. STJ. 3ª Turma. REsp 1.724.718-MG, Rel. Min. Nancy
Andrighi, julgado em 22/05/2018 (Info 627).
(B) Correta. STJ. 3ª Turma. REsp 1.698.717-MS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 05/06/2018
(Info 627).
(C) Correta. STJ. 2ª Seção. EAREsp 848.498-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 25/04/2018
(Info 627).
(D) Correta. STJ. 2ª Seção. EAREsp 848.498-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 25/04/2018
(Info 627).
(E) Correta. Fundamento: CC/Art. 413. A penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se
a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for
manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio. STJ. 4ª Turma.
REsp 1.447.247-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 19/04/2018 (Info 627).

33. Sobre a recente jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto dizer que:
(A) Verifica-se a existência de dolo eventual no ato de dirigir veículo automotor sob a influência de
álcool, além de fazê-lo na contramão. Esse é, portanto, um caso específico que evidencia a diferença
4 6
entre a culpa consciente e o dolo eventual. O condutor assumiu o risco ou, no mínimo, não se
4-

preocupou com o risco de, eventualmente, causar lesões ou mesmo a morte de outrem.
45
12

(B) O descaminho é crime tributário material. Logo, para que seja proposta ação penal por
6.

descaminho é necessária a prévia constituição definitiva do crédito tributário.


(C) Simples fato de ter recebido a propina em espécie configura lavagem de dinheiro.
20

(D) O instituto da remição exige, necessariamente, a prática de atividade laboral ou educacional.


6.

Trata-se de reconhecimento pelo Estado do direito à diminuição da pena em virtude de trabalho


02

efetuado pelo detento. Todavia, por determinadas razões, se admite a remição ficta da pena.
(E) A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal, abarca o maquinário
utilizado no processo de produção de livros, jornais e periódicos.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) Correta. STF. 1ª Turma. HC 124687/MS, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto
Barroso, julgado em 29/5/2018 (Info 904).
(B) Incorreta. O descaminho é crime tributário FORMAL. Logo, para que seja proposta ação penal por
descaminho não é necessária a prévia constituição definitiva do crédito tributário. Não se aplica a
Súmula Vinculante 24 do STF. O crime se consuma com a simples conduta de iludir o Estado quanto
ao pagamento dos tributos devidos quando da importação ou exportação de mercadorias. STJ. 6ª
Turma. REsp 1.343.463-BA, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/3/2014 (Info
548). STF. 2ª Turma. HC 122325, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 27/05/2014.

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(C) Incorreta. O mero recebimento de valores em dinheiro não tipifica o delito de lavagem, seja
quando recebido pelo próprio agente público, seja quando recebido por interposta pessoa. STF. 2ª
Turma. AP 996/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 29/5/2018 (Info 904).
(D) Incorreta. Não se admite a remição ficta da pena. Embora o Estado tenha o dever de prover
trabalho aos internos que desejem laborar, reconhecer a remição ficta da pena, nesse caso, faria com
que todas as pessoas do sistema prisional obtivessem o benefício, fato que causaria substancial
mudança na política pública do sistema carcerário, além de invadir a esfera do Poder Executivo. O
instituto da remição exige, necessariamente, a prática de atividade laboral ou educacional. Trata-se
de reconhecimento pelo Estado do direito à diminuição da pena em virtude de trabalho efetuado
pelo detento. Não sendo realizado trabalho, estudo ou leitura, não há que se falar em direito à
remição. STF. 1ª Turma. HC 124520/RO, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min. Roberto Barroso,
julgado em 29/5/2018 (Info 904). STJ. 5ª Turma. HC 421.425/MG, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em
27/02/2018. STJ. 6ª Turma. HC 425.155/MG, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 06/03/2018.
(E) Incorreta. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal, não abarca
o maquinário utilizado no processo de produção de livros, jornais e periódicos. A imunidade
tributária visa à garantia e efetivação da livre manifestação do pensamento, da cultura e da produção
cultural, científica e artística. Assim, é extensível a qualquer material assimilável a papel utilizado no
processo de impressão e à própria tinta especial para jornal, mas não é aplicável aos equipamentos
4 6
do parque gráfico, que não são assimiláveis ao papel de impressão, por não guardarem relação direta
4-

com a finalidade constitucional do art. 150, VI, “d”, da CF/88. STF. 1ª Turma. ARE 1100204/SP, rel.
46
12

orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 29/5/2018 (Info 904).
6.

34. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


20

(A) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do
6.

Presidente da República; de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
02

manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.


(B) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do
Presidente e Vice-Presidente da República; de mais da metade das Assembleias Legislativas das
unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria absoluta de seus membros.
(C) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; de mais
da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma
delas, pela maioria absoluta de seus membros.
(D) de dois terços, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do
Presidente da República; de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
(E) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do
Presidente da República; de mais de dois terços das Assembleias Legislativas das unidades da
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS

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(A) Correta.
(B) Incorreta. Não há legitimidade do Vice-Presidente da República e o quórum das assembleias é de
maioria relativa.
(C) Incorreta. Faltou mencionar a legitimidade do Presidente e o quórum das assembleias é de
maioria relativa.
(D) Incorreta. O quórum dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do
Presidente da República é de um terço.
(E) Incorreta. O quórum das Assembleias Legislativas é de mais da metade.
Constituição Federal, art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se,
cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros (...).

35. Acerca do Estado de Defesa, previsto no artigo 136 da Constituição Federal, NÃO é possível a
seguinte medida coercitiva:
(A) Restrição ao direito de sigilo de correspondência
(B) Ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, sendo
6
4
a União a responsável pelos danos e não o Estado em que ocorreu a intervenção.
4-

(C) Suspensão ao direito de reunião, inclusive aqueles ocorridos no bojo de associação.


47
12

(D) Restrição ao sigilo de comunicação telegráfica;


(E) Restrição ao sigilo de comunicação telefônica.
6.
20

RESPOSTA: C
6.

COMENTÁRIOS
02

Nessa questão, o aluno deveria se atentar à diferença que existe entre restrição ao direito de reunião
e suspensão ao direito de reunião, sendo essa somente possível no Estado de Sítio. Portanto, não se
trata de mero jogo de palavras, mas de intensidade das medidas coercitivas nos dois modelos de
Estado de Exceção. No mais, todas as alternativas constam expressamente do texto do artigo 136, da
Constituição Federal.

36. Sobre a política agrícola, nos moldes tais como estabelecidos na Constituição Federal, deverá ser
estabelecida levando em consideração os seguintes instrumentos:
I - os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização;
II - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
III - o seguro agrícola;
IV - o cooperativismo;
V - a eletrificação rural e irrigação.

Estão CORRETAS:
(A) I, II e III.

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(B) II, IV, V.


(C) IV e V.
(D) I, III e IV.
(E) Todos os itens.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
Trata-se de questão que exigiu o conhecimento da literalidade do texto constitucional e, embora não
seja um tema de alta relevância, justifica-se para o fim de atentar o aluno sobre a necessidade de
estudar artigos de baixa incidência, pois eles podem fazer a diferença na nota de corte, com mera
leitura. No mais segue o texto do artigo 187:

Art. 187. A política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva
do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de
comercialização, de armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente:

I - os instrumentos creditícios e fiscais;


II - os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização;
4 6
III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
4-

IV - a assistência técnica e extensão rural;


48
12

V - o seguro agrícola;
6.

VI - o cooperativismo;
VII - a eletrificação rural e irrigação;
20

VIII - a habitação para o trabalhador rural.


6.
02

37. São cargos privativos de brasileiro NATO, exceto:


(A) Presidente do Senado Federal;
(B) Ministro do Supremo Tribunal Federal;
(C) Membro da carreira diplomática;
(D) Ministro da Justiça
(E) Oficial das Forças Armadas.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
A resposta encontra-se integralmente artigo 12, §3º, da CF. Segue: São privativos de brasileiro nato
os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos
Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V -
da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas, VII - de Ministro de Estado da Defesa.

38. É competência exclusiva do Congresso Nacional:

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(A) julgar semestralmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios
sobre a execução dos planos de governo;
(B) fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
excluídos os da administração indireta;
(C) zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros
Poderes;
(D) apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio, sendo as de
televisão competência do Senado Federal.
(E) escolher três quintos dos membros do Tribunal de Contas da União.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre
a execução dos planos de governo;
(B) fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da administração indireta;
(C) zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros
Poderes;
4 6
(D) apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e de televisão.
4-

(E) escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.


49
12
6.

39. Acerca do direito à educação, é dever do Poder Público, mediante garantia de:
(A) Educação básica obrigatória e gratuita dos 5 (cinco) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada
20

inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;
6.

(B) Progressiva universalização do ensino médio gratuito;


02

(C) Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, obrigatoriamente na rede


regular de ensino;
(D) Educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 6 (seis) anos de idade;
(E) Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, independente da
capacidade de cada um;

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;
(B) Progressiva universalização do ensino médio gratuito;
(C) Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino;
(D) Educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;
(E) Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo da
capacidade de cada um;

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DIREITO ADMINISTRATIVO
40. Acerca das novas disposições sobre segurança jurídica e eficiência na aplicação do Direito Público
introduzidas na Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro - LINDB, assinale a assertiva
incorreta:
(A) Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos
abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.
(B) A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato,
ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as
orientações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação
geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas;
(C) A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas
consequências econômica, jurídica e administrativa;
(D) Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade administrativa, salvo
os de mera organização interna, poderá ser precedida de consulta pública para manifestação de
interessados, preferencialmente por meio eletrônico, a qual será considerada na decisão;
6
(E) Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do direito
4
público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade administrativa poderá, após oitiva
4-

do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização de consulta pública, e presentes razões de 50
12

relevante interesse geral, celebrar compromisso com os interessados, observada a legislação


6.

aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial;


20

RESPOSTA: C
6.

COMENTÁRIOS
02

A questão demandava o conhecimento das alterações introduzidas na LINDB pela Lei 13.655/2018,
cuja leitura é fortemente recomendada.
Alternativa A: Correta, conforme art. 20, da LINDB.
Alternativa B: Correta, conforme art. 24 da LINDB;
Alternativa C: Incorreta, conforme art. Art. 21 da LINDB: “A decisão que, nas esferas administrativa,
controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativa.
(Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)”
Alternativa D: Correta, conforme art. 29 da LINDB;
Alternativa E: Correto, conforme art. 26 da LINDB. O dispositivo serve de permissivo genérico à
celebração de compromissos de conduta.

41. Acerca dos servidores públicos, assinale a alternativa CORRETA:


(A) A regra constitucional do concurso público obsta a realização dos chamados concursos internos,
destinados somente àqueles que já pertencem ao quadro de pessoal da administração. Dessa forma,
com a entrada em vigor da Constituição de 88, foram vedadas as formas de provimento derivado;

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(B) São absolutamente vedadas quaisquer distinções de salários, de exercício de funções e de critério
de admissão por motivo de sexo, idade, cor e estado civil;
(C) É vedada a acumulação de mais de uma aposentadoria do regime próprio dos servidores. Todavia,
nada impede que se acumule uma aposentadoria do regime geral com uma aposentadoria do regime
próprio dos servidores;
(D) Tendo em vista a reiterada mora do legislador, o Supremo Tribunal Federal declarou a omissão
legislativa quanto ao dever constitucional de editar lei que regulamente o exercício do direito de
greve no setor público e determinou a aplicação ao setor, no que couber, a lei de greve vigente no
setor privado (Lei nº 7.783/89);
(E) Admite-se a cumulação de dois cargos ou empregos privativos de profissionais da área de saúde,
desde que a jornada de trabalho não seja superior a 60 horas semanais, tendo em vista a necessidade
de compatibilidade de horários;

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. Apesar de realmente estar vedada a realização de concursos internos para provimento
de cargos, não foram complemente vedadas as formas de provimento derivado. A promoção (que é
também forma de provimento derivado), segue sendo admitida.
4 6
Neste sentido:
4-

“Provimento derivado é o que depende de um vínculo anterior do servidor com a Administração; a


51
12

legislação anterior à atual Constituição compreendia a promoção, a transposição, a reintegração, a


6.

readmissão, o aproveitamento, a reversão e a transferência. Com a nova constituição, esse rol ficou
bem reduzido, em decorrência do artigo 37, II, que exige a prévia aprovação em concurso público de
20

provas ou provas e títulos para a investidura em cargo ou emprego público” (Direito Administrativo.
6.

Maria Sylvia Zanella Di Pietro. 30ª Edição. Pag. 769)


02

De acordo com a súmula vinculante 43: É inconstitucional toda modalidade de provimento que
propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu
provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

(B) Incorreta, conforme a Súmula 683 do Supremo.


Sobre o tema:
“Também no que se refere ao ingresso, aplica-se aos servidores públicos a regra do art. 7º, XXX, da
Constituição, conforme determina o art. 39, §3º, com a redação dada pela EC 19. De acordo com
aquele dispositivo, são vedadas diferenças de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. Contudo, o art. 39, §3º, na parte final,
permite que a lei estabeleça requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o
exigir. Trata-se de aplicação do princípio da razoabilidade. Embora o objetivo do constituinte seja o
de proibir o limite de idade e outros tipos de discriminação, a proibição não pode ser interpretada
de modo absoluto;” (Direito Administrativo. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. 30ª Edição. Pag. 701)

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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(C) Incorreta, conforme art. 40, §6º, da Constituição, que admite a cumulação de duas
aposentadorias, desde que fossem licitamente acumuláveis os cargos públicos exercidos: “§ 6º
Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é
vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste
artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)”

(D) Correta, conforme decidido no MI 670 e MI 708. É legítimo o exercício do direito de greve dos
servidores públicos, conforme reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento dos
Mandados de Injunção 670, 708 e 712, momento em que se determinou a aplicação das normas
relativas ao direito de greve no âmbito do serviço privado (Leis 7.701/88 e 7.783/89), enquanto não
editada legislação específica.

(E) Incorreta.
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. PARECER
GQ 145/1998/AGU. LIMITE MÁXIMO DE 60 HORAS SEMANAIS EM CASOS DE ACUMULAÇÃO DE
CARGOS OU EMPREGOS PÚBLICOS. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. COMPATIBILIDADE DAS
JORNADAS DE TRABALHO DA IMPETRANTE. COMPROVAÇÃO. AGRAVO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO, COM APLICAÇÃO DE MULTA. I – A existência de norma infraconstitucional que estipula
4 6
limitação de jornada semanal não constitui óbice ao reconhecimento do direito à acumulação
4-

prevista no art. 37, XVI, c, da Constituição, desde que haja compatibilidade de horários para o
52
12

exercício dos cargos a serem acumulados. Precedentes. II - Agravo regimental a que se nega
6.

provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4°, do CPC. (RMS 34257 AgR, Relator(a):
Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 29/06/2018, PROCESSO ELETRÔNICO
20

DJe-157 DIVULG 03-08-2018 PUBLIC 06-08-2018)


6.

ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS


02

REMUNERADOS. ÁREA DA SAÚDE. LIMITAÇÃO DA CARGA HORÁRIA. IMPOSSIBILIDADE.


COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. REQUISITO ÚNICO. AFERIÇÃO PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
1. A Primeira Seção desta Corte Superior tem reconhecido a impossibilidade de acumulação
remunerada de cargos ou empregos públicos privativos de profissionais da área de saúde quando a
jornada de trabalho for superior a 60 horas semanais.
2. Contudo, o Supremo Tribunal Federal, reiteradamente, posiciona-se "[...] no sentido de que a
acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88,
não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste
tal requisito na Constituição Federal" (RE 1.094.802 AgR, Relator Min. Alexandre de Moraes,
Primeira Turma, julgado em 11/5/2018, DJe 24/5/2018).
3. Segundo a orientação da Corte Maior, o único requisito estabelecido para a acumulação é a
compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela
administração pública. Precedentes.
4. Adequação do entendimento desta Corte ao posicionamento consolidado pelo Supremo Tribunal
Federal sobre o tema.
5. Recurso especial provido.

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(REsp 1746784/PE, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/08/2018, DJe
30/08/2018)

42. Assinale a alternativa incorreta no que concerne ao processo administrativo:


(A) A despeito da garantia constitucional da ampla defesa, a falta de defesa técnica por advogado no
processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição;
(B) É possível a utilização de prova emprestada no processo administrativo disciplinar, devidamente
autorizada na esfera criminal, desde que produzida com observância do contraditório e do devido
processo legal;
(C) Não é possível a instauração de processo administrativo com base em denúncia anônima;
(D) De acordo com o princípio da oficialidade, aplicável ao processo administrativo, pode a
Administração pública, de ofício, requerer diligências, investigar fatos de que toma conhecimento e
solicitar laudos e informações, a fim de concretizar o interesse público;
(E) Vigora, no âmbito administrativo disciplinar ou sancionador, o princípio da atipicidade. Portanto,
diferente do que ocorre na seara penal, a tipicidade nem sempre estará presente no direito
administrativo, pois ainda que as infrações administrativas estejam prevista em lei, não são descritas
com precisão; 4 6
RESPOSTA: C
4-

COMENTÁRIOS
53
12

Alternativa A: Correta, nos termos da Súmula Vinculante 05: A falta de defesa técnica por advogado
6.

no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.


Nos termos do entendimento do STF: “se devidamente garantido o direito (i) à informação, (ii) à
20

manifestação e (iii) à consideração dos argumentos manifestados, a ampla defesa foi exercida em
6.

sua plenitude, inexistindo ofensa ao art. 5º, LV, da CF/1988. (...) Por si só, a ausência de advogado
02

constituído ou de defensor dativo com habilitação não importa nulidade de processo administrativo
disciplinar (...). Ressalte-se que, mesmo em determinados processos judiciais — como no habeas
corpus, na revisão criminal, em causas da Justiça Trabalhista e dos Juizados Especiais —, esta Corte
assentou a possibilidade de dispensa da presença de advogado. (...) Nesses pronunciamentos, o
Tribunal reafirmou que a disposição do art. 133 da CF/1988 não é absoluta, tendo em vista que a
própria Carta Maior confere o direito de postular em juízo a outras pessoas.” [RE 434.059, voto do
rel. min. Gilmar Mendes, P, j. 7-5-2008, DJE 172 de 12-9-2008.]

Alternativa B: Correta, nos termos do Enunciado 03 da Jurisprudência em Teses Edição n. 1 do STJ. A


jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça encontra-se consolidada no sentido de que, respeitado
o contraditório e a ampla defesa, é possível a utilização de "prova emprestada", desde que
devidamente autorizada na esfera criminal.
No mesmo sentido, a Súmula 591-STJ: É permitida a “prova emprestada” no processo administrativo
disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório
e a ampla defesa.

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Alternativa C: Incorreta. De acordo com a Jurisprudência do STJ, não há ilegalidade na instauração


de processo administrativo com fundamento em denúncia anônima, por conta do poder-dever de
autotutela imposto à Administração e, por via de consequência, ao administrador público.
Precedentes: EDcl no REsp 1.096.274/RJ, Sexta Turma, Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe
5/2/2013; MS 15.517/DF, Primeira Seção, Min. Benedito Gonçalves, DJe 18/2/2011; REsp
867.666/DF, Quinta Turma, Min. Arnaldo Esteves Lima, DJe 25/5/2009; MS 12.385/DF, Terceira
Seção, Min. Paulo Gallotti, DJe 5/9/2008.
O entendimento encontra-se cristalizado na Súmula 611-STJ: “Desde que devidamente motivada e
com amparo em investigação ou sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo
disciplinar com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto à
Administração.”
Deveras, por força do princípio da autotutela, uma vez cientificada a administração acerca de
situação de ilegalidade, a Administração Pública tem o poder-dever de perquirir acerca do fato, de
modo a corrigir a eventual falha.

Alternativa D: Correta. Sobre o tema:


“No âmbito do direito administrativo, esse princípio assegura a possiblidade de instauração do
processo por iniciativa da Administração, independentemente de provocação do administrado e
4 6
ainda a possibilidade de impulsionar o processo, adotando doas as medidas necessárias a sua
4-

adequada instrução.
54
12

(...)
6.

O princípio da oficialidade autoriza a Administração a requerer diligências, investigar fatos de que


toma conhecimento no curso do processo, solicitar pareceres, laudos, informações, rever os próprios
20

atos e praticar tudo o que for necessário à consecução do interesse público” (Direito Administrativo.
6.

Marua Sylvia Zanella Di Pietro. 30ª Edição. Pag. 800/801)


02

Alternativa E: Correta, conforme entendimento doutrinário:


“no direito administrativo, existe a exigência da antijuridicidade, que constitui aplicação do princípio
da legalidade, significando que o ilícito administrativo tem que ter previsão legal. No entanto, a
tipicidade nem sempre está presente, tendo em vista que muitas infrações administrativas, ainda
que previstas em lei, não são descritas com precisão, ou seja, não correspondem a um modelo
definido em lei” (Direito Administrativo. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. 30ª Edição. Pag. 805)
Ainda:
“Em regra, as normas de comando e controle têm fundamento na lei, uma vez que importam
restrição à liberdade dos particulares. Nada obstante, há amplo campo para a sua instituição por
regulamentos administrativos, tanto com fundamento direto na Constituição (regulamentos
autônomos), quanto com fundamento em lei habilitadora de competência da Administração. (...) É
possível, portanto, que normas que tipifiquem infrações administrativas e cominam sanções
punitivas sejam veiculadas em regulamentos administrativos, desde que haja parâmetros mínimos
de organização institucional e procedimental previstos na lei”

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43. Sobre os bens públicos, assinale a alternativa correta:


(A) Os bens públicos podem ser objetos de usucapião especial urbana, tendo em vista que desde que
consistam em edificação urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, que o possuidor
nele esteja por pelo menos cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-o para sua
moradia ou de sua família;
(B) Os bens públicos podem estar afetados ou desafetados a uma destinação pública, o que significa
dizer que estão ou não sendo empregados em uma finalidade pública. De acordo com a doutrina, a
afetação e a desafetação podem ser expressas ou tácitas. Como exemplo de desafetação tácita temos
a não utilização do bem em sua finalidade;
(C) Os bens públicos não são usucapíveis, porquanto considerados imprescritíveis. No entanto, os
imóveis públicos situados em núcleo urbano informal consolidado existente em 22 de dezembro de
2016, poderão ser objeto de legitimação fundiária, forma originária de aquisição de propriedade
conferido por ato do poder público no âmbito da uma eventual Reurb, caso preenchidos os demais
requisitos legais;
(D) Os bens públicos possuem o atributo da inalienabilidade. Todavia, isso não quer significar que
não possam ser alienados, uma vez que, preenchidos os requisitos legais da autorização legislativa,
avaliação prévia e licitação na modalidade concorrência, poderão ser alienados;
(E) Os bens públicos podem estar sujeitos à utilização privativa através de autorização, permissão ou
4 6
concessão de uso. A autorização e a permissão de uso, ainda quando qualificadas, não se sujeitam à
4-

licitação, uma vez que possuem natureza de ato administrativo unilateral, discricionário e precário;
55
12
6.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
20

Alternativa A: Incorreta. Não há que se falar em usucapião, tendo em vista a imprescritibilidade dos
6.

bens públicos, o que significa dizer que os bens públicos não estão sujeitos à prescrição aquisitiva
02

(usucapião). Tal vedação decorre diretamente dos artigos 183, §3º e o art. 191, ambos da
Constituição, que vedam a usucapião de bens públicos. No mesmo sentido, temos o art. 102, do
Código Civil e o art. 200 no DL 9.760/46. No mesmo sentido, temos a Súmula 340 STF, que fala que
os bens públicos, inclusive os dominicais, não são passíveis de usucapião.

Alternativa B: Incorreta. De acordo com a doutrina, o não uso do bem não é suficiente para que
ocorra a desafetação. Neste sentido:
“O que é inaceitável é a desafetação pelo não uso, ainda que prolongado, como, por exemplo, no
caso de uma rua que deixa de ser utilizada. Em hipótese como essa, torna-se necessário um ato
expresso de desafetação, pois inexiste a fixação de um momento a partir do qual o não uso pudesse
significar desafetação. Sem essa restrição, a cessação da dominialidade pública poderia ocorrer
arbitrariamente, em prejuízo do interesse coletivo” (Direito Administrativo. Maria Sylvia Zanella Di
Pietro. Ed. Gen Forense. 30ª Edição. Rio de Janeiro: 2017. Pag. 849)

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Alternativa C: Correta. De fato, não cabe a usucapião de bens públicos, os quais são imprescritíveis,
por disposição constitucional expressa. Todavia, os bens públicos poderão ser objeto de legitimação
fundiária, conforme previsto no art. 23, da Lei 13.465/17:
“Art. 23. A legitimação fundiária constitui forma originária de aquisição do direito real de propriedade
conferido por ato do poder público, exclusivamente no âmbito da Reurb, àquele que detiver em área
pública ou possuir em área privada, como sua, unidade imobiliária com destinação urbana, integrante
de núcleo urbano informal consolidado existente em 22 de dezembro de 2016.
§1o. Apenas na Reurb-S, a legitimação fundiária será concedida ao beneficiário, desde que atendidas
as seguintes condições:
I - o beneficiário não seja concessionário, foreiro ou proprietário de imóvel urbano ou rural;
II - o beneficiário não tenha sido contemplado com legitimação de posse ou fundiária de imóvel
urbano com a mesma finalidade, ainda que situado em núcleo urbano distinto; e
III - em caso de imóvel urbano com finalidade não residencial, seja reconhecido pelo poder público o
interesse público de sua ocupação.
§ 2o Por meio da legitimação fundiária, em qualquer das modalidades da Reurb, o ocupante adquire
a unidade imobiliária com destinação urbana livre e desembaraçada de quaisquer ônus, direitos
reais, gravames ou inscrições, eventualmente existentes em sua matrícula de origem, exceto quando
disserem respeito ao próprio legitimado.
4 6
§ 3o Deverão ser transportadas as inscrições, as indisponibilidades ou os gravames existentes no
4-

registro da área maior originária para as matrículas das unidades imobiliárias que não houverem sido
56
12

adquiridas por legitimação fundiária.


§ 4o Na Reurb-S de imóveis públicos, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e as suas
6.

entidades vinculadas, quando titulares do domínio, ficam autorizados a reconhecer o direito de


20

propriedade aos ocupantes do núcleo urbano informal regularizado por meio da legitimação
6.

fundiária.
02

§ 5o Nos casos previstos neste artigo, o poder público encaminhará a CRF para registro imediato da
aquisição de propriedade, dispensados a apresentação de título individualizado e as cópias da
documentação referente à qualificação do beneficiário, o projeto de regularização fundiária
aprovado, a listagem dos ocupantes e sua devida qualificação e a identificação das áreas que
ocupam.
§ 6o Poderá o poder público atribuir domínio adquirido por legitimação fundiária aos ocupantes que
não tenham constado da listagem inicial, mediante cadastramento complementar, sem prejuízo dos
direitos de quem haja constado na listagem inicial.”

A Lei 13.465/17 traz diversas novidades legislativas, razão por que a sua leitura torna-se salutar.
Sobre a legitimação fundiária, são as lições de Nelson Rosenvald:
“Para além de conferir propriedade em prol de possuidores de terrenos privados, exclusivamente na
Reurb-S - de interesse social da população de baixa renda – viabiliza-se a legitimação fundiária ao
detentor de imóveis públicos. Sob a perspectiva da Lei n. 13.465/17, pelo fato da aquisição originária
pela legitimação fundiária ser instituto jurídico diferenciado da usucapião (art. 15, incisos I e II),
possui a vantagem de incidir também sobre áreas públicas, o que é peremptoriamente vedado a

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usucapião urbana ou rural (art. 183 e 191, CF). Assim, para além da concessão de uso especial para
fins de moradia – que outorga ao cidadão um direito real em coisa alheia após cinco anos de
ocupação (até 22.12.2016, conforme redação concedida pela Lei n. 13.465/17 ao art. 1º. da MP
2.220/01) posto preservado o poder público na titularidade do bem – a legitimação fundiária propicia
ao particular a condição de proprietário, independentemente de qualquer requisito temporal. Some-
se a isso o fato de que na Reurb-S promovida sobre bem público, o registro do projeto de
regularização fundiária e a constituição de direito real em nome dos beneficiários poderão ser feitos
em ato único, a critério do ente público promovente (art. 17, Lei n. 13.465/17).
A única coincidência formal com a usucapião especial constitucional se dá em termos de legitimidade
para a legitimação fundiária: na Reurb-S ela será concedida ao beneficiário, desde que não seja
concessionário, foreiro ou proprietário de imóvel urbano ou rural; não tenha sido contemplado com
legitimação de posse ou fundiária de imóvel urbano com a mesma finalidade, ainda que situado em
núcleo urbano distinto; e, em caso de imóvel urbano com finalidade não residencial, seja reconhecido
pelo poder público o interesse público de sua ocupação (§ 1o , art. 23). Ressalte-se que o § 4o do art.
23 da Lei n. 13.465/17, atribui a União, Estados, e Municípios uma indiscriminada discricionariedade
no reconhecimento do direito de propriedade sobre bens públicos em prol de ocupantes de núcleos
urbanos informais regularizados por meio da legitimação fundiária, sem prever um limite mínimo de
prazo de ocupação do imóvel público ou sequer a natureza (justa, injusta, boa fé ou má fé) da
4 6
detenção originariamente exercida sobre o referido bem. Ademais, a lei ignora óbvias regras de
4-

desafetação, licitação, autorização legislativa e avaliação prévia, que amparam a alienação de bens
57
12

públicos em geral, vulnerando a tutela do patrimônio público e desmoralizando o básico em termos


6.

de “accountability”. Enfim, por qual razão se cria “pela tangente” um desvio a tradicional regra da
inusucapibilidade de bens públicos? Não me surpreende se à legitimação fundiária se tornar a via
20

adequada para a legalização de grilagens de grandes áreas ou de regularização de conjuntos


6.

habitacionais destinados à classe média ou alta.” (disponível em


02

https://www.nelsonrosenvald.info/single-post/2017/12/20/A Legitima%C3%A7%C3%A3o-
fundi%C3%A1ria-%E2%80%93-uma-pol%C3%AAmica-inova%C3%A7%C3%A3o)

Alternativa D: Incorreta. Os bens públicos são relativamente inalienáveis, já que, uma vez cumpridos
os requisitos legais, os bens públicos poderão ser alienados. Os arts. 100 e 101 do Código Civil falam
que os bens públicos de uso comum do povo e de uso especial são inalienáveis. O artigo diz ainda
que os bens dominicais podem ser alienados, desde que observados os requisitos da lei. Portanto, o
primeiro requisito é a desafetação do bem público.
O art. 17 da Lei 8666/93 vai dizer que a alienação é subordinada a interesse público devidamente
justificado, avaliação e licitação. Quanto aos bens imóveis de órgãos da administração direta e
entidades autárquicas e fundacionais, dependerá de autorização legislativa. E para os bens imóveis
de todas as entidades, dependerá de licitação. Portanto, os requisitos são extraídos dos arts. 100,
101, CC e 17 da Lei 8666/93.
Portanto, a autorização legislativa será necessária apenas para os imóveis de órgãos da administração
direta e entidades autárquicas e fundacionais. De outra parte, a alienação será feita como regra na

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modalidade concorrência. Todavia, excepcionalmente, na hipótese do art. 19 da Lei 8666/93, poderá


ser adotada a modalidade concorrência ou leilão.
“Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos
judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente,
observadas as seguintes regras:
I - avaliação dos bens alienáveis;
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou
leilão. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)”

Alternativa E: Incorreta. As permissões ou autorizações de uso de bem público, como regra, possuem
natureza jurídica de ato administrativo unilateral, discricionário e precário. No entanto, uma vez que
seja estabelecido prazo, teremos as chamadas permissões ou autorizações qualificadas. Neste caso,
de acordo com a doutrina, haverá necessidade de licitação, dada a aproximação do instituto com a
concessão de uso, de natureza contratual.
Neste sentido:
“a permissão de uso, embora seja ato unilateral, portanto excluído da abrangência do art. 2º [da lei
8666/93], às vezes assume a forma contratual, com características iguais ou semelhantes à concessão
4 6
de uso; é o que ocorre na permissão qualificada, com prazo estabelecido. Neste caso, a licitação
4-

torna-se obrigatória” (Direito Administrativo. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Ed. Gen Forense. 30ª
58
12

Edição. Rio de Janeiro: 2017. Pag. 869)


6.

44. Acerca dos atos administrativos, é incorreto afirmar que:


20

(A) Consideram-se vinculados os atos administrativos quando todos os seus elementos estejam
6.

previstos na lei, não restando espaço para a liberdade de escolha do administrador. De outra parte,
02

consideram-se discricionários os atos onde haja certa margem de liberdade ao gestor;


(B) A prática de atos administrativos compete, como regra, ao poder executivo. Todavia, agentes do
poder legislativo e do poder judiciário também praticarão atos administrativos quando estiverem no
exercício da função administrativa, que lhes é atípica;
(C) São elementos do ato administrativo: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. O motivo
pode vir expresso em lei ou ser deixado a cargo do administrador. Em razão disso, considera-se o
motivo como um dos elementos do ato administrativo que poderá ser discricionário;
(D) O controle dos atos vinculados será sempre possível, bastando ao poder judiciário analisar, sob o
aspecto da legalidade, a presença e a validade dos elementos do ato administrativo. Quanto aos atos
discricionários, por sua vez, o controle judicial jamais será possível, sob pena de usurpação do mérito
administrativo e violação ao princípio da separação dos poderes;
(E) Dentre outras classificações, os atos administrativos podem ser complexos ou compostos. São
complexos os atos administrativos que resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, para a
formação de um ato único. Compostos são os atos nos quais há manifestação de dois ou mais órgãos,
sendo que o ato de um deles é instrumental em relação ao outro;

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RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Alternativa A: Correta, conforme tradicional entendimento doutrinário. A doutrina lembra que as
licenças são exemplos de atos vinculados, sendo certo que, uma vez preenchidos seus requisitos, há
direito subjetivo a obtenção da licença;

Alternativa B: Correta, valendo lembrar que os poderes legislativo e judiciário exercem a função
administrativa de forma atípica. No exercício desta função, tais poderes também praticarão atos
administrativos. Sobre o tema:
“A prática de atos administrativos cabe, em princípio e normalmente, aos órgãos executivos, mas as
autoridades judiciárias e as Mesas legislativas também os praticam restritamente, quando ordenam
seus próprios serviços, dispõem sobre seus servidores ou expede instruções sobre matéria de sua
competência privativa” (Hely Lopes Meirelles. Direito Administrativo Brasileiro. 41ª Edição.
Malheiros: 2015. Pag. 190/191)

Alternativa C: Correta, conforme entendimento da doutrina. O motivo poderá ser de fato ou de


direito. No motivo de fato, há margem de escolha ao administrador; no motivo de direito, a escolha
é efetivada na lei pelo legislador. Dessa forma, considera-se que o motivo de fato é discricionário, ao
4 6
passo que o motivo de direito é vinculado
4-

59
12

Alternativa D: Incorreta. Não está correta a assertiva no ponto em que se nega a possiblidade de
6.

controle dos atos discricionários. Em primeiro lugar, vale destacar que o poder judiciário poderá
sempre realizar o controle dos atos discricionários sob o viés da legalidade. Assim, acaso seja
20

vislumbrada alguma ilegalidade, nada impede que seja feita a anulação do ato.
6.

Questão mais complexa diz respeito ao controle do ato discricionário no que se refere ao mérito
02

administrativo. Deveras, no que se refere a tais atos, cabe ao poder judiciário um exercício de
autocontenção, de molde a respeitar as escolhas legítimas do administrador democraticamente
eleito. Todavia, isso não quer significar uma imunização de tais atos.
Sobre o tema:
“O controle judicial da discricionariedade administrativa evoluiu ao longo do tempo. Após o
abandono da noção de imunidade judicial da discricionariedade, várias teorias procuraram explicar
e legitimar o controle judicial da atuação estatal discricionária, com destaque para três teorias que
serão estudadas a seguir:
a) teoria do desvio de poder (détournement de pouvoir) ou desvio de finalidade;
b) teoria dos motivos determinantes; e
c) teoria dos princípios jurídicos (juridicidade)” (Rafael Oliveira. Curso de Direito Administrativo. Ed.
Gen)

Alternativa E: Correta. Neste sentido:


“ato completo é o que se forma pela conjugação de vontades de mais de um órgão administrativo. O
essencial, nesta categoria de atos, é o concurso de vontades de órgãos diferentes para a formação

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de um ato único. [...] o ato complexo só se aperfeiçoa com a integração da vontade final da
Administração, e a partir deste momento é que se torna atacável por via administrativa ou judicial.”
(...)
“ato composto é o que resulta da vontade única de um órgão, mas depende da verificação por parte
de outro, para se tornar exequível. [...] O ato composto distingue-se do ato completo porque este só
se forma com a conjugação de vontades de órgãos diversos, ao passo que aquele é formado pela
vontade única de um órgão, sendo apenas ratificado por outra autoridade” (Hely Lopes Meirelles.
Direito Administrativo Brasileiro. 41ª Edição. Malheiros: 2015. Pag. 190/191)

45. Sobre o controle da administração pública, não podemos afirmar que:


(A) Do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou
aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos
ou outros meios admissíveis de impugnação. Neste caso, trata-se a reclamação de instrumento de
controle judicial da administração pública;
(B) Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle
interno com a finalidade de julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público, e as contas daqueles que derem causa a perda,
4 6
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
4-

(C) O controle legislativo da administração pode ser exercido através do controle político ou do
60
12

controle financeiro. Exemplo de controle político pode ser divisado na competência do Poder
6.

Legislativo para convocar Ministros de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente


subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto
20

previamente determinado;
6.

(D) A fiscalização financeira da administração pública, exercida pelo Poder Legislativo com auxílio do
02

Tribunal de Contas, compreende, dentre outros atos fiscalizatórios, a competência para o registro
dos atos de admissão de pessoal ou de concessão de inicial de aposentadoria, reforma ou pensão;
(E) A fim de concretizar os direitos fundamentais previstos na Constituição, diante da irrazoável mora
legislativa, cabe ao poder judiciário realizar o controle de omissões legislativas, o que poderá ser feito
através de mandado de injunção ou de ação direta de inconstitucionalidade por omissão;

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
Alternativa A: Correta, conforme art. 7º, da Lei 11417/2006: “Art. 7o Da decisão judicial ou do ato
administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo
indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros
meios admissíveis de impugnação.”

Alternativa B: Incorreta, conforme art. 71, II c/c art. 74, da Constituição;

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Alternativa C: Correta, conforme art. 50 da Constituição. O controle parlamentar sobre a


administração pública pode ser vislumbrado ainda: no art. 49, V, CR, que autoriza a sustação de atos
normativos do poder executivo que exorbitem do poder de regulamentar ou dos limites da
delegação; na possibilidade de convocação de ministros de estado e outras autoridades para
prestarem informações às casas legislativas e suas comissões (art. 50, CR); possibilidade de as Mesas
requisitarem informações por escrito (art. 50, §2º, CR); a possibilidade de instauração de Comissão
Parlamentar de Inquérito – CPI (art. 58); processo de impeachment (art. 52, CR);

Alternativa D: Correta, na forma do art. 71, III, da Constituição:


“Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete:
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;”

Alternativa E: Correto. Conforme art. 5º, LXXI, e art. 103, §2º, ambos da Constituição:
4 6
“Art. 5º, LXXI: conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora
4-

torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
61
12

nacionalidade, à soberania e à cidadania;”


6.

(...)
“art. 103, § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
20

constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias
6.

e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.”


02

46. Sobre a ação de improbidade administrativa, assinale a alternativa incorreta:


(A) Tal como se verifica na seara penal, no momento do recebimento da petição inicial, deve o
magistrado pautar-se pelo princípio in dúbio pro societate, somente devendo ser indeferida a inicial
em caso de manifesta inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da
inadequação da via eleita;
(B) De acordo com o entendimento do Supremo, são imprescritíveis as ações de ressarcimento ao
erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa;
(C) Os agentes políticos, com exceção do presidente da República, encontram-se sujeitos a um duplo
regime sancionatório, e se submetem tanto à responsabilização civil pelos atos de improbidade
administrativa quanto à responsabilização político-administrativa por crimes de responsabilidade;
(D) No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, a pessoas jurídica de direito
público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o
pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo
do respectivo representante legal ou dirigente;

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(E) Tratando-se de medida de natureza cautelar, a medida de indisponibilidade de bens na ação de


improbidade demanda a demonstração concreta do fumus boni iuris e do periculum in mora, a fim
de que possa ser deferida;

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
Alternativa A: correta, conforme art. 17, §§7º a 9º da Lei 8429/92. Após a fase de defesa prévia, o
juiz receberá ou não a petição inicial. Neste momento, prevalece o princípio in dúbio pro societate.
Ou seja, em havendo meros indícios, o juiz deve receber a denúncia e deixar para a fase de instrução
a solução da questão.
Neste sentido, o Enunciado 5) da Jurisprudência em Teses 38 STJ: 5) A presença de indícios de
cometimento de atos ímprobos autoriza o recebimento fundamentado da petição inicial nos termos
do art. 17, §§ 7º, 8º e 9º, da Lei n. 8.429/92, devendo prevalecer, no juízo preliminar, o princípio do
in dubio pro societate.

Alternativa B: Correta, conforme entendimento adotado no. julgamento do Recurso Extraordinário


(RE) 852475, com repercussão geral reconhecida. Foi aprovada a seguinte tese proposta pelo
ministro Edson Fachin, para fins de repercussão geral: “São imprescritíveis as ações de ressarcimento
4 6
ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa”.
4-

62
12

Alternativa C: Correta, conforme entendimento adotado pelo Supremo na Pet. 3240. No julgamento,
6.

o Supremo afastou a tese no sentido de que agentes políticos responderiam apenas por crime de
responsabilidade (com exceção do presidente da República), fixando o entendimento quanto à
20

existência de um duplo regime sancionatório (improbidade + responsabilidade política).


6.
02

Alternativa D: Correta, conforme art. 17, §3º, da Lei 8.429/92 c/c § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de
29 de junho de 1965 (Lei de ação popular). De acordo com o referido dispositivo, “A pessoas jurídica
de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de
contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse
público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente.”
Os referidos dispositivos consagram a chamada legitimidade bifronte da pessoa jurídica interessada.
O art. 17, §3º da LIA determina a aplicação do art. 6º, §3º, da Lei da Ação Popular, que autoriza a
pessoa jurídica interessada a deixar de contestar aderir o polo ativo da ação de improbidade.
No entanto, veja que o ente público jamais será réu na ação de improbidade administrativa pura, já
que os legitimados passivos são os agentes públicos e os terceiros que tenham se beneficiado com o
ato. O ente público somente estará no polo passivo em caso de cumulação da demanda de
improbidade com algum outro pedido, como por exemplo, a anulação de um ato administrativo.
Portanto, salvo quando houver pedido de anulação de ato administrativo, essa intimação da Fazenda
Pública serve apenas como uma oportunidade para assumir o polo ativo da ação, ao lado do
Ministério Público. Isso porque, como o ente público não é réu, ele não teria que apresentar
contestação.

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Alternativa E: Incorreta. Apesar de haver controvérsia doutrinária, o STJ pacificou o entendimento


no sentido de que o periculum in mora neste caso é presumido. Assim, basta que se comprove
o fumus boni iuris, sendo o periculum in mora presumido. Alguns falam que aqui o periculum in mora
seria implícito. Assim, é desnecessária a prova do periculum in mora concreto, ou seja, de que os
réus estejam dilapidando seu patrimônio, ou na iminência de fazê-lo, exigindo-se apenas a
demonstração de fumus boni iuris, consistente em fundados indícios da prática de atos de
improbidade.
A medida cautelar de indisponibilidade de bens, prevista na LIA, consiste em uma tutela de evidência,
de forma que basta a comprovação da verossimilhança das alegações, pois, pela própria natureza do
bem protegido, o legislador dispensou o requisito do perigo da demora. Portanto, para o
entendimento que prevalece, pode ser decretada a indisponibilidade dos bens ainda que o acusado
não esteja se desfazendo de seus bens. A indisponibilidade dos bens visa, justamente, a evitar que
ocorra a dilapidação patrimonial. Não é razoável aguardar atos concretos direcionados à sua
diminuição ou dissipação. Exigir a comprovação de que tal fato esteja ocorrendo ou prestes a ocorrer
tornaria difícil a efetivação da medida cautelar e, muitas vezes, inócua (Min. Herman Benjamin).
Ademais, de acordo com o STJ, é possível a decretação da indisponibilidade inaudita altera pars, ou
seja, antes da manifestação da parte requerida. Neste sentido, o enunciado 11) da Jurisprudência em
4 6
Teses do STJ n. 38: 11) É possível o deferimento da medida acautelatória de indisponibilidade de bens
4-

em ação de improbidade administrativa nos autos da ação principal sem audiência da parte adversa
63
12

e, portanto, antes da notificação a que se refere o art. 17, § 7º, da Lei n. 8.429/92.
6.

47. Acerca da responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta:


20

(A) O caso fortuito e a força maior, por tratarem-se de eventos imprevisíveis ou previsíveis, mas de
6.

consequências incalculáveis, sempre excluirão a responsabilidade civil do Estado, por rompimento


02

do nexo de causalidade;
(B) A responsabilidade civil do Estado pode decorrer de atos lícitos, ilícitos, de comportamentos
comissivos ou omissivos do poder público. Para tanto, necessário que haja um dano causado a
terceiro por agente estatal, o elemento subjetivo da conduta e que esteja presente o nexo causal
entre a conduta e o dano;
(C) Em caso de suicídio de detento ocorrido no presídio, não haverá responsabilidade civil do Estado.
Isso porque, neste caso, incide a causa excludente da responsabilidade civil da culpa exclusiva da
vítima, de modo que o Estado não poderá ser responsabilizado;
(D) A responsabilidade civil do Estado será sempre objetiva, independentemente de derivar de
conduta comissiva ou omissiva de agentes estatais. Trata-se de imperativo de justiça, ante a
necessidade de repartição equitativa dos ônus sociais;
(E) De acordo com o Dec. 20910/32, prescrevem em cinco anos as dívidas passivas da Fazenda
Pública, contados da data do ato ou fato que as originou. Trata-se de normativa específica, restando
afastadas, neste ponto, as disposições do Código Civil;

RESPOSTA: E

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COMENTÁRIOS
Alternativa A: Incorreta. De acordo com a doutrina, o art. 37, §6º da Constituição encampa a teria do
risco administrativo. E a teoria do risco administrativo, ao contrário da teoria do risco integral, admite
as chamadas causas excludentes do nexo causal.
Com efeito, para que haja responsabilidade civil, é preciso que estejam presentes três elementos:
conduta, dano e nexo de causalidade. Ou seja, no âmbito de uma responsabilidade objetiva estatal,
a vítima, para conseguir a indenização por parte do estado, ela deve comprovar três coisas: a conduta
do estado, o dano e o nexo causal. Este nexo causal, por sua vez, é liame entre a conduta e o dano,
mostrar que aquela conduta do estado foi o causador daquele dano.
A teoria do risco administrativo admite a invocação das chamadas causas excludentes do nexo causal,
o que tem o condão de permitir que o estado rompa o nexo causal entre a conduta e o dano. Afastado
o nexo causal, o Estado não vai ser responder civilmente. A doutrina menciona normalmente três
grandes causas excludentes do nexo causal: culpa ou fato exclusivo da vítima; fato de terceiro ou
caso fortuito/força maior.
Todavia, temos que lembrar que, excepcionalmente, para fins de danos ambientais, adota-se a
teoria do risco integral, que não comporta a invocação de causas excludentes da ilicitude. Portanto,
não é correta a afirmação genérica no sentido de que o Estado jamais responderá se houver
fortuito ou força maior.
4 6
Além disso, conforme lembrado por Maria Sylvia, “mesmo ocorrendo motivo de força maior, a
4-

responsabilidade do estado poderá ocorrer se, aliada à força maior, ocorrer omissão do Poder Público
64
12

na realização de um serviço. [...] Porém, neste caso, entende-se que a responsabilidade ao é objetiva
6.

(...)” (Direito Administrativo. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. 30ª Edição. Ed. Gen Forense. Pag. 825)
20

Alternativa B: Incorreta. Tratando-se de responsabilidade objetiva, não há necessidade de


6.

demonstração do elemento subjetivo da conduta (dolo ou culpa).


02

Alternativa C: Incorreta. Ainda que haja culpa exclusiva da vítima, se o estado tiver uma parcela de
responsabilidade, ainda que pequena, vai responder. É o que acontece no caso de suicídio cometido
por preso dentro do presídio ou por doente internado em hospital público.
De acordo com o STJ e com o STF, vai haver responsabilidade civil do estado quando o suicídio ocorre
dentro do próprio estabelecimento estatal. Neste sentido foi o entendimento do Supremo no RE
841526. De acordo com a tese fixada pelo Supremo, “Em caso de inobservância de seu dever
específico de proteção previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o Estado é
responsável pela morte de detento”.
O Colegiado asseverou que a responsabilidade civil estatal, segundo a CF/1988, em seu art. 37, § 6º,
subsume-se à teoria do risco administrativo, tanto para as condutas estatais comissivas quanto paras
as omissivas. Assim, a omissão do Estado reclama nexo de causalidade em relação ao dano sofrido
pela vítima nas hipóteses em que o Poder Público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de
agir para impedir o resultado danoso. Além disso, é dever do Estado e direito subjetivo do preso a
execução da pena de forma humanizada, garantindo-se-lhe os direitos fundamentais, e o de ter
preservada a sua incolumidade física e moral.

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Por essa razão, nas situações em que não seja possível ao Estado agir para evitar a morte do detento,
rompe-se o nexo de causalidade. Afasta-se, assim, a responsabilidade do Poder Público, sob pena de
adotar-se a teoria do risco integral, ao arrepio do texto constitucional. A morte do detento pode
ocorrer por várias causas, como homicídio, suicídio, acidente ou morte natural, não sendo sempre
possível ao Estado evitá-la, por mais que adote as precauções exigíveis.
Portanto, a responsabilidade civil estatal fica excluída nas hipóteses em que o Poder Público
comprova causa impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade
da sua omissão com o resultado danoso. RE 841526/RS, rel. Min. Luiz Fux, 30.3.2016. (RE-841526).

Alternativa D: Incorreta, conforme o Enunciado 5) da Jurisprudência em teses Edição 61 do STJ: A


responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser comprovados a
negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade.
O Estado poderá vir a responder em razão de conduta omissiva, caso reste demonstrado o nexo de
causalidade entre o dano sofrido e a omissão estatal. Todavia, não é pacífica a natureza jurídica da
responsabilidade civil estatal por omissão. Parcela da doutrina sustenta que a responsabilidade civil
estatal decorrente de ato omissivo será subjetiva. Isso porque o art. 37, §6º, da Constituição – que
consagra a responsabilidade objetiva -, seria vocacionado apenas aos atos comissivos.
A ideia é que o Estado não pode ser convolado em um garantidor universal de todos os atos lesivos
4 6
decorrentes de suas eventuais omissões. É o que sustenta Celso Antônio Bandeira de Mello. Outra
4-

parcela nos dirá que também nas condutas omissivas a responsabilidade será objetiva, porquanto o
65
12

art. 37, §6º, da Constituição não faz qualquer diferenciação. É o entendimento de Hely Lopes
6.

Meirelles. Uma terceira corrente busca estabelecer uma distinção entre as omissões genéricas e as
omissões específicas.
20

Nesta linha, será subjetiva a responsabilidade civil decorrente de uma omissão genérica estatal,
6.

carecendo, neste caso, de demonstração de culpa. Será genérica a omissão, quando não houver para
02

o Estado um específico fim de agir em relação a determinadas pessoas ou situações. De outra parte,
será objetiva a responsabilidade em razão de uma omissão específica estatal. Vale ressaltar que
estaremos diante de uma omissão específica nas hipóteses em que o Estado já houver sido instado a
solucionar determinada questão, mas, ainda assim, quedar-se inerte. É o entendimento de Sergio
Cavalieri Filho.

Alternativa E: Correta. Neste sentido, o Enunciado 4) da Jurisprudência em Teses 61 do STJ: O prazo


prescricional das ações indenizatórias ajuizadas contra a Fazenda Pública é quinquenal (Decreto n.
20.910/1932), tendo como termo a quo a data do ato ou fato do qual originou a lesão ao patrimônio
material ou imaterial. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Tema 553).

48. Sobre a intervenção do Estado na propriedade, é incorreto afirmar que:


(A) As limitações administrativas são espécie de intervenção branda, geral e abstrata, instituídas
através de lei ou ato normativo, com o fim de condicionar o exercício do direito de propriedade ao
bem-estar social, sendo certo que, como regra, não ensejam pagamento de indenização;

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(B) O tombamento é modalidade de intervenção branda do Estado na propriedade privada, incidente


sobre bens móveis e imóveis, decretada com fundamento na proteção do patrimônio histórico,
cultural e artístico nacional;
(C) Tendo em vista o princípio da hierarquia verticalizada, consagrado no DL 3365/41, entes menores
não podem intervir na propriedade de entes maiores. Dessa forma, Estados e Município não podem
instituir qualquer sorte de intervenção em bens de propriedade da União;
(D) Se houver concordância, reduzida a termo, do expropriado, a decisão concessiva da imissão
provisória na posse implicará a aquisição da propriedade pelo expropriante com o consequente
registro da propriedade na matrícula do imóvel;
(E) No caso de imissão prévia na posse, na desapropriação por necessidade ou utilidade pública e
interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, havendo divergência entre o preço ofertado
em juízo e o valor do bem, fixado na sentença, expressos em termos reais, incidirão juros
compensatórios de 6% (seis por cento) ao ano, incidentes sobre a diferença entre o valor fixado na
sentença e 80% do preço oferecido pelo poder público, a contar da imissão na posse, vedado o cálculo
de juros compostos;

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
4 6
Alternativa A: Correta, conforme entendimento doutrinário. Quando temos restrição à propriedade
4-

instituída por ato abstrato ou genérico, portanto, teremos uma limitação administrativa. Um
66
12

exemplo de limitação administrativa é o gabarito dos prédios, os recuos das construções, os


6.

zoneamentos urbanos, as limitações de ordem ambiental. Os gabaritos são impostos como regra por
meio de lei municipal e incidem geral e abstratamente sobre todos os imóveis de determinada região.
20

A limitação administrativa se diferencia das demais intervenções brandas pelo fato de ela ser
6.

instituída por ato genérico e abstrato, incidindo indiscriminadamente sobre todos, ao passo que as
02

demais intervenções são instituídas por ato individualizado.

Alternativa B: Correta, conforme conceito de desapropriação. De acordo com a doutrina:


“O tombamento é sempre uma restrição parcial, não impedindo ao particular o exercício dos direitos
inerentes ao domínio; por isso mesmo, não dá, em regra, direito à indenização; para fazer jus a uma
compensação pecuniária, o proprietário deverá demonstrar que realmente sofreu algum prejuízo em
decorrência do tombamento.
(...)
O tombamento pode ser definido como o procedimento administrativo pelo qual o poder público
sujeita a restrições parciais os bens de qualquer natureza cuja conservação seja de interesse público,
por sua vinculação a fatos memoráveis da história ou por seu excepcional valor arqueológico ou
etnológico, bibliográfico ou artístico” (Direito Administrativo. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. 30ª
Edição. Ed. Gen Forense. Pag. 178/179)

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Alternativa C: incorreta. Conforme art. 2º, §2º, do DL 3365/41, entes menores não podem
desapropriar bens de entes maiores. No entanto, isso não quer significar que não possam instituir
outras intervenções na propriedade, como é o caso por exemplo do tombamento.
De acordo com o decidido pelo Supremo na ACO 1208, os bens da União não são excepcionados do
rol de bens que não podem ser tombados, tal como são excluídos do rol dos bens passíveis de serem
desapropriados pelos Estados e pelo Distrito Federal, motivo pelo qual se conclui que os bens da
União podem ser, em tese, tombados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.
O Supremo entendeu que os bens da União não foram imunizados do tombamento pelos demais
entes, tal como ocorre com a desapropriação, motivo pelo qual se conclui que os bens da União
podem ser, em tese, tombados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.
Conforme destacado pelo STF, o art. 2º, §2º, do DL 3365/41 é específico ao vedar a desapropriação
de entes maiores por entes menores, ao passo que o DL 25/37 nada diz sobre tal hierarquia
verticalizada na instituição de tombamentos. Ao contrário, o art. 5º, do DL 25/37 é expresso no
sentido de que O tombamento dos bens pertencentes à União, aos Estados e aos Municípios se fará
de ofício, sem estabelecer restrição.
Vê-se, portanto, que quando há intenção do legislador de que se observe a “hierarquia verticalizada”,
assim foi feito expressamente, ao referir-se como desapropriáveis os bens dos Municípios pelos
Estados e pela União, e os bens dos Estados e do Distrito Federal, apenas pela União.
4 6
4-

Alternativa D: Correta, conforme o novel art. 34-A do DL 3365/41:


67
12

“Art. 34-A. Se houver concordância, reduzida a termo, do expropriado, a decisão concessiva da


6.

imissão provisória na posse implicará a aquisição da propriedade pelo expropriante com o


consequente registro da propriedade na matrícula do imóvel.
20

§ 1º A concordância escrita do expropriado não implica renúncia ao seu direito de questionar o preço
6.

ofertado em juízo.
02

§ 2º Na hipótese deste artigo, o expropriado poderá levantar 100% (cem por cento) do depósito de
que trata o art. 33 deste Decreto-Lei.
§ 3º Do valor a ser levantado pelo expropriado devem ser deduzidos os valores dispostos nos §§ 1º
e 2º do art. 32 deste Decreto-Lei, bem como, a critério do juiz, aqueles tidos como necessários para
o custeio das despesas processuais.”

Alternativa E: Correta, conforme art. 15-A do DL 3365/41. Vale ressaltar que, no julgamento da ADI
2332, em 17/05/2018, o Supremo entendeu pela constitucionalidade do referido dispositivo. No
entanto, o Supremo declarou inconstitucional a partícula “até” contida no texto da lei. Portanto, o
dispositivo deve ser interpretado no sentido de que o percentual de juros compensatórios será de
6% ao ano.
O dispositivo ganha importância, mormente diante da virada jurisprudencial levada a efeito pelo
Supremo. Com efeito, em 2001, ao julgar a medida cautelar na ADI 2332, o STF havia suspendido a
eficácia do dispositivo, determinando a volta da aplicação dos juros compensatórios no percentual
de 12%, conforme determinava a Súmula 618 do STF.

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Com vistas a interpretar o entendimento do Supremo na ADI 2332 sobre os juros compensatórios, o
STJ editou à época a Súmula 408, fixando marcos temporais de incidência dos juros compensatórios.
De acordo com o enunciado, os juros compensatórios incidentes nas ações de desapropriação após
a de entrada em vigor da MP 1.577, em 11/06/1997, devem ser fixados em 6% ao ano até 13.09.2001
(data da decisão cautelar) e, a partir de então, em 12% ao ano, na forma da Súmula 618 (que
estabelecia a taxa de 12% ao ano).
No entanto, com a decisão final do Supremo na ADI 2332, foram superadas as Súmulas 408 do STJ e
618 do STF. Isso porque o Supremo entendeu constitucional o percentual de 6% ao ano.
Além disso, o STF decidiu interpretar conforme a Constituição o caput do art. 15-A do DL 3.365/41
de modo a entender que a base de cálculo dos juros compensatórios será a diferença eventualmente
apurada entre 80% do preço ofertado em juízo e o valor do bem fixado na sentença.
Digno de nota ainda que o Supremo declarou constitucionais os parágrafos 1º a 3º, do art. 15-A, do
DL 3365/41:
“Art. 15-A (...)
§ 1º Os juros compensatórios destinam-se, apenas, a compensar a perda de renda comprovadamente
sofrida pelo proprietário. (Incluído pela MP 2.183-56, de 2001)
§ 2º Não serão devidos juros compensatórios quando o imóvel possuir graus de utilização da terra e
de eficiência na exploração iguais a zero. (Incluído pela MP 2.183-56, de 2001)
4 6
§ 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se também às ações ordinárias de indenização por
4-

apossamento administrativo ou desapropriação indireta, bem assim às ações que visem a


68
12

indenização por restrições decorrentes de atos do Poder Público, em especial aqueles destinados à
6.

proteção ambiental, incidindo os juros sobre o valor fixado na sentença. (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)”
20

Decisão: O Tribunal julgou parcialmente procedente a ação direta para: i) por maioria, e nos termos
6.

do voto do Relator, reconhecer a constitucionalidade do percentual de juros compensatórios de 6%


02

(seis por cento) ao ano para remuneração do proprietário pela imissão provisória do ente público na
posse de seu bem, declarando a inconstitucionalidade do vocábulo “até”, e interpretar conforme a
Constituição o caput do art. 15-A do Decreto-Lei 3.365/41, de 21 de junho de 1941, introduzido pelo
artigo 1º da Medida Provisória nº 2.027-43, de 27 de setembro de 2000, e suas sucessivas reedições,
de maneira a incidir juros compensatórios sobre a diferença entre 80% (oitenta por cento) do preço
ofertado em juízo pelo ente público e o valor do bem fixado na sentença, vencido o Ministro Marco
Aurélio, que julgava procedente o pedido, no ponto, em maior extensão; ii) por maioria, vencidos os
Ministros Roberto Barroso (Relator), Luiz Fux e Celso de Melo, declarar a constitucionalidade do § 1º
e do § 2º do art. 15-A do Decreto-Lei 3.365/41; iii) por unanimidade, e nos termos do voto do Relator,
declarar a constitucionalidade do § 3º do artigo 15-A do Decreto-Lei 3.365/41; iv) por maioria, e nos
termos do voto do Relator, declarar a inconstitucionalidade do § 4º do art. 15-A do Decreto-Lei
3.365/41, vencido o Ministro Marco Aurélio; v) por unanimidade, e nos termos do voto do Relator,
declarar a constitucionalidade da estipulação de parâmetros mínimo e máximo para a concessão de
honorários advocatícios previstos no § 1º do artigo 27 o Decreto-Lei 3.365/41 e declarar a
inconstitucionalidade da expressão “não podendo os honorários ultrapassar R$ 151.000,00 (cento e
cinqüenta e um mil reais)”. Ausente, justificadamente, o Ministro Dias Toffoli, em face de

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participação, na qualidade de representante do Supremo Tribunal Federal, no VIII Fórum Jurídico


Internacional de São Petersburgo, a realizar-se na Rússia. Falaram: pelo requerente, o Dr. Oswaldo
Pinheiro Ribeiro Júnior; e, pelo Presidente da República, a Dra. Grace Maria Fernandes Mendonça,
Advogada-Geral da União. Presidiu o julgamento a Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 17.5.2018.
Sobre o tema: https://www.dizerodireito.com.br/2018/07/entenda-decisao-do-stf-sobre-os-
juros.html

49. Sobre licitações e contratos administrativos, assinale a alternativa incorreta:


(A) De acordo com o princípio da vinculação ao instrumento convocatório, dirigido à Administração
e aos licitantes, as normas e condições do edital não podem ser inobservadas, sob pena de nulidade;
(B) Nos casos de inexigibilidade da licitação, não há possibilidade de competição, razão por que a
licitação é inviável;
(C) É dispensável a licitação na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em
consequência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação
anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço,
devidamente corrigido;
(D) Quanto aos requisitos de habilitação nas licitações, a comprovação da regularidade fiscal e
trabalhista, no caso das microempresas e empresas de pequeno porte, somente será exigida para
4 6
efeito de assinatura do contrato;
4-

(E) O Sistema de Registro de Preços visa facilitar as contratações da administração, evitando que a
69
12

cada nova contratação seja necessária uma nova licitação. Uma vez que haja preços registrados
6.

validamente, fica a Administração obrigada a contratar as empresas registradas na ata, sob pena de
violação à eficiência e economicidade;
20
6.

RESPOSTA: E
02

COMENTÁRIOS
Alternativa A: Correta, conforme arts. 3º, 41, 43, II e 48, I, todos da Lei 8666/93.
Como bem observa Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “quando a administração estabelece, no edital ou
na carta-convite, as condições para participar da licitação e as cláusulas essenciais do futuro contrato,
os interessados apresentarão suas propostas com base nesses elementos; ora, se for aceita proposta
ou celebrado contrato com desrespeito às condições previamente estabelecidas, burlados estarão os
princípios da licitação, em especial o da igualdade entre os licitantes, pois aquele que se prendeu aos
termos do edital poderá ser prejudicado pela melhor proposta apresentada por outro licitante que
os desrespeitou” (Direito Administrativo. 30ª Ed. Pag. 425)

Alternativa B: Correta, conforme art. 25, da Lei 8666/93, valendo lembrar que o dispositivo é
meramente exemplificativo. Com efeito, “a diferença básica entre as duas hipóteses (dispensa e
inexigibilidade) está no fato de que, na dispensa, há possiblidade de competição que justifique a
licitação; de modo que a lei faculta a dispensa, que fica inserida na competência discricionária da
Administração. Nos casos de inexigibilidade, não há possibilidade de competição, porque só existe

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um objeto ou uma pessoa que atenda às necessidades da Administração; a licitação é, portanto,


inviável” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito Administrativo. 30ª Ed. Pag. 425)

Alternativa C: correta, conforme art. 24, XI, da Lei 8666/93.

Alternativa D: correta, conforme art. 42, da LC 123/06. Além disso, nos termos do art. 43, da LC 123:
“Art. 43. As microempresas e as empresas de pequeno porte, por ocasião da participação em
certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovação
de regularidade fiscal e trabalhista, mesmo que esta apresente alguma restrição. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016)

§ 1o Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal e trabalhista, será assegurado


o prazo de cinco dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for
declarado vencedor do certame, prorrogável por igual período, a critério da administração pública,
para regularização da documentação, para pagamento ou parcelamento do débito e para emissão
de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 155, de 2016)
§ 2o A não-regularização da documentação, no prazo previsto no § 1o deste artigo, implicará
4 6
decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei no 8.666,
4-

de 21 de junho de 1993, sendo facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na


70
12

ordem de classificação, para a assinatura do contrato, ou revogar a licitação.


6.

Alternativa E: Incorreta, conforme art. 15, §4º, da Lei 8.666/93: “§ 4o A existência de preços
20

registrados não obriga a Administração a firmar as contratações que deles poderão advir, ficando-
6.

lhe facultada a utilização de outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo
02

assegurado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de condições.”


Com efeito, “o objetivo do registro de preços é facilitar as contratações futuras, evitando que, a cada
vez, seja realizado novo procedimento de licitação. O fato de existir o registro de preços não obriga
a administração pública a utilizá-lo em todas as contratações; se preferir, poderá utilizar outros meios
previstos na lei de licitações, hipótese em que será assegurado ao beneficiário do registro preferencia
em igualdade de condições com outros possíveis interessados” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito
Administrativo. 30ª Ed. Pag. 482)

DIREITO CIVIL
50. Sobre tutela, assinale a alternativa correta:
(A) Podem escusar-se da tutela os maiores de setenta anos.
(B) O arrendamento de bens de raiz do tutelado depende de autorização do juiz.
(C) Quem institui um menor herdeiro, ou legatário seu, poderá nomear-lhe curador especial para os
bens deixados, desde que o beneficiário não se encontre sob o poder familiar.
(D) O direito de nomear tutor compete aos pais, separadamente.
(E) Os filhos menores são postos em tutela quando os pais forem julgados ausentes.

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RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
LETRA A: ERRADA – Art. 1.736, do Código Civil: Podem escusar-se da tutela: II - maiores de sessenta
anos.

LETRA B: ERRADA – O arrendamento pelo tutor independe de autorização do juiz, conforme artigo
1.747, V, do Código Civil.
LETRA C: ERRADA – Art. 1.733, § 2º, do Código Civil: Quem institui um menor herdeiro, ou legatário
seu, poderá nomear-lhe curador especial para os bens deixados, ainda que o beneficiário se
encontre sob o poder familiar, ou tutela.

LETRA D: ERRADA – Art. 1.729 do Código Civil: O direito de nomear tutor compete aos pais, em
conjunto.

LETRA E: CERTA – Art. 1.728, inciso II, do Código Civil.

51. Sobre o casamento, assinale a alternativa incorreta:


4 6
(A) Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da
4-

autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado
71
12

na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou,
6.

na colateral, até segundo grau.


(B) As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas por qualquer pessoa
20

capaz.
6.

(C) As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha
02

reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam
também consangüíneos ou afins.
(D) O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua
realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer
interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após
o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação
(E) O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes
especiais.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
LETRA A: CERTA – Art. 1.540 do Código Civil.
LETRA B: ERRADA – Art. 1.524 do Código Civil: As causas suspensivas da celebração do casamento
podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins,
e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins.
LETRA C: CERTA – Art. 1.524 do Código Civil.

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LETRA D: CERTA – Art. 1.516, § 1o, do Código Civil.


LETRA E: CERTA – Art. 1.542 do Código Civil.

52. Sobre os defeitos do negócio jurídico, assinale a alternativa correta:


(A) Configura-se a lesão quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua
família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
(B) O temor reverencial pode ser considerado coação, a depender do caso concreto.
(C) O negócio jurídico não pode ser anulado por dolo de terceiro, que responderá por todas as perdas
e danos da parte a quem ludibriou.
(D) Na lesão, aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em
que foi celebrado o negócio jurídico.
(E) O dolo não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de
vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
LETRA A: ERRADA – Art. 156 do Código Civil: Configura-se o estado de perigo quando alguém,
premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra
4 6
parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
4-

LETRA B: ERRADA – Art. 153 do Código Civil: Não se considera coação a ameaça do exercício normal
72
12

de um direito, nem o simples temor reverencial.


6.

LETRA C: ERRADA – Art. 148 do Código Civil: Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo
de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso
20

contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos
6.

da parte a quem ludibriou.


02

LETRA D: CERTA – Art. 157. § 1º do Código Civil: Aprecia-se a desproporção das prestações segundo
os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
LETRA E: ERRADA – Art. 144 do Código Civil: O erro não prejudica a validade do negócio jurídico
quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na
conformidade da vontade real do manifestante.

53. Assinale a alternativa incorreta:


(A) A união estável não se constituirá se ocorrerem causas suspensivas previstas no artigo 1.523 do
Código Civil.
(B) De acordo com o STJ, no regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na
constância do casamento, desde que comprovado o esforço comum para sua aquisição.
(C) O prêmio de loteria recebido por quem está em relacionamento regulado pelo regime da
separação obrigatória deve ser objeto de partilha com o ex-cônjuge.
(D) É obrigatório o regime da separação de bens no casamento da pessoa maior de setenta anos.
(E) Excluem-se da comunhão, no regime de comunhão parcial os proventos do trabalho pessoal de
cada cônjuge.

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RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
LETRA A: ERRADA – Art. 1.723, § 1o do Código Civil: A união estável não se constituirá se ocorrerem
os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada
se achar separada de fato ou judicialmente; § 2º: As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão
a caracterização da união estável.
LETRA B: CERTA – REsp 1623858/MG, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TRF 5ª REGIÃO), SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 23/05/2018, DJe 30/05/2018.
LETRA C: CERTA – REsp 1689152/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado
em 24/10/2017, DJe 22/11/2017
LETRA D: CERTA – Artigo 1.641, II, do Código Civil.
LETRA E: CERTA – Artigo 1.659, VI, do Código Civil.

54. Assinale a alternativa incorreta, de acordo com o entendimento do C. Superior Tribunal de Justiça:
(A) É imprescindível o consentimento de pessoa maior para o reconhecimento de filiação post
mortem.
(B) A ausência de nomeação de curador à lide e de interrogatório do interditando dão ensejo à
4 6
nulidade do processo de interdição.
4-

(C) Ainda que o devedor de alimentos tenha pago quase toda a dívida, não é possível a aplicação da
73
12

teoria do adimplemento substancial e a sua liberação.


6.

(D) Não é possível cumular a indenização do dano moral com a reparação econômica da Lei n.
10.559/2002.
20

(E) Os efeitos da sentença que reduz, majora ou exonera o alimentante do pagamento retroagem à
6.

data da citação, vedadas a compensação e a repetibilidade.


02

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
LETRA A: CERTA – STJ. 3ª Turma. REsp 1688470-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 10/04/2018
(Info 623).
LETRA B: CERTA – REsp 1686161/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
12/09/2017, DJe 15/09/2017.
LETRA C: CERTA – HC 439.973/MG, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Rel. p/ Acórdão Ministro
ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 16/08/2018, DJe 04/09/2018.
LETRA D: ERRADA – Súmula n° 624 do STJ: É possível cumular a indenização do dano moral com a
reparação econômica da Lei n. 10.559/2002 (Lei da Anistia Política).
LETRA E: CERTA – Súmula n° 621 do STJ.

55. Assinale a alternativa correta:


(A) A capacidade de exercício é a capacidade de ter direitos subjetivos e contrais obrigações.
(B) O Código Civil não protege o natimorto.

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(C) Toda pessoa possui capacidade de fato.


(D) Os pródigos, que pela redação anterior do Código Civil eram considerados relativamente
incapazes, não possuem restrições à capacidade civil, de acordo com a atual redação do Código.
(E) A emancipação voluntaria decorre de ato unilateral dos pais de menor relativamente incapaz e
independe de homologação judicial.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
LETRA A: ERRADA – A capacidade de direito (ou de gozo, aquisição) é a capacidade de ter direitos
subjetivos e contrais obrigações. A capacidade de exercício (ou de fato), por sua vez, está relacionada
ao poder de praticar pessoalmente os atos da vida civil, sem necessidade de representação ou
assistência.
LETRA B: ERRADA - O Código Civil protege também o natimorto, no que concerne aos direitos da
personalidade, tais como nome, imagem e sepultura.
LETRA C: ERRADA – Toda pessoa possui capacidade de direito.
LETRA D: ERRADA – A redação atual do Código Civil estabelece que os pródigos são relativamente
incapazes, conforme artigo 4°, inciso II do Código Civil.
LETRA E: CERTA.
4 6
4-

56. Assinale a alternativa incorreta:


74
12

(A) A pena de sonegados só se pode requerer e impor em ação movida pelos herdeiros ou pelos
6.

credores da herança
(B) Aos cônjuges é permitido incluir ao seu nome o sobrenome do outro, desde que o requerimento
20

seja feito até a data da celebração do casamento.


6.

(C) O herdeiro pode sempre requerer a partilha, ainda que o testador o proíba, cabendo igual
02

faculdade aos seus cessionários e credores.


(D) Os sobrinhos podem requerem que cessem as ofensas ao tio falecido, quando forem os únicos
herdeiros.
(E) De acordo com o Código Civil em vigor, o valor de colação dos bens doados será aquele, certo ou
estimativo, que lhes atribuir o ato de liberalidade.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
LETRA A: CERTA – Art.1.994 do Código Civil.
LETRA B: ERRADA – Aos cônjuges é permitido incluir ao seu nome o sobrenome do outro, ainda que
após a data da celebração do casamento, porém deverá ser por meio de ação judicial. REsp 910.094,
Rei. Raul Araujo, j. 4.9.12, 4a Turma (Info 503).
LETRA C: CERTA – Artigo 2.013 do Código Civil.
LETRA D: CERTA – Art. 12 do Código Civil: Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Parágrafo

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único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o
cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
LETRA E: CERTA – Art. 2.004 do Código Civil.

57. Sobre as obrigações, assinale a alternativa correta:


(A) O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se
do que pagar, mas não se sub-roga nos direitos do credor.
(B) Nas obrigações de dar coisa certa e incerta, antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda
ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
(C) A obrigação de dar coisa certa não abrange os acessórios não mencionados.
(D) Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao credor, se outra coisa não se estipulou.
(E) Convertendo-se a prestação em perdas e danos, não subsiste a solidariedade.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
LETRA A: CERTA - Artigo 305 do Código Civil.
LETRA B: ERRADA – Na obrigação de dar coisa INCERTA é que, antes da escolha, não poderá o devedor
alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito (Art. 246 do Código
4 6
Civil).
4-

LETRA C: ERRADA – Art. 233 do Código Civil: A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios
75
12

dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso
6.

LETRA D: ERRADA – Art. 252 do Código Civil: Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor,
se outra coisa não se estipulou
20

LETRA E: ERRADA – Art. 271 do Código Civil: Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste,
6.

para todos os efeitos, a solidariedade


02

58. Assinale a alternativa correta:


(A) Extingue-se a servidão, ficando ao dono do prédio serviente a faculdade de fazê-la cancelar, pelo
não uso, durante dez anos contínuos.
(B) Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a
outro, há o fenômeno chamado de “aluvião”.
(C) Na venda a non domino, a tradição aliena a propriedade se o alienante adquirir depois a
propriedade, ainda que o adquirente esteja de má-fé.
(D) A avulsão ocorre quando são formados acréscimos, sucessiva e imperceptivelmente, por
depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas.
(E) O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode,
independentemente do pagamento de indenização, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo
rumo será judicialmente fixado, se necessário.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS

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LETRA A: CERTA – Artigo 1.389, inciso II, do Código Civil.

LETRA B: ERRADA – A aluvião ocorre quando são formados acréscimos, sucessiva e


imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo
desvio das águas destas (artigo 1.250 do Código Civil). A avulsão, por outro lado, se dá quando, por
força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro (artigo 1.251
do Código Civil).

LETRA C: ERRADA – Art. 1.268 do Código Civil: Feita por quem não seja proprietário, a tradição não
aliena a propriedade, exceto se a coisa, oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento comercial,
for transferida em circunstâncias tais que, ao adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa, o
alienante se afigurar dono. § 1o Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir depois a
propriedade, considera-se realizada a transferência desde o momento em que ocorreu a tradição.

LETRA D: ERRADA – A aluvião ocorre quando são formados acréscimos, sucessiva e


imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo
desvio das águas destas (artigo 1.250 do Código Civil). A avulsão, por outro lado, se dá quando, por
força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro (artigo 1.251
4 6
do Código Civil).
4-

76
12

LETRA E: ERRADA – Art. 1.285 do Código Civil: O dono do prédio que não tiver acesso a via pública,
6.

nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe
dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
20
6.

59. Carla é mãe de Joaquina, que possui 16 anos, mas perdeu o poder familiar por ser viciada em
02

substâncias tóxicas e ter negligenciado suas obrigações familiares. Com o objetivo de se recuperar
do vício, Carla se internou em uma clínica para tratamento. Após obter melhora, elaborou
testamento, indicando José como tutor para a filha, em caso de seu falecimento. Carla faleceu alguns
meses depois. Nesse caso, assinal