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RESUMO
Introdução
Apresentando como objetivo especí cos as evidências bíblicas, históricas e teológicas que
favorecem ao pré-milenismo histórico. Escolhendo o tema devido ser um tema muito
relevante para igreja cristã e que desperta muito interesse e curiosidade dos mesmos, que
é o tema a respeito das últimas coisas que devem acontecer com o mundo e os seres
humanos.
O tema a respeito das últimas coisas, é atualmente um tema muito polêmico dentro do
cristianismo quando se trata a respeito do milênio, tanto é que o teólogo Americano
Millard Erickson escreveu um livro com o seguinte título: “Escatologia a polêmica em torno
do milênio”. É muito importante sabermos que quanto a verdade revelada nas escrituras
que Jesus irá voltar, não existe discordância entre os teólogos dessas linhas escatológicas
quanto a isso, uma vez que, as escrituras são bem enfáticas a respeito dessa verdade
absoluta, e todos os teólogos por isso assim creem, entretanto, a discordância entre eles é
se Jesus voltará antes ou depois do milênio descrito em Apocalipse 20 e se o cristão irá
passar ou não pela grande tribulação que é relatado em Mt:24, Mc:13 e Lc:21.
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23/03/2020 Escatologia (Fim do mundo): Em defesa do pré-milenismo histórico.
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Quando Erickson a rma “os acontecimentos do livro” o livro que está relatando é
apocalipse, mas também se aplica a Mt:24, Lc:13 e Lc:21. Dessa maneira, compreendemos
que essa diversidade de convicções a respeito das últimas coisas que existem entre o pré-
milenismo, amilenismo e pós-milenismo, é devido essas linhas escatológicas seguir em
determinada interpretação de um texto bíblico a interpretação idealista e em outro texto a
futurista, um exemplo disso, é a respeito do amilenismo, que em Mt:24, interpretam essa
passagem de forma futurista, já em apocalipse 20, interpretam essa passagem de maneira
idealista ou simbólica, enquanto o pré-milenismo, interpreta as duas passagens como
futurista e literal.
É importantíssimo sabermos que cada uma dessas linhas escatológicas como o pré-
milenismo, amilenismo e pós-milenismo, vieram se desenvolvendo através dos séculos na
história do cristianismo, tendo surgido primeiramente nos primeiros três séculos da igreja
cristã o que chamamos hoje de pré-milenismo histórico, defendido pelos Pais da Igreja
que viveram entre os séculos II a IV d,C, já no século IV d.C, começou a se desenvolver
com Agostinho de Hipona uma interpretação não literal do milênio, que seria o que
chamamos hoje de amilenismo, dessa forma, o amilenismo foi forte até o período da
reforma protestante no século XVI d.C. Logo após veio o pós-milenismo, no período de
avivamento do século XVIII, posição essa defendida pelo avivalista Jonathan Edwards, logo
após, no século XIX d.C surgiu o pré-milenismo dispensacionalista com o pregador anglo-
irlandês chamado John Nelson Darby, sendo propagado sua interpretação escatológica
pela Bíblia de Estudo Sco eld.
"O chamado pré-milenismo histórico foi a posição dominante dos pais da igreja na
teologia, entre os séculos II e IV. Entre esses pais da igreja, podemos mencionar Justino de
Roma, Ireneu de Lion, Tertuliano e Cipriano".
É relevante sabermos que os pais da igreja que viveram entre os séculos II e V d.C, foram
dizendo de uma forma anacrônica, “grandes teólogos” do passado, intelectuais cristãos
dos primeiros séculos do cristianismo, que deram continuidade aos ensinos dos apóstolos
e alguns deles que chegaram a viver entre o século I e II d.C, tiveram contato com os
discípulos de Jesus Quanto a isso Ferreira (2007 p 1101) diz:
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23/03/2020 Escatologia (Fim do mundo): Em defesa do pré-milenismo histórico.
discípulos de Jesus. Quanto a isso, Ferreira (2007,p.1101) diz:
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"Papias, que, segundo a tradição, foi discípulo do apóstolo João, cria na idéia de um reino
literal de mil anos na Terra, depois da segunda vinda de Cristo. Essa é a noção que de ne
o pré-milenismo".
Tratemos agora, mas de uma maneira mais profunda, duas evidências principais do pré-
milenismo histórico. A primeira evidência vem de apocalipse 20, que retrata explicitamente
duas ressureições, assim podemos ver claramente conforme é citado no versículo: 4 e 5
deste capítulo, uma vez que, no versículo 4 diz que “ vi as almas dos decapitados por
causa do testemunho de Jesus” ou seja, eles foram mortos e depois é dito “ e viveram e
reinaram com Cristo durante mil anos” implicando que ressuscitaram, sendo essa a
primeira ressureição, que é a ressurreição dos salvos, o versículo 5 retrata a segunda
ressureição que é a ressureição dos ímpios, diz o texto: “ Os restantes dos mortos não
reviveram até se completarem mil anos” assim podemos ver claramente que o verbo:
viveram, verbo grego: ζαω, implica claramente duas ressureições já que tudo o que está
sendo retratado nesse capítulo é na terra, pois o versículo 1 nos diz: Vi descer do céu um
anjo.
Quanto a isso, até alguns teólogos amilenistas a rmam que esse texto retrata duas
ressureições, a diferença está que enquanto para os pré-milenistas são duas ressureições
literais, para os amilenistas a primeira ressureição é espiritual e a segunda literal. A respeito
disso o teólogo americano Miillard Erickson em seu livro introdução a teologia sistemática,
Erickson (1997, p. 513) declara:
cumpra.” E Pedro corroborou com Jesus, quando Pedro disse em Atos:3:21: “É necessário
que ele permaneça no céu até que chegue o tempo em que Deus restaurará todas as
coisas, como falou há muito tempo, por meio dos seus santos profetas.”
Muitos são as passagens bíblicas que relatam profecias que ainda não se cumpriram e
que relatam a respeito de um reino de paz literal e terreno, sendo elas: Is: 65:20, Is:11:6-9,
Is: 2:1-5, Sl:72:8-14, Zc:14:5-17, Dn:7:13-14. Quanto a esses textos o teólogo Americano Wayne
Grudem em seu livro: Teologia Sistemática, Grudem (1999, p. 962) diz:
Algumas passagens no Antigo Testamento não parecem caber nem na presente era
nem no estado eterno. Essas passagens indicam algum estágio futuro na história da
redenção, muito mais grandioso que a presente era da igreja, mas que ainda não
parece remover de sobre a terra todo o pecado, rebelião e morte.
Dessa forma, conseguimos entender de uma maneira correta o que essas passagens do
Antigo Testamento queriam dizer a respeito de Israel, sendo passagens que se unem com
a descrita em Apocalipse 20, a rmando um reino terreno de paz na terra futuramente, e
apocalipse 20 dando detalhes que esse reino seria com Cristo reinando sobre a terra. Pois,
devemos interpretar as Sagradas Escrituras como um “todo”, interpretando o Antigo
Testamento “a luz” do Novo Testamento, e o Novo Testamento “a luz” do Antigo
Testamento, entendendo a revelação progressiva de Deus através da Bíblia.
REFERÊNCIAS:
ERICKSON, Millard. Escatologia a polêmica em torno do milênio. São Paulo: Vida Nova,
2010.
ERICKSON, Millard. Introdução a Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1997.
FERREIRA, Franklin e Allan Myatt. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 2007.
GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias
De Deus, 2010.
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23/03/2020 Escatologia (Fim do mundo): Em defesa do pré-milenismo histórico.
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