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Apostila de inglês

Estudo 1- Introdução aos conceitos básicos


§1 Antes de iniciarmos o estudo do inglês, é necessário fazer uma revisão dos conceitos
básicos de gramática para que não haja confusão quando forem aprendidos verbos, pronomes,
conjugações, plural etc.

Primeiramente, iniciaremos com uma introdução às classes gramaticais.

§2 Sabemos que todo idioma é constituído de palavras, que se juntam em frases, que por
sua vez formam orações, textos, livros e assim por diante. No entanto, também sabemos que as
palavras não são do mesmo tipo. Por exemplo, a palavra “casa” não é do mesmo tipo que a palavra
“mas”, que também difere tipologicamente da palavra “ontem”. O que difere nesses três exemplos
não é apenas o significado, mas seus tipos: “casa” descreve o nome dado a certo tipo de habitação;
“mas” é o tipo de palavra usada para unir duas orações com significados opostos; e “ontem”
refere-se a um período de tempo. Repetindo: são palavras diferentes, não só no seu significado,
mas também no seu tipo, na forma como são usadas.

A gramática separa as palavras em classes, as organiza conforme suas características


comuns. Por isso, TODAS as palavras de uma língua são agrupadas em um desses grupos. São
dez as classes gramaticais nas quais são organizadas todas as palavras. Vejamos cada uma delas:

A. SUBSTANTIVO: é o nome da coisa, objeto ou pessoa; é a palavra que designa o ente.


É aquilo que existe por si. Exemplos: casa, pedra, computador, livro, Brasília etc. Essa
classe é subdividida também:
a. SUBSTANTIVO CONCRETO: são aqueles que existem fisicamente, aqueles
que existem sem depender de outro; os substantivos concretos também são
divididos:
i. SUBSTANTIVO CONCRETO COMUM: aquele que designa seres com
características comuns, por exemplo: mar, planta, escola etc.
ii. SUBSTANTIVO CONCRETO PRÓPRIO: aquele que designa um ser
particular, único, mesmo que compartilhe características comuns com
outros, como por exemplo: Pedro, Atenas, São Paulo etc.
b. SUBSTANTIVO ABSTRATO: são aqueles cuja existência depende de outros,
mas que os designamos como se existissem por si. Por exemplo: “amor”, é um
sentimento que não existe sem seres que amam, mas nós falamos dele como se
existisse sozinho; “beleza” só existe em seres que são belos, mas nós falamos
como se existisse beleza separada dos seres que a contém.
B. ADJETIVO: é a palavra que modifica o substantivo, acrescentando características,
limitando, determinando etc. Exemplo: se eu disser “roupa”, compreendo do que se
trata, estou dando um nome a algo; mas se eu disse “roupa bonita”, não só tenho a
noção dada pelo nome “roupa”, mas também acrescento uma característica que afetará
o contexto da fala ou escrita.
C. PRONOME: é a palavra que substitui um nome. Se eu digo: “Fui à escola e a escola
estava fechada, porque fecharam a escola mais cedo...” e segue-se um texto em que a
palavra escola é repetida 20 vezes. Essa repetição torna-se perturbadora, então, para
que não ocorra, usam-se pronomes: “Fui à escola e ela estava fechada, porque
fecharam-na mais cedo...”. Torna-se, assim, mais agradável a leitura e mais coerente
segundo as normas da gramática.
D. ARTIGO: é a palavra cujo fim é individualizar o ente, o substantivo. Se digo: “a casa”,
sei que é uma, e que é uma palavra feminina. Se digo “os homens”, sei que se trata de
vários e que são do sexo masculino. Se digo “o professor”, sei que se trata de um, do
sexo masculino, e que já era conhecido do meu ouvinte ou leitor.
E. NUMERAL: coloca a ideia de número nas frases. “Uma laranja”, “dez milhões de
reais” etc.
F. PREPOSIÇÃO: é a palavra que tem por finalidade unir as palavras. Se disser “eu fui o
Júlio”, a frase torna-se incompreensível. O que falta para a compreensão exata? Uma
preposição, que poderia ser “eu fui com o Júlio”, “eu fui sem o Júlio”, “eu fui no Júlio”
e assim por diante.
G. CONJUNÇÃO: também é a classe que faz a união, mas não de palavras, como a
preposição, mas sim, une orações: “eu fui no Julio e depois no João”.
H. ADVÉRBIO: é a palavra que modifica, não o substantivo, como os adjetivos, mas
modifica, ou um verbo, ou um adjetivo ou outro advérbio. Exemplo: “Pessoa muito
forte”: a palavra “muito” é um advérbio porque está modificando a o adjetivo “forte”,
logo, “forte” modifica “homem” e “muito” modifica “forte”.
I. INTERJEIÇÃO: é a classe mais simples, que indica expressões súbitas e repentinas,
como “ai!”, “nossa!’ etc.
J. VERBO: é a classe de palavras mais complexa, mas que basicamente indica ação ou
estado. Exemplos: correr, andar, ser, agir, ferir, chover etc.

Observação: Todas essas classes apresentam várias ramificações, mas o estudo aprofundado não é
necessário agora no estudo inicial de inglês. Esse resumo foi feito para que se tenha noção das
bases da gramática de qualquer idioma. Conhecer bem essas classes ajuda a, quando se deparar
com uma palavra desconhecida, saber onde procurá-la, se entre os verbos, entre os substantivos
entre os pronomes etc.

§2 No inglês, enquanto acrescentamos ao nosso vocabulário mais palavras, temos que ter em
mente a tradução. O objetivo do estudo de toda língua é fazer com que o estudante aprenda a “pensar”
naquele idioma, ou seja, se lhe aparece a palavra “house”, na sua mente apareça logo uma “casa”, sem
precisar traduzir primeiro. Esse objetivo é conseguido com o tempo, através da leitura e memorização. De
início é preciso aprender aos poucos as novas palavras, mas focar principalmente na formação das
estruturas, como se conjugam os verbos, como se faz o plural, quando se usam os artigos etc. Depois de
aprender isso, acrescentam-se novas palavras. É como uma casa: constrói-se toda a estrutura e depois se
coloca os móveis. Sem estrutura não há onde por os móveis; sem móveis, a casa fica sem objetivo.

§3 Uma das coisas mais importantes de se estudar inicialmente num idioma é seus verbos
principais, porque, como vimos, os verbos representam ação ou estado, e tudo o que falamos é ação gira
em torno de ação ou estado.

“O menino saiu de casa” “Choveu a noite toda”


“Vamos à escola” “Ficamos esperando até agora”
“Vá andando” “Quem quebrou o copo?”
“Que horas ela chega?” “Desligue o computador!”
Todas as palavras acima, destacadas em negrito são verbos. São diferentes entre si, tanto no
significado quanto no tipo. Há dois verbos em português que usamos sempre, em todos os momentos, e,
portanto são extremamente necessários de serem aprendidos primeiro: os verbos “ser” e “estar”. Eles são
verbos irregulares, ou seja, sua conjugação é diferente em cada pessoa. Veja abaixo de maneira mais
clara:

Pronomes Ex. de verbo regular: FALAR Verbo Ser Verbo estar


Eu FAL-O SOU ESTOU
Tu FAL-AS ÉS ESTÁS
Ele FAL-A É ESTÁ
Nós FAL-AMOS SOMOS ESTAMOS
Vós FAL-AIS SOIS ESTAIS
Eles FAL-AM SÃO ESTÃO

Repare que o verbo “falar” mantém uma estrutura, que chamamos de radical: “FAL”, e o que
muda são as desinências: “o”, “as”, “a” etc. Mas nos verbos “ser” e “estar” muda praticamente tudo. O
mesmo verbo muda de acordo com o uso, com a quantidade de pessoas, com o tempo, o modo etc.

Por isso, precisamos deixar claros alguns conceitos bem específicos, para que, ao passar para o
inglês, não persista dúvida ou confusão:

1) Verbo no infinitivo: é o verbo na sua forma natural. Se procurarmos no dicionário a palavra


“comendo” acharemos? Não. Por quê? Porque o verbo está conjugado, e seria impensável
colocar num dicionário todas as formas possíveis de um verbo. Logo, como deveremos
procurar no dicionário? Devemos procurar “comer”, ou seja, com o verbo no infinitivo. Outros
exemplos de verbos no infinitivo: dançar, correr, morrer, dormir, almoçar etc.
2) Verbo conjugado: é o verbo que corresponde a um tempo, modo, voz etc., específicos:
“coma!”= verbo comer no imperativo; “come”= verbo na 3° pessoa do singular do presente do
indicativo ativo etc.

Qual é, então, o verbo ser e o verbo estar em inglês? É o verbo To be.

Então o que é verbo to be? É o verbo ser ou estar em português.

Observação: repare no “to” antes do “be”. Para quê serve essa particular “to”? Para indicar que o verbo
está no infinito. Em português, para colocar um verbo no infinitivo, basta mudar a terminação: todos os
verbos em português terminam, no infinitivo, em “ar” (andar, passear), “er” (correr, morrer) ou “ir” (rir,
sentir), seguindo um padrão, seja de regular ou de irregular. Então, toda vez que achar um verbo em
inglês com a partícula “to” antes, sei que ele está no infinito: I study (eu estudo); to study (estudar).

§4 Vejamos agora a conjugação do verbo “to be” (ser ou estar):

Pronomes pessoais Verb to be Tradução


I Am Eu sou
You are Tu és
He, She, It is Ele, ela, ele/ela é
We are Nós somos
You Are Vós sois
They Are Eles são
Já podemos perceber o porquê o inglês é considerado mais fácil que português: no verbo ser/estar
português, para cada pronome existe uma forma; no inglês, para os seis pronomes temos apenas três
formas. Além disso, para as noções de “ser” e “estar”, temos dois verbos; em inglês, tanto “ser” como
“estar” são expressos por um único verbo. Comparando:

Verb to be Verbo ser/estar


I am Eu sou Eu estou
You are Tu és Tu estás
He, She, It is Ele é Ele está
We are Nós somos Nós estamos
You are Vós sois Vós estais
They are Eles são Eles estão

Observações: O pronome “I” (eu) sempre é escrito em maiúscula; o “it” corresponde a “ele” ou
“ela”, mas só é usado para objetos, animais etc. (seres não humanos). “You” significa tanto “tu” (mais
comumente “você”) como “vós” (ou “vocês”); só com o contexto será possível dizer se se refere a “tu” ou
a “vós”.

Resumindo:

1) Ao se deparar com uma nova palavra, procure conhecer a que classe ela pertence;
2) Sob o verbo ser/estar (to be) se constrói praticamente todo raciocínio, portanto cabe aprendê-lo
primeiro, e muito bem.

Anotações:
Questionário
1) Dê 5 exemplos de substantivos.

Resposta:

2) A cada um dos substantivos mencionados por você no exercício acima, acrescente um


adjetivo.

Resposta:

3) Cite 10 pronomes, sem mencionar a que classe pertencem.

Resposta:

4) Construa um pequeno texto contendo: 2 artigos diferentes; 1 numeral de qualquer espécie; 3


preposições; duas conjunções; 1 advérbio; 1 interjeição; 3 verbos. Sublinhe cada uma dessas
palavras quando mencioná-las.

Resposta:

5) Cite um verbo no infinitivo e depois mencione três formas dele mesmo conjugadas (sem
mencionar o tempo, modo etc. Só escreva a conjugação).

Resposta:
Exercícios

1) Complete a tabela a seguir com os pronomes e as formas conjugadas do verbo to be e depois a


tradução

Pronomes
Verb to be Translation
(em inglês)

2) Traduza para o inglês as frases a seguir, considerando o vocabulário e a conjugação do verbo to


be:

Casa: house Cachorro: dog Feliz: happy


Na: in the Aquela: that Feia: ugly
Meu: my Esperto: smart Copo: cup
Aqui: here Verde: green Juntos: toghether
Perdidos: lost Sempre: always Com fome: hungry

a) Eu sou feliz: _________________________________________________________________

b) Ele está na escola: ____________________________________________________________

c) Aquela casa é feia: ____________________________________________________________

d) Meu cachorro é esperto: ________________________________________________________

e) Eu estou sempre aqui: _________________________________________________________

f) O copo é verde: ______________________________________________________________

g) Eles estão juntos: _____________________________________________________________

h) Nós estamos perdidos: _________________________________________________________

i) Você está com fome: __________________________________________________________

Observação: embora no momento não seja preciso, pode-se consultar um dicionário ou o Google Tradutor
como dicionário, ou seja, ao invés de tentar traduzir a frase inteira, coloque apenas as palavras
desconhecidas.

Pedro Machado
pedro.junior952@gmail.com

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