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NOTA AO LIVRO
Este livro contém 495 questões comentadas de concursos públicos das carreiras policiais.
informações desnecessárias. Porém, dependendo do caso, as explicações vão muito além de uma
resposta direta. Tudo em prol do aprendizado e da absorção do conteúdo.
irrelevante para as suas provas (conhecimento é importante e não pode ser menosprezado, mas
precisamos filtrar em determinadas situações); b) além do conteúdo irrelevante, o concurseiro
perde seu tempo precioso estudando 100 páginas de um material no qual somente 60 delas dizem
respeito ao que ele realmente precisa saber.
Além disso, diversos trechos dos comentários foram destacados em negrito ou sublinhado
para dar maior ênfase nas partes mais importantes.
Isso é tudo que precisam saber sobre o livro. Em caso de dúvidas sobre os comentários,
entre em contato com o autor.
Olá. Meu nome é Igor Susano. Sou Professor Comentarista no Rota dos Concursos,
Advogado e tenho Pós-graduação em Direito Constitucional, disciplina que é a minha maior
Assim como você, também sou concurseiro. Almejo um cargo na magistratura do trabalho,
algo que exige bastante tempo e dedicação, da mesma maneira que qualquer concurso público. E
é justamente por ser concurseiro que eu entendo a situação da maioria esmagadora dos
candidatos: escassez de tempo, pouca ou nenhuma vida social, situação financeira não muito
um material de ótima qualidade a um preço justíssimo! Entretanto, assim como os demais livros
que eu escrevi de 2018 para cá, elaborar este livro também não foi nada fácil. Foram mais de 02
meses de dedicação, trabalhando dia e noite, incluindo fins de semana, tudo para criar um livro
que possa realmente ajudá-lo no caminho da sua aprovação.
Peço que você, concurseiro, incentive os seus amigos a comprarem uma cópia deste livro,
ao invés de simplesmente repassá-lo. O preço é mais do que justo e, acima de tudo, você estará
me incentivando a criar outros projetos que podem te beneficiar no futuro. No primeiro livro que
escrevi (Direito Constitucional em Exercícios), havia dito que vocês poderiam me incentivar a criar
um livro com questões comentadas da FCC e, também, de questões comentadas das carreiras
policiais.
Pois bem. As questões comentadas das carreiras policiais estão aqui! Vocês gostaram tanto
dos livros anteriores que finalmente chegamos ao tão esperado Manual Policial.
SUMÁRIO
O interesse público pode ser dividido em interesse público primário e interesse público secundário.
Interesse público primário diz respeito à satisfação da coletividade. Ex.: quando o Estado pratica atos
voltados para a saúde e a segurança, ele estará buscando o interesse público primário.
Interesse público secundário é o interesse do próprio Estado, como sujeito de direitos e obrigações. Ex.:
questões relacionadas aos agentes públicos, ao orçamento, entre outros.
Deve-se frisar que o interesse público secundário só será legítimo quando não ferir o interesse público
primário.
A tributação desmesurada, que diz respeito ao interesse público secundário, viola o interesse público
primário.
GABARITO: letra “B”.
A conduta feriu o princípio da finalidade, visto que o agente, embora agindo dentro dos limites de sua
competência, desviou a finalidade para outra diversa do interesse público.
É importante ressaltar que o “desvio de finalidade” (ou desvio de poder) é espécie do gênero “abuso de
poder”.
GABARITO: letra “A”.
O princípio da legalidade norteia a atuação da administração. Por esse princípio, a administração tem o
dever de agir em determinados momentos, sendo que sua atuação deve observar o disposto em lei (atos
vinculados); em outros momentos, ela pode agir com certa liberdade (atos discricionários). Portanto, o
princípio da legalidade fundamenta, dentre outros, o poder de autotutela da administração.
Súmula 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Além disso, toda a atuação da administração visa a preponderância/supremacia do interesse público.
E, também pelo disposto na Súmula 473 do STF, o poder de autotutela pode ser exercido tanto de ofício
quanto por provocação.
GABARITO: certo.
Administração pública em sentido formal ou subjetivo é o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas que a lei
define como administração pública, independentemente da atividade exercida por elas.
No Brasil, a administração pública é composta:
a) Na administração direta, pelos entes federativos (União, Estados, DF e Municípios); e
b) Na administração indireta, pelas autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de
economia mista.
GABARITO: certo.
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Como decorrência do princípio da reserva legal, a criação dos entes integrantes da administração indireta
deve ser feita por lei específica.
O princípio da reserva legal dispõe que determinadas matérias sejam tratadas por lei propriamente dita
(neste caso, lei ordinária ou lei complementar).
É bastante comum confundir o princípio da reserva legal com o princípio da legalidade. No Direito
Administrativo, o princípio da legalidade é melhor definido como o dever de submissão à lei.
GABARITO: certo.
A questão fala do controle judicial sobre os atos administrativos, e não do princípio da autotutela.
O princípio da autotutela permite que a própria administração anule ou revogue os seus próprios atos,
conforme dispõe a Súmula 473 do STF:
Súmula 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Ou seja, o principio da autotutela se refere à possibilidade da própria administração pública anular ou
revogar seus atos.
GABARITO: errado.
A centralização ocorre quando a própria pessoa política executa a atividade administrativa (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios), por meio dos órgãos da Administração Direta.
GABARITO: certo.
ITEM I: incorreto.
As autarquias, assim como as demais entidades componentes da administração pública indireta, não são
submetidas ao controle hierárquico pela administração pública direta.
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A Polícia Civil do DF – PCDF é órgão integrante da estrutura do Poder Executivo – sendo, portanto, um
órgão da administração direta – subordinado ao Governador do DF. Vejamos:
CF, art. 144, § 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do
Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios.
Lembrando que, apesar de a PCDF ser subordinada ao Governador do DF, ela é mantida e organizada pela
União (art. 21, XIV, da CF).
GABARITO: certo.
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O ato pode ser ilegal em relação ao motivo. Por sua vez, o motivo pode ser falso ou inexistente. O ato
administrativo praticado com fundamento falso é, portanto, ilegal, sendo passível de anulação.
O Poder Judiciário, apenas quando provocado, pode analisar a legalidade do ato e, a depender do caso,
pode anulá-lo.
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E, conforme a Súmula 473 do STF, a Administração Pública, no exercício da autotutela, “pode anular seus
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos”.
GABARITO: letra “D”.
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Por não ter atendido a um requisito essencial para a investidura em cargo público, que é a prévia
aprovação em concurso público (art. 37, II, da CF), Pedro não é um agente público, e sim um agente
putativo.
O agente putativo é aquela pessoa que parece ser um agente público, mas não é. Todavia, por estar
desempenhando atividade pública com presunção de legitimidade, os atos do agente putativo são
convalidados, para que terceiros de boa-fé não sejam prejudicados (teoria da aparência e teoria do
funcionário de fato).
GABARITO: certo.
Nesse caso, como o ato é ilegal, ele deverá ser anulado, e não revogado.
Conforme entendimento do STF:
Súmula 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
GABARITO: errado.
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A Revogação não é uma espécie de sanção, e sim uma forma de extinção de atos que não são mais
convenientes ou oportunos para a administração publica.
GABARITO: errado.
Cassação é a retirada do ato pela administração publica em razão do descumprimento das condições
inicialmente impostas.
Ex.: cassação da licença dada para o funcionamento de um hotel, uma vez que vem funcionando um motel.
GABARITO: certo.
Somente a anulação retira do mundo jurídico atos com defeitos (no caso, os atos são ilegais) e produzem
efeitos pretéritos (ex tunc).
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Já a revogação não recai sobre atos defeituosos (ilegais), mas sim sobre atos legais que não são mais
convenientes ou oportunos, produzindo efeitos prospectivos (ex nunc).
GABARITO: errado.
É possível convalidar o ato administrativo quando o defeito estiver presente na forma ou na competência.
Lembrando que:
1. É possível convalidar vício presente na competência, exceto no caso de competência exclusiva e
competência relativa à matéria;
2. É possível convalidar o vício de forma, exceto quando a forma for essencial à validade do ato.
GABARITO: letra “D”.
Conforme o art. 55, Lei n. 9.784/99, a ausência de lesão ao interesse público e a inexistência de prejuízo a
terceiros são requisitos que legitimam a convalidação de atos administrativos:
Lei n. 9.784/1999, art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela
própria Administração.
GABARITO: certo.
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Quando o ato for vinculado, o agente público não pode agir de forma diversa do que prevista em lei, ainda
que ação contrária ao dispositivo legal atenda com maior efetividade ao interesse público.
A concessão de licença é, de fato, um ato vinculado. Se o particular preencher os requisitos que autorizam
a emissão da licença, o agente público deverá conceder a licença, devendo tão somente analisar se os
requisitos foram preenchidos.
GABARITO: errado.
O ato discricionário pode ser anulado e revogado, conforme o caso, já o ato vinculado somente pode ser
anulado, não cabendo sua revogação.
Vale a pena memorizar a Súmula 473 do STF.
Súmula 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
GABARITO: errado.
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De fato, o “abuso de poder” (gênero) inclui o “excesso de poder” e o “desvio de finalidade” (espécies).
Entretanto, haverá abuso de poder tanto na forma comissiva quanto na omissiva.
O abuso de poder ocorrer tanto na forma comissiva como a omissiva, pois ambas as formas apresentam
discordância com a lei.
GABARITO: errado.
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O poder judicial não faz parte dos Poderes da Administração Pública. Trata-se de um poder típico do
Judiciário.
Os Poderes da Administração Pública são:
1. Poder Hierárquico;
2. Poder de Polícia;
3. Poder Disciplinar;
4. Poder Discricionário;
5. Poder Vinculado;
6. Poder Normativo.
GABARITO: letra “D”.
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Excesso de Poder: ocorre quando o agente atua fora ou além de sua esfera de competências. Desvio de
Poder: ocorre quando o agente, embora agindo dentro de sua esfera de competências, pratica o ato com
finalidade diversa do interesse público ou da prevista em lei.
GABARITO: errado.
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A polícia administrativa atua sobre atividades privadas, bens ou direitos, tendo vistas a evitar a prática de
infrações administrativas. Em regra, possui caráter preventivo.
A polícia judiciária, por sua vez, tem atuação de natureza repressiva (excepcionalmente, sua atuação
também pode ser preventiva), com o objetivo de reprimir a prática de infrações criminais.
GABARITO: certo.
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A polícia administrativa atua sobre atividades privadas, bens ou direitos, tendo vistas a evitar a prática de
infrações administrativas. Em regra, possui caráter preventivo.
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A polícia judiciária, por sua vez, tem atuação de natureza repressiva (excepcionalmente, sua atuação
também pode ser preventiva), com o objetivo de reprimir a prática de infrações criminais.
Ambas fazem parte da função administrativa do Estado, conforme dispõe a assertiva, pois dizem respeito a
atividades que afetam o interesse público.
GABARITO: certo.
A presente questão trata do tema do denominado silêncio administrativo. De fato, se a lei impõe que a
Administração aja, e esta permanece inerte, cuida-se de omissão ilícita, de maneira que, havendo violação
a direito de terceiros, a conduta se enquadrará como abuso de poder.
GABARITO: certo.
A nossa Constituição prevê que, nos processos judiciais e administrativos, devem ser garantidos o direito
ao contraditório e à ampla defesa, independentemente do caso (CF, art. 5º, LV).
O instituto da verdade sabida consiste na possibilidade de a autoridade penalizar administrativamente o
agente público, de forma direta, quando presenciasse um ato infracional.
Obviamente, a verdade sabida não foi recepcionada pela CF/88, visto que o contraditório e a ampla defesa
são garantidos em quaisquer processos judiciais e administrativos.
GABARITO: errado.
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Nada impede que a administração pública estabeleça hierarquia entre servidores admitidos por concurso
público. Tal hierarquia, inclusive, é essencial para a maneira pela qual os órgãos e agentes públicos são
organizados.
GABARITO: errado.
A polícia administrativa atua sobre atividades privadas, bens ou direitos, tendo vistas a evitar a prática de
infrações administrativas. Em regra, possui caráter preventivo.
A polícia judiciária, por sua vez, tem atuação de natureza repressiva (em regra, pois sua atuação também
pode ser preventiva), com o objetivo de reprimir a prática de infrações criminais.
Ambas exercem função administrativa, ou seja, atividade que buscam o interesse público. A polícia
administrativa é exercida por órgãos administrativos de caráter fiscalizador. Já a polícia judiciária, tem a
função de preparar a atuação da função jurisdicional penal.
GABARITO: certo.
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Quando estamos falando de serviço público, prestado diretamente pelo Estado ou não, o regime jurídico
será predominantemente o de direito público.
Ou seja, mesmo quando o serviço público é prestado indiretamente (por entes privados), seu regime
jurídico será de direito público.
GABARITO: errado.
A concessão de serviço público não é ato administrativo, mas sim contrato administrativo:
Lei n. 8.987/1995, art. 4º A concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra
pública, será formalizada mediante contrato, que deverá observar os termos desta Lei, das normas
pertinentes e do edital de licitação.
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Ademais, a concessão é um ato bilateral, ocorre mediante licitação (sempre na modalidade concorrência),
é feito mediante contrato e não é precário (há segurança jurídica).
GABARITO: errado.
Instrumento de controle jurisdicional é aquele cabível na esfera do Poder Judiciário para a apreciação de
determinada causa.
A Reclamação Administrativa, a Comissão Parlamentar de Inquérito, o Pedido de Informação e o Recurso
Administrativo são institutos utilizados apenas em âmbito administrativo.
O Mandado de Segurança é o único instrumento, dentre aqueles apresentados pela questão, que faz parte
do controle jurisdicional da Administração Pública.
GABARITO: letra “E”.
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O Poder Judiciário não aprecia o mérito do ato administrativo, apenas a sua legalidade. O controle de
mérito é feito pela própria administração pública que praticou o ato administrativo.
Súmula 473 do STF: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
No controle judicial, o ato, caso seja considerado ilegal, será anulado. Já no controle de mérito, o ato, se
não for mais conveniente ou oportuno, será revogado.
GABARITO: errado.
A resposta da questão tem como fundamento o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional (art.
5º, XXXV, da CF), que diz: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
Levando-se em conta que a anulação de autorização conferida ao particular pelo Poder Executivo é
gravoso, o Poder Judiciário pode apreciar a legalidade do caso. Nem mesmo a separação dos Poderes
impediria o controle judicial.
GABARITO: certo.
O Tribunal de Contas da União aprecia as contas prestadas pelo Presidente da República (CF, art. 71, I). O
Congresso Nacional é quem julga anualmente as contas por ele prestadas (CF, art. 49, IX).
GABARITO: errado.
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O controle judicial, que é feito pelo Poder Judiciário, não alcança o mérito dos atos administrativos. Ele
pode apenas analisar os atos administrativos sob o aspecto da legalidade, ou seja, a apreciação do ato
administrativo, pelo controle judicial, tem o único objeto de analisar se o ato administrativo foi praticado
de acordo com o previsto em lei.
Se o juiz apreciasse a conveniência e a oportunidade do ato administrativo, ele estaria adentrando no
mérito dele. Entretanto, o mérito do ato administrativo só pode ser apreciado pela administração pública
que o praticou.
GABARITO: certo.
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A resposta tem como fundamento a Súmula Vinculante 43, que dispõe: “É inconstitucional toda
modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso
público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente
investido”.
GABARITO: letra “C”.
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As infrações praticadas por servidor podem surtir efeitos não só na esfera administrativa, mas também nas
esferas criminal e cível.
Por isso, ainda que seja exonerado, eventuais denúncias de infrações por ele praticadas não serão
arquivadas, visto que há outras espécies de penalidades cabíveis.
No caso do servidor ocupante de cargo em comissão que tenha sido exonerado, se for constatado que a
infração por ele cometida esteja sujeita às penalidades de suspensão e de demissão, sua exoneração será
convertida em destituição (diferentemente da exoneração, a destituição é uma punição ao servidor), nos
termos do art. 135, caput e parágrafo único, da Lei n. 8.112/1990.
GABARITO: errado.
Conforme a Constituição Federal de 1988, a responsabilidade civil do Estado por ato comissivo é objetiva e
baseada na teoria do risco administrativo, sendo desnecessário ao particular, que foi a vítima, comprovar a
culpa ou o dolo do agente público.
CF, art. 37, § 6º as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
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Cuidado para não confundir a responsabilidade civil do Estado (primeira parte do § 6º) com o direito de
regresso que o Estado possui (segunda parte do § 6º).
A comprovação de dolo ou culpa mencionada no dispositivo acima ocorre apenas no caso do direito de
regresso do Estado. Em outras palavras, o Estado deverá comprovar o dolo ou a culpa do agente
responsável pelo dano para que possa cobrar dele pelos danos causados a terceiros.
A responsabilidade do Estado, perante a vítima do dano, é objetiva. A responsabilidade do agente
causador do dano, perante o Estado, é subjetiva.
GABARITO: errado.
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Como reforço dessa tese, a doutrina ainda afirma que o Estado não tem responsabilidade objetiva no
caso de atos de terceiros ou de fenômenos naturais que causem danos a particulares.
Voltando à jurisprudência do STF, a responsabilidade do Estado, nos casos de dano causados por atos
de multidão, seria subjetiva. Ainda que o dano não tenha sido causado por seus agentes, o Estado
responderá por omissão, nos casos que devia agir, mas não o fez.
Até então, seria possível afirmar que a responsabilidade civil do Estado nos casos de atos de multidão seria
subjetiva, visto haver omissão do Estado.
No entanto, a omissão pode ser dividida em omissão genérica e omissão específica.
A omissão genérica ocorre quando a inação do Estado não é causa direta e imediata da ocorrência do
dano. Nesses casos, o sujeito lesado deve comprovar o dolo ou a culpa estatal para que seja ressarcido
(responsabilidade subjetiva). É o caso da Questão 69.
Por sua vez, a omissão específica decorre de situações nas quais a inação estatal é causa direta e imediata
da ocorrência do dano, gerando responsabilidade objetiva (não há necessidade de comprovação de dolo
ou de culpa).
A partir do momento que se exige do Estado uma prestação positiva para conter a multidão, a omissão
genérica passa a ser omissão específica, gerando responsabilidade objetiva estatal no caso de eventuais
danos decorrentes dos atos de multidão.
Quando o Estado é chamado, por exemplo, para conter o encontro de torcidas de futebol rivais que
comumente entram em luta corporal, a responsabilidade pela sua omissão passa a ser objetiva.
GABARITO: certo.
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Porém, para que possa ser ressarcido pelo agente causador do dano, por meio da ação de regresso, o
Estado deve comprovar que houve dolo ou culpa na conduta do agente.
Dessa maneira, a responsabilidade do Estado, perante a vítima do dano, é objetiva. A responsabilidade do
agente causador do dano, perante o Estado, é subjetiva.
GABARITO: errado.
ITEM I: errado.
De acordo com o STF, o Estado, quando demonstrar que sua atuação não evitaria a morte de preso, fica
dispensado de indenizar.
Vejamos um trecho da jurisprudência da Corte Suprema (RE 841.526):
3. É dever do Estado e direito subjetivo do preso que a execução da pena se dê de forma humanizada,
garantindo-se os direitos fundamentais do detento, e o de ter preservada a sua incolumidade física e
moral (artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal).
[...]
5. [...] nos casos em que não é possível ao Estado agir para evitar a morte do detento (que ocorreria
mesmo que o preso estivesse em liberdade), rompe-se o nexo de causalidade, afastando-se a
responsabilidade do Poder Público [...]
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O Estado, nos casos de ato comissivo que cause dano a terceiros, deverá responder objetivamente pelo
dano causado:
CF, art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Entretanto, quando for caso de ato omissivo, ou seja, de omissão estatal, a responsabilidade será, em
regra, subjetiva. Será, em regra, subjetiva, pois há dois tipos de omissão, conforme os comentários da
Questão 70:
A omissão genérica ocorre quando a inação do Estado não é causa direta e imediata da ocorrência do
dano. Nesses casos, o sujeito lesado deve comprovar o dolo ou a culpa estatal para que seja ressarcido
(responsabilidade subjetiva).
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Por sua vez, a omissão específica decorre de situações nas quais a inação estatal é causa direta e
imediata da ocorrência do dano, gerando responsabilidade objetiva (não há necessidade de
comprovação de dolo ou de culpa).
A omissão estatal para conter uma rebelião é caso de omissão específica, visto ser ele o responsável direto
pela segurança do estabelecimento prisional.
Sendo caso de omissão específica, havendo, portanto, responsabilidade objetiva, as famílias de Valmir e
Vicente não precisam comprovar a existência de culpa da administração para pleitear indenização ao
Estado.
GABARITO: errado.
Como visto nas questões anteriores, a responsabilidade do Estado é classificada da seguinte forma:
Por comissão: objetiva;
Por omissão genérica: subjetiva;
Por omissão específica: objetiva.
Vimos, conforme a Questão 70, que:
A omissão genérica ocorre quando a inação do Estado não é causa direta e imediata da ocorrência do
dano. Nesses casos, o sujeito lesado deve comprovar o dolo ou a culpa estatal para que seja ressarcido
(responsabilidade subjetiva).
Por sua vez, a omissão específica decorre de situações nas quais a inação estatal é causa direta e
imediata da ocorrência do dano, gerando responsabilidade objetiva (não há necessidade de
comprovação de dolo ou de culpa).
Sobre a fuga de presos, o STF entende o seguinte (RE 573595 AgR)
1. A negligência estatal na vigilância do criminoso, a inércia das autoridades policiais diante da terceira
fuga e o curto espaço de tempo que se seguiu antes do crime são suficientes para caracterizar o nexo de
causalidade.
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2. Ato omissivo do Estado que enseja a responsabilidade objetiva nos termos do disposto no artigo 37, §
6º, da Constituição do Brasil.
Desse julgado, é importante entender que haverá responsabilidade do Estado, se entre a fuga e o crime
cometido após ela tiverem um curto lapso temporal entre um e outro.
No caso desta Questão, o intervalo de tempo entre a fuga de Charles e o assalto a banco foi de 05 anos,
não sendo mais caracterizado o nexo de causalidade.
Portanto, não haverá responsabilidade objetiva do Estado.
GABARITO: errado.
Conforme o art. 4º do Decreto Federal n. 5.450/2005, “nas licitações para aquisição de bens e serviços
comuns será obrigatória a modalidade pregão, sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica”.
Uma vez que se trata de Decreto Federal, o pregão é obrigatório à União na aquisição de bens e serviços
comuns. Por outro lado, aplica-se aos Estados, DF e municípios de forma facultativa.
GABARITO: certo.
48
O julgamento técnico deve ser o mais objetivo possível. Todavia, é impossível não haver um mínimo de
subjetividade nos casos de trabalho de natureza técnica, intelectual ou artística.
De fato, o julgamento técnico é relativamente subjetivo.
GABARITO: certo.
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50
A Lei n. 10.520/2002, em seu art. 1º, dispõe: “Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser
adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei”.
A lei não faz menção ao valor máximo, mas apenas à natureza do objeto da contratação (bens e serviços
comuns).
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52
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delegado, que determinou a abertura de processo administrativo disciplinar contra eles para se
apurar a suposta ilicitude nos atos praticados.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
De acordo com o entendimento jurisprudencial do STJ, eventual punição dos agentes de polícia
no âmbito administrativo não impedirá a aplicação a eles das penas previstas na Lei de
Improbidade Administrativa.
( ) Certo ( ) Errado
“Conforme orientação jurisprudencial do STJ, eventual punição administrativa do servidor faltoso não
impede a aplicação das penas da Lei de Improbidade Administrativa, porque os escopos de ambas as
esferas são diversos; e as penalidades dispostas na Lei 8.429/1992, mais amplas” (REsp 1.081.743-MG).
GABARITO: certo.
De acordo com o STJ, a prisão ilegal gera graves violações a direitos humanos, sendo considerado ato
atentatório contra os princípios da Administração pública, havendo possibilidade de cumulação com a
pena disciplinar de improbidade administrativa (REsp 1.081.743-MG). Ainda conforme o referido julgado:
4. Injustificável pretender que os atos mais gravosos à dignidade da pessoa humana e aos direitos
humanos, entre os quais se incluem a tortura e prisões ilegais, praticados por servidores públicos,
mormente policiais armados, sejam punidos apenas no âmbito disciplinar, civil e penal, afastando-se a
aplicação da Lei da Improbidade Administrativa.
GABARITO: errado.
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Conforme o caput do art. 2º, caput, Lei n. 8.429/92, “reputa-se agente público, para os efeitos desta lei,
todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função nas entidades mencionadas no artigo anterior”.
O art. 1º da referida Lei dispõe que “os atos de improbidade praticados por qualquer agente público,
servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio
público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de
cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta Lei.”
Portanto, para a aplicação da Lei de Improbidade Administrativa – Lei n. 8.429/1992, aquele que exerce
função no âmbito da PCDF, ainda que sem remuneração, será abrangido pelo conceito de agente público.
GABARITO: certo.
Nos termos do art. 9º, da Lei n. 8.429/92, é hipótese de enriquecimento ilícito “adquirir, para si ou para
outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor
seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público”.
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A lei não diz que a aquisição de bens deve ser ilícita para que haja improbidade administrativa. Basta que o
servidor tenha adquirido bem cujo valor seja desproporcional à evolução do seu patrimônio ou da sua
renda.
GABARITO: errado.
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publicísticos, sob pena de burla aos preceitos constitucionais que regem a Administração
Pública.
c) Entidades de apoio são pessoas privadas que colaboram com o Estado desempenhando
atividade não lucrativa e às quais o Poder Público dispensa especial proteção, colocando a
serviço delas manifestações de seu poder de império, como o tributário, por exemplo; não
abrangem as entidades da Administração Indireta; trata-se de pessoas privadas que exercem
função típica (embora não exclusiva do Estado), como as de amparo aos hipossuficientes, de
assistência social, de formação profissional.
d) Por Organizações Sociais, pode-se entender as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, instituídas por servidores públicos, porém em nome próprio, sob a forma de fundação,
associação ou cooperativa, para a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não
exclusivos do Estado, mantendo vínculo jurídico com entidades da administração direta ou
indireta, em regra por meio de convênio.
e) Organizações Sociais de Interesse Público são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, instituídas por iniciativa de particulares, para desempenhar serviços sociais não
exclusivos do Estado, com incentivo e fiscalização pelo Poder Público, mediante vínculo jurídico
instituído por meio de contrato de gestão.
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De fato, os serviços sociais autônomos compõem o chamado “Sistema S” (SESI, SESC etc.), por receberem
recursos públicos, estão sujeitos a prestar contas ao TCU:
CF, art. 70, parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a
União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
GABARITO: certo.
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Como bônus, acrescentei 14 questões de 02 concursos públicos de polícia militar na disciplina de Direito
Constitucional. Elas são do mesmo nível das demais questões e serão de grande ajuda!
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classificada como flexível possui um rito procedimental idêntico ao das leis ordinárias, isto é, a constituição
é ‘flexível’ porque seu texto é mais fácil de ser modificado.
O Poder Constituinte Originário é: a) inicial, pois instaura uma nova ordem jurídica; b) ilimitado (ou
autônomo), não devendo observar os limites postos pela ordem jurídica anterior; e c) incondicionado, uma
vez que não é submetido ao direito preexistente.
GABARITO: letra “B”.
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Pelo sentido sociológico, idealizado por Ferdinand Lassalle, a Constituição é a soma dos fatores reais de
poder (forças econômicas, sociais, religiosas, etc.), sendo que o equilíbrio instável entre essas forças
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resulta na Constituição real. Para o autor, a Constituição sem correspondência com os fatores reais de
poder seria mera “Constituição de papel”, isto é, sem eficácia.
A assertiva traz o conceito do sentido político da Constituição. Para Carl Schmitt, idealizador deste sentido,
a Constituição é uma decisão política fundamental, ou seja, é o resultado de uma decisão política.
GABARITO: errado.
O poder pertence ao povo, não havendo qualquer divisão da titularidade. A assembleia constituinte é
apenas um instrumento pelo qual o povo exerce o poder.
GABARITO: errado.
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As normas que têm aplicação direta e imediata, mas podem ter seu alcance restringido por lei
infraconstitucional (bem como outra norma constitucional) são as normas de eficácia contida, sendo essa
a classificação da norma mencionada na questão.
Como se observa, ela permite que a lei infraconstitucional imponha qualificações profissionais, para que
determinado trabalho, ofício ou profissão seja exercida.
GABARITO: letra “A”.
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d) pactuadas, que são formadas por dois mecanismos distintos de participação popular, o
plebiscito e o referendo, ambos com o objetivo de legitimar a presença do detentor do poder.
e) históricas, que surgem do pacto entre o soberano e a organização nacional e englobam muitas
das Constituições monárquicas.
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O poder Constituinte é:
Fático: a doutrina entende que o poder constituinte originário é um poder de fato.
Soberano: o poder constituinte originário decide as regras a serem impostas, não sofrendo
qualquer limitação prévia.
Incondicional: não se sujeita a qualquer imposição feita pela ordem jurídica anterior.
Preexistente à ordem jurídica: é justamente o poder constituinte originário que cria a ordem
jurídica, por isso é preexistente a ela.
GABARITO: letra “A”.
A segurança viária passou a estar presente na Constituição Federal a partir da EC n. 82/2014 (CF, art. 144, §
10). Portanto, não foi o poder constituinte originário que tratou da segurança viária, e sim o Poder
Constituinte Derivado Reformador.
GABARITO: errado.
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ITEM I: errado.
CF, art. 1º, Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
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ASSERTIVA N. 1: verdadeira.
É a leitura do art. 5º, LXX, “b”, da CF.
ASSERTIVA N. 2: falsa.
A concessão do habeas corpus ocorre quando alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
coação em sua liberdade de locomoção, e não em sua liberdade de expressão (CF, art. 5º, LXVIII).
ASSERTIVA N. 3: falsa.
O mandado de segurança é concedido para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas
data e nem por habeas corpus (CF, art. 5º, LXIX).
ASSERTIVA N. 4: verdadeira.
É a leitura do art. 5º, LXXI, da CF.
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ASSERTIVA N. 5: verdadeira.
É a leitura do art. 5º, LXXIII, da CF.
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Os únicos crimes imprescritíveis são o racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares. Vejamos o
que diz a CF:
CF, art. 5º, XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão, nos termos da lei;
CF, art. 5º, XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
GABARITO: letra “A”.
A CF diz que só haverá indenização na ocorrência de dano. Ou seja, a mera requisição da propriedade
particular não é suficiente para que haja indenização:
CF, art. 5º XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.
GABARITO: errado.
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A CF/1988, art. 5º, IV, afirma que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”.
GABARITO: errado.
É justamente isso. A CF/1988 dispensa a autorização para a criação de associações e, além disso, veda a
interferência estatal em seu funcionamento (CF, art. 5º, XVIII).
GABARITO: certo.
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Conforme o art. 5º, XLV, da CF, “nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e
contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido”.
GABARITO: errado.
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Concurseiro, como a questão é de concurso público, devemos ter conhecimento, além da matéria, do
posicionamento da banca sobre o tema. Por isso, vou dar minha opinião sobre o que a banca CESPE possa
estar entendendo.
É importantíssimo frisar que a banca já cobrou essa mesma questão no concurso da FUB, em 2015:
ASSERTIVA: É assegurada a ampla liberdade de associação, independentemente de autorização dos
poderes públicos.
GABARITO PRELIMINAR: certo.
GABARITO DEFINITIVO: errado. Justificativa: "Há vedação expressa para a criação de associações de caráter
paramilitar".
Porém, a banca não fez o mesmo com esta questão que estamos estudando (PC/MA 2018), mantendo a
alternativa como sendo a correta. .
Na minha opinião, a banca pecou ao alterar o gabarito do concurso da FUB 2015. Vou explicar o meu
entendimento por partes:
1) a norma constitucional afirma que é PLENA a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de
caráter paramilitar (CF, art. 5º, XVII).
2) a banca Cespe, por sua vez, considera que será AMPLA a liberdade de associação (PC/MA 2018).
3) O termo “amplo” significa “vasto”, “extenso”, mas não significa “pleno”.
4) O termo “pleno” é mais abrangente, dando a ideia de “completo” ou “inteiro”.
5) Quando a norma diz que a liberdade de associação é plena, a princípio, daria a ideia de que o direito de
associação seria irrestrito. Entretanto, a própria norma veda a liberdade de associação para fins
paramilitares. Então, tecnicamente, a norma não seria exatamente plena (pois não abarca tudo), mas sim
ampla (abarca quase tudo).
6) Quando a questão diz que e ampla a liberdade de associação, ela não está necessariamente englobando
a de caráter paramilitar, por isso não estaria errada.
7) Na minha conclusão, a questão estaria errada se tivesse utilizado o termo “plena” no lugar de “ampla”.
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Na ADC 41/DF, o STF alegou que é constitucional a definição de critérios, além da autodeclaração, como
forma de identificação dos beneficiários da política de cotas nos concursos públicos.
No julgado, o STF ressaltou que:
É legítima a utilização de critérios subsidiários de heteroidentificação para concorrência às vagas
reservadas. Asseverou que a finalidade é combater condutas fraudulentas e garantir que os objetivos da
política de cotas sejam efetivamente alcançados, desde que respeitada a dignidade da pessoa humana e
assegurados o contraditório e a ampla defesa (Info 868 do STF)..
GABARITO: errado.
O STF, na ADI 4451, julgou inconstitucional os dispositivos da Lei de Eleições (Lei n. 9.504/97) que
buscavam impedir que emissoras de rádio e TV veiculassem programas de humor que envolviam
candidatos às eleições, como forma de evitar que fossem ridicularizados ou satirizados.
Abaixo, um trecho do julgamento:
São inconstitucionais os dispositivos legais que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo
aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático. Impossibilidade de
restrição, subordinação ou forçosa adequação programática da liberdade de expressão a mandamentos
normativos cerceadores durante o período eleitoral [...] O direito fundamental à liberdade de expressão
não se direciona somente a proteger as opiniões supostamente verdadeiras, admiráveis ou
convencionais, mas também aquelas que são duvidosas, exageradas, condenáveis, satíricas,
humorísticas, bem como as não compartilhadas pelas maiorias. Ressalte-se que, mesmo as declarações
errôneas, estão sob a guarda dessa garantia constitucional. (ADI 4451)
GABARITO: certo.
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De fato, a CF/1988 não faz qualquer menção à possibilidade de lei complementar suprimir da instituição do
júri a competência para julgamento dos crimes dolosos contra a vida. O texto constitucional apenas deixa
para a lei ordinária a sua organização (CF, art. 5º, XXXVIII).
GABARITO: certo.
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De acordo com o art. 6º da CF, “são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.
GABARITO: letra “B”.
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O primeiro erro é que não pode ser qualquer sujeito nascido no estrangeiro, deve ser filho de pai brasileiro
ou de mãe brasileira.
O segundo erro é que os outros dois requisitos são alternativos, e não cumulativos (o sujeito deve ser
registrado em repartição brasileira ou vir a residir no Brasil e optar pela nacionalidade brasileira após
atingida a maioridade.
De acordo com o art. 12, § 3º, da CF, são privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas;
VII – de Ministro de Estado da Defesa.
GABARITO: letra “A”.
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Somente a Constituição Federal pode estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados (arts.
12, § 2º, da CF). Tais distinções são exceção e, por isso, devem estar expressas no texto constitucional.
Como regra, não há tratamento diferenciado entre brasileiro nato e naturalizado.
Uma das distinções feitas é a de cargos privativos de brasileiro nato. Nesse ponto, a CF dispõe o seguinte:
CF, art. 12. [...]
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
[...]
VI - de oficial das Forças Armadas.
GABARITO: certo.
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A CF dispõe o seguinte:
CF, art. 14, § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
[...]
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
Entretanto, o policial rodoviário federal não é militar, e sim servidor público civil, não devendo, portanto,
observar a norma acima.
GABARITO: errado.
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De acordo com a CF, art. 14, “a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: plebiscito, referendo e iniciativa
popular”.
GABARITO: letra “E”.
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Conforme a CF/88:
CF, art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
[...]
II - facultativos para:
[...]
b) os maiores de setenta anos.
Gilberto completou 61 anos de idade. Portanto, o voto continua sendo obrigatório.
GABARITO: errado.
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Grave isto para todo o sempre: Município não tem Poder Judiciário!
Os juízes “de 1º grau” são, na verdade, integrantes do Poder Judiciário Estadual (se forem juízes de direito)
ou do Poder Judiciário Federal (se forem juízes federais).
Ademais, o Poder Legislativo não é ente federativo.
GABARITO: letra “D”.
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Conforme o inciso XVI do art. 24 da CF, é competência da União, dos Estados, bem como do DF, legislar
concorrentemente sobre organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
GABARITO: certo.
ITEM I: errado.
CF, art. 18, § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei
estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia,
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
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Conforme a CF, art. 144, § 6º, “as polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e
reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios”.
GABARITO: letra “B”.
Com o advento da EC n. 69/2012, não cabe mais à União organizar e manter a Defensoria Pública do
Distrito Federal, mas sim ao Governo do próprio Distrito Federal. Agora, a União organiza e mantém
somente a Defensoria Pública dos Territórios (art. 21, XIII, da CF).
GABARITO: errado.
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Na realidade, trata-se de competência privativa da União, conforme artigo 22, inciso XVII da CF/88. Nesse
sentido:
CF, art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
[...]
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria
Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes.
GABARITO: errado.
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c) O servidor público que possua um cargo de professor só poderá acumular seu cargo com
outro cargo de professor.
d) O servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, investido no mandato de
Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração.
e) Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão computados e acumulados
para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
102
d) podem ser preenchidas indistintamente por servidores ou não servidores, e seus ocupantes
são demissíveis ad nutum.
e) destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
O preenchimento desses cargos obedece às regras do artigo 37, inciso V da CF/88. Nesse sentido:
CF, art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.
Dessa forma, as funções de confiança somente podem ser exercidas por servidores ocupantes de cargo
efetivo.
GABARITO: errado.
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103
A fixação da remuneração por subsídio está prevista no art. 39, §4º, da CF. Vejamos:
CF, art. 39, § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os
Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela
única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação
ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
Entretanto, nem sempre será por ato administrativo, como na hipótese da remuneração dos juízes,
promotores e deputados estaduais. Citemos os deputados estaduais:
CF, art. 27, § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia
Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para
os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
GABARITO: errado.
104
V – A Câmara dos Deputados compete aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a
exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato.
Estão CORRETAS as assertivas:
a) I, II e V, apenas.
b) II, III e V, apenas.
c) II, IV e V, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
ASSERTIVA I: correta.
CF, art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: [...] X - suspender a execução, no todo ou em
parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal.
ASSERTIVA V: Incorreta.
É competência privativa do Senado Federal. CF, art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: [...] XI
- aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da
República antes do término de seu mandato.
105
( ) O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão
e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o
rejeitar.
( ) A Casa do Congresso Nacional na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei
ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
( ) Se o Presidente da República considerar o projeto de lei inconstitucional ou contrário ao
interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 24 horas, contados da data do
término da votação.
( ) A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de
qualquer das Casas do Congresso Nacional.
( ) As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar
autorização ao Presidente da Câmara dos Deputados.
Marque a opção que contém a sequência CORRETA de respostas, na ordem de cima para baixo.
a) V, V, F, V, F.
b) V, F, V, F, V.
c) F, F, V, V, F.
d) F, V, F, V, V.
ASSERTIVA N. 1: verdadeira.
É a leitura do art. 65, caput, da CF.
ASSERTIVA N. 2: verdadeira.
É a leitura do art. 66, caput, da CF.
ASSERTIVA N. 3: falsa.
O prazo para o veto, total ou parcial, é de quinze dias (CF, art. 66, § 1º).
ASSERTIVA N. 4: verdadeira.
É a leitura do art. 67 da CF.
ASSERTIVA N. 5: falsa.
O Presidente da República deve solicitar ao Congresso Nacional, e não à Câmara dos Deputados (CF, art.
68, caput, da CF).
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Funções típicas:
Poder Legislativo:
o Função legiferante (criação de leis);
o Função fiscalizatória;
Poder Executivo:
o Atos administrativos;
Poder Judiciário:
o Função jurisdicional (de julgar).
Verifica-se que a letra "B" apresenta uma função típica do Poder Legislativo, sendo a alternativa correta. As
demais falam de funções atípicas dos Poderes mencionados.
GABARITO: letra “B”.
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De acordo com a CF, no caput do art. 70, “A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder”.
GABARITO: letra “E”.
112
Nesse sentido:
CF, art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas
Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
GABARITO: certo.
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a) O Chefe de Governo representa o país nas suas relações internacionais, bem como corporifica
a unidade interna do Estado.
b) O Chefe de Estado exercerá a liderança da política nacional, pela orientação das decisões
gerais e pela direção da máquina administrativa.
c) Tanto no presidencialismo como no parlamentarismo, ocorre a acumulação dessas funções
(Chefe de Governo e Chefe de Estado) em uma única pessoa.
d) O texto constitucional brasileiro expressamente adotou o presidencialismo, proclamando a
junção das funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo, a serem realizadas pelo Presidente
da República, prevendo-as no art. 84 da Constituição Federal.
e) Em alguns países, a função de chefe de Governo é exercida pelo Monarca e a de chefe de
Estado, pelo Primeiro Ministro que chefia o gabinete.
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Sobre as competências privativas do Presidente da República que podem ter suas atribuições delegadas,
vejamos o que diz o texto constitucional:
CF, art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...]
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa
nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; [...]
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; [...]
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
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Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI,
XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-
Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Das alternativas apresentadas, a letra “D” é a única que apresenta uma atribuição que pode ser delegada
aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União.
GABARITO: letra “D”.
120
Crime eleitoral é considerado, pela jurisprudência, um crime comum. Por isso, seguirá as regras específicas
do artigo 86 da CF/88.
O presidente não fica afastado até o julgamento final do processo, mas pelo prazo de 180 dias:
CF, art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais
comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
[...]
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
GABARITO: errado.
121
122
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124
125
126
127
Conforme artigo 103-B, §1º da CF/88, “o Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal
Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal”.
GABARITO: certo.
A questão tem fundamento no art. 95, inciso V, da CF/88, que assim dispõe:
CF, art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
[...]
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
GABARITO: certo.
128
De acordo com a Constituição Federal, o ingresso na carreira da magistratura ocorre mediante concurso de
provas e títulos, e não de concurso de provas:
CF, art. 93, I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público
de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-
se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações,
à ordem de classificação.
GABARITO: errado.
129
130
131
132
De acordo com o art. 129, § 3º, da CF, “o ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante
concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua
realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se,
nas nomeações, a ordem de classificação”.
GABARITO: letra “D”.
O STF entende que o MP, de fato, não possui legitimidade para a propositura de ação civil pública em
matéria tributária (ARE 694.294).
A matéria tributária em defesa de contribuintes é um direito individual, o passo que a ação civil pública
visa proteger direitos coletivos e difusos (art. 129, III, da CF).
GABARITO: certo.
133
De fato, os Ministérios Públicos dos estados formarão lista tríplice entre integrantes da carreira para a
escolha de seu Procurador-Geral.
Porém, a nomeação dos Procuradores-Gerais não será feita apenas pelo Chefe do Poder Executivo federal,
e sim pelo Chefe do Poder Executivo da respectiva unidade federativa.
Assim, tem-se:
Nomeação do Procurador-Geral da República: será feita pelo Presidente da República;
Nomeação dos Procuradores-Gerais dos MPs estaduais: será feita pelo Governador do respectivo
Estado-membro;
Nomeação do Procurador-Geral de Justiça do MP do Distrito Federal e Territórios: será feita pelo
Presidente da República, pois o MPDFT integra o Ministério Público da União.
Leitura do art. 128, caput, §§ 1º e 3º.
GABARITO: errado.
134
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República e não o procurador-geral
federal:
CF, art. 128, § 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República,
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato
de dois anos, permitida a recondução.
GABARITO: errado.
A questão está de acordo com o art. 127, § 2º da CF, o qual dispõe que:
CF, art. 127, § 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo,
observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e
serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política
remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.
GABARITO: certo.
135
A questão fala da mudança trazida pela EC n. 82/2014, que incluiu o § 10 ao art. 144 no texto
constitucional:
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136
CF, art. 144, § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas
em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente.
GABARITO: certo.
A Polícia Rodoviária Federal é responsável pelo patrulhamento ostensivo das rodovias federais (CF, art.
144, § 2º), mas o patrulhamento ostensivo das ferrovias federais é incumbência da Polícia Ferroviária
Federal (CF, art. 144, § 3º).
GABARITO: errado.
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141
142
É competência expressa da Polícia Federal exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da
União (CF, art. 144, § 1º).
GABARITO: certo.
Apurar infrações cuja prática tenha repercussão interestadual e exijam repressão uniforme também é
competência da Polícia Federal:
CF, art. 144, §1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreira, destina-se a:
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143
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e
interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações
cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se
dispuser em lei.
GABARITO: errado.
A Polícia Civil tem as funções de polícia judiciária e apuração de infrações penais, exceto as militares (CF,
art. 144, § 4º).
A apuração de infrações penais contra a ordem política social, no entanto, é incumbência da Polícia Federal
(CF, art. 144, § 1º, I).
GABARITO: errado.
De acordo com o art. 144 § 6º, da CF, “as polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças
auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios”.
GABARITO: certo.
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144
Aduz a Constituição Federal, em seu artigo 144, caput: “a segurança pública, dever do Estado, direito
e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio...”
GABARITO: certo.
De início, é importante afirmar que o STF realmente fala em “vedação absoluta” do direito de greve aos
integrantes das carreiras da segurança pública.
Além disso, o STF julga ser compatível tal vedação com o princípio da isonomia. Isto é, o fato de os
servidores das carreiras da segurança pública não terem o direito de greve, diferentemente dos servidores
públicos civis, não fere a igualdade, pois a segurança interna, a ordem pública e a paz social se sobrepõem
a um direito de uma classe (que seria o direito de greve):
"A carreira policial é o braço armado do Estado, responsável pela garantia da segurança interna, ordem
pública e paz social. E o Estado não faz greve. O Estado em greve é anárquico. A Constituição Federal
não permite. Aparente colisão de direitos. Prevalência do interesse público e social na manutenção da
segurança interna, da ordem pública e da paz social sobre o interesse individual de determinada
categoria de servidores públicos. Impossibilidade absoluta do exercício do direito de greve às carreiras
policiais” (ARE 654.432)
GABARITO: certo.
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A CF, no art. 194, parágrafo único, inciso V, diz que a seguridade social tem como um dos objetivos a
equidade (e não “igualdade”) na forma de participação de custeio.
Isso quer dizer que quem tem maior capacidade econômica contribuirá com mais e quem tem menor
capacidade econômica contribuirá com menos.
GABARITO: errado.
156
157
O STF julgou procedente a ADI 1.969/DF para declarar inconstitucional o Decreto Distrital n. 20.098/99,
que restringia o direito de reunião. Portanto, verifica-se que é possível pleitear a inconstitucionalidade de
decreto do Poder Executivo mediante ADI.
GABARITO: errado.
O regulamento que dispõe sobre licenciamento ambiental de cemitérios é expedido pelo Conselho
Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, órgão pertencente ao Ministério do Meio Ambiente.
Sobre o tema, o STF entende que não é cabível a ADI em face de Resolução do CONAMA, visto se tratar de
ato normativo regulamentar, e não autônomo, de natureza secundária, e que, por isso, “o parâmetro de
análise dessa espécie de ato é a lei regulamentada e não a Constituição” (ADI 3074 AGR / DF).
GABARITO: errado.
158
Nessa situação hipotética, de acordo com as disposições constitucionais acerca das súmulas
vinculantes, o ato da autoridade policial poderá ser questionado junto ao Supremo Tribunal
Federal mediante a proposição de
a) reclamação.
b) recurso extraordinário.
c) ação direta de inconstitucionalidade.
d) habeas corpus.
e) mandado de segurança.
159
A Constituição Federal é clara e objetiva ao proibir o uso de medida provisória em matéria penal:
CF, art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
[...]
b) direito penal, processual penal e processual civil.
GABARITO: errado.
160
A proibição à analogia não é absoluta. No direito penal brasileiro, somente há vedação à analogia em
prejuízo do réu (in malam partem). A analogia benéfica (in bonam partem) é autorizada.
GABARITO: errado.
161
162
Dessa maneira:
Motivo torpe: regra geral;
Recompensa paga e promessa de recompensa: exemplos de motivo torpe.
163
O STF (HC 98.898) e o STJ (Súmula 502) consideram que a venda de produtos piratas não pode ser
considerada como socialmente aceita, razão pela qual não se aplica o princípio da adequação social à
conduta de Pedro.
GABARITO: errado.
164
A questão está falando do tempo do crime. Sobre o tema, o CP, no art. 4º, dispõe o seguinte: “considera-se
praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado”.
GABARITO: letra “C”.
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165
A impossibilidade de a lei penal nova mais gravosa ser aplicada em caso ocorrido anteriormente à sua
vigência é chamada de princípio da irretroatividade.
Esse princípio está presente no texto constitucional, que dispõe: “a lei penal não retroagirá, salvo para
beneficiar o réu” (art. 5º, XL, da CF).
Apenas a lei mais benéfica poderá retroagir.
GABARITO: letra “c”.
166
167
Quanto ao tempo do crime, o CP considera o momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado (art. 4º do CP). Estamos falando, portanto, da teoria da atividade.
GABARITO: letra “B”.
168
De acordo com o art. 6º do Código Penal, “considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação
ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado”.
Dessa forma, quanto ao local do crime o Código Penal considera a teoria da ubiquidade. O local do crime é
tanto o da ação criminosa como o do seu resultado.
GABARITO: certo.
No caso de lei posterior mais benéfica ao réu, esta será aplicada aos fatos anteriores à sua edição:
CP, art. 2º, parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
GABARITO: errado.
169
O erro da questão está em dizer que “a lei penal excepcional ou temporária que, sendo favorável ao
acusado, terá somente efeito retroativo”.
A lei penal excepcional ou temporária não tem efeito retroativo, e sim ultrativo. Isso quer dizer que será
aplicada aos fatos cometidos durante a sua vigência, ainda que a referida lei não esteja mais em vigor,
mesmo sendo mais prejudicial ao réu.
CP, art. 3º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
GABARITO: errado.
Jurandir já foi condenado e cumpriu sua pena no estrangeiro. Por isso, ele não pode ser condenado, aqui
no Brasil, pelo mesmo crime, sob pena de "bis in idem". Em outras palavras, Jurandir não cumprirá
qualquer pena no Brasil.
Além disso, o crime cometido por Jurandir não é hipótese que se encaixa na aplicação extraterritorial da lei
penal brasileira (art. 7º do CP).
GABARITO: errado.
170
Simples e direto:
Onde se produziu o resultado: diz respeito à consumação do crime;
Onde deveria produzir-se o resultado: trata-se do crime tentado.
GABARITO: certo.
171
Quando, para a prática de determinado delito, há duas condutas e esteja caracterizada a dependência ou
subordinação entre elas, há a incidência do princípio da consunção, no qual o crime-meio será absorbido
pelo crime-fim.
Em outras palavras, o crime-meio se torna uma etapa do crime-fim.
Além disso, a jurisprudência entende que o crime de porte de arma de fogo é absorvido pelo crime de
roubo. Ou seja, há a incidência do princípio da consunção nesses casos.
GABARITO: letra “E”.
172
173
174
Conforme o STJ, “não caracteriza bis in idem o reconhecimento das qualificadoras de motivo torpe e de
feminicídio no crime de homicídio praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar”
(STJ, HC 433.898-RS).
O feminicídio é uma qualificadora objetiva, ou seja, sempre que o crime ocorrer mediante violência
doméstica e familiar, haverá feminicídio.
O motivo torpe é uma qualificadora subjetiva, ou seja, que diz respeito aos motivos que levaram à prática
o delito.
GABARITO: certo.
Exato. De acordo com a ou teoria objetivo-subjetiva (ou teoria do domínio do fato), o autor é aquele que
pratica a conduta criminosa e tem o poder de decidir se irá até o fim com o delito (tem o controle
finalístico sobre o domínio final do fato).
GABARITO: certo.
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175
No caso da questão, observa-se que João, Pedro e Ana agiram com liame subjetivo (vontade e
ciência de colaborar para o mesmo crime). Houve, portanto, concurso de pessoas.
A autoria imprópria/colateral ocorre quando dois ou mais agentes, embora com dolo idênticos, não atuam
unidos pelo liame subjetivo, ou seja, não decorre do concurso de pessoas.
GABARITO: errado.
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176
Na autoria colateral, também chamada de coautoria imprópria ou autoria parelha, ocorre quando duas ou
mais pessoas intervêm na execução de um crime, buscando igual resultado, sem que haja um resultado
previamente planejado em conjunto.
Observa-se que João, Pedro e Ana agiram com liame subjetivo (vontade e ciência de colaborar para o
mesmo crime), sendo caso de concurso de pessoas, e não de autoria colateral.
Vide comentários das questões 260 e 261.
GABARITO: errado.
177
O autor intelectual é aquele que planeja o crime, além de possuir o domínio da conduta criminosa. É o que
diz a teoria do domínio do fato.
Dessa maneira, o autor intelectual do delito é aquele que detém o controle sobre a consumação do crime,
ainda que não pratique a conduta delituosa.
GABARITO: errado.
De fato, o autor mediato responde pela prática delitiva perpetrada pelo inimputável.
O autor mediato é aquele que, sem realizar diretamente a conduta descrita no tipo penal, comete o fato
típico por ato de outra pessoa, utilizada como seu instrumento. O terceiro que realiza o crime deve
ser inimputável e sem discernimento.
GABARITO: certo.
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178
É caso de coautoria, e não de participação de menor importância, pois as condutas de João e Pedro foram
fundamentais para que o crime ocorresse.
Complementando, na participação de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um
terço (CP, art. 29, § 1º).
GABARITO: errado.
179
É possível, desde que o agente tenha o especial dever de agir, conforme o art. 13, § 2º, do CP:
CP, art. 13, § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o
resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
Por exemplo, um policial que presencia um assalto, mas não age para impedir o crime, responderá pela
participação por omissão em crime comissivo.
GABARITO: certo.
180
É o que dizem as regras comuns às penas privativas de liberdade, presentes no art. 29 do CP:
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida
de sua culpabilidade. [...]
§ 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste;
essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
GABARITO: certo.
181
Diz-se o crime tentado quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade
do agente (art. 14, II, do CP).
GABARITO: letra “A”.
182
183
Pela intervenção da secretária, observa-se que Adalberto não consumou o crime por circunstâncias alheias
à sua vontade. Neste caso, há o crime de homicídio na modalidade tentada.
GABARITO: letra “B”.
184
185
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se o policial ferido não falecer em decorrência do tiro disparado pelo traficante, estar-se-á diante
de homicídio tentado, que, no caso, terá como elementos caracterizadores: a conduta dolosa do
traficante; o ingresso do traficante nos atos preparatórios; e a impossibilidade de se chegar à
consumação do crime por circunstâncias alheias à vontade do traficante.
( ) Certo ( ) Errado
Para o Código Penal, o crime será “tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente” (CP, art. 14, II).
A assertiva diz que o crime poderá ser tentado com o “ingresso do traficante nos atos preparatórios”.
Porém, não há crime tentado com a mera prática dos atos preparatórios, visto que deve-se, ao menos,
iniciar a execução do delito.
GABARITO: errado.
Além de algumas causas supralegais, existem duas hipóteses básicas de inexigibilidade de conduta diversa
(art. 22 do CP):
1) Coação moral irresistível;
2) Obediência hierárquica;
Observa-se que Carlos não estava sob coação moral irresistível nem cumprindo ordem de hierárquico
superior.
A influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima, seria uma circunstância atenuante
(CP, art. 65, inc. II, “c”).
GABARITO: errado.
187
Conforme os comentários da questão anterior, a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto
da vítima, seria uma circunstância atenuante (CP, art. 65, inc. II, “c”), e não uma causa de diminuição de
pena.
Um complemento importante: No crime de homicídio, há uma causa de diminuição de pena no § 1º do art.
121 do CP, que diz:
CP, art. 121, § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a
pena de um sexto a um terço.
Há diferenças entre a circunstância atenuante do art. 65 e a causa de diminuição de pena do art. 121.
Vejamos:
Na circunstância atenuante, o agente está influenciado por violenta emoção, provocada por ato
injusto da vítima;
Na causa de diminuição de pena, o agente está sob domínio de violenta emoção, logo em seguida
a injustiça provocação da vítima.
Pode-se dizer que, em um caso, o agente está sob domínio de violenta emoção (isto é, está fora do
controle de si mesmo); no outro caso, o agente está apenas influenciado pela violenta emoção.
GABARITO: errado.
A legítima defesa putativa/imaginária está presente no art. 20, § 1º, do CP, que dispõe:
CP, art. 20, § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva
de culpa e o fato é punível como crime culposo.
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Por exemplo, Tício coloca a mão no bolso para pegar seu celular e Mévio, acreditando que Tício iria pegar
uma arma de fogo, acaba efetuando disparos contra ele. Só depois que Tício está caído no chão é que
Mévio percebe que não existia arma no bolso dele.
Observa-se que não estamos diante de legítima defesa putativa, pois em momento nenhum houve
qualquer circunstância que pudesse fazer Carlos entender que sua conduta seria legítima.
GABARITO: errado.
As justificantes são causas que excluem a ilicitude do crime, previstas no art. 23, II, do CP: “não há crime
quando o agente pratica o fato em legítima defesa”.
De acordo com o art. 25 do CP, “entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem”.
Carlos não agiu para repelir injusta agressão.
GABARITO: errado.
189
190
A injusta agressão mencionada trata-se de uma atividade humana, e não de coisas ou de outros seres
vivos. Até porque, animais e coisas não são capazes de distinguir agressões justas e injustas.
Na verdade, José agiu em estado de necessidade:
CP, art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que
não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
GABARITO: errado.
É justamente isso. A embriaguez completa, nos termos do § 1º do art. 28 do CP, embora não
descaracterize a ilicitude do fato, exclui a imputabilidade penal:
CP, art. 28, § 1º É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito
ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
GABARITO: certo.
No crime culposo, a conduta é voluntária, mas exercida com imprudência, negligência ou imperícia. Em
outras palavras, a conduta é voluntária, mas o resultado é involuntário.
A conduta involuntária, por sua vez, exclui a tipicidade do fato.
GABARITO: errado.
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191
A questão tem como base o entendimento jurisprudencial do STJ (REsp 1519777/SP). Conforme o referido
julgado:
2. Extinta pelo seu cumprimento a pena privativa de liberdade ou a restritiva de direitos que a
substituir, o inadimplemento da pena de multa não obsta a extinção da punibilidade do apenado,
porquanto, após a nova redação dada ao art. 51 do Código Penal pela Lei n. 9.268/1996, a pena
pecuniária passou a ser considerada dívida de valor e, portanto, possui caráter extrapenal, de modo que
sua execução é de competência exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública.
GABARITO: letra “E”.
192
A questão pede a leitura do art. 32 do CP, que fala das espécies de pena:
Art. 32 - As penas são:
I - privativas de liberdade;
II - restritivas de direitos;
III - de multa.
GABARITO: letra “A”.
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Observa-se que Carlos estava influenciado por violenta emoção provocada por Paula. Conforme o Código
Penal:
Art. 65. São circunstâncias que sempre atenuam a pena: [...]
III - ter o agente: [...]
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade
superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima.
Vide comentários da questão 280.
GABARITO: certo.
A premeditação não é prevista no CP como agravante genérica, nem como causa de aumento de pena ou
qualificadora.
GABARITO: errado.
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195
A premeditação não é prevista no Código Penal brasileiro como circunstância genérica agravante, não
estando presente no rol do art. 61 do CP.
Vide comentários da questão anterior.
GABARITO: errado.
A ação penal privada subsidiária da pública pressupõe a existência de uma ação penal pública (seja ela
incondicionada ou condicionada à representação).
Devemos frisar, também, que a ação penal privada subsidiária da pública é aplicável diante da inércia do
Ministério Público, titular da ação penal pública, no oferecimento da denúncia no prazo legal (art. 100, §
3º, do CP).
Portanto, o que o examinador quer saber, na verdade, é qual das alternativas apresenta um crime cuja
ação penal é pública (condicionada ou incondicionada). Vejamos:
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196
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Sobre os prazos materiais penais, o art. 10 do CP dispõe que deve ser incluído o dia do início do prazo,
excluindo-se o último dia.
Dessa maneira, o prazo para Acácio oferecer queixa-crime em face de Firmino começa no dia em que ele
tomou conhecimento da autoria do crime, que é 19 de fevereiro de 2018.
O último dia para o oferecimento da queixa-crime seria, em tese o dia 18 de agosto de 2018. Porém,
observa-se que o dia 18 de agosto de 2018 caiu num sábado. Como não há expediente forense no fim de
semana, a queixa-crime deve ser oferecida até o dia 17 de agosto de 2018 (sexta-feira).
Ressalta-se que prazo decadencial é improrrogável. Assim, caso termine num sábado, domingo ou feriado,
não poderá ser estendido até a segunda-feira ou até o primeiro dia útil subsequente.
GABARITO: letra “A”.
198
O inciso IX, em destaque, diz que poderá haver perdão judicial “nos casos previstos em lei”. Ou seja, o art.
107 permite a ampliação do rol de hipóteses que extinguem a punibilidade. Observa-se, portanto, que seu
rol é exemplificativo, e não taxativo.
199
A prescrição, a decadência e o prazo de cumprimento de pena privativa de liberdade são prazos penais. E,
conforme o art. 10 do CP, inclui-se do dia do início e exclui-se o dia do vencimento.
No caso de prazos processuais, ocorre o contrário: exclui-se o dia do início e inclui-se o dia do vencimento.
GABARITO: certo.
200
201
202
203
204
A premeditação não está expressamente prevista como qualificadora do crime de homicídio. Além disso,
também não é prevista como agravante genérica, nem como causa de aumento de pena ou qualificadora.
GABARITO: errado.
A assertiva aborda a chamada “progressão criminosa”, que ocorre quando o agente substitui seu dolo para
dar causa a um resultado mais grave. Ou seja, o agente pratica um crime menor, mas depois resolve
praticar um mais grave, ambos contra o mesmo bem jurídico.
É o caso de Alex, que praticou o crime de lesão corporal e passou para o de homicídio.
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205
Nessas hipóteses, aplica-se o princípio da consunção. Assim, o crime menos grave será absorvido pelo
crime mais grave, razão pela qual Alex só responde pelo crime de tentativa de homicídio.
GABARITO: errado.
206
207
Para responder a essa questão, devemos observar o que dispõe o Código Penal nos arts. 181 a 183:
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo:
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em
prejuízo:
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou
violência à pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
Os dispositivos acima cuidam das chamadas escusas absolutórias, que são causas pessoais que afastam a
punibilidade.
Com base no disposto, vamos às alternativas.
208
Incorre no delito de estelionato, presente no art. 171 do CP, conforme se observa abaixo:
Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
GABARITO: letra “E”.
209
210
211
c) Manoel, para sustentar o vício em jogos, furtou R$ 70.000,00 de seu pai, referente a todo o
dinheiro economizado durante a vida do genitor, um senhor de 65 anos de idade à época do fato.
Por ter praticado crime sem violência contra seu genitor, Manoel ficará isento de pena.
d) As causas de isenção de pena previstas nos artigos 181 e 182 também se estendem ao
estranho que participa do crime.
e) Se o crime for cometido em prejuízo de tio ou sobrinho com quem o agente coabita, a ação
penal será pública condicionada à representação.
212
213
214
215
Como regra, os agentes que contribuem para o delito respondem pelo mesmo tipo penal, conforme dispõe
a teoria monista. Entretanto, há exceções.
No caso em tela, o motorista responderá pelo descaminho (art. 334 do CP), e o servidor público
responderá pelo crime de facilitação de contrabando ou descaminho (art. 318 do CP).
GABARITO: errado.
O art. 334 do CP diz que haverá descaminho quando o sujeito “iludir, no todo ou em parte, o pagamento
de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria”.
A doutrina e a jurisprudência majoritária afirmam que se trata de um crime formal, bastando que a mera
ilusão do pagamento de direito ou imposto para a consumação do crime, não havendo necessidade,
portanto, de constituição definitiva do crédito tributário e nem da exigência de prejuízo.
Conforme o STF, “é dispensada a existência de procedimento administrativo fiscal com a posterior
constituição do crédito tributário para a configuração do crime de descaminho (CP, art. 334), tendo em
conta sua natureza formal” (HC 121798/BA).
GABARITO: certo.
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216
Os crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral estão no Capítulo I do Título
XI do Código Penal, e vão do art. 312 ao art. 327. Entre eles, estão:
1) O peculato (art. 312);
2) A concussão (art. 316);
3) A facilitação de contrabando ou descaminho (art. 318);
4) E a advocacia administrativa (art. 321).
O crime de tráfico de influência (art. 332) faz parte dos crimes praticados por particular contra a
administração em geral.
GABARITO: letra “D”.
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217
A prática da conduta descrita na assertiva corresponde ao crime de peculato, conforme dispõe o CP:
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público
ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
GABARITO: letra “B”.
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Venditio fumi é um termo com origem no direito romano que significa “venda de fumaça”.
É ligado ao crime de tráfico de influência.
Tráfico de Influência
CP, Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de
vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
GABARITO: letra “A”.
220
Conforme o art. 334-A, § 3º, do CP, “a pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em
transporte aéreo, marítimo ou fluvial”.
GABARITO: errado.
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221
O crime de contrabando, até 2014, era previsto no art. 334 do CP, junto com o crime de descaminho.
Porém, a Lei n. 13.008/2014 deslocou o crime de contrabando para o art. 334-A do CP.
Basicamente, é isso que trata o princípio da continuidade normativo-típica: a norma penal que trata de
determinada conduta criminosa é revogada, mas a conduta criminosa é transferida para outra norma
penal. Em outras palavras, o crime continua existindo, mas em outro dispositivo legal (não há abolitio
criminis).
GABARITO: certo.
222
O crime de corrupção passiva está previsto no artigo 317 do CP. Por sua vez, o crime de concussão tem
previsão no art. 316 do CP:
Concussão
Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
[...]
Corrupção passiva
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
GABARITO: certo.
Conforme o § 2º do art. 289 do CP, “quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou
alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a
dois anos, e multa”. Portanto, o crime é cometido na forma dolosa, não admitindo a modalidade culposa.
Aliás, o elemento subjetivo de todos os crimes contra a fé pública é o dolo. Nesses casos, lembre-se do
macete “A FÉ NÃO TEM CULPA”.
GABARITO: errado.
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223
224
O princípio do juiz natural está consagrado no inciso LIII do art. 5º, que diz: “ninguém será processado nem
sentenciado senão pela autoridade competente”.
Pois bem. A figura do juiz não é suprimida na fase investigatória, pois há medidas que só podem ser
tomadas mediante autorização judicial.
É a chamada cláusula de reserva de jurisdição, que diz respeito à necessidade de autorização do juiz para a
prática de certos atos.
São exemplos de atos da fase inquisitória (investigatória) que dependem de autorização judicial:
interceptação telefônica, busca e apreensão, prisão preventiva e temporária etc.
Posso isso, vejamos as alternativas.
225
O conflito entre lei geral e lei especial é resolvido pela aplicação do princípio da especialidade.
Conforme o referido princípio, aplica-se a lei especial em detrimento da geral. A norma geral somente será
aplicada no que a norma especial for omissa.
O CPP (Decreto-Lei n. 3.689/1941), no parágrafo único do art. 1º, dispõe que o as normas nele contidas
(normas gerais) serão aplicadas quando não couber a aplicação das leis especiais.
As próprias leis especiais costumam trazer expressamente a aplicação do CPP de forma subsidiária.
A Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006, art. 48, caput) dispõe que o CPP e a LEP serão aplicadas
subsidiariamente aos procedimentos nela definidos.
GABARITO: letra “B”.
226
É o que entende o STF: "a falta de advertência sobre o direito ao silêncio não conduz à anulação
automática do interrogatório ou depoimento, restando mister observar as demais circunstâncias do caso
concreto para se verificar se houve ou não o constrangimento ilegal" (RHC 107.915).
GABARITO: certo.
227
228
De acordo com o art. 10, caput, do CPP, “O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado
tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir
do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante
fiança ou sem ela”.
GABARITO: letra “D”.
229
230
231
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer
violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
[...]
VII - quando extinta a punibilidade.
Portanto, a instauração de inquérito policial, ou mesmo de ação penal, quando extinta a punibilidade, é
caso de coação ilegal na liberdade de ir e vir do sujeito, sendo cabível o habeas corpus.
A questão pede o entendimento sobre as medidas assecuratórias existentes no processo penal (arts. 125
ao 144-A do CPP), que são: a) o sequestro; b) a hipoteca legal; e c) o arresto.
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232
233
A questão tem como base o art. 18 do CPP e a Súmula 524 do STF. Vejamos:
CPP, art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de
base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver
notícia.
Súmula 524 do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor
de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
Observa-se que as alternativas “B”, “C”, “D” e “E” estão em desconformidade com os dispositivos
mencionados.
GABARITO: letra “A”.
234
235
Nesse caso, era dispensável prévia autorização judicial para apreensão dos CDs e DVDs, por isso
os policiais agiram corretamente, uma vez que tais objetos estavam relacionados com a infração
cometida por Pedro.
( ) Certo ( ) Errado
Pedro foi abordado pelos policiais enquanto praticada a infração penal, estando, portanto, em situação de
flagrante delito (CPP, art. 302, I).
Em se tratando de flagrante delito, é dispensável prévia autorização judicial autorizando a busca e
apreensão.
GABARITO: certo.
236
Na ação penal privada, o Inquérito Policial – IP, de fato, só poderá ser instaurado mediante requerimento
de quem tenha qualidade para oferecer queixa, isto é, o ofendido ou quem possa representá-lo (CPP, art.
30).
Já na ação penal pública condicionada, o IP poderá ser instaurado mediante representação:
a) Representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo; ou
b) Requisição do Ministro da Justiça.
Inicialmente, a banca considerou a questão como certa, mas o gabarito definitivo mudou, pois o Ministro
da Justiça também pode promover a ação penal pública condicionada.
GABARITO: errado.
237
Nos termos do inciso II do art. 5º do CPP, para que o inquérito policial seja iniciado nos crimes de ação
penal pública, basta que haja requisição do Ministério Público.
Portanto, ainda que a requisição não contenha nenhum dado ou elemento que, em tese, permita a
abertura das investigações, a autoridade policial não pode se recusar a atender à requisição do Ministério
Público.
GABARITO: errado.
Conforme a Súmula Vinculante nº 14, STF, “é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso
amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.
Dessa maneira, o advogado tem, no interesse de José, acesso às provas já documentadas em inquérito
policial. O sigilo, nesse caso, resguarda apenas as provas não juntadas aos autos.
GABARITO: certo.
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238
239
O art. 25 do CPP dispõe que “a representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia”.
GABARITO: letra “B”.
240
Vale ressaltar que o Ministério Público, em virtude da CF, tem como função institucional promover,
privativamente, a ação penal pública (art. 129, inciso I, da CF).
241
242
ITEM I: correto.
É o que dispõe o art. 29 do CPP.
Há duas expressões em latim que dão nome a dois princípios bastante utilizados no direito processual
penal brasileiro:
1) In dubio pro societate: que seria “a dúvida é favorável à sociedade”;
2) In dubio pro reo: que pode ser traduzida como “a dúvida é favorável ao réu”.
O in dubio pro societate é utilizado nos seguintes momentos processuais:
Quando a autoridade policial estiver na dúvida entre indiciar ou não o sujeito;
Quando o promotor estiver na dúvida entre oferecer ou não a denúncia;
Quando o juiz estiver na dúvida entre aceitar ou não a denúncia.
Já o in dubio pro reo é utilizado quando o juiz estiver na dúvida entre condenar ou não o acusado.
GABARITO: certo.
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243
244
De acordo com a Súmula 151 do STJ, “a competência para o processo e julgamento por crime de
contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens”.
Porém, o prazo para finalizar o inquérito na justiça federal é de 15 dias, quando o indiciado estiver preso,
nos termos do art. 66 da Lei n. 5.010/1966.
GABARITO: errado.
245
246
247
De acordo com o art. 96 do CPP, “A arguição de suspeição precederá a qualquer outra, salvo quando
fundada em motivo superveniente”.
GABARITO: letra “B”.
De acordo com o § 1º do art. 240 do CPP, a busca domiciliar será realizada, quando fundadas razões a
autorizarem, para:
a) prender criminosos; (letra “A”).
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos;
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim
delituoso;
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248
De acordo com o art. 155, caput, do CPP, o juiz não pode fundamentar sua decisão exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.
Portanto, o juiz pode fundamentar sua decisão exclusivamente em provas cautelares, provas não
repetíveis e aprovas antecipadas.
Além disso, o juiz pode fundamentar sua decisão com base em outros elementos informativos colhidos na
investigação, desde que sua fundamentação não seja feita exclusivamente com base nesses elementos.
GABARITO: letra “E”.
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249
250
251
ITEM I: errado.
No caso das provas no processo penal, vigora o princípio da liberdade probatória, e não o princípio da
legalidade.
Pelo princípio da liberdade probatória, pode-se comprovar o alegado por todos os meios de provas
admitidos, e não proibidos (provas ilícitas), no direito brasileiro.
Se caso as provas fossem regidas pelo princípio da legalidade, seriam admitidas apenas aquelas previstas
no ordenamento jurídico.
Observa-se que o princípio da liberdade probatória amplia a possibilidade de produção de provas, ao passo
que o princípio da legalidade, nesse caso, é mais restrito.
252
A afirmação de que “a confissão é a rainha das provas”, em Direito Processual Penal, é incabível, uma vez
que ela deverá ser confrontada com os demais elementos do processo, conforme dispõe o art. 197 do CPP:
Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e
para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre
ela e estas existe compatibilidade ou concordância.
GABARITO: letra “E”.
253
254
255
Conforme o art. 243 CPP, o mandado de busca também deve mencionar o motivo e os fins:
CP, art. 243. O mandado de busca deverá:
I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e o nome do
respectivo proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-
la ou os sinais que a identifiquem;
II - mencionar o motivo e os fins da diligência;
III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
GABARITO: errado.
256
A acareação está presente tanto na fase investigatória (CPP, art. 6º, VI) quanto na fase processual (CPP, art.
229):
CPP, art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações.
CPP, art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre
testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre
que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
GABARITO: errado.
257
III. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por dois peritos oficiais,
portadores de diploma de curso superior; porém, na falta de peritos oficiais, o exame será
realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior,
preferencialmente, na área específica, entre as que tiverem habilitação técnica relacionada com
a natureza do exame.
IV. Conforme previsão do Código de Processo Penal, quando a infração deixar vestígios, será
indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto. Todavia a sua não realização poderá
ser suprida pela confissão do acusado.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
ITEM I: correto.
A assertiva reproduz o entendimento do caput do art. 177 do CPP.
258
259
260
261
262
É exatamente isso. Conforme a doutrina majoritária, haverá flagrante presumido/ficto quando o agente,
logo após a prática do crime, ainda que não tenha sido perseguido, é encontrado com os instrumentos que
façam presumir ser ele o autor do delito. É o que diz o art. 302, IV, do CPP.
GABARITO: certo.
263
264
265
266
ITEM I: certo.
Nos termos do caput do art. 322 do CPP, a autoridade policial pode conceder liberdade provisória
mediante fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 04
anos.
Porém, isso não impede que, logo após a concessão da liberdade provisória pela autoridade policial, o juiz
venha a decretar a prisão preventiva do sujeito, desde que presentes os requisitos do art. 313 do CPP.
Vale mencionar, conforme o art. 311 do CPP, que o juiz só pode decretar a prisão preventiva de ofício no
curso da ação penal. Durante o inquérito policial, ele só poderá decretar a prisão preventiva mediante
requerimento do MP, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
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268
De acordo com o art. 304 do CPP, “apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor
e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso [...]
lavrando, a autoridade, afinal, o auto”.
GABARITO: certo.
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269
Conforme o CPP, art. 305, “na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela
autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal”.
GABARITO: certo.
270
ITEM I: incorreto.
A prisão temporária constitui uma espécie de prisão cautelar que pode ser decretada, por representação
da autoridade policial ou por requerimento do membro do Ministério Público. Não poderá ser decretada,
no entanto, de ofício pelo juiz (autoridade judiciária). Leitura do art. 2º da Lei n. 7.960/1989.
271
A assertiva transcreve um trecho da ementa do HC 94247/BA, julgado pelo STF: "o excesso de prazo da
prisão em razão da demora na fixação do foro competente configura constrangimento ilegal à liberdade de
locomoção".
Além disso, o CPP dispõe:
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: [...]
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei.
GABARITO: certo.
272
De fato, não é permitido que o sujeito fique preso sem saber os motivos.
A nota de culpa é o instrumento utilizado para dar ciência ao preso do motivo da sua prisão:
CPP, art. 306. Dentro em 24 (vinte e quatro) horas depois da prisão, será dada ao preso nota de culpa
assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.
GABARITO: certo.
De acordo com o art. 363 do CPP, “o processo terá completada a sua formação quando realizada a citação
do acusado”.
GABARITO: letra “D”.
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273
Conforme o § 4º do art. 593 do CPP, quando for cabível a apelação, ela deverá ser interposta, não podendo
se utilizar do recurso em sentido estrito, mesmo que se recorra somente de parte da decisão.
GABARITO: letra “A”.
274
De acordo com o § 1º do art. 654 do CPP, a petição de habeas corpus deverá conter:
1) O nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação;
2) O nome de quem exercer a violência, coação ou ameaça;
3) A declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de coação, as razões
em que funda o seu temor;
4) A assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder escrever, e
a designação das respectivas residências.
GABARITO: letra “C”.
O chamado alvará de soltura clausulado é o alvará com uma ressalva (um cláusula) afirmando que o
acusado será posto em liberdade, caso não haja outro motivo legal para a manutenção da prisão.
É o que dispõe o § 1º do art. 660 do CPP:
Art. 660, § 1º Se a decisão for favorável ao paciente, será logo posto em liberdade, salvo se por outro
motivo dever ser mantido na prisão.
GABARITO: letra “D”.
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