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1ª ATIVIDADE
Pelas fachadas, as casas do Porto, no norte de Portugal, parecem tão abandonadas quanto as ruas,
exceto por um detalhe: janelas e sacadas enfeitadas por desenhos de arco-íris acompanhados pela frase "vai
ficar tudo bem".
Os traços são inconfundivelmente infantis e as letras, por vezes, tremidas, de tamanhos diferentes,
como costuma ser a caligrafia de quem só há pouco aprendeu a escrever.
O movimento, ao que tudo indica, começou na cidade de Bari, no sul da Itália - uma ideia de um
grupo de mães no Facebook. A inspiração delas, por sua vez, teria vindo da China, onde a palavra cantonesa
"jiayou" - algo como "não desista" - tem ganhado as ruas desde o início do surto.
Pois, ainda bem, a moda pegou aqui em Portugal. Todos os dias, de manhã, quando passeio com
minha cadela pelas ruas desertas do bairro onde moramos, o Bonfim, emociono-me se vejo um desenho
novo. Bela, minha cachorra, é uma golden retriever gorda, molenga e bonachona, de modo que, em tempos
ordinários, não há uma única vez em que não saiamos à rua e ela não distribua lambidas entre crianças
ansiosas por "fazer-lhe festinhas", como se chama, por aqui, a prática de dar carinho aos animais.
Desde que o país entrou em quarentena, sair para passear com a Bela tem sido uma experiência
estranha. Não encontrar crianças nos brinquedos das praças ou a caminho da escola é esquisito, como se de
repente elas tivessem sido transferidas para outro planeta. Por isso, emociono-me quando vejo os desenhos
nas janelas: os miúdos ainda estão por aqui, logo ali, atrás daquela parede. Entediados, enlouquecendo os
pais, mas também assustados.
E desenhar arco-íris com mensagens fofas, em todo o mundo, parece que tem sido um bom jeito de,
por alguns segundos, fazê-los sentir-se um pouco mais leves. E a nós, pais, também.
2. Responda:
a) Qual o título e a data da notícia?
d) Por quais países a moda se espalhou? Retire um trecho do texto que comprove sua resposta.
f) A notícia é de Portugal, por isso tem palavras expressões típicas do português de lá. Dessa forma,
reescreva o trecho abaixo, substituindo o termo em destaque pelo seu correspondente aqui, no português do
Brasil.
- “Por isso, emociono-me quando vejo os desenhos nas janelas: os miúdos ainda estão por aqui, logo ali,
atrás daquela parede.”
g) Por que, na opinião dos pais, é bom para as crianças fazerem estes desenhos? Justifique sua reposta.
2ª ATIVIDADE
3- Para fundamentar sua tese, a autora afirma que a publicidade procura vender mais um “ estilo de
vida” do que um produto e foca o consumidor jovem, embora ele não tenha poder de compra. Isso
ocorre, segundo ela, porque os pais:
ALEGRIAS
[...]
Um caminhão de limpeza pública recolhendo o lixo. Lixeiros se cruzam, pegando sacos de lixo na
calçada dos dois lados da rua e atirando os sacos na parte traseira de um caminhão. Enquanto trabalham, os
lixeiros conversam, aos gritos, e dão gargalhadas. É quando se abre a janela de um segundo andar e um
homem olha para a rua.
__ Que história é essa? __ grita o homem.
Os lixeiros param e olham para cima. Um deles pergunta:
__ O que foi, vizinho?
__ Que alegria é essa?
Os lixeiros se entreolham.
__ Tamo incomodando?
__ Quanto vocês ganham? __ pergunta o homem do segundo andar.
Um dos lixeiros diz quanto ganham.
__ E como é que vocês estão alegres desse jeito?
__ Bom, doutor, é que ...
__ Eu ganho dez vezes isso e vivo preocupado.
Os lixeiros não sabem o que dizer.
__ Desculpe se nós acordamos o senhor...
__ Eu não estava dormindo. Quem consegue dormir com tanta preocupação?
Outro lixeiro abre os braços.
__ Desculpe, né, vizinho?
__ Eu não sou seu vizinho! Você deve morar num barraco de vila e eu moro aqui, com todo o
conforto. E sabe quando foi a última vez que eu ri como vocês estão rindo?
__ Quando, doutor?
__ Eu não me lembro!
O motorista do caminhão se impacienta e diz para os outros:
__ Vamlá. Vamlá.
Os lixeiros começam a se afastar. O homem se debruça para fora da janela e grita:
__ Como é que vocês conseguem rir desse jeito?
Um lixeiro, já correndo para pegar outro saco, responde por cima do ombro:
__ É o jeito, né, padrinho.
__ Inconscientes! __ grita o homem. __ Inconscientes! Parem de rir!
Mais tarde os lixeiros comentam entre si:
__ Pô. Coroa sem cintura!
(Crônicas da vida pública. Porto Alegre: L& PM,1996. P.72-3.)
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6- Entende-se pelo comentário: “__ Pô. Coroa sem cintura!” que o morador:
3ª ATIVIDADE
“Arrumar o homem”
Não boto a mão no fogo pela autenticidade da estória que estou para contar. Não posso, porém,
duvidar da veracidade da pessoa de quem a escutei e, por isso, tenho-a como verdadeira. Salva-me, de
qualquer modo, o provérbio italiano: “Se não é verdadeira... é muito graciosa!”
Estava, pois, aquele pai carioca, engenheiro de profissão, posto em sossego, admitido que, para um
engenheiro, é sossego andar mergulhado em cálculos de estrutura. Ao lado, o filho, de 7 ou 8 anos, não
cessava de atormentá-lo com perguntas de todo jaez, tentando conquistar um companheiro de lazer.
A ideia mais luminosa que ocorreu ao pai, depois de dez a quinze convites a ficar quieto e a deixá-lo
trabalhar, foi a de pôr nas mãos do moleque um belo quebra-cabeça trazido da última viagem à Europa. “Vá
brincando enquanto eu termino esta conta”. sentencia entre dentes, prelibando pelo menos uma hora, hora e
meia de trégua. O peralta não levará menos do que isso para armar o mapa do mundo com dos cinco
continentes, arquipélagos, mares e oceanos, comemora o pai-engenheiro.
Quem foi que disse hora e meia? Dez minutos depois, dez minutos cravados, e o menino já o puxava
triunfante: “Pai, vem ver!” No chão, completinho, sem defeito, o mapa do mundo.
Como fez, como não fez? Em menos de uma hora era impossível. O próprio herói deu a chave da
proeza: “Pai, você não percebeu que, atrás do mundo, o quebra-cabeça tinha um homem? Era mais fácil. E
quando eu arrumei o homem, o mundo ficou arrumado!”
“Mas esse garoto é um sábio!”, sobressaltei, ouvindo a palavra final. Nunca ouvi verdade tão
cristalina: “Basta arrumar o homem (tão desarrumado quase sempre) e o mundo fica arrumado!”
01. Assinale o item cuja afirmativa está de acordo com o primeiro parágrafo do texto:
a) embora o autor do texto não confie na veracidade da estória narrada, conta-a por seu valor moral;
b) como o autor do texto confia na pessoa que lhe narrou a estória, ele a transfere para o leitor, mesmo
sabendo que não é autêntica;
c) A despeito de ser bastante graciosa a história narrada, o autor do texto tem certeza de sua inautenticidade ;
d) O autor do texto nos narra uma história de cuja autenticidade não está certo, apesar de ter sido contada
por pessoa digna de ;
03. Na continuidade de um texto, algumas palavras referem-se a outras anteriormente expressas; assinale o
item em que a palavra destacada tem sua referência corretamente indicada:
a) Não boto a mão no fogo pela autenticidade da estória QUE estou para contar - refere-se à autenticidade
da estória narrada;
b) Não posso, porém, duvidar da veracidade da pessoa de quem A escutei... - refere-se à veracidade da
estória narrada;
c) ...e, por ISSO tenho-a como verdadeira. - refere-se a não poder duvidar da veracidade da pessoa que lhe
narrou a estória;
d) ...tenho-A como verdadeira. - refere-se à pessoa que lhe narrou a estória do texto;
e) Salva-ME de qualquer modo, o provérbio italiano. - refere-se à pessoa de cuja veracidade o autor do texto
não pode
04. O item em que o vocábulo destacado está tomado em sentido não- figurado é:
d) ...COMEMORA o pai-engenheiro.
05. ..pôr nas mãos do moleque um belo quebra-cabeça...; o substantivo quebra-cabeça forma o plural de
modo idêntico a um dos substantivos abaixo:
a) guarda-chuva;
b) tenente-coronel;
c) terça-feira;
d) ponto-de-vista;
e) caneta-tinteiro.
06. O item em que o vocábulo destacado tem seu sinônimo corretamente indicado é:
07. A frase do menino: E quando eu arrumei o homem, o mundo ficou arrumado! mostra que:
08. Mas esse garoto é um sábio...; esta frase do autor do texto é introduzida por uma conjunção adversativa
que marca, nesse caso, a oposição entre:
a) a idade e a sabedoria;
b) a autoridade e a desobediência;
c) o trabalho e o lazer;
d) a teoria e a prática;
e) a ignorância e o conhecimento.
09. O segmento do texto que NÃO apresenta qualquer processo de intensificação vocabular é:
10. ... você não percebeu que atrás do mundo, o quebra-cabeça tinha um homem? ...se é que se quer arrumar
o mundo ; a palavra mundo nesses dois segmentos:
11. ..se é quer se quer arrumar o mundo.; a frase final do texto mostra que:
c) o autor do texto faz uma ressalva negativa sobre o desejo das pessoas;
4ª ATIVIDADE
Georgina Martins
Todos os dias a menininha estava lá: vendia doces na porta de uma lanchonete, perto de uma pracinha,
onde brincam quase todas as crianças da redondeza. Mas ela não brincava, só vendia doces. Mesmo porque
ela não era moradora do bairro. Sempre chegava por volta das quatro da tarde e ficava até os doces
acabarem. Nos finais de semana ela chegava mais tarde, mas nunca faltava. Devia ter uns oito anos e, às
vezes, distraía-se olhando as crianças brincarem.
Quando eu era menina, queria ter uma fábrica de doces só para poder comer todos os doces que eu
quisesse; naquela época eu era muito pobre, e quase nunca sobrava dinheiro lá em casa para comprar doces.
A menininha não comia nenhum.
Ficava lá até vender todos. Será que algum dia ela já desejou ter uma fábrica de doces só pra ela?
Todas as vezes que eu passava por ela pensava nessas coisas. Eu também desejava ter uma fábrica de
leite condensado, só para poder furar todas as latinhas que quisesse. Eu sempre gostei de furar latinhas de
leite condensado, e quando sobrava algum dinheiro lá em casa, minha mãe dava um jeito de comprar uma
latinha de leite condensado. Mas, como ela não sabia cozinhar, nunca preparava nada com as latinhas, e eu
furava todas, sempre escondido dela, que fingia não saber.
Eu nunca pensava em vender os doces das fábricas dos meus sonhos, só pensava em comê-los. Acho
que os doces não foram feitos para serem vendidos por crianças, foram feitos para serem comidos por elas.
Mas aquela garotinha não comia nenhum, mesmo quando não conseguia vendê-los.
Um dia, resolvi perguntar se ela não tinha vontade de comê-los, e ela me respondeu que seu irmão
menor trabalhava em uma mercearia e que também não podia comer nada sem pagar. Ela me disse que os
doces não eram dela: ela os pegava em uma lojinha em Japeri, perto de sua casa; no final do dia, acertava as
contas com o seu Alberto, o dono da loja. Adorava chupar balas e queria muito ter bastante dinheiro para
poder comprar um monte de uma vez. Mas não tinha. Nem tinha pracinha perto da casa dela, mas achava
ótimo poder brincar com as amigas na rua mesmo.
Uma noite, quando eu voltava do cinema, passei pela menina e percebi que ela estava com muito sono,
quase cochilando; a lanchonete já ia fechar e ela ainda tinha alguns doces na caixa. Eu tinha acabado de
assistir a um filme sobre crianças, um filme iraniano que eu adoro e que foi um dos filmes mais bonitos que
eu já vi: chama-se Filhos do paraíso, e conta a história de dois irmãos, um menino e uma menina; o menino
perde o único par de sapatos que a irmã possuía e os pais deles não têm como comprar outro.
Acho que todas as crianças do mundo deveriam assistir a esse filme.
Contei o dinheiro que eu tinha na bolsa e cheguei à conclusão de que dava para pagar todos os doces
que ainda restavam. Depois de ver um filme como aquele, eu achava impossível deixar uma menininha
daquelas cochilando no meio da rua, numa noite fria.
— Olhe só, vou lhe dar esse dinheiro. Dá pra comprar todos os doces que você tem aí, e você não
precisa nem me dar os doces, pode ficar com eles e vendê-los amanhã.
Ela me olhou sem entender direito e disse que eu tinha que levar os doces.
— Mas, menina, é a mesma coisa: você ganha o dinheiro e ainda fica com os doces; é muito melhor pra
você...
— Melhor nada, minha mãe diz que eu não posso voltar pra casa enquanto não vender tudo.
— Mas você vai vender, vai levar o dinheiro que levaria se tivesse vendido tudo.
— Tia, você não entendeu, eu não posso voltar com doce pra casa, senão eu apanho da minha mãe e do
meu padrasto. Preciso ajudar em casa, minha mãe trabalha muito, lá em casa tem muita gente pra comer,
tenho seis irmãos... é por isso que eu vendo doces.
— Já entendi, mas eu só estou querendo lhe ajudar, você leva o dinheiro e ainda sobra doce pra
amanhã.
— Mas não pode sobrar nada, minha mãe falou. Por que a senhora não quer levar os doces?
— Pra ajudar você! Amanhã, quando você for lá na loja do seu Alberto, você vai precisar comprar
menos doces e vai ter mais dinheiro.
— Não, tia, não é assim. Eu não estou pedindo o seu dinheiro, estou vendendo doces e tenho que
vender tudo, minha mãe falou. Por favor, leva os doces.
— Minha querida, vou lhe explicar direitinho: eu vou lhe pagar por todos os doces que tem aí, mas não
vou levá-los, assim você vai poder vendê-los pra outras pessoas.
— Tia, você não entende mesmo, hein? Minha mãe vai brigar comigo, ela fica muito braba quando eu
faço alguma besteira. Já falei que ela disse que eu não posso voltar com nada pra casa. O meu padrasto,
quando eu chego em casa, faz as contas e quando sobra doce ele me bate. Ele sempre conta quanto dinheiro
tem e tem que ter tudo certinho.
Percebi que não adiantava nada tentar convencê-la, ela já estava ficando nervosa de tentar me explicar
o seu problema. Dei-lhe o dinheiro e tive que levar todos aqueles doces, que ela, rapidamente, enfiou em
minha bolsa.
Ao ver-se livre deles, seus olhinhos brilharam de contentamento e ainda pude ouvi-la falando sozinha,
muito indignada com a minha pouca compreensão a respeito do seu problema:
— Que tia burra, não entende nada de vender doces. Vai ver que ela nunca trabalhou, porque nem sabe
fazer conta!
Georgina Martins.
Entendendo o texto:
01 – O texto lido começa assim: “Todos os dias a menininha estava lá.” Não sabemos quem é essa
menininha. Mas, aos poucos, o texto vai nos dando informações sobre ela. Encontre os seguintes dados
sobre essa personagem:
a) Idade:
b) Parentes: .
c) Obrigações:
d) Desejos:
02 – Além da menininha, no texto há outra personagem, a que conta os fatos. Essa narradora-personagem
diz que também foi pobre quando criança. Responda: qual era o sonho dela quando menina?
04 – Por que o mais importante para a menina era vender todos os doces?
05 – Numere os fatos na ordem que ocorreram no texto e marque abaixo sua opção:
( ) Certa noite uma boa senhora que já vinha observando a criança, quis ajudá-la pagando todos os doces,
sem leva-los.
( ) Sua família era muito pobre e precisava trabalhar, assim também como seu irmão.
( ) A menininha não compreendeu a atitude da compradora e disse não poder aceitar por medo de apanhar
em casa.
( ) Todos os dias uma menininha vendia doces nas ruas de um bairro para um certo comerciante, não
comendo nem um doce e não brincando com outras crianças.
( ) A boa senhora vendo que nada adiantava, deu-lhe o dinheiro, recebeu os doces e a criança saiu contente,
porém indignada sem compreender a bondade da amiga.
A sequência correta é:
(A) 3, 1, 4, 2 e 5
(B) 3, 2, 4, 1 e 5
(C) 2, 3, 4, 1 e 5
(D) 3, 2, 5, 4 e 1
06 – Marque a opção que melhor substituir a palavra destacada na frase: “... e ainda pude ouvi-la falando
sozinha, muito INDIGNADA com a minha pouca compreensão a respeito do seu problema.”
(A) Chateada
(B) Desinteressada
(C) Disfarçada
(D) Revoltada
07 – Como vimos em nossas aulas, o tempo e o espaço são elementos essenciais para a construção de uma
narrativa. A respeito desses elementos, responda:
a) É possível definir o tempo em que se desenrola os acontecimentos narrados no texto? Se sim, retire do
texto um fragmento que comprove sua resposta.
b) No texto lido, é possível determinar o espaço onde a história narrada acontece? Explique.
5ª ATIVIDADE
ATIVIDADE INTERPRETATIVA: FESTAS JUNINAS (TEXTOS E EXERCÍCIOS)
Origem da Festa Junina
Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das
festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos
da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o
período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e
franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil,
influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de
onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a
dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais
dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando
características particulares em cada uma delas.
Comidas típicas
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados,
relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, curau milho cozido, canjica, cuscuz,
pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de
amendoim, bolo de pinhão, bom-bocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente,
batata doce e muito mais.
Tradições
As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem
como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez
mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e
cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas
uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por
igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os
visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres
solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo
Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que
nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.
4ª) O que significa a expressão apresentada pelo texto “comemoradas NOS QUATRO CANTOS do Brasil”?
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7ª) Que turistas internacionais costumam aparecer ao Brasil para acompanhar os festejos juninos?
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11ª) E na sua comunidade, como a população realiza estes festejos juninos? Você gosta deste momento? E
em sua opinião, qual a importância destas festas em nosso povoado?
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12ª) Como é considerado o Santo Antônio durante os festejos juninos? Faça um relatório sobre este
padroeiro da festa junina.
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6ª ATIVIDADE
Aprendendo com os erros
O mestre conduz seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho caminhasse com igualdade,
enquanto seu aprendiz escorrega e cai a todo instante.
O aprendiz blasfema, levanta-se e cospe no chão traiçoeiro e continua a acompanhar seu mestre.
Depois de longa caminhada, chegaram a um lugar sagrado. Sem parar, o mestre dá meia volta e
começa a viagem de volta.
– Você não me ensinou nada hoje - diz o aprendiz, levando mais um tombo.
– Ensinei sim, mas você parece que não aprende – respondeu o mestre – estou tentando te
ensinar como se lida com os erros da vida.
– E como lidar com eles?
– Como deveria lidar com seus tombos - respondeu o mestre - Em vez de ficar amaldiçoando o
lugar onde caiu, devia procurar aquilo que o fez escorregar.
Questões
1) Qual é o título do texto?
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2) Quais são os personagens principais da história?
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3) Onde se passa a história?
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4) De acordo com a história qual é a diferença entre aprendiz e mestre?
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5) Qual era a reação do aprendiz quando caia? O que isso mostrava sobre ele?
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6) Qual foi a reação do aprendiz quando o mestre ao chegar ao local sagrado, resolveu voltar?
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7) Explique com suas palavras, o que o mestre ensinou e de que maneira.
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8) Em sua opinião, o que o aprendiz poderia ter feito de diferente para aprender a lição mais rápido?
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9) Explique com suas palavras, como podemos usar essa lição em nossas vidas?
O homem acorda anestesiado e olha em volta. Ainda está na sala de recuperação. Há uma enfermeira
do seu lado. Ele pergunta se foi tudo bem.
_ Tudo perfeito _ diz a enfermeira, sorrindo.
_ Comigo, sempre há riscos. Minha vida tem sido uma série de enganos...
E conta que os enganos começaram com o seu nascimento. Houve uma troca de bebês no berçário e
ele foi criado até os dez anos por um casal de orientais, que nunca entenderam o fato de terem um filho
claro de olhos redondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Ou com a sua
verdadeira mãe, pois o pai abandonara a mulher depois que esta não soubera explicar o nascimento de um
bebê chinês.
Os enganos se sucediam. Na escola, vivia recebendo castigo pelo que não fazia. Fizera o vestibular
com sucesso mas não conseguira entrar na universidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu
na lista.
_ Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mês passado tive que pagar
mais de trezentos reais.
Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram felizes.
_ Por quê?
_ Ela me enganava.
Fora preso por engano. Várias vezes . Recebia intimações para pagar dívidas que não fazia. Até
tivera uma breve, louca alegria, quando ouvira o médico dizer:
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3-O que há de engraçado na personagem principal?
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4-Esta história poderia ter acontecido na vida real? Justifique.
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5-O desfecho desta história é previsível, esperado? Justifique.
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8ª ATIVIDADE
Apesar de a Constituição Federal garantir o respeito à liberdade religiosa, agressões a pessoas ou locais de
culto continuam ocorrendo em todo o país
Constitucionalmente, o Brasil é laico há mais de 120 anos e não discrimina nenhuma religião. Na
prática, o país ainda mostra as faces da intolerância religiosa, com agressões físicas, xingamentos,
depredações, destruições de imagens, tentativas de homicídio e incêndios criminosos. Levantamento feito
pelo Ministério dos Direitos Humanos (MDH), com base nas ligações para o Disque 100, aponta que, no
primeiro semestre deste ano, foram registradas 210 denúncias de discriminação por religião. Os estados
campeões são Rio Grande do Norte, São Paulo e Rio de Janeiro. Desde 2015, o estado potiguar lidera o
ranking, e os outros dois têm alternado o segundo e o terceiro lugares.
Em comparação com 2017, em que ocorreram 255 casos no mesmo período, as ocorrências
diminuíram. No entanto, os números podem ser ainda maiores, pois a taxa de subnotificação é alta. Entre as
religiões que mais sofrem discriminação, está a umbanda, com 34 denúncias; o candomblé, com 20; e a
evangélica, com 16 casos. O Distrito Federal aparece com apenas uma denúncia. Porém, a Secretaria da
Segurança Pública e da Paz Social do DF registra nove ocorrências de discriminação religiosa, de janeiro a
setembro. No mesmo período do ano passado, foram oito casos. A pesquisa do MDH também traçou o perfil
dos agressores. A maioria das ações de intolerância é praticada por mulheres. Elas também encabeçam a
lista das vítimas — são 45,18%, contra 37,35% dos homens.
Adna Santos, 56 anos, mais conhecida como Mãe Baiana, sentiu na pele a discriminação contra o
candomblé, religião à qual pertence. Chefe da Divisão de Proteção de Patrimônio da Casa Palmares, ela
possui um terreiro no Lago Norte, na divisa com o Paranoá. Em novembro de 2015, o Ylê Axé Oyá Bagan
foi incendiado e vários santos e instrumentos religiosos foram queimados ou destruídos. Um laudo da polícia
apontou curto-circuito, conclusão contestada por membros da comunidade. No mesmo ano, foram
registrados mais de 10 ataques a terreiros no DF.
(...)
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/11/03/interna-brasil,717238/em-seis-
meses-brasil-teve-mais-de-200-casos-de-intolerancia-religiosa.shtml (acesso em: 22/02/2020 – trecho)
Atividades
( a ) o preconceito racial.
( b ) a Constituição Federal.
( c ) a intolerância religiosa.
( d ) a ascendência das religiões de origem africana.
“Constitucionalmente, o Brasil é laico há mais de 120 anos e não discrimina nenhuma religião.”
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Desde 2015, o estado potiguar lidera o ranking, e os outros dois têm alternado o segundo e o terceiro
lugares.
6) Entre as religiões que mais sofrem discriminação, qual recebeu o maior número de denúncias em 2018?
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( ) De acordo com os dados, a religião evangélica é a que mais sofre, de acordo com as denúncias de
2018.
8) Releia:
O trecho acima foi retirado do último parágrafo do texto. A palavra destacada refere-se:
( a ) a Casa Palmares.
( b ) ao candomblé.
( c ) a intolerância religiosa.
( d ) a Adna Santos.
Pedro Malasartes, um caipira danado de esperto, estava morto de fome e sem dinheiro algum. Precisava
arranjar alguma ocupação que lhe desse o dinheiro suficiente para conseguir comprar comida.
Cansado de perambular em Porrete Armado, o nome do lugarejo em que se encontrava, decidiu parar e
descansar na porta de um pequeno armazém de secos e molhados; desses encontrados no interior e onde é
possível comprar de tudo que se pode imaginar.
Pegou sua viola e começou a cantar uma moda, na esperança de que alguém lhe desse alguns trocados.
Mas além de nada conseguir, os fregueses que bebiam no balcão quase o expulsaram por “incomodar” sua
conversa. Eles conversavam sobre uma senhora, Dona Agromelsilda, moradora da região e que era
conhecida por sua excessiva avareza.
A conversa caminhava assim:
--- Gente, vocês não imaginam como é “unha de fome” aquela Dona Agromelsilda, que mora para os
lados do estradão da Grota Funda!
Disse o dono do armazém.
--- Unha de fome é pouco! Aquela velha é capaz de não comer banana só pra não ter que jogar a casca
fora. Completou o segundo, um dos fregueses que bebiam na venda.
Um terceiro freguês afirmou:
--- Aquela velha é tão “pão dura” que nem comida para os coitados dos cachorros ela dá. Os bichinhos
estão todos passando fome. Magros, magros de dar dó. Acho até que o estômago deles já encostou nas
costelas.
--- Está para nascer o homem que conseguira tirar alguma coisa daquela velha. Duvido que alguém
consiga esta proeza.
--- Nunca vi coisa assim nesses anos que moro aqui em Porrete Armado. E olha que eu já vi coisas
com esses olhos que a terra há de comer. Terminou o dono do armazém.
Pedro decidiu que era hora de agir, se quisesse comer e ganhar algum dinheiro. Era hora também, de
dar uma lição naquela velha que o tratara mal da outra vez em que passara por Porrete Armado. Dona
Agromelsilda era conhecida pelos seus péssimos modos com as pessoas e acima de tudo por ser muquirana
até o último fio de cabelo. Pedro disse:
--- Eu aposto o que vocês quiserem como pra mim a velha vai dar alguma coisa de bom grado. E mais
ainda: Ela mesma é quem vem aqui contar que me encheu de presentes.
--- Você está ficando doido Pedro Malasartes? Aquela velha, além de não dar nada para ninguém,
também anda armada com uma baita de uma espingarda. Disse o dono do armazém.
--- Não se preocupe com isso que é problema meu e eu sei como resolver; disse o Pedro. –Mas, se
vocês duvidam do que eu disse, porque não apostam comigo, como ela vai me encher de presentes e vem
aqui contar para vocês?
O dono do armazém, rindo muito, respondeu:
--- Se você conseguir esta proeza, com a velha lhe dando presentes e vindo aqui contar para nós, te dou
todo o dinheiro que eu ganhar numa semana de trabalho.
Os outros dois fregueses, animados com a aposta “jogaram lenha na fogueira” e provocando Pedro
Malasartes disseram:
--- Nós dois também apostamos nossos ganhos da semana. Temos certeza de que a velha nem vai
querer conversa com você. Muito menos te dar algo. Mas se conseguir ganhar e fazer com que ela venha nos
contar, você ganha o dinheiro que nós conseguirmos nesta semana.
Uma dúvida, porém, surgiu e o dono do armazém, o mais malandro dos três queria saber:
--- Seu Pedro Malasartes, você ganhara nosso dinheiro de uma semana de serviço se conseguir que a
velha lhe dê presentes e venha nos contar aqui no armazém, mas se você não conseguir o que nós três
ganharemos? Pelo que sabemos você não tem nenhum dinheiro. Vai apostar oque?
Pedro muito convicto e com certeza da vitória, respondeu:
--- Eu trabalharei de graça para vocês três. Uma semana na fazenda de um, outra semana na fazenda
de outro e por fim uma semana em seu armazém. Combinado?
--- Combinado. Responderam os três.
Pedro tratou de arranjar um panelão fundo, uma sacola, mais algumas coisinhas e partiu para a casa da
velha a toda velocidade. Para ganhar uma aposta o malandro não poupava esforços e nem tinha preguiça.
Chegando perto da porteira da casa da velha, que morava numa enorme fazenda, Pedro fez um bom
fogo, encheu o panelão com a água do riacho, e juntando muitas pedras do chão, jogou-as na água. Depois
ficou de olho no movimento da casa de Dona Agromelsilda.
Quando a velha abriu a janela do quarto e viu Pedro fazendo aquele fogareiro, na frente de sua
fazenda, pensou:
--- Mas o que será que aquele doido está fazendo na entrada das minhas terras? Vou lá ver.
Chegando ao local em que Pedro estava, perguntou muito irritada:
--- Será que dá para o senhor explicar o que está pensando em fazer com todo este fogo na frente da
porteira de minha fazenda?
Pedro que estava de rabo de olho na velha, nem ligou para a malcriação e respondeu todo educado:
--- Boa tarde minha Vó? Tudo bom com a senhora? Estou preparando uma deliciosa sopa de pedras.
--- Sopa de pedras? Respondeu à velha.
--- Isso mesmo. Uma deliciosa sopa de pedras, receita de minha finada mãe.
--- E fica boa?
--- Boa? Fica muito boa!
A Velha, sovina como era, pensou em tirar proveito. Pois se a sopa ficasse boa mesmo e com a
quantidade de pedras que tinha em suas terras, certamente não teria mais despesas com comida, pois comeria
diversos pratos de pedra, que ela criaria: Pedra assada, pedra frita, pedra cozida, pedra ralada, pedra
refogada, pedra ensopada, escondidinho de pedra, pedra, pedra, pedra...
Fingindo-se muito educada a velha pediu:
--- Meu filho, quando terminar você dá um pouco para eu experimentar?
--- Claro minha Vó.
Assim, Pedro tratou de jogar mais lenha na fogueira e deixou as pedras cozinharem.
Passada uma hora:
--- O meu filho: Essa sopa sai ou não sai?
--- Claro que sai minha Vó. Daqui a pouco esta prontinha. É que leva um tempo para cozinhar
direitinho as pedras. Mas se a senhora tivesse uns legumes para colocar na sopa ela ficava melhor ainda.
Umas cenouras, umas batatas, umas mandioquinhas, umas abobrinhas, umas beterrabas...
A velha faminta como estava, nem pensou duas vezes e disse:
--- Eu tenho estes legumes todos na horta de casa. Espere um pouco, que eu já volto. E tratou de entrar
em casa para colher os legumes pedidos pelo Pedro.
Pedro pensou:
--- Ela caiu direitinho.
Minutos depois lá estava a velha:
--- Pronto meu filho. Este tanto dá?
--- Dá minha Vó.
Pedro, recolheu os legumes que a velha trouxe. Colocou metade de tudo em sua sacola e a outra
metade na sopa.
Passada mais uma hora, a velha com mais fome, perguntou:
--- Mas meu filho, esta sopa sai ou não sai?
--- Tá saindo minha Vó. Tá saindo. Mas a sopa ficaria tão boa se tivesse uma linguiça defumada, um
paio e uma carninha seca para colocar.
A velha ansiosa disse:
--- Eu tenho tudo isso em casa. Vou lá buscar. E tratou de buscar tudo que foi pedido.
Quando voltou entregou ao Pedro que, novamente, separou dois montes, colocando metade na sopa e
outra metade em sua sacola.
Mais uma hora e a velha já estava verde de fome, quase desmaiando. Isso sem falar na fazenda que
estava na maior bagunça com as vacas sem ordenha, os bezerros sem leite, as galinhas sem os ovos
recolhidos.
A velha então perguntou:
--- Menino! Esta sopa não fica pronta nunca?
--- Tá quase minha Vó. Se a senhora tivesse uns temperos ficaria melhor ainda. Um pouco de sal,
pimenta do reino, alho, azeite, açafrão, colorau, cheiro verde, cebolinha...
Lá foi a velha buscar os temperos pedidos.
Quando voltou, tudo se repetiu: Metade foi para a sopa e metade foi para a sacola do Pedro.
Depois de mais uma hora, com a velha quase desmaiando:
--- Meu filho, se esta sopa não sair agora eu desmaio de fome!
--- Tá prontinha minha vó. A senhora tem uns pratos para poder servir?
A velha saiu como um raio para dentro da casa e mais rápido ainda voltou com os pratos e colheres.
Pedro pegou o prato da velha e encheu de pedras. Quanto ao seu prato, colocou as partes boas da sopa
e poucas pedras. Sentou num canto e quando foi comer uma colherada de pedras de seu prato, jogou todas
elas fora.
A velha que estava tentando mastigar as pedras, quase quebrando os dentes, não acreditou no que viu o
Pedro fazer. Então perguntou:
--- Meu filho, você não vai comer as pedras não?
E Pedro, que já havia planejado isto também, respondeu com a maior cara de pau:
--- Comer pedra minha Vó? Tá doida é? Se eu comer estas pedras todas vou acabar quebrando os
dentes.
Ao dizer isto pegou sua sacola, com as coisas dadas pela velha, e saiu fugindo sem olhar para traz, pois
ouvia os berros indignados dela correndo atrás do malandro.
Quando chegou ao armazém, os três amigos da aposta não acreditaram na história de Pedro. Só
tiveram a confirmação de tudo que o Pedro dissera, quando a velha chegou ao armazém contando que dera
para Pedro uma porção de coisas para fazer uma sopa de pedras, mas que era na verdade uma sopa de
legumes com os ingredientes que ela colheu de sua horta e pertences de sua casa.
Assim que a velha saiu, Pedro cobrou a aposta e tratou de se mandar.
Dizem que está andando pelo mundo até hoje, aprontando e dando golpes nos que tentam enganá-lo.
Entendendo o texto:
03 – “Os matutos falavam de uma velha avarenta que morava num sítio pros lados do rio." Por que a velha
era considerada uma pessoa avarenta?
04 – Como Pedro fez para que a velha viesse falar com ele?
05 – Marque a resposta correta.
Por que, no decorrer da história, a velha atendeu a todos os pedidos de Pedro Malasarte?
a) Ela gostou de Pedro e resolveu agradá-lo.
b) Ela ficou curiosa para saber que gosto tinha a tal sopa de pedra.
06 – Para vencer a aposta que Pedro fez com os matutos, o que ele precisava conseguir?
07 – Que adjetivos você utilizaria para explicar como é a personagem Pedro Malasartes?
( ) malvado ( ) esperto ( ) impaciente ( ) convincente.
Racismo no Brasil é, no mínimo, uma atitude de ignorância às próprias origens. Qual é o antepassado
do “verdadeiro brasileiro”? Indígena (os primeiros povos a habitar a terra do ‘Pau Brasil’)? Os negros
(que foram trazidos para trabalhar como escravos e, ainda, serviram de mercadoria para seus senhores)?
Os portugueses (que detém o status de descobridores desta terra)? Porém, pode ser a miscigenação de
todas as raças, como vemos hoje? Afinal de contas, aqui se instalaram povos de todos os lugares do
mundo. Portugueses, espanhóis, alemães, franceses, japoneses, árabes e, ultimamente, peruanos,
bolivianos, paraguaios, uruguaios e até argentinos vivem neste país que é hospitaleiro para com os
estrangeiros e, por vezes, hostil com sua própria população.
Quantas pessoas mestiças nascidas no Brasil você conhece ou, pelo menos, já viu? Quantas vezes
você ouviu alguém dizer que... ”meu avô era africano, minha avó espanhola”, ou então...”meu pai é
japonês e minha mãe é árabe”? Quando representantes ‘tupiniquins’ participam de eventos esportivos ou
sociais, o que vemos são pessoas de diferentes raças, mas apenas um sangue e somente uma paixão: o
Brasil.
O que existe por aqui é muito racismo camuflado e que todo mundo faz questão de não enxergar. Os
alvos, mesmo que inconscientemente, sempre são os mesmos. Negros, mestiços, nordestinos, pessoas fora
do padrão da moda, ou seja, obesos, altos demais, baixos ou anões e, principalmente, os mais pobres
sofrem com a discriminação. Muitos não conseguem emprego, estudo, dignidade e respeito. Estes não
têm vez na sociedade brasileira! Para exemplificar isso, basta visitar as faculdades, os pontos de encontro
(como bares, danceterias, teatros e cinemas) ou, até mesmo, se tiver mais coragem, verificar o revés da
história, ou seja, favelas e presídios. Claramente, nesses lugares, o racismo vem à tona e causa espanto em
muitas pessoas que não ‘querem’ encarar a verdade dos fatos.
Segundo a Constituição Brasileira, qualquer pessoa que se sentir humilhada, desprezada,
discriminada, etc...por sua cor de pele, religião...pode recorrer a um processo judicial contra quem
cometeu tal atrocidade.
Precisamos mudar essa difícil realidade! O brasileiro tem de valorizar suas origens, para que um dia
este país tenha condições de lutar com igualdade pelos seus direitos e por todos nós.
09.Com base nos textos lidos em sala sobre esse assunto, escreva sobre a importância de se debater esse