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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO TTL | PUT CT MODELAGEM GEOMETRICA TRIDIMENSIONAL DA PORCAO CENTRAL DA JAZIDA DE FERRO DE ALEGRIA ~ QUADRILATERO FERRIFERO (MG) César Ulisses Vieira VERISSIMO,' Hans EBERT? Yociteru HASUL? Marcel M. MENICHELP (41) Departamento de Geologia, Universidade Federal do Ceara, Campus do PICI. Caixa Postal 6021, CEP 60.445-760, Fortalera, Ceara, (2) Departamento de Petrologia ¢ Metalogenia, Instituto de Geociéneias e Ciéncias Exatas, UNESP. Avenida 24, 1.515, CEP 13.506-900, Caixa Postal 178, Rio Claro, So Paulo. (3) Curso de Geologa, Instituto de Geociéncas e Ciéncias Exatas, UNESP. Enderogoseletinicos:verissimo@ufe br, hdeberv@re-unesp.br, hasui@terra.com.br, marcel@ire-unesp.br. le dg eteemo « gelopia de sapere RESUMO- 0s minérios de ferro da jazida de Alegria exibem um puro lenticular ¢imbricadorelacionad &tectinica de cavalgamento que tuou na borda lest do Quadrilitero Ferifero. A visualizao da geometria Jos corpos de minério das estruturas presentes na jazida, de iferentesangulose pontos de vista, foi possivel por meio da elaboracio do modelo tridimensional. O present artigo desereve as diversas ‘tapas de construgo desse complexo modelo, desde a entrada de dados via mesa digitalizadora, utlizando-se microcomputadores no ambiente AutoCAD, até a yeragio rendetizasio dos planes com programas de modelagem tridimensional de estruturascomplexas (TRIP, (Geo3 view) em workstation RISC-UNTX. Os resultados alcangados mostram que a modelagem 3D constitu uma ferramenta importante para andlise ¢ interpretacio das informagces geoldgicas obtidas a partir do mapeamento de superficie © de subsuperficie da jazia, ‘contribuindo para a otimizacio e planejamento das atividades de lavra c extacao dos minérios de ferro. Palavras-chave: Modelagem tridimensional; geologia estrutural; mingrio de ferro; Mina de Alegria; Quadritero Feriero ABSTRACT CUI: Verissimo, H.D. Ebert. ¥. Hasul, M.M. Menicheli- Geometric tridimensional modelling ofthe central portion of. the Alegria iron deposit ~ Quadriltero Ferrifero (MG). The Alegria iron ore deposit presents a general lenticular and imbricate tural patier ofthe ore bodies which is related to the thrust wetonics that affected the easter part ofthe Quadriltero Ferifero region. To enhance the visualization and interpretation capabilities of the ore bodies geometry and the ectonic strctures a three «dimensional computer model ofthe mine was elaborated, The main construction procedures and the complex model are here described. The topographic and geological data input was done by using and digitizing tablet, microcomputers and the AutoCAD program. Subsequent connection between adjacent geologic profiles and construction of three-dimensional wireirames was done with the Trip program, The perspective shaded 3D yeometric madel was rendered in a UNIX-workstation with Geo3 View. The three-dimensional ‘computer madel is an important tool 10 analyze and interpret the geological data obtained by surface and underground mapping ofthe mineral deposit, allowing to improve the mining planning and explotation Keywords: Three-dimensional computer modeling; structural geology; iron ores; Alegria Mine; Quadrilitero Ferrifero. INTRODUCAO ‘O.Complexo Alegria compreende um conjunto de sete minas pertencentes a SAMARCO Mineragao 8.4, situadas na porcaio leste do Quadrititero Ferrifero, a norte da cidade de Mariana, Minas Gerais, proximo da chamneira da estrutura sinformal de Alegria (Figura 1). Os minérios de ferro so representados por itabiritos (entre 30 © 64% Fe) © hematitas (2 64% Fe) pertencentes & For-magdo Cau, poredo intermediéria do Grupo Itabira (Su-pergrupo Minas) com idade entre 2,42.€ 2,52 Ga (p. ex., Babinski etal., 1993, 1995), Em razio de sua composigao mineralogica os itabiritos classificam-se em martiticos, goethiticos, es- peculariticos, magnetiticos e anfiboliticos. As hematitas podem ser martiticas ou especulariticas e, mais rara- ‘mente, anfiboliticas. Conforme o grau de compacidade (os minérios de itabirito e hematita diferenciam-se em compactos, friéveis e pulverulentos (Hasui etal, 1994; ‘Verissimo et al, 1998). So Paulo, UNESP. Genctémcias, 19, 1. 1p. 183-161, 2000 0s itabiritos especulariticos ocorrem, via de regra, associados a zonas de maior deformagao (rampas fron- taise laterais) enquanto os tipos martiticos compacts, ocorrem como lentes ¢ faixas budinadas laterais a essas zonas (Verissimo, 1999), A estruturagao € a compartimentagao da jazida configuram um padrio lenticular, recorrente ¢ imbrica- do das rochas e minérios de ferro, € refletem 0 evento regional compressivo que afetou a borda leste do Qua- drilatero Ferrifero. O referido evento encontra-se registrado na area por tés fases de deformagao progressiva desenvolvidas em condigdes que variaram de dicteis a raptil-dieteis (Figura?) Durante a primeira fase de deformagio (F,) foram geradas, em regime essencialmente dictil, no coaxial ¢ heterogéneo, uma foliagdo e lineagao (S, & L,) penetrativas, assim como uma série de outras g lf o, PIL Limite das areas pertencentes 8 Samarco S.A ‘Area solecionada para modelagam geométic trcimensional Mina em atvidade FIGURA 1. Localizago da irea de estudo. A: contexto regional, B: context local cestruturas (dobras diversas, estruturas S-C, bolsdes brechéides, rension gashes, budinagem, zonas de transcorréncia diictil dextrais) e marcadores cinema- ticos indicadores de transporte de massas de sudeste para noroeste (Figura 2A), ‘Uma segunda fase (F,) ligada ao relaxamento das tensdes iniciais foi responsivel pelo desenvolvimento de um conjunto de dobras métricas a decamétricas suaves a fechadas, com planos axiais verticais e eixos paralelos a direcdo do transporte tecténico (Figura 2B). 154 4i.em condigaes riptil-dicteis, quando as rochas apre- sentavam comportamento mais rigido, desenvolveu-se outro conjunto de dobras monoclinais assimétricas de Pequena expresso na jazida (Figura 2C). Objetivando uma caracterizagio ¢ visualizagio mais precisa da geometria das estruturas foi elaborado tum modelo geométrico tridimensional da porcdo central ‘do Complexo Alegria que inclui a mina Alegria 3 e parte das minas Alegria 2 e 4 (Figura 1B). ‘do Paulo, UNESP. Geocioncias, \. 19, mI. p- 183-161, 2000 FIGURA 2, Blocos-diagramasesquemiticos das fase relacionadas ‘a0 evento principal de deformagdo (E,) na Jazida de Alegria. A - Fase F, (estiramento ¢ transporte de massas rochosas na diregio [NW em condigdes dices; B - Fase F,(gerasio de dobras D, em condigdes dictil-rpteis, om eixos paraelos& diregio de estra- ‘mento maximo); C- Fase F, (geragfo de dobras D, (kinks) em con- digdes rpil-dieteis¢ falas associadas). METODOLOGIA 0 trabalho foi realizado no Laboratério de Com- utacdo Grafica, Setor de Modelagem 3-D, do Depar- tamento de Petrologia e Metalogenia do Instituto de ‘Geociéncias e Ciéncias Bxatas da UNESP, utilizando os programas AutoCAD 14, emmicrocomputador Pentium com 64 MB de RAM, bem como TRIP ¢ Geo3View (Lindenbeck & Utmer, 1995), e uma work-station RISC- UNIX SUN-Ultra com placa grifiea Creator 3D e 128 Mb de RAM. As técnica e métodos utilizados para a cconstrugao de modelos tridimensionais de estruturas ccomplexas compreendem a adaptaco co aperftigoamento daquelas descritas por Pflug & Harbaugh (1992), Bbert et al, (194, 1999), Fert & Penteado (1995), Kaneko eta (1997) ¢ Lindenbeck eta. (1997) Em razdo da grande quantidade de informagies eda complexidade tipolégica e estrutural da area, foi feita a ums filtragem inicial de dados em que foram desconsiderados elementos planares (lentes, filhas contatos) com pelo menos uma de suas dimensoes inferiores a 25m. ‘Moero Diarra. Te RENO F GEOLOGiA Da SureRFiCE ‘A base cartogrifica utilizada para a representagio a superficie topogriica da jazida foi a planta de atua- lizagio de maio de 1995 da Samatco Mineracio S.A. no periodo que correspondeu a etapa de campo e coleta de informacdes de superficie. Os elementos lineares correspondentes as cristas ¢ linhas de base dos taludes foram digitalizados via mesa digitalizadora com 0 co- mando PLINE em ambiente AutoCAD R14. Como to- po e base dos taludes nao apresentam cotas topogrificas constantes como as curvas de nivel, as terminagées das bancadas ¢ rampas de acesso foram digitalizadas em pequenos segmentos distintos, cada um com diferentes valores de elevagao, intermediarios entre topo e base. ‘Sto Paulo, UNESP, Geociémcias, 19, . 1, p. 153-161, 2000 0 arquivo *.DWG foi exportado com extensfio “DXF ¢ convertido, através do programa DXF2DAT (Cornett inédito), em um arquivo *.DAT contendo as coordenadas X, Ye a cota Z. Com o programa Surfer 6.0 (Golden Software) foi gerado, pelo método do inverso do quadrado da distincia, um grid de 100 x 100, correspondente a um espagamento de 7,5 x 7,5 m, para a construgo do modelo digital de terreno (MDT) (Figura 3). A porgaio oeste do mapa geolégico-tipologico, entre osperfis TO © 79, editada no programa Adobe Illustrator 7.0, foi exportada como imagem raster no formato *.TGA. A sobreposico dessa imagem ao MDT da ‘mina, em ambiente Geo3 View, resultou no modelo tridi- ‘mensional topogritico © geolégico de superficie (Figura 4), Esse modelo permite nio somente a visualizagao da distribuigdo dos diferentes tipos de minérios na jazida, ‘mas também a anélise da relagao entre as principais estruturas © as diregdes de abertura e avango das frentes de lavra, servindo para o planejamento mineiro ¢ para oestudo de estabilidade de taludes. ‘Moneto GroMeTrico De SUBSUPERFICIE As informagies geologicas de subsuperticie tota- lizaram 26 sees verticais de diregiio NW, com cerca de 750 m de extensiio e250 m de profundidade, sendo 10 principais (T0 @ T9) ¢ 16 intermedirias (Figura 5). As primeiras foram construidas a partir da reinter- pretago de cerca de 5.700 m de testemunhos de 55 faros de sonda, galerias e pocos de pesquisa realizados pela Samarco Mineragio S.A. As iltimas segGes foram geradas especialmente para a construgdo do modelo 3D, para o qual é necessrio delimitar espacialmente os pontos de fechamento dos corpos de minério em formas de lentes e as terminagdes de falhas. 13s FIGURA 3, Modelo topogrifico tridimensional da jazida de Alegria. CAC, L, € 6, correspondem as principaisfrentes de lavra situadas na porgio oeste Cada elemento planar (contato geologico e falhas), representado por uma linha na segao vertical, fi digita- lizado no AutoCAD em um layer independente, identificado por um valor numérico e cor correspon- dente. F necessirio que © mesmo elemento planar contido no perfil adjacente seja digitalizado em um tinico /ayer, para posterior interpolacao lateral. Para as ocorréncias de mudaneas bruscas de orientacdo (in- terdigitago de contatos) adotou-se procedimento dife- rente. Cada segmento linear com direcdo distinta foi renomeado com niimero igual ao do layer anterior € seguido, sucessivamente, das letras a, b,c. (P. €X. gura 5). A partir disso, os diversos segmentos que cons- tituiam o mesmo elemento planar foram reagrupados no programa TRIP em um ou varios arquivos * DIS. As segdes verticais foram digitalizadas com dois pontos de amarracao, cada um deles contendo a coor- denada em X e a cota altimétrica da base do perfil (Y). A distncia entre as segdes verticais foi definida pela elevagdo (Z), através do comando ELEY, utilizado apos a entrada dos valores de X e Y (Figura 6). A inversio entre 0s eixos de coordenadas Y € Z é necessaria em funcdio da rotina mosout.lsp. Tal procedimento possi- bilita, ainda, a corrego de posicionamento e 0 acrésci- mo de novas segdes em elevagdes distintas (Z), 0 que no seria possivel com o uso de UCS que, uma vez.ca- libradas, terdo coordenadas independentes em cada UCS (perfil). As varidveis do AutoL isp nao retornam coordenada Z, mas ao valor de elevagdo, que é utili- zado para definir a distincia entre 0s perfis ‘Todos os pertis foram agrupados num mesmo blo- co para permitir a manipulagao dos dados através dos diversos layers criados. Por exemplo: com o layer 20 “ativo” e os demais “congelados”, no ambiente Auto- CAD, pode-se selecionar 0 conjunto de elementos Tineares que compen o contato inferior entre a lente de itabirito anfibolitico (Ia) ¢ 0 itabirito martitico friével dominante (Imf) (Figura 6 A eB). Apdsa digitalizagao de todos os perfis os blocos sao “explodidios” (comando explode), Para cada /ayer criado no AutoCAD foi gerado um arquivo com extensdo *.MOS, por meio da rotina em Autolisp MOSOUT.LSP (Menicheli, 2000). Ao todo foram criados 94 arquivos. Em seguida, cada arquivo *.MOS foi carregado pelo programa TRIP. Os pontos extremos os demais, ‘que compdem os elementos lineares de cada perfil fo- ram respectivamente conectados lateralmente para a ‘geragdo de uma malha triangular (Figura 7), Cada su- perficie gerada foi salva como um arquivo no formato * DIS, que pode ser lido separadamente no Geo3 View processado em termos de cor, exagero vertical, trans- paréncia e corregdo de posi¢ao, onde Z volta a ser Y € vice-versa. Ao todo foram gerados 94 arquivos * DIS. Devido a grande quantidade de superficies a serem vvisualizadas ¢ renderizadas no Geo3 View, o que dificul- ta a andlise do modelo, foram criadas macros que per- item a representagio simultanea de apenas certos gru- pos de elementos: (1) superficie topogrifica da mina e de uma lente de minério, (2) superficie topogrifica e So Paulo, UNESP, Geocténetas, © 19, mp. 183-161, 2000 FIGURA 4, Modelo topopritico tridimensional combinado com mapa geolégico-tipoligico da jazi de Alegria (vi ‘mapa geologico-tipoldgico, (3) exemplos de interdigi- tagdo de contatos e (4) todos os dados de subsuperticie. Considerando que a renderizagao € aplicada a su- perficie de cada plano, os corpos lenticulares apresen- tam um interior “vazio", delimitado por dois planos texturizados com a cor correspondente ao tipo de miné- 200 detain ro 20 sto tng com aga do mrt neta mineral ede estriol! commento oo de mero “Tago de ote ppl (5) cor leap do vate demerger frontal. rio, Dessa forma, para uma melhor visualizagio do ‘conjunto no interior do bloco diagrama, nenhum contato foi renderizado com a cor do litotipo dominante, com ‘exceedio de uma lente de itabirito martitico friével (Imf) no centro da figura, GEOMETRIA E ESTRUTURAS EM 3D. As diversas imagens getadas do modelo, a partir de diferentes orientagies de visio ¢ fontes de iluminagao, ressaltam 0 padrao geométrico exibido pelos corpos de ‘minériona superficie ligado a tectOnica de cavalgamento que atuou na borda leste do Quadriatero Ferrifero, A maior dimensaio dos corpos de minério e a lineagaio de estiramento mineral sio ilustradas de forma esquemitica So Paulo, UNESP, Geoclenctas, ». 19, m1, p. 183-161, 2000 por uma lente de itabirito anfibolitico que ultrapassa superficie topogrifica da jazida (Figura 8). X, Y eZ representam, respectivamente, os eixos maior, interme- didrio ¢ menor da referida lente ¢ correspondem aos do clipsoide de deformagao finita, inferido a partir das, “observagdes de campo, sendo que X coincide com a lineagao de estiramento (110/60). TT aT Tar To rate Te fata Ta TTT LEGENDA | X= Contato gootegieo ~ Zona de osahamento de alto angulo 4, Zona de cislhamento de baixo Angulo Ind abit matic faved 4a - —tabeto goethtico et - — tabirto especutartio fridvel FIGURA 5. Mapa-base da superficie da jazida de Alegria, com segies Imp tanto marttico pulversento la abit anfiboiico Ime «Habito martitco compacto Fi Fito feruginoso Flv Fito vermeiho tp -Hematitafridvel a puverventa 2s goolbgicas principais(nimeros inteiros-Ty. TT) €auxiliares (tamer interes com indices alianumericos -T,.T,y- Ty) utlizadas na modelagem de subsupertici A Figura 9 permite visualizar: A —a disposigao dos corpos de itabiritos compactos (Ime) adjacentes as zonas de alta deformagao com itabiritos especulariticos associados (lef); B — a transigio dos minérios de alto teor (hematitas - Hf/p) nos horizontes superiores para zonas de cisalhamento ductil com minérios espe- cculariticos nas porgdes inferiores da jazida; Ce D— as lentes de filito ferruginoso (Fi) ¢ aluminoso (Fiv) no interior de faixas onde predominam, respectivamente, itabiritos anfiboliticos e itabiritos martiticos pulve- rulentos. Outras referéncias importantes podem ser obser vadas em detalhe na Figura 10, como, por exemplo, as relagdes de contato eo imbricamento entre os itabiri- ‘io Paulo, UNESP. Geoelénelas, ». 19. m1, p. 155-161, 2000 A e x y FIGURA 6, Orientaglo dos perf vertiais em relagdo aos eixos tridimensionais. Cada Tina com a mesma numeragdo(p. ex, L 20) faz parte de um mestno layer. FIGURA 7. Conexio dos pontos extremes ¢interos dos elementos lineares de cada perfil. A somatiria desses elementos compe um plano representative de uma camada ou conto litoloxic. NW se FIGURA 8. Modelo esquemitio ilustrando disposigo do clipsbide de deformagao finitarelacionado a tectonica de cavalgamento e- ‘gional. Para melhor visualizaedo ds lente de minério, a superficie topoarafice foi rebuixada de sua posigo originale renderizada com ‘ransparncin parcial ‘Sto Paulo, UNESP, Geociéncias, 19, m1, p. 153161, 2000 159 er | jm) Rabin marco penta i eto aso [nets wacconpace " Fro emioso SE HER actrees ao Hatt certo tins [erat rove acurei FIGURA 9. Modelo geométrico tridimensional de subsuperficie mostrando a distribuicio des principas tipos de minérios na porcio ‘este da jada de Alegria. A ~ Lentos de itabiritos compacts adjacentes a zonas de esulhamento dictes reas em especularta, B Hematits passando em prafindidade pura itabiritos espeeularticos (le). C ~ Lentes de flito feruginoso no interior de itabiritos anfiboiien = goettices. D~ Lente de fiitoaluminoso no interior de iabirito martitico pulveruleno (Imp), antiformes ~ FIGURA 10, Detahe da relapo de conta imbricamento entre os itabititas anfiboiticos ¢goethiticas na porgae sudeste da jazi de Alegria, dos cixos de dobras da segunda fase de deformac3o progresiva (b,), relacionadas ao evento compressive regional 160 So Peulo, UNESP: Geocignciay, 19, m1, p. 153-161, 2000 tos anfiboliticos e goethiticos, bem como o padrio da segunda fase de deformagao, marcado por dobras decamétricas suaves a fechadas com eixos de mergu- thos médios para SE CONCLUSOES E IMPLICAGOES ‘O modelo tridimensional da javida constitui uma poderosa ferramenta para a visualizagao ¢ a interpre- tagdo dos dados geolégicos da jazida necessirios para © planejamento e 0 acompanhamento das atividades de lavra, que incluem, entre outras aplicagées: ‘+ 0 dimensionamento dos taludes (altura e inclina- iio) em Fungo das direedes de avango das frentes de lavra e de suas relagdes com as principais estru- turas presentes na jazida (p. ex., foliagdes, conta- tos, zonas de cisalhamento, fraturas); ‘© aotimizagaio das operacdes de fragmentacao, corte © extragdo considerando a distribuigdo das lentes ¢ faixas de minérios compactos, friéveis e pulveru- Tentos (caso de Alegria e outras minas de ferro com rminérios similares): * 4 programagio preliminar da blendagem dos mi- nérios provenientes das diversas frentes de lavra (run of miney, © acubagem e estimativa de reservas, em associagio @ outros softwares de mineragao que permitam cilculos de area, volume e variabilidade do de- posito. AGRADECIMENTOS Este trabalho contou com os apoios da Volkswagen Stiftung, (Proceso 1773762), que parocinou 0 projete “Desenvolvimento © aplicagdo de ferramentas para modelagem 3D em investigagSes geologicas ¢ estruturais, realizado em cooperagio com os pesquisadores Christoph Lindenbeck © Heike Ulmer, da Universidade de Freiburg (Alemanha),¢ do Programa de Apoio 80 Desenvolvimento Cientificoe Teenoligica (PADCT)Financiadora {be Estudos e Pojetos(FINEP) (65.92,0040,00 e |.211/94), REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS. 1. BABINSKI, M: CHEMALE Jr, F: VAN SCHMUS, WR A idade das formagies feriferas bandadas do Supersrupo Minas ¢ sia coreagdo com aguelas da Affica do Sul eda Austria. In: SIMPOSIO DO CRATON SAO FRANCISCO. ESUAS FAIXAS MARGINAIS, 2 1993, Salvador. Anais. Salvador: Sociedade Brasileira de Geologia/Niclews da Bahia Sergipe, 1993, p, 152-153, 2. 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Authors indox 167 Sere} CAPA - Dobra em bainna em quatlto do Grupo Avaxa, Serra da Forlaleza, Fortalaza de Minas (MC). Cara eo)

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