6.14).
"Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição,
como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão" (1 Ts
5.3).
Os profetas e apóstolos estão de acordo. Pelos séculos afora, os homens falaram de paz enquanto
faziam a guerra. Eles discursaram sobre utopias, enquanto reduziam a cinzas grandes cidades, e
prometeram eras de paz, prosperidade e serenidade pessoal, enquanto observavam seu povo
sendo vitimado por desnutrição e doenças. Para falar claramente, o curso da história humana tem
sido uma longa série de promessas quebradas, ambições desfeitas e corpos ensangüentados.
Essas são realmente histórias muito velhas. Algumas surgiram das brumas de filosofias antigas;
outras nos foram impingidas no decorrer do século passado. Mas, onde nos encontramos na
atualidade? Estamos hoje mais próximos dessas bem-aventuranças e belezas das quais tanto
ouvimos? Não precisamos que alguém nos responda, pois a verdade surge diante de nós a cada
dia nos noticiários sobre acontecimentos desoladores e horríveis. Ironicamente, palavras escritas há
milhares de anos são mais pertinentes que a maior parte das que são ditas nas cátedras das
universidades, nos palácios governamentais, nas mesquitas e até mesmo nos púlpitos de muitas
igrejas nos dias de hoje, uma época em que se cultua crenças baseadas em desejos e não em
fatos. Enquanto a conversa sobre a paz jorra como cascatas sobre nós, não há paz – nenhuma paz.
De fato, o mundo está mais dividido, mais capaz e disposto a provocar a destruição em massa do
que em qualquer época da história da humanidade. Não! Não há paz.
Eles lançaram uma campanha conjunta de relações públicas com as organizações terroristas
muçulmanas Hamas e Jihad Islâmico, dirigindo um intenso ataque pelos meios de comunicação de
massa contra a América, rotulando-a de defensora "sedenta de sangue" do "racismo" e do
"fascismo" de Israel.
Acima de tudo, porém, a AP rejeitou qualquer concessão na questão da volta dos "refugiados
palestinos" a Israel (o suposto "direito de retorno"), apesar da oferta do então ministro do Exterior de
Israel, Shimon Peres, de retirar e desmantelar completamente os assentamentos israelenses na
Cisjordânia e em Gaza.[1] Essa rejeição completa, até mesmo de um acordo provisório, parece um
golpe de morte nos esforços americanos de trazer algum alívio para a situação.
Mas, perguntamos mais uma vez, por que é tão difícil conseguir a paz para esse povo sofredor? Há
poucos dias, um amigo me enviou a solução do problema em apenas duas sentenças:
É totalmente assombroso que Israel estivesse disposto a ser empurrado para uma área semelhante
a um "gueto" e a ser submetido a um constante perigo mortal, em troca apenas de uma promessa
de paz. Muitos crêem que as concessões que Barak ofereceu – e que o então presidente Bill Clinton
apoiou – nasceram do desespero dos israelenses e teriam provocado ainda mais agressões por
parte dos inimigos de Israel. Concordo com isso.
Essa afirmação representa o outro lado da moeda, um lado mais sombrio. Esse é o único tipo de
"paz" que satisfará os muçulmanos radicais. Eles não se contentarão com nada menos que a
completa aniquilação de Israel. Talvez a demonstração mais reveladora e triste de quão
profundamente arraigado e mortal é esse ódio fanático possa ser ouvida na oração de uma mãe
palestina.
Mas eu me preocupei e temi muito que a operação pudesse fracassar e que ele fosse
preso. Eu rezei por ele quando saiu de casa, pedindo a Alá que fizesse da operação um
sucesso e lhe concedesse o martírio. Quando ele entrou no assentamento [judeu], seus
irmãos na ala militar [do Hamas] informaram-me que ele lograra infiltrar-se ali. Aí
comecei a rezar por ele a Alá.
Rezei do fundo do meu coração que Alá fizesse com que sua operação fosse bem
sucedida. Pedi a Alá que me concedesse 10 [israelenses] por Muhammad; ele atendeu
meu pedido e Muhammad realizou seu sonho matando 10 colonos e soldados
israelenses. Nosso deus o honrou ainda mais, pois muitos outros israelenses foram
feridos.[2]
Para mães cristãs e judias, bem como para os habitantes das democracias ocidentais civilizadas,
uma devoção irracional a tal deus é incompreensível. Os cananeus sacrificavam seus filhos a
divindades pagãs, tais como Moloque, queimando-os num altar. Hoje, os palestinos lhes amarram
explosivos em volta do corpo e os reduzem a pedacinhos. O conceito é o mesmo, apenas o método
mudou.
Igualmente repreensível é a liderança moralmente corrupta que atrai esses sacrifícios humanos ao
"altar", usando o Corão e a fantasia carnal de inúmeras noivas perpetuamente virgens, festas e
honras de Alá no paraíso. Para os inimigos de Israel e do povo judeu, tais práticas fazem parte do
modo de ser de um deus que exige guerras santas de agressão. Mas a dura realidade é que nada
há de santo em guerras dedicadas à erradicação de pessoas inocentes, cuja única "ofensa" é o
desejo de possuírem uma pequena porção da terra de seus pais e de habitarem nela, em paz
consigo mesmos e com seus vizinhos.
Vítimas e vencedores
Em qualquer conflito há vencidos e vencedores, mas há também vítimas. Umm Nidal e seu filho
Muhammad representam centenas de palestinos confiantes que são levados por um caminho de
ilusão destrutiva. Além de afligir toda uma geração de seus jovens com sua mentalidade de martírio
movida a ódio, os líderes palestinos forçam seu povo a sofrer privações por causa da "intifada"
(rebelião) e da obsessão maníaca com a "jihad" (guerra santa).
Existe, é claro, a outra opção: parar com a violência. Se e quando isto acontecer, haverá vitoriosos
dos dois lados. Entretanto, propor a cessação dos tiroteios, das ações dos homens-bomba suicidas,
das emboscadas para matar israelenses a caminho do trabalho, dos bombardeios de morteiros e
dos lançamentos de foguetes Katyusha que poderiam levar ao caminho da paz, seria ridicularizado
imediatamente como ingênuo e simplista. Pessoas que lidam com tais assuntos nos altos círculos
diplomáticos raramente buscam soluções diretas ou de senso comum.
Mas, o que aconteceria se Yasser Arafat se desfizesse de seu corpo de matadores profissionais,
dispensasse os militantes do Hamas e do Jihad Islâmico, e declarasse uma cessação total nas
hostilidades? A resposta é clara e tem sido demonstrada repetidamente. Tal forma de agir trouxe
paz ao Egito e à Jordânia, e oferece a mesma possibilidade aos palestinos. Se os líderes palestinos
ordenassem aos seus militantes que parassem com os ataques, não haveria mais incursões
israelenses em cidades palestinas e não haveria necessidade de cercas de segurança. Haveria
liberdade para pais árabes irem ao seu trabalho, para os israelenses andarem de ônibus e
caminharem nas ruas de Jerusalém, Haifa e Tel Aviv em segurança.
O grande benefício seria a volta à mesa de negociações para iniciar o demorado processo de busca
de um acordo aceitável para ambos os povos.
Isto não é tão impossível como parece. O ponto crucial é: Os muçulmanos árabes terão suficiente
coragem e preocupação pelo bem-estar de seu povo para tentá-lo? (Israel My Glory -
http://www.beth-shalom.com.br)
Notas:
1. Michael Widlanski, "As Bush Offers Statehood, Palestinian Media Slap U.S. and Hug Hamas,
While Arafat Toughens Stance", Independent Media Review Analysis, 16 de junho de 2002.
2. "An Interview with the Mother of a Suicide Bomber", Dispatch 391, The Middle East Media
Research Institute, 18 de junho de 2002.
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