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Tatuí - SP
2018
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Tatuí - SP
2018
KAPP, Fabiane Cristine; SANTOS, Gabriel Henrique dos; SANTOS, Giane
Monteiro dos; NUNES, Karoliny da Silva; ARAUJO, Mayara Oliveira Hessel;
VERUSSA, Paulo Maurício; SILVA, Vilma Freitas da.Tecnologias na escola: uma
abordagem tridimensional. 62F. Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em
Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Mediadora: Olini
Gioconda Dalmásio. Polo Tatuí, 2018.
RESUMO
3
KAPP, Fabiane Cristine; SANTOS, Gabriel Henrique dos; SANTOS, Giane
Monteiro dos; NUNES, Karoliny da Silva; ARAUJO, Mayara Oliveira Hessel;
VERUSSA, Paulo Maurício; SILVA, Vilma Freitas da.Technologies at school: a
three-dimensional approach. 62 pages. Technical-Scientific Report (Degree in
Pedagogy) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Adviser mediator:
Olini Gioconda Dalmásio. Polo Tatuí, 2018.
ABSTRACT
4
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
5
LISTAS DE TABELAS
6
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 9
1.1. Problema e objetivos 12
1.1.1. Objetivo Geral 12
1.1.2. Objetivos específicos 13
1.2. Justificativa 13
2. DESCRIÇÃO DO PROJETO INTEGRADOR 16
2.1. Modelo tridimensional e integrado de Tecnologias Educacionais 16
2.1.1. Três dimensões ou eixos de tecnologias educacionais 18
2.1.2. Complexidades tecnológicas e práticas tecnopedagógicas 18
2.1.3. Engajamento educacional 19
2.1.4. Avaliação do nível de engajamento educacional 19
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 21
3.1. Tecnologias educativas 21
3.2. Tecnologias Mente-Corpo (TMC) 23
3.2.1. TMC: uma tecnologia educativa supramaterial 24
3.3. Tecnologias Materiais 26
3.4. Tecnologias Sociais 29
3.4.1. O que é tecnologia social? 29
3.4.2. Parentalidade: o fator atuação dos pais na escola 31
3.4.3. E se os pais não participam ativamente das atividades escolares? 32
3.4.4. Como a escola pode favorecer a participação dos pais na educação? 32
3.4.5. Tecnologias sociais como fatores de integração entre as dimensões
tecnológicas da educação 33
3.5. A integração das tecnologias educacionais 34
4. MATERIAIS E MÉTODOS EMPREGADOS. 35
4.1. Elaboração de soluções possíveis: visita a campo e relato de exposição 41
4.2. Extensões do Projeto Integrador: Projeto Cidadania e Mostra de Projeto
Integrador 46
4.2.1. O Projeto Cidadania: uma Metodologia Ativa de Aprendizagem 46
4.2.2. Mostra de Projeto Integrador no polo da UNIVESP em Tatuí 46
5. ANÁLISES E DISCUSSÕES DE RESULTADOS. 49
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS. 53
REFERÊNCIAS 54
APÊNDICES 56
APÊNDICES
8
1. INTRODUÇÃO
10
reconceitue o uso das tecnologias na educação, a partir de três perspectivas
referenciais: materiais (ferramentas ou recursos físicos), sociais (interações,
afetividade e comunidade) e psicofísicas (neurociências, sensitivo-motoriedade,
emoção, intelecto, intuição, ciências cognitivas e saúde integrativa).
As “práticas tecnopedagógicas” aqui apresentadas serão identificadas pelos
seguintes parâmetros:
(1) Tecnologias Materiais (TM): a visão tecnológica mais conhecida e
utilizada, de base “externa”, que abrange a cultura digital e o uso de equipamentos e
recursos físicos tecnologicamente desenvolvidos para auxiliar ou mediar a
educação;
(2) Tecnologias Mente-Corpo (TMC), que envolvem práticas com foco em
resultados “internos”, em cada ator do processo educacional e/ou escolar, que sejam
favoráveis a objetivos do processo educacional, como a autorregulação, o controle
do estresse, o equilíbrio emocional, o desenvolvimento da atenção, a resiliência,
entre outros;
(3) Tecnologias Sociais (TS), que se desenvolvem na qualidade da
interrelação entre indivíduos em sociedade, podendo (ou não) incluir o uso de outras
tecnologias na dinâmica educacional, interferindo na qualidade do "convívio social".
11
1.1. Problema e objetivos
Desde a concepção inicial deste projeto, até o contato com a unidade escolar
escolhida, diversas perguntas foram levantadas, e uma pergunta crucial permeou o
processo: como falar e experimentar sobre as possibilidades do uso de tecnologias
na educação numa escola de Ensino Fundamental 1, de modo que o
desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança seja considerado?
O objetivo geral deste projeto e de seu estudo foi integrar, num todo coerente,
múltiplas abordagens sobre a temática das tecnologias no contexto escolar. Ao
mesmo tempo, o objetivo principal da solução proposta neste caso é promover uma
maior qualidade no engajamento e no processo educacional da unidade escolar
selecionada, de modo a contribuir para renovar e ampliar a visão sobre o uso de
tecnologias na educação, integrando dimensões que possam estar sendo
esquecidas ou negligenciadas em contextos educacionais.
12
1.1.2. Objetivos específicos
1.2. Justificativa
13
desejáveis no contexto social contemporâneo. Essa situação por si só já demonstra
a necessidade de se desenvolver em escolas aulas mais dinâmicas e atuais,
utilizando recursos diversos para aumentar o engajamento, a atenção, a aplicação e
o aprendizado dos alunos, através de, por exemplo, computadores, retroprojetores,
músicas, vídeos, internet, jogos, etc.
14
Curricular da Educação Básica no Brasil, a BNCC.
Através do modelo de mapeamento tridimensional de tecnologias
educacionais, desenvolvido neste projeto integrador, alguns instrumentos são
propostos para integrar, com coerência e relevância educacional, ambas as
necessidades: (1) uma discussão ampla e mais aprofundada sobre o uso das
tecnologias na educação, e (2) a resposta às demandas de saúde integral dentro
das escolas e da sociedade em geral.
15
2. DESCRIÇÃO DO PROJETO INTEGRADOR
16
Modelo para Mapeamento Tríplice de Engajamento
Educacional através de Tecnologias: um instrumento avaliativo interdisciplinar,
transdisciplinar e integrador.
20
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
21
etapas de ensino infantil e fundamental.
A utilização de tecnologias na educação está firmemente atrelada, nessas e
em outras diretrizes educacionais básicas, ao que se reconhece como “cultura
digital”. Ou seja, educar digitalmente os estudantes mostra-se de algum modo
essencial. Em princípio, essa educação digital deve se referir à aplicação correta das
habilidades motoras (dedos) dos estudantes para se relacionar adequadamente com
os equipamentos tecnológicos materiais e assim aprender melhor. Ao se restringir as
tecnologias ao seu sentido meramente digital, é esse o significado que pode se
apresentar.
Porém, como afirma a própria definição de cultura digital da BNCC, o estimulo
à compreensão, utilização e criação de “tecnologias digitais de informação e
comunicação” na educação básica deve se dar “de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares)”. Ou seja, as
dimensões reflexivas, ética e cognitiva são partes definitivamente relevantes para
essa educação tecnológica. Neste projeto, essas dimensões serão abordadas pelo
termo Tecnologias Mente-Corpo (ver item a seguir), que, contudo, não se restringe
às qualidades mencionadas.
A Base diz ainda que essa competência é importante “para se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.” (BNCC, 2018). De modo
que a definição da BNCC comprova que as Tecnologias Sociais, assim chamadas
neste projeto, também desempenham um papel fundamental na relação entre
tecnologia e educação.
Serão elaboradas então essas três perspectivas tecnológicas acima
mencionadas: Tecnologias Materiais (relativas a ferramentas ou recursos físicos);
Tecnologias Mente-Corpo, psicofísicas ou fisicopsíquicas (relacionadas às
neurociências, sensitivo-motoriedade, emoção, intelecto, intuição, saberes, ciências
cognitivas e saúde integrativa); e Tecnologias Sociais (do campo das interações,
afetividade, neurobiologia interpessoal e comunidade).
A fundamentação desse modelo tríplice, representado por um mapeamento
gráfico (ver em Descrição do Projeto), irá permitir uma definição mais clara do lugar
de cada “prática tecnopedagógica” identificada para a realização do mapeamento de
engajamento educacional deste projeto.
3.2. Tecnologias Mente-Corpo (TMC)
22
Neste projeto, estamos utilizando o conceito de Tecnologias Mente-Corpo
(TMC) em relação às ferramentas “internas”, relacionadas em parte ao que Vygotsky
chamou de "ferramentas psicológicas" (IVIC, 2010, p. 19). Atualmente,
competências como autoconhecimento são parte de bases e diretrizes curriculares,
através de habilidades como a metacognição, que integra a percepção de alunos e
educadores sobre diversos temas e abordagens educacionais, e também temas
complexos da vida pessoal e social.
Assim como podemos observar um espectro de complexidade tecnológica no
plano material, as Tecnologias Mente-Corpo (TMC) são múltiplas e de origem
milenar, envolvendo práticas com foco em resultados “internos”, em cada ator do
processo educacional e/ou escolar, que sejam favoráveis a objetivos do processo
educacional, como a autorregulação, o controle do estresse, o equilíbrio
emocional, o desenvolvimento da atenção, a resiliência, entre outros.
A importância das TMC surge fortemente como uma interface comum tanto à
saúde como à educação. A saúde integrativa vem demonstrando a eficácia de
abordagens multimodais, que envolvem fatores biopsicossociais na saúde, reunindo
elementos psicossociais, endocrinologia, imunologia, atuando sistemicamente, tanto
em abordagens de-cima-para-baixo (por exemplo, com ferramentas do tipo
meditação, que intereferem no sistema mente-corpo e em todo organismo desde o
cérebro até as regiões mais abaixo e periféricas do corpo) e as abordagens
chamadas de-baixo-para-cima (como exercícios de yoga, consciência corporal e de
desenvolvimento da interocepção, propriocepção, nocicepção e outras funções do
sistema nervoso, que influenciam e desenvolvem a percepção e o organismo desde
as periferias em direção ao cérebro).
Uma pesquisa do Centro de Medicina Integrativa Mente-Corpo da
Universidade de São Paulo revelou que estudantes de medicina tiveram seus níveis
de inflamação reduzidos em apenas 6 sessões de programas mente-corpo
multimodais, indicando melhoras nos níveis de ansiedade, estresse, atenção e
disposição para os estudos.
Estudos demonstram que as TMC se constituem cada dia mais em práticas
que desenvolvem fatores essenciais para a contínua e saudável expansão humana,
individualmente e coletivamente, de modo que essa área possibilite a integração, ou
23
o desenvolvimento de uma ainda pouco inexplorada interface, entre a saúde e a
educação.
Segundo a psicóloga e antropóloga de Harvard, e monja instrutora de
meditação com formação na Índia, Susan Andrews, para se compreender as
potencialidades inerentes a cada ser humano, no desenvolvimento de suas próprias
tecnologias mente-corpo e de suas habilidades e potencialidades mais sutis, ou mais
interiores, é útil compreender o chamado conceito da “Grande Corrente do Ser”:
(...) é uma grande hierarquia entre corpo → mente → mente sutil → espírito
(...) encontrada nas tradições de sabedoria e filosofia e em quase todas as
religiões, incluindo Budismo, Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo e Taoísmo.
(...) esses níveis eram chamados de “koshas” ou “bainhas”, que recobrem o
infinito Espírito como pétalas da flor da bananeira: as pétalas mais externas,
duras e ásperas, quando retiradas revelam as macias e suaves pétalas
internas. Na verdade, os koshas formam um continuum, desde a expressão
mais densa – o corpo físico – até as camadas mais sutis da mente. Em cada
camada mental que se sucede experimenta-se uma consciência mais
jubilosa e expandida; os níveis da mente mais sutis contêm vastos
reservatórios de energia e conhecimento, e exercem uma profunda influência
nos planos mais densos. (ANDREWS, 2018, p. 9).
Uma camada não pode ser aperfeiçoada com a exclusão das demais. Para
converter a mente num verdadeiro espelho que reflita a alma, cada camada
mental precisa se tornar cristalina. (SARKÁR,1955).
25
3.3. Tecnologias Materiais
Quanto ao livro didático, cuja referência histórica pode ser associada à prensa
tipográfica desenvolvida por Johann Gutenberg, é uma tecnologia educacional que
também se desenvolveu até chegar à sua apresentação na versão digital, mais
conhecida como os ebooks (abreviação de electronic books, ou livros eletrônicos).
Dentre as suas vantagens em relação ao tradicional conteúdo impresso destacam-
se: a atratividade, portabilidade, conservação, interatividade e, principalmente, a
questão da sustentabilidade. (ALMEIDA; NICOLAU, 2013).
26
A introdução dos veículos de comunicação no cenário nacional, por sua vez,
se apresenta inicialmente através do termo “media”, cujo conceito indicava o
profissional da área da propaganda, até a década de 60. A partir da década de 70, a
“mídia” passou a ser associada aos meios de comunicação em geral, e logo após
esse período também passa a designar os conteúdos e meios físicos de gravação.
Atualmente, de maneira genérica, a mídia se tornou multimídia, e abrange várias
significações, tais como: rádio, DVD, televisão e a própria internet. (ALMEIDA, M.
2013).
Em relação às mídias ou multimídias no contexto escolar, o autor aponta os
benefícios que essas ferramentas midiatecas podem proporcionar, destacando a
capacidade de partilha e troca de experiências:
Diante desta projeção no tempo das tendências tecnológicas com amplo uso
na educação, na contemporaneidade se destacam a Realidade Virtual (RV) e a
Realidade Aumentada (RA), as quais “representam técnicas de interface
computacional que levam em conta o espaço tridimensional” (KIRNER, C; KIRNER,
T., 2011, p. 11). De acordo com os autores, ambas são tecnologias projetadas em
tempo real, possibilitando interações multissensoriais; entretanto na (RV) a pessoa é
transferida ao espaço virtual, enquanto que na (RA) a pessoa permanece em seu
espaço físico e as aplicações virtuais é que são inseridas neste ambiente.
Evidentemente que uma aula que possa contar com tais recursos (RV) e
(RA), independente da disciplina, conteúdo ou faixa etária dos alunos, tende a se
tornar muito mais significativa e contextualizada, pois possibilita uma multiplicidade
de vivências, sensações e emoções que ultrapassam limites usuais, inclusive
geográficos; ou seja, passa a ser uma aprendizagem literal, apesar do abstrato que
pressupõe o universo virtual.
O quadro abaixo mostra alguns exemplos de possíveis intervenções
tecnopedagógicas distribuídas ao longo do eixo de TMs, desde intervenções mais
simples (com influência envolvendo um número menor de fatores) às mais
complexas (envolvendo múltiplos fatores e níveis).
27
Através deste exemplo de disposição de práticas tecnopedagógicas, no eixo
Tecnologias Materiais, é possível mapear o uso de diferentes desses dispositivos
por estudantes numa escola, bem como o nível de engajamento atingido em cada
prática, por uma escala definida pelos educadores que decidem aplicar o modelo.
Se acrescentarmos mais práticas tecnopedagógicas ao mesmo eixo, elas
poderiam ser formadas em grupos ou categorias, seguindo a mesma lógica da
complexidade tecnológica, de modo que a distribuição das práticas reflita o espectro
adequado às necessidades, possibilidades ou interesses da respectiva escola.
28
3.4. Tecnologias Sociais
31
3.4.3. E se os pais não participam ativamente das atividades escolares?
A educação passou por muitas mudanças nessas últimas duas décadas, tanto
nas leis como em sua estrutura, alterando assim também a postura dos professores
e sua forma de ensinar. O professor atual possui novas perspectivas, tendo a
concepção de que a função do educador não se limita à cômoda transmissão e
reprodução de conteúdos.
Estudos demonstram que quanto maior o envolvimento dos pais na vida
escolar dos filhos, maiores as taxas de desenvolvimento educacional em longo
prazo dos alunos. As tecnologias sociais começam por reconhecer a importância de
facilitar que um(a) professor(a) conheça as famílias dos alunos, para que possa
entender os porquês de inúmeros comportamentos dos mesmos em sala de aula ou
no espaço educacional.
Práticas tecnopedagógicas que considerem o desenvolvimento
socioemocional da comunidade escolar, seja com o uso de tecnologias mente-corpo
e/ou de tecnologias materiais, são tecnologias sociais de alto teor de interação, e
potencial de promoção de maior aprendizagem, engajamento educacional e
melhorias comunitárias.
Daniel Goleman, autor do livro Inteligência Social, descreve essa melhoria
das relações humanas em processos educativos como um aumento da qualidade da
inteligência de nosso cérebro social (GOLEMAN, 2006).
33
3.5. A integração das tecnologias educacionais
36
Cronograma previsto de ações por etapas
Como? Quando?
Visita + aplicação de questionário Inicio de setembro
Formulação de proposta para atividade em sala Meados de setembro
Avaliação dos dados coletados para relatório Meados de setembro
Relatório com proposta para entregar dia 1/10 Concluir no fim de
setembro
Receber feedback da mediadora sobre o projeto entregue Inicio de outubro
Reformular o projeto e definir metodologias para aplicar a atividade na Meados de outubro
escola
Aplicar o projeto em sala Fim de outubro início de
novembro
Avaliar nossas impressões sobre a atividade e os dados coletados do Meados de novembro
questionário com professores pós-atividade
Elaborar as conclusões finais do projeto Fim de novembro
Professores que assumem ter dificuldades com Tecnologia na educação mas não querem participar do
projeto
Professores que assumem ter dificuldades com Tecnologia na educação e querem participar do projeto
20%
40%
20%
20%
37
Dentre 11 professoras que receberam os questionários, 4 estavam ausentes
no dia, 2 devolveram o questionário em branco, 1 não devolveu e 4 responderam o
Questionário 1. Dentre os 4 questionários preenchidos, entre 11 entregues, estas
são as respostas tabuladas.
0%
100%
0%
100%
38
100% dos 4 professores respondentes consideraram os recursos
tecnológicos importantes para a educação.
0% 0%
50% 50%
50% 50%
50% 50%
40
4.1. Elaboração de soluções possíveis: visita a campo e relato de exposição
41
Tecnologias Mente-Corpo (TMC), Materiais (TM) e Sociais (TS). Incialmente foi feita
uma breve apresentação no auditório principal sobre o tema da atividade, e em
seguida abriu-se um diálogo inicial com os alunos a respeito dos termos tecnologia e
educação. Os alunos responderam oralmente e de maneira aleatória levantando
suas mãos, predominando entre eles o discurso que associa tecnologia a “avanço”.
Começando pelas TM, apresentou-se o vídeo “Evolução das tecnologias na
educação”, e em seguida visitamos a sala de informática, em fase de preparo para
ser ativada pela escola nesse mesmo prédio da Secretaria da Educação, onde os
alunos observaram diversos dispositivos, como computadores, impressoras,
datashow e lousa digital. Na sala, os alunos participaram de uma vivência
experimental da chamada “realidade aumentada”, através de um par de óculos
simulador de imagens espaciais, enquanto outro grupo de alunos vivenciava, em
contraste tecnológico, o recurso visual de um caleidoscópio. Ressaltamos na
ocasião que essa sala de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) estava
desativada, mas que fomos informados da iniciativa de sua manutenção para
reativação, prevista para início de 2019.
42
Retornamos logo após ao auditório central, para abordar as TMC. Foi
apresentado o vídeo “Visualitação das Estrelas [Brincadeira Audiovisual]”, criando
um ambiente propício para a realização guiada de práticas mente-corpo, incluindo
resposta de relaxamento, concentração, respiração diafragmática e silêncio. Nesta
atividade os alunos descreveram sensações como calma, bem-estar, leveza e
relaxamento. Uma aluna disse ter se esquecido pelo tempo das práticas de seus
problemas e ansiedades, enquanto outros diziam desejar permanecer por mais
tempo nessa atividade.
47
O grupo agradeceu as parcerias e a abertura da escola onde o projeto se
realizou, e foi ressaltado o resultado positivo quanto à exposição, em relação à
oportunidade dos alunos e da professora de experimentarem as três dimensões de
tecnologias educacionais de forma integrada, propondo a ampliação de conceitos e
vivências, sobretudo a respeito das tecnologias na educação. Foi ressaltada a
relação consciente e potencialmente frutífera dos indivíduos com os recursos
tecnológicos físicos e materiais, desde que em coordenação com sua relação com o
outro, numa sociedade articulada pelas tecnologias sociais, e especialmente na
relação consigo, fonte de autoconhecimento que se reflete no conhecimento do
mundo, proporcionado e promovido pelas tecnologias mente-corpo.
48
5. ANALISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Sim Não
50
Gráfico demonstrando mapeamento do engajamento educacional de 28 alunos do 4º
ano do EF durante a Exposição “Tecnologias Educacionais em Três Dimensões”
51
tecnologia”, enquanto outro falou que “já conhecia tudo”.
Sobre as tecnologias sociais, na roda de conversa final, o tema mais tratado
foi cooperação, solidariedade e empatia. Na aplicação do questionário, diversos
alunos que terminaram antes por escrever ou ler mais rapidamente perguntaram se
podiam ajudar alunos que tinham dificuldade em ler e escrever, de modo que todos
puderam responder os questionários por completo.
No questionário respondido pela professora, na pergunta sobre se ela já usou
tecnologias na educação, ela afirmou que sim, pois usa “muito o relaxamento”. Ela
considerou o nível de engajamento dos alunos “bom”, que a atividade foi “muito
boa”, e que conhecendo seus alunos, viu que “também gostaram”.
52
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
ALMEIDA, Marcus Garcia de; FREITAS, Maria do Carmo Duarte. Virtualização das
relações: um desafio da gestão escolar. Brasport, 2013. (Col. A Escola No Século
XXI Vol. 3).
CASSÀ, Èlia Lopez, coord. Educación emocional: Programa para 3-6 años.
Madrid: Wolters Kluver, 2012.
54
ZORZAL, Ezequiel Roberto (Org.). Realidade Virtual e Aumentada: Aplicações e
Tendências – Sociedade Brasileira de Computação, Uberlândia-MG, 2011. “Livro do
pré-simpósio, XIII Symposium on Virtual and Augmented Reality”
FERRARI, Juliana Spinelli. Atuação dos Pais na Escola. Brasil Escola. Disponível
em <https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/atuacao-dos-pais-na-escola.htm>.
Acesso em 08 de outubro de 2018
IVIC, Ivan. Lev Semionovich Vygotsky. Edgar Pereira Coelho (org.). Recife:
Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. 140 p.
56
APÊNDICE 2 – Cronograma estimado para Coordenação e Diretoria escolar
Cronograma estimado:
13/9 – Entrega do questionário para Coordenadora (professores)
17/9 a 21/9 – Definição das salas nas quais será aplicado o projeto
24/9 a 28/0 – Entrega do questionário para os alunos e professores
12/10 – Entrega da primeira versão da solução
22/10 a 9/11 – Tarde de aplicação da proposta: exibição na escola e questionário final
Após 9/11 ‒ Elaboração de relatório final
57
APÊNDICE 3 – Questionário 1 para professores
Nome: ________________________________________________________
Professor de: _______________________________ Ano:________________
Tempo de atuação: ______________________________
3- Qual a maior dificuldade encontrada para a inclusão do uso de tecnologias nas aulas.
( ) falta de preparo ( ) falta de recursos
( ) desinteresse dos alunos ( ) não há dificuldade
7- Quais problemas sociais você observa no dia-a-dia que dificultam o aprendizado dos(as)
alunos(as)?
________________________________________________________________________
58
APÊNDICE 4 – Questionário 2 para professores (exposição)
Nome:_______________________________ Turma/disciplina:________________
3) Durante a aplicação deste projeto você aprendeu alguma nova técnica educacional?
Qual(is)?
_______________________________________________________________________
___________________________________________________________________
5) Você emprega algum método de tecnologia diferente do que foi apresentado neste
projeto? Qual(is)?
_______________________________________________________________________
___________________________________________________________________
59
APÊNDICE 5 – Questionário para alunos (exposição)
60
APÊNDICE 6 – Folheto da Exposição “As Tecnologias da Educação em 3
dimensões”
Exemplos:
Vídeo “Evolução das tecnologias na educação”, por
Projeto Dias, Universidade Federal da Paraíba, PB,
4min12seg.
Visita à Sala de Tecnologias da Informação em
Quadra: lousa digital e computadores
Exemplo de Realidade Aumentada: óculos simuladores
Competências e Habilidades: cultura digital, comunicação, repertório de conhecimento.
Para conhecer mais: Projeto de Educação Audiovisual “O que queremos para o mundo?”
www.oquequeremosparaomundo.com.br/
61
Exemplos:
Prática de respiração
Vídeo: “Visualitação das Estrelas [Brincadeira Audiovisual]”, OQPM, 3min9seg.
Prática de concentração e silêncio
Competências e habilidades: autoconhecimento, autocuidado, projeto de vida.
Exemplos;
Vídeo “Exemplo: escola em Heliópolis conta com participação ativa e democrática da
comunidade”, TVT, EMEF Campos Sales, Bairro Educador, Heliópolis, SP, 3min34seg.
Jogo cooperativo: “Como aproveitar o presente de cada um(a)?”
Roda de conversa sobre o tema Tecnologias na Educação: o que aprendemos juntos?
Agradecemos aos alunos e educadores da EMEF João Inácio Soares, em Quadra, SP, pela sua
participação em nosso primeiro Projeto Integrador, realizado por Fabiane, Gabriel, Giane, Karoliny,
Mayara, Paulo e Vilma, do Grupo Luz, Curso de Pedagogia, Univesp, Polo Tatuí, 2018.
62
APÊNDICE 7 – Banner
TE C NO L O GI A S N A E S C O L A : U M A
ABORDAGEM TRIDIMENSIONAL
Autores: Fabiane C. Kapp; Gabriel H. dos Santos; Giane M. dos Santos;
Karoliny da S. Nunes; Mayara O. Hessel Araujo; Paulo M. Verussa; Vilma F. da Silva
Orientadora: Olini Gioconda Dalmasio
INTRODUÇÃO
A reflexão proposta por este Projeto Integrador levou à realização da
“Exposição das Tecnologias da Educação em 3 Dimensões” na “EMEF
FUNDAMENTAÇÃO
As três dimensões de tecnologias educacionais aqui abordadas são
João Inácio Soares”, em Quadra, SP, integrando múltiplas abordagens
temas tratados separadamente por diversos autores, como
tecnológicas possíveis no processo educacional.
Vygotsky, Andrews e Goleman, e presentes em marcos educacionais
atuais, como a recém-aprovada Base Nacional Comum Curricular
OBJETIVOS (BNCC). Levanta-se a hipótese de que a falta de integração teórica
Promover engajamento dos alunos e contribuir para renovar e ampliar sobre Tec-Edu também se manifesta na vida prática escolar.
na escola a visão sobre o uso coerente de tecnologias na educação (Tec-
Edu), considerando o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social das
crianças, incluindo dimensões tecnológicas usualmente negligenciadas RESULTADOS
em contextos educacionais. A exposição desta abordagem tridimensional das Tec-Edu foi realizada
com 28 alunos do 4º ano do EF , através de 9 práticas tecnopedagógicas
METODOLOGIA distribuídas em 3 eixos, com resultados que revelam elevado
A metodologia adotada combina pesquisas bibliográficas, documentais engajamento, conforme a observação dos autores e os questionários
e de campo. Questionários revelaram a percepção de um alto interesse respondidos pelos alunos (ver mapeamento inicial).
e também de desconhecimento de professores e alunos na escola em
relação a Tec-Edu.
Foi então concebida a proposta de se expor e mapear a aplicação de
um amplo espectro de Práticas Tecnopedagógicas, em diferentes níveis
de complexidade edutecnológica, e de considerar o resultado do
engajamento educacional em determinado ambiente educativo:
63