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1. No texto da alegoria da caverna, Platão relata de modo metafórico situações que podemos
vivenciar. Esclareça, de forma articulada e a partir da sua reflexão pessoal, o significado
filosófico dos seguintes conceitos: “prisioneiros”, “correntes” e “sombras”.
«O homem que não tem a mais pequena capacidade filosófica, vive preso aos
preconceitos derivados do senso comum, das crenças habituais da sua época ou da sua
nação, e das convicções que se formaram na sua mente sem a cooperação ou o
consentimento reflectido da sua razão. Para um tal homem o mundo tende a tornar-se
definido, finito, óbvio; os objectos vulgares não levantam quaisquer questões e as
possibilidades invulgares são desdenhosamente rejeitadas. Assim que começamos a
filosofar, pelo contrário, verificamos que mesmo os objectos mais comuns levam a
problemas a que apenas podemos dar respostas muito incompletas. Embora a filosofia
seja incapaz de nos dizer com certeza qual é a resposta verdadeira às dúvidas que
levanta, é capaz de sugerir muitas possibilidades que alargam os nossos pensamentos e
nos libertam da tirania do costume.»
Bertrand Russell, “Os problemas da Filosofia”.
2.1. O autor do texto estabelece a oposição entre duas atitudes que podemos adoptar face à
realidade. Indique quais são.
C. O senso comum é um saber empírico porque é aprendido através das vivências quotidianas, sem
estudos teóricos.
1.1. Identifique a tese filosófica defendida pelo Hobbes (o tigre da BD) em relação ao problema
do livre-arbítrio, indicando qual a teoria ou teorias que a consideram verdadeira.
1.2. Qual seria a posição de um defensor do determinismo radical em relação à tese do Hobbes?
Justifique, referindo-se aos argumentos apresentados por esta teoria acerca do livre-arbítrio e
da responsabilidade.
GRUPO III
1. Estabeleça as correspondências adequadas entre as duas colunas. Escreva apenas à frente de
cada letra o número correspondente.
H. Teremos livre-arbítrio?
2. Indique a(s) teoria(s) filosófica(s), sobre o problema do livre-arbítrio, que podem defender as ideias
presentes em cada uma das alíneas. Escreva apenas a alínea e as letras seguintes:
L= Libertismo; DR= Determinismo radical; DM= Determinismo moderado.
A. As escolhas morais são livres (não causadas por factores anteriores), visto que podemos escolher fazer
ou não o mal.
B. A liberdade que julgamos ter (ao agir) é uma ilusão produzida pelo facto de desconhecermos as
verdadeiras causas das nossas acções. Por isso, pensamos que estas resultam da nossa vontade.
F. As acções humanas são o efeito necessário de causas, por exemplo: factores biológicos ou sociais, que o
sujeito não controla e que o manipulam.
G. Há acções livres e, por isso, podemos ser moralmente responsabilizados pelo que fazemos.
I. Uma acção é livre quando depende das crenças e os desejos do agente e não resulta de uma compulsão
interna ou externa.
K. Podemos argumentar que a capacidade de deliberar implica que nos sejam apresentadas várias
possibilidades ao nível da acção e, portanto, não sejamos constrangidos a seguir apenas por um caminho.
L. Se, na realidade, responsabilizamos moralmente as pessoas pelos actos que praticam, então temos de
pressupor que o livre-arbítrio existe.
M. A sensação que temos das nossas escolhas dependerem da nossa vontade é enganadora, pois não
estamos apenas condicionados por factores exteriores, mas totalmente determinados.
N. À semelhança dos fenómenos do mundo físico - como a queda dos corpos e a existência de força
gravítica na Terra - as acções humanas são explicáveis a partir de um nexo causal entre diferentes
acontecimentos, o que as torna inevitáveis.
GRUPO IV
Considere o seguinte texto:
«Suponha que o raptam e o obrigam a cometer uma série de crimes terríveis. O raptor fá-
lo disparar sobre a primeira vítima forçando-o a premir o gatilho de uma arma,
hipnotizando-o para que envenene uma segunda e depois empurrra-o de um avião
fazendo-o esmagar uma terceira. Milagrosamente sobrevive à queda. A situação deixa-o
atordoado, aliviado por ter chegado ao fim da dolorosa experiência. Mas então, para sua
surpresa, é detido pela polícia, que o algema e o acusa de homícidio. Os pais das vítimas
gritam-lhe obscenidades enquanto a polícia o leva, humilhado.
Estarão os pais e a polícia a ser justos ao culpá-lo pelas mortes?»
Theodore Sider, Livre arbítrio e determinismo, (capítulo 6), pág. 145.
Cotações:
Grupo I: 1. 40 Pontos; 2. 2.1 6 Pontos; 2.2. 9 Pontos;2.3. 15 Pontos; 3. 10 Pontos;