Você está na página 1de 7

1.

(Enem 2018) A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou a ser urdida em 1644 e


explodiu em 13 de junho de 1645, dia de Santo Antônio. Uma das primeiras medidas de João
Fernandes foi decretar nulas as dívidas que os rebeldes tinham com os holandeses. Houve
grande adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada com esta proclamação heroica.

VAINFAS. R Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009.

O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa seiscentista foi o resultado do(a)


a) fraqueza bélica dos protestantes batavos.
b) comércio transatlântico da África ocidental.
c) auxílio financeiro dos negociantes flamengos.
d) diplomacia internacional dos Estados ibéricos.
e) interesse econômico dos senhores de engenho.

2. (Uerj 2018)

Haiti é um farol elevado sobre as Antilhas, em direção ao qual os escravos e seus senhores, os
oprimidos e os opressores, voltam seus olhares.
HENRI GRÉGOIRE, 1824
Citado por MOREL, M. O abade Grégoire, o Haiti e o Brasil: repercussões no raiar do século
XIX.
Revista Almanack Braziliense, nº 2, novembro/2005.

A Revolução Haitiana, iniciada em 1791, causadora da independência daquela região de


colonização francesa, gerou repercussões que impactaram tanto as sociedades americanas
quanto as europeias. A imagem e o texto exemplificam algumas impressões sobre esse
movimento.

Indique um aspecto da Revolução Haitiana que a diferenciou dos outros processos de


emancipação política de colônias americanas. Em seguida, identifique duas repercussões
desse episódio para as sociedades americanas e europeias.
3. (Uerj 2015) No Brasil, em finais do século XVIII, o descontentamento com o poder
metropolitano deu origem a rebeliões que questionavam o domínio político português. Dentre
essas rebeliões, destacam-se a Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798).

Aviso ao Povo Bahiense

Ó vós, Povo, que nascestes para ser livres e para gozar dos bons efeitos da Liberdade, ó vós,
Povos, que viveis flagelados com o pleno poder do indigno coroado, esse mesmo rei que vós
criastes; esse mesmo rei tirano é quem se firma no trono para vos vexar, para vos roubar e
para vos maltratar. Homens, o tempo é chegado para a vossa ressurreição, sim, para vós
ressuscitardes do abismo da escravidão, para levantardes a sagrada Bandeira da Liberdade.
As nações do mundo todas têm seus olhos fixos na França, a liberdade é agradável para todos.
O dia da nossa revolução, da nossa Liberdade e da nossa felicidade está para chegar. Animai-
vos que sereis felizes.

Trecho do panfleto revolucionário afixado nas ruas de Salvador na manhã de 12 de agosto de


1798. Adaptado de PRIORE, M. del e outros. Documentos de história do Brasil: de Cabral aos
anos 90. São Paulo: Scipione, 1997.

Aponte duas diferenças entre a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Cite, também,
dois movimentos políticos ou filosóficos que influenciaram essas insurreições.
4. (Uerj 2013)

Na história brasileira, a representação de Tiradentes, um dos protagonistas da Inconfidência


Mineira (1788-1789), exemplifica um processo de transformação de alguns de seus
personagens em heróis nacionais.
Apresente duas propostas políticas da Inconfidência Mineira e justifique a transformação de
Tiradentes em herói nacional, com a implantação da República no Brasil.

5. (Enem 2017) O instituto popular, de acordo com o exame da razão, fez da figura do alferes
Xavier o principal dos Inconfidentes, e colocou os seus parceiros a meia ração de glória.
Merecem, decerto, a nossa estima aqueles outros; eram patriotas. Mas o que se ofereceu a
carregar com os pecadores de Israel, o que chorou de alegria quando viu comutada a pena de
morte dos seus companheiros, pena que só ia ser executada nele, o enforcado, o esquartejado,
o decapitado, esse tem de receber o prêmio na proporção do martírio, e ganhar por todos, visto
que pagou por todos.

ASSIS, M. Gazeta de Notícias, n. 114, 24 abr. 1892.

No processo de transição para a República, a narrativa machadiana sobre a Inconfidência


Mineira associa
a) redenção cristã e cultura cívica.
b) veneração aos santos e radicalismo militar.
c) apologia aos protestantes e culto ufanista.
d) tradição messiânica e tendência regionalista.
e) representação eclesiástica e dogmatismo ideológico.
6. (Enem 2016) O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contrário das outras situações de
contestação política na América Portuguesa, é que o projeto que lhe era subjacente não tocou
somente na condição, ou no instrumento, da integração subordinada das colônias no império
luso. Dessa feita, ao contrário do que se deu nas Minas Gerais (1789), a sedição avançou
sobre a sua decorrência.

JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem


Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000.

A diferença entre as sedições abordadas no texto encontrava-se na pretensão de


a) eliminar a hierarquia militar.
b) abolir a escravidão africana.
c) anular o domínio metropolitano.
d) suprimir a propriedade fundiária.
e) extinguir o absolutismo monárquico.

7. (Uerj 1999) "Animais-vos Povo Banhiense que está para chegar o tempo feliz da nossa
liberdade: o tempo em que todos seremos irmãos: o tempo em que todos seremos iguais."
(Apud Braz do Amaral. "Conspiração republicana na Bahia de 1798". FATOS DA VIDA
DO BRASIL. Salvador: Tip. Naval, 1941.)

Assim proclamava um dos vários papéis manuscritos que foram afixados nos lugares públicos
da cidade de Salvador, na manhã do dia 12 de agosto de 1798, tornando conhecida a
sublevação planejada na Bahia, entre 1797 e 1798.

a) Caracterize a Conjuração Baiana de 1798 e identifique um de seus objetivos, além daqueles


relacionados diretamente ao texto.

b) Estabeleça a relação existente entre a Conjuração Baiana e as ideias do Iluminismo e da


Revolução Francesa.

8. (Enem 2011) No clima das ideias que se seguiram à revolta de São Domingos, o
descobrimento de planos para um levante armado dos artífices mulatos na Bahia, no ano de
1798, teve impacto muito especial; esses planos demonstravam aquilo que os brancos
conscientes tinham já começado a compreender: as ideias de igualdade social estavam a
propagar-se numa sociedade em que só um terço da população era de brancos e iriam
inevitavelmente ser interpretados em termos raciais.

MAXWELL. K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M.N. (coord.)


O Império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.

O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das lideranças populares da
Conjuração Baiana (1798) levaram setores da elite colonial brasileira a novas posturas diante
das reivindicações populares. No período da Independência, parte da elite participou
ativamente do processo, no intuito de
a) instalar um partido nacional, sob sua liderança, garantindo participação controlada dos afro-
brasileiros e inibindo novas rebeliões de negros.
b) atender aos clamores apresentados no movimento baiano, de modo a inviabilizar novas
rebeliões, garantindo o controle da situação.
c) firmar alianças com as lideranças escravas, permitindo a promoção de mudanças exigidas
pelo povo sem a profundidade proposta inicialmente.
d) impedir que o povo conferisse ao movimento um teor libertário, o que terminaria por
prejudicar seus interesses e seu projeto de nação.
e) rebelar-se contra as representações metropolitanas, isolando politicamente o Príncipe
Regente, instalando um governo conservador para controlar o povo.

9. (Uerj 2015) A um grito de “Fora o vintém!”, os manifestantes começaram a espancar


condutores, esfaquear mulas, virar bondes e arrancar trilhos ao longo da rua Uruguaiana. Dois
pelotões do Exército ocuparam o Largo de São Francisco, postando-se parte da tropa em
frente à Escola Politécnica, atual prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. A
multidão dispersou-se e, salvo pequenos distúrbios nos três dias seguintes, estava findo o
motim do vintém. A cobrança da taxa passou a ser quase aleatória. As próprias companhias de
bondes pediam ao governo que a revogasse. Desmoralizado, o ministério caiu a 28 de março.
O novo ministério revogou o desastrado tributo.

Adaptado de CARVALHO, José Murilo de. A Guerra do Vintém. Revista de História,


setembro/2007.

Ocorrida entre o final de 1879 e o início de 1880, a Revolta do Vintém representou a


manifestação de segmentos populares descontentes com a decisão do governo de aumentar
os preços das passagens dos bondes puxados a burro, que trafegavam na então capital do
Império.
Um dos principais efeitos dessa revolta naquele momento foi:
a) politização dos oficiais militares
b) privatização dos serviços públicos
c) modernização dos meios de transporte
d) enfraquecimento das instituições monárquicas

10. (Uerj 2020)

A Exposição Internacional comemorativa do Centenário da Independência do Brasil (1822-


1922) foi inaugurada no dia 7 de setembro de 1922. Foi realizada no mesmo ano de outros
acontecimentos relevantes, como a Semana de Arte Moderna, a fundação do Partido
Comunista Brasileiro (PCB) e a Revolta do Forte de Copacabana. Primeira exposição a se
realizar após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o grande desafio da Exposição do
Centenário foi o de traduzir a vontade de renovação que então mobilizava o mundo.
A primeira transmissão de rádio no Brasil ocorreu justamente durante a inauguração da
Exposição do Centenário, com o discurso do presidente Epitácio Pessoa.

MARLY MOTTA
Adaptado de cpdoc.fgv.br.

Na comemoração dos cem anos da independência do Brasil, em 1922, foram mobilizados tanto
aspectos relativos aos acontecimentos do ano de 1822 quanto aqueles associados à
conjuntura da época, como exemplificam o texto e a moeda.

Apresente uma característica do processo de emancipação política do Brasil em 1822 que


justifique a presença da imagem de D. Pedro I na moeda comemorativa.
Em seguida, identifique dois acontecimentos ou movimentos sociopolíticos da década de 1920
que tenham realizado críticas aos governos republicanos da época.

11. (Enem 2011)

A imagem representa as manifestações nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, na primeira


década do século XX, que integraram a Revolta da Vacina. Considerando o contexto político-
social da época, essa revolta revela
a) a insatisfação da população com os benefícios de uma modernização urbana autoritária.
b) a consciência da população pobre sobre a necessidade de vacinação para a erradicação das
epidemias.
c) a garantia do processo democrático instaurado com a República, através da defesa da
liberdade de expressão da população.
d) o planejamento do governo republicano na área de saúde, que abrangia a população em
geral.
e) o apoio ao governo republicano pela atitude de vacinar toda a população em vez de
privilegiar a elite.
12. (Uerj 2011) Nós, marinheiros, cidadãos brasileiros e republicanos, mandamos esta
honrada mensagem para que Vossa Excelência faça aos marinheiros brasileiros possuirmos os
direitos sagrados que as leis da República nos facilitam. Tem Vossa Excelência 12 horas para
mandar-nos a resposta satisfatória, sob pena de ver a Pátria aniquilada.

Adaptado do memorial enviado pelos marinheiros ao presidente Hermes da Fonseca, em 1910.


In: MARANHÃO, Ricardo e MENDES JUNIOR, Antônio. Brasil história: texto e consulta. São
Paulo: Brasiliense, 1983.

Os participantes da Revolta da Chibata (1910-1911) exigiam direitos de cidadania garantidos


pela
Constituição da época.
As limitações ao pleno exercício desses direitos, na Primeira República, foram causadas pela
permanência de:
a) hierarquias sociais herdadas do escravismo.
b) privilégios econômicos mantidos pelo Exército.
c) dissidências políticas relacionadas ao federalismo.
d) preconceitos étnicos justificados pelas teorias científicas.

Você também pode gostar