LISTA DE ABREVIATURAS.........................................................................................................i
Declaração de autoria......................................................................................................................ii
Agradecimento...............................................................................................................................iii
Dedicatória......................................................................................................................................iv
Resumo............................................................................................................................................v
Abstract...........................................................................................................................................vi
CAPITULO I...................................................................................................................................1
1. Introdução....................................................................................................................................1
1.1. Problematização....................................................................................................................2
1.2. Objectivos.............................................................................................................................3
1.2.1. Objectivo Geral..............................................................................................................3
1.2.2. Objectivos Específicos...................................................................................................3
1.3. Hipóteses...............................................................................................................................3
1.4. Justificativa e Relevância.....................................................................................................3
1.4.1. Justificativa....................................................................................................................3
1.4.2. Relevância......................................................................................................................4
1.4.3. Relevância Jurídica........................................................................................................4
1.4.4. Relevância Académica...................................................................................................4
1.4.5. Relevância Social...........................................................................................................4
1.5. Delimitação da pesquisa.......................................................................................................4
1.5.1. Delimitação temporal.....................................................................................................5
1.5.2. Delimitação disciplinar..................................................................................................5
CAPITULO II..................................................................................................................................6
2. Revisão da literatura....................................................................................................................6
2.1. Conceitos..............................................................................................................................6
2.2. Revisão Teórica....................................................................................................................6
2.3. Garantia dos particulares......................................................................................................8
2.3.1. Garantias políticas.........................................................................................................8
2.3.1.1. Direito de Petição, queixa e reclamação.....................................................................9
2.3.1.2. Direito de resistência..................................................................................................9
2.3.2. Garantias administrativas.................................................................................................10
2.3.2.1. Espécies de garantia administrativa..........................................................................11
2.3.2.2. Garantias Petitória....................................................................................................11
2.3.2.2.1. Direito de Petição..................................................................................................11
2.3.2.2.2. Direito de Representação.......................................................................................11
2.3.2.2.3. Direito de Queixa...................................................................................................12
2.3.2.2.4. Direito de Denúncia...............................................................................................12
2.3.2.2.5. Direito de Oposição Administrativa......................................................................12
2.3.2.3. Garantias Impugnatórias...........................................................................................12
2.3.2.3.1. A reclamação.........................................................................................................13
2.3.2.3.2. O recurso hierárquico............................................................................................13
2.3.2.3.3. Recursos hierárquicos impróprios.........................................................................14
2.3.2.3.4. Recurso Tutelar......................................................................................................14
2.3.2.3.5. Recurso de revisão.................................................................................................14
2.3.2.3.6. Queixa ao provedor de justiça...............................................................................15
2.3.3. Garantias Contenciosas................................................................................................15
2.3.3.1. Espécie do recurso contencioso................................................................................16
2.3.3.2. Recurso contencioso.................................................................................................17
2.3.3.3. Acção Administrativa...............................................................................................17
2.4. Principio Contraditório.......................................................................................................17
2.5. O procedimento administrativo..........................................................................................18
2.5.1. As características do procedimento administrativo são:..............................................18
2.5.2. Ponderação de interesses públicos e privado...............................................................20
5.5.3. Objectivos da regulamentação jurídica do procedimento administrativo....................21
2.5.4. Natureza jurídica do procedimento administrativo......................................................21
CAPITULO III...............................................................................................................................23
3. Metodologia...............................................................................................................................23
3.1. Tipo de Pesquisa.................................................................................................................23
3.2. População de Estudo e Amostra.........................................................................................23
3.2.1. População de Estudo....................................................................................................23
3.2.2. Amostra........................................................................................................................24
3.3. Técnicas de recolhas e análise de dados.........................................................................24
3.3.1. Instrumentos de recolha de dados................................................................................24
4. CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS...........25
4.1. Análise e interpretação de dados........................................................................................25
4.2. Codificação das Respostas dos Entrevistados....................................................................25
4.3. Consequências jurídicas na aplicação do privilégio de execução prévia............................25
4.4. A possibilidade de extinguir o privilégio de execução prévia............................................27
4.5. Direito Comparado.............................................................................................................29
4.5.1.1. EUA..........................................................................................................................29
4.5.1.1.1. Característica do sistema de administração judiciária...........................................29
4.5.1.1.2. Descentralização dos poderes administrativos......................................................29
4.5.1.1.3. Sujeição da administração aos tribunais comuns...................................................30
4.5.1.1.4. Subordinação da administração ao direito comums..............................................30
4.5.1.1.5. Execução judicial das decisões administrativas....................................................30
4.5.1.1.6. Garantias jurídicas dos administrados...................................................................31
4.5.1.2. MOCAMBIQUE.......................................................................................................31
4.5.1.2.1. Moçambique é um país com regime administrativo..............................................31
4.5.1.2.2. O poder de decisão.................................................................................................32
4.5.1.2.3. O poder de decisão unilateral................................................................................33
4.5.1.2.4. O privilégio de execução prévia............................................................................33
4.5.1.2.5. O Poder de execução forçada................................................................................33
4.5.1.3. As protecções............................................................................................................34
4.5.1.3.1. A protecção dos agentes da Administração...........................................................34
CAPITULO V................................................................................................................................35
5. Conclusão e Recomendações.....................................................................................................35
5.1. Conclusão...........................................................................................................................35
Recomendações.............................................................................................................................36
CAPITULO VI..............................................................................................................................38
Referências bibliográficas.............................................................................................................39
LISTA DE ABREVIATURAS
AP – Administração Púbica
AD – Advogado/ ADs- Advogados
Art. – Artigo
CRM – Constituição da República de Moçambique
EUA- Estados Unidos de América
IPAJ - Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica
JTJC- Juiz do Tribunal Judicial da Cidade
LPAC- lei do Processo Administrativo Contencioso
MU- Munícipes
MMPCP- Magistrados do Ministério Público da Cidade de Pemba
PE - Poder Executivo
ODAPC- Ordem dos Advogados da Província de cabo -Delgado
Declaração de autoria
Eu, João Pedro Tomas, declaro por minha honra de declarar, que o presente trabalho
intitulado “Análise do Privilegio de Execução Prévia face aos Direitos dos Particulares” com
excepção das informações e dos dados citados e referidos na bibliografia é da minha autoria e
nunca foi submetido nesta ou qualquer instituição superior para obtenção do grau de licenciatura
em Direito.
Assinatura
_______________________
______________________
(Assinatura do Supervisor)
Msc.
Agradecimento
O meu especial agradecimento é direccionado a Deus, pois sem ele nada teria acontecido.
Agradeço ao meu pai junto com os irmãos. Pela coragem, apoio moral e financeiro para
concretização deste trabalho.
Endereço o meu especial agradecimento Ao meu Supervisor, pelas orientações claras e
objectiva durante a realização deste presente trabalho.
Aos meus Companheiros da Faculdade mando o meu sincero agradecimento, com os
demais colegas que mesmo querendo não pode mencionar, Agradeço também o núcleo dos
estudantes da Faculdade de gestão de turismo e informática pelos ensinamentos.
Dedicatória
O presente trabalho tem como tema Análise do privilégio de execução prévia no ordenamento jurídico
Moçambicano. Onde a administração pública contém o poder de executar as suas decisões, antes da decisão judicial,
e que em algum momento o particular, tem visto os seus direitos a serem violados, mesmo com as garantias dos
particulares, dando mas enfatize as garantias contenciosas, que tem objectivos, fazer face as violações da
administração pública, através dos tribunais, No que diz respeito ao tipo de pesquisa usada no trabalho, são de referir
que foi usada a pesquisa qualitativa com enfoque exploratório, foi seleccionada a amostra aleatória por se considerar
a mais eficiente e precisa para responder e trazer resultados satisfatórios ao estudo que é de carácter jurídico. A
pesquisa teve como instrumentos de recolha de dados a entrevista, análise documental ou pesquisa bibliográfica,
Portanto as constatações obtidas, o privilégio de execução prévia precisa de reajuste no seu modo de actuar sendo
que para tornar possível será necessária uma revisão constitucional. Afim de que seja possível viabilizar a prestação
jurisdicional de forma mais célere e justa neste país.
The present work has as a theme analysis of the privilege of previous implementation in the Mozambican
legal order. Where the public administration contains the power to implement its decisions, before the
judicial decision, and that at some point the individual has seen their rights to be violated, even with the
guarantees of individuals, giving more emphasis the contentious guarantees, which has objectives to cope with
the violations of the public administration, through the courts. regard to the type of research used in the
work, it should be noted that qualitative research with an exploratory focus was used, the random sample
was selected because it is considered the most efficient and accurate to answer and bring satisfactory results
to the study that is of a character legal. The research had as data collection instruments the interview,
documentary analysis or bibliographic research, Therefore the findings obtained, the privilege of previous
implementation needs to readjustment in their way of acting being that a constitutional revision will be
required, In order that it is possible to enable the jurisdiction to be feasible more well and fair in this country.
1. Introdução
A abordagem foi feita em torno do privilégio de execução prévia face aos direitos dos
particulares, no privilégio da execução prévia, a administração pública tem a prorrogativa de
executar as suas próprias decisões sem uma anterior auscultação ou estudo que maioritariamente
viola os direitos dos particulares.
O particular tem algumas garantias impostas por lei, no intuito de fazer face as violações
provenientes dessa execução prévia, estas garantias, são conjuntos de meios políticos,
administrativos, para o particular lutar contra a ofensa dos seus direitos ou interesses, provocados
pela administração pública.
Todavia A Justiça obedece passivamente que lhe tragam os conflitos sobre que tem de
pronunciar-se, a Administração Pública toma a iniciativa de satisfazer as necessidades colectivas
que lhe estão confiadas. Na prossecução destes interesses, tendo sempre como fim a satisfação
das necessidades de segurança, cultura e bem-estar a administração executa leis e pratica actos.
Assim, no exercício da sua actividade e de modo a que o interesse público tenha primazia em
relação aos interesses individuais, a lei permite que a administração disponha de meios de
autoridade, dizemos, portanto, que a administração dispõe de iusimperii.
No entanto, por vezes, a administração lesa os direitos e interesses dos particulares, sendo
necessário que estes disponham de instrumentos que lhes permitam defenderem-se. Actualmente,
os particulares dispõem desses instrumentos, ou seja, meios de defesa jurídicos que têm o
objectivo de fazer face aos actos abusivos da Administração Pública.
Ate que ponto o processo do Privilégio de Execução Prévia interfere nos Direitos dos
Particulares no ordenamento jurídico Moçambicano?
1.2. Objectivos
A razão que nos leva a realizar o estudo, reside na inquietação concernente a actuação da
administração pública referente ao privilégio de execução prévia que é o poder ou capacidade
legal de executar as decisões tomadas, antes da decisão do tribunal. Em contra partidas temos
aquelas que são as garantias dos particulares, que são os meios criados pela ordem jurídica com
as finalidades de evitar ou sancionar as violações do direito objectivo, as ofensas dos direitos
subjectivos ou dos interesses legítimos dos particulares, ou o demérito da acção administrativa,
por parte da administração pública, ou seja, as garantias dos particulares, vem para fazer face as
possíveis violações da administração pública, estas garantias tem como finalidade, sancionar a
violação dos interesses legítimos dos particulares Tendo em conta que as decisões são
executadas, e que não é, necessária uma decisão jurisdicional, sendo assim o particular deve
prosseguir todos os trâmites legais para ver os seus direitos acautelados.
No entanto, pretendemos com este estudo fazer entender que por causa da morosidade
processual, os particulares vê os seus direitos a serem violados, sem poder intervir de alguma
maneira, a espera de uma decisão jurisdicional que pode perdurar por muito tempo.
1.4.2. Relevância
Este trabalho tem relevância académica porque pode servir de base para os próximos
pesquisadores, que irão provavelmente abordar, matéria relacionada com o mesmo tema.
Socialmente este estudo constitui uma grande ferramenta uma vez, olhando num contesto de
abrangência, ele engloba situações que possuem um impacto nacional, que maioritariamente
denotamos que há uma grande ligação com a lei, e assim sendo, este trará um benefício ou
interesse da colectividade.
1.5. Delimitação da pesquisa
Para levar a cabo o estudo é importante definir o campo sobre qual o mesmo vai incidir de
modo que seja ela mais específica, onde procuraremos entender o por se tratar de um estudo que
possui repercussões na lei tendo como espaço de representação a Cidade de Pemba.
1.5.1. Delimitação temporal
O mesmo tema restringisse ao Município de Pemba, que se situa no distrito do mesmo
nome, na província de Cabo delgado, e a abordagem temporal será entre o período de 2015 a
2019.
2. Revisão da literatura
2.1. Conceitos
Para de Mello & chaves, execução é o processo judicial específico, através do qual se
torna efectiva uma sentença condenatória ou se promove a cobrança judicial de um título
de crédito.2
Segundo Caetano Marcelo, a administração publica nos grupos sócias onde decorre
necessariamente a convivência dos indivíduos e das famílias, a povoação, a freguesia, o
concelho, o estado, surgem necessidades colectivas, considerando necessidades não apenas
as insuficiências de carácter económico mas, em geral, todas as relativas a moralidade e
progresso da vida social, dessas necessidades, umas são inerentes a própria vida em
sociedade e podemos chamar lhes, necessidades colectivas essências, outras embora
essencialmente individuas.3
De acordo com de Mello & Machaves, direito administrativo, é um ramo que regula as
normas de organização e funcionamento dos serviços públicos.4
De acordo com Justo santos, o direito administrativo é o sistema de normas jurídicas que
regulam a organização e o funcionamento da administração pública, bem como as relações por
ala estabelecidas com outros sujeitos de direito no exercício da actividade administrativa de
gestão pública.5
1
MACIE, Albano, lições de direito administrativo Moçambicano, VOLL.II, Maputo, 2015;
2
DE MELLO, Maria Chaves, Dicionário Jurídico, 4oedição portuguesa, 2008;
3
MARCELLO, Caetano, lições de Direito penal, 1939, Pag. 14;
4
DE MELLO, Maria Chaves, Dicionário Jurídico, 4oedição portuguesa, 2008;
5
JUSTOS, Santos, introdução ao estudo do direito, 4º ed. Coimbra, 2009.
De acordo com Macie Albano, a função pública é o conjunto de pessoas físicas que se acha
vinculado a administração pública por uma relação de emprego público de natureza estatuária
sujeita ao direito administrativo, de forma permanente, profissional e subordinada, visando a
realização dos seus fins.
Para Caetano Marcelo, o privilégio de execução prévia é a faculdade que Os órgãos
administrativos têm para tornar certos e incontestáveis, para efeitos de execução, os direitos das
pessoas colectivas de direitos públicos, dispensando assim a fase declaratória que para os
particulares reveste comummente forma jurisdicional.6
De acordo com Macie albano, as garantias constitui um meio que a ordem jurídica põe a
disposição dos administrados para a defesa dos seus direitos subjectivos e interesses litígios
contra a administração pública7.
Por isso se diz, embora sem absoluto rigor, que os seus actos definitivos e executórios
possuem o valor formal da sentença judicial. Impugnando contenciosamente ou não, os actos
executórios ficam desde logo sendo obrigatórios, salvo se tiverem sido suspensos. O seu
conteúdo impõe-se a observância dos particulares a quem respeite. No caso, porém, de se não
verificar essa observância, cumpre então a Administração passar a execução material
compulsória.8
São conhecidas as formas que podem revestir a execução dos imperativos jurídicos. A
execução direita é frequente em Direito Administrativo, sob a forma de coacção policial.
Consiste em forçar o renitente a cumprir, mau grado se, aquilo a que esteja obrigado. Assim,
notificado o ocupante da via publica de que cessa a licença precária a sombra da qual se
encontrava, se ele no dia marcado persistir em ficar no lugar ocupado, a policia expulsaloa.9
De acordo com Latorre Angel, o direito administrativo vão ser normas jurídicas que regem
tais actividades e a organização desses órgãos, estas normas representam sempre características
singulares.10
6
MARCELLO, Caetano, lições de Direito penal, 1939, Pag. 14;
7
MACIE, Albano, lições de direito administrativo Moçambicano, VOLL.III, Maputo 2015;
8
Idem
9
Idem
10
LATARRO, Angel, introdução ao estudo de direito, editora escolar, 2012;
Para Justo Santos, o direito administrativo é o sistema de normas jurídicas que regulam a
organização e o funcionamento da administração pública.11
Para Carvalheda & Cabrito, administração pública em sentido lato, seria o conjunto de
actividades conduzidas pelo estado e por outros organismos públicos que, directa ou
indirectamente visam o emprego racional dos meios adequados a satisfação das necessidades. De
forma mas restrita, a administração publica reside, apenas, nas actividades conduzidas pelo
estado e pelas restantes entidades publicas, com objectivos de satisfação as necessidades
colectivas e de segurança e bem-estar.13
11
SANTOS, Justos, Introdução ao Estudo de Direito, 4º ed., Coimbra, 2004.
12
SANTOS, Justos, Introdução ao Estudo de Direito, 4º ed., Coimbra, 2004.
13
CARVELHADA, Cabrito, noções de administração publica, voll 1,8 ed., Lisboa 1992;
14
DE SOUSA & de matos, direito administrativo geral, 3 ed. dom Quixote, 2004
15
FREITAS, Do Amaral Diogo, Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3 ed. Almedina, 2016.
fiscalização da constitucionalidade das leis, a sujeição dos decretos-lei a ratificação parlamentar,
a regra da aprovação anual do orçamento do estado e das contas pública16
Para Macie Albano, são garantias políticas aquelas que são efectividades perante um
órgão superior do poder político do estado, designadamente presidente da república, assembleia
da república e o governo.17
De acordo com artigo 79 da CRM, todos os cidadãos tem o direito de apresentar petições,
queixas e reclamações perante autoridade competente para exigir o restabelecimento dos seus
direitos violado ou em defesa do interesse geral.18
De acordo com o artigo 80 da CRM, o cidadão tem o direito de não acatar ordens ilegais ou
que ofendam os seus direitos, liberdade e garantias.19
Todavia, as garantias politicas não `constituem uma forma eficaz de protecção dos direitos
dos particulares, com efeitos, elas não são inteiramente suficiente, nem são inteiramente seguras.
Não são suficiente porque cobrem muito poucos casos, dentro de cada caso não abrangem todos
os aspectos relevantes. Não são seguras, porque, sendo confiadas a órgãos políticos, vão
naturalmente ser apreciadas segundo critérios da conveniência política, quando aquilo de que os
particulares necessitam é de garantias jurídicas, que possam ser apreciadas com justiça e
imparcialidade na base de critérios de natureza jurídica.20
Deste modo, também as garantias administrativas não constituem uma protecção suficiente
dos particulares, e é por isso, alias, que surgiram na evolução do direito administrativo, as
garantias contenciosas ou seja, aquelas em que a protecção dos direitos e interesses dos
particulares e confiada aos tribunais.25
22
FREITAS, Do Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016.
23
FREITAS, Do Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016
24
Idem
25
Idem
2.3.2.1. Espécies de garantia administrativa
É a faculdade de pedir ao órgão administrativo que tomou uma decisão que a reconsidere ou
confirme, em vista de previsíveis consequências negativas da sua execução.28
26
idem
27
FREITAS, Do Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016
28
Idem
escrita da decisão em causa, de modo a excluir a responsabilidade de que vai ter de cumprir ou
executar tal decisão.29
Pode ser definida como uma contestação que em certos procedimentos administrativos os
contra-interessados têm o direito de apresentar para combater quer os pedidos formulados por
outrem a Administração, quer as iniciativas da Administração que esta tenha resolvido divulgar
ao público.32
29
Idem
30
idem
31
Idem
32
FREITAS, DO Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016
É preciso não esquecer que estamos a tratar apenas de garantias administrativas, podem definir-
se, assim, como os meios de impugnação de actos administrativos perante órgãos da
administração pública, temos que considerar cinco espécies de garantias impugnatórias33
2.3.2.3.1. A reclamação
33
Idem
34
Idem
35
Idem
36
FREITAS, DO Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016
2.3.2.3.3. Recursos hierárquicos impróprios
Como a designação indica, não são recursos hierárquicos propriamente ditos, embora
tenham grande afinidade com o recurso hierárquico. Podem definir-se como recursos
administrativos mediante os quais se impugna um acto praticado por um órgão de certa pessoa
colectiva pública, perante outro órgão da mesma pessoa colectiva que, não sendo superior,
exerça sobre eles poderes de supervisão.37
O recurso tutelar e um meio impugnatório que consiste num pedido de depreciação de uma
decisão de um órgão tutelado ou dirigido a um órgão de tutela ou de superintendido. Exemplo, a
decisão do presidente do município pode, nos termos de lei tutela administrativa, ser recorrida
perante o ministro da administração estatal ou de economia e finanças, de autarquia e o estado
-administração, Portanto, o recurso tutelar ocorre entre duas pessoas colectivas, em que a
primeira, aqui praticou o acto recorrido, é pessoa tutelada e segunda a que se dirige o recurso, é a
pessoa tutelar. Este recurso só existe quando previsto por lei, portanto, tem natureza excepcional
por sempre se afronta da autonomia das pessoa tuteladas, e, em certos casos, pode representar
uma centralização administrativa (n.° 2 do art. 173 LPA) O recurso tutelar apenas pode ter por
fundamento a inconveniência ou a inoportunidade do acto recorrido nos casos em que a lei
determine a tutela de mérito (n.°3).38
37
Idem
38
idem
39
Lei 7/28 de Fevereiro de 2014- LPAC
2.3.2.3.6. Queixa ao provedor de justiça
40
MACIE, Albano, lições de direito administrativo Moçambicano, VOLL.III, Maputo 2015;
41
FREITAS, DO Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016
contencioso administrativo, os tribunais são os órgãos a quem esta confiado o contencioso
administrativo.42
As garantias contenciosas representam a forma mais elevada e mais eficaz de defesa dos
direitos subjectivos ou dos interesses legalmente protegidos dos particulares, uma vez que são as
garantias dos particulares que se efectivam através dos tribunais.43
De acordo com Freitas, as garantias contenciosas, são aqueles que efectivam se perante os
órgãos do poder judicial do estado, designadamente, o tribunal administrativo.44
As garantias contenciosas representam a forma mais elevada e mais eficaz de defesa dos
direitos subjectivos ou dos interesses legítimos dos particulares. As garantias contenciosas
corporizam o chamado contencioso administrativo, através dos respectivos meios processuais
contenciosos. E contencioso administrativo é conjunto de litígios entre a administração pública e
os particulares que hajam de ser dirimidos com intervenção do tribunal administrativo e dos
tribunais administrativos, com aplicação do direito administrativo45.
Os meios contenciosos são os meios processuais utilizados pelos particulares para pedirem a
intervenção do tribunal administrativo e dos tribunais administrativos. São de duas espécies
fundamentais, o recurso contencioso são de anulação e as acções. 46
42
FREITAS, Do Amaral Diogo; Curso Direito Administrativo, Vol. II, 2 ed. Almedina 2012;
43
FREITAS, Do Amaral Diogo; Curso Direito Administrativo, Vol. II, 3 ed. Almedina 2016;
44
idem
45
idem
46
MACIE, Albano, lições de direito administrativo Moçambicano, VOLL.III, Maputo 2015;
Garantia não especificada e cautelares não especificadas.47
47
FREITAS, DO Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016
48
Lei 7/28 de Fevereiro de 2014- LPAC
49
Idem
50
Prata Ana, dicionário jurídico, 5edição portuguesa, 2013.
51
DE MELLO Maria, dicionariojuridico, 4ºedicacao Portuguesa, 2008.
2.5. O procedimento administrativo
Segundo Diogo Freitas, O procedimento administrativo é a sequência juridicamente
ordenada de actos e formalidades tendentes à preparação prática de um acto da administração ou
à sua execução.52
O procedimento é uma sequência. Isto quer dizer que os vários elementos que o integram
não se encontram organizados de qualquer maneira, o procedimento constitui uma sequência
juridicamente ordenada, É a lei que determina quais os actos a praticar e quais as formalidades a
observar, é também a lei que estabelece a ordem dos trâmites a cumprir, o momento em que cada
um deve ser efectuado, quais os actos antecedentes e os actos consequentes.53
O procedimento administrativo tem por objecto um acto da administração, O que do
carácter administrativo ao procedimento é, precisamente, o envolvimento da administração
pública é o facto de objecto dele ser um acto da administração. O procedimento administrativo
tem por finalidade preparar a prática de um acto ou a respectiva execução.54
52
AMARAL, Diogo Freitas do, Curso de Direito Administrativo, 3a Edição, Almedina Editora, volume II 2016;
53
MACIE, Albano, Lições de Direito Administrativo Moçambicano, volume III, Maputo, 2015
54
Idem
55
Lei n.º 14/2011, de 10 de Agosto,
56
MACIE, Albano, Lições de Direito Administrativo Moçambicano, volume III, Maputo, 2015
57
Idem
O procedimento administrativo não segue um regido formalismo, cabendo a lei, no sentido
amplo traçar ou indicar as formalidades essenciais e linhas gerais da marcha do processo,
deixando o resto a cargo da administração determinar com exactidão com forme o caso concreto.
Toda via, quando a lei determina um certo formalismo este devera ser obedecido, sob pena de
feito pretendido não se poder produzir validamente.58
Procedimento Secreto
58
MACIE, Albano, Lições de Direito Administrativo Moçambicano, volume III, Maputo, 2015
59
CAETANO, Marcello, Manual de Direito Administrativo, 10a Edição Almedina Editora, 2008
60
MACIE, Albano, Lições de Direito Administrativo Moçambicano, volume III, Maputo, 2015
procedimento administrativo ou nele se fazer representar ou assistir, incluído por meio de
advogado, técnico jurídico ou assistente jurídico. Os princípios da participação e da colaboração
dos particulares nas actividades administrativa tem assento constitucional e não sofrem nenhum
tipo de contextualização, e assim que assegurado aos particulares o direito as audiências, quando
estejam directamente envolvidos ou interessado num determinado procedimento para tomada de
decisões da administração pública.61
Procedimento inquisitório
61
MACIE, Albano, Lições de Direito Administrativo Moçambicano, volume III, Maputo, 2015
62
Idem
63
CAETANO, Marcello, Manual de Direito Administrativo, 10a Edição Almedina Editora, 2008;
64
idem
5.5.3. Objectivos da regulamentação jurídica do procedimento administrativo
65
AMARAL, Diogo Freitas do, Curso de Direito Administrativo, 3a Edição, Almedina Editora, volume II 2016;
66
idem
espécies de um mesmo gênero, mas sim dois gêneros diferentes, irredutíveis um ao
outro.67
CAPITULO III
67
idem
68
AMARAL, Diogo Freitas do, Curso de Direito Administrativo, 3a Edição, Almedina Editora, volume II 2016;
69
idem
3. Metodologia
Metodologia científica é um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela
ciência para formular e resolver problemas de aquisição objectiva do conhecimento de uma
maneira sistemática.
Segundo Marconi & Lakatos, métodos é o conjunto das actividades sistemáticas e racionais
que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo – conhecimentos válidos e
verdadeiros – traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do
cientista.71
Como forma de obter informações fidedignas sobre o estudo em causa, e fazer uma melhor
interpretação, teremos como universo os profissionais de diferentes áreas com domicílio
profissional localizado na cidade de Pemba, onde termos como alvo, os Magistrados do
Ministério Público da Cidade de Pemba, Advogados com inscrição ainda em vigor na ordem,
Técnicos do IPAJ e os Munícipes da cidade de Pemba.
70
GIL, A, Métodos e técnicas de pesquisa Social, (5º ed.), Editora Atlas, são Paulo, 1999;
71
MARCONI, E, & lakatos, M, Fundamentos de Metodologia Cientifica, (6º) Editora Atlas S.A. São Paulo, 2007.
3.2.2. Amostra
À partir do universo subscrito, teremos como amostra o Procurador Provincial de Cabo
Delgado, um juiz Judicial da secção de menores, o delegado do Provincial do IPAJ, dois
advogados, e 5 Munícipes totalizando um número igual de dez entrevistados.
No entanto colocada a mesma contenda para o AD2, este responde dizendo que as
consequências surgem no momento em que o particular perde os seus direitos, que em algum
momento pode causar ao particular danos morais e patrimoniais.
Na Ala dos munícipes, Os MU1 a MU5 tem opiniões unânimes no que tange as
consequências jurídicas causadas na aplicação do privilégio de execução prévia, alegando, que o
particular tem danos matérias, e morais, sem a possibilidade de se defenderem, e que este
privilégio de execução prévia, é uma injustiça.
Lançada a mesma questão para o JTJC, este debruça-se que, no que concerne as
consequências causadas pelo privilégio de execução prévia, no ordenamento jurídico
moçambicano, de alguma forma vai lesar os direitos dos particulares, visto que estes, diante da
administração pública, ficam numa posição de sujeição.
No entanto, lançada a mesma questão para a ODAPC, estes afirmam que no sistema jurídico
moçambicano, não tem nenhuma consequência, uma vez que havendo a aplicação, do princípio
do privilégio de execução prévia, há sempre uma espécie de recomposição, que é efectuada
através de uma indemnização ao particular.
Entre tanto colocada a questão aos MMPCP este elucidaram que as consequências advêm
de lesões aos direitos dos particulares em virtude da execução prévia, uma vez que a
administração executa as suas decisões, sem necessariamente esperar a decisão judicial.
No entanto, neste âmbito constata-se que, o privilégio de execução prévia, vai lesar os
direitos subjectivos dos particulares, uma vez que não existe igualdade entre a administração
pública e o particular, realmente o interesse colectivo deve estar acima do interesse particular.
Toda via a administração pública, pode compensar os danos ou lesões causadas, aos
particulares através de indemnização, mas para que seja feita essa avaliação, do património, ou
melhor de uma infra-estrutura, carece de avaliação de um perito especialista na mesma área,
neste caso em concreto estaríamos a falar de um perito em construção e obras, para que se possa
fazer uma boa avaliação do património, ou uma infra-estrutura que a administração pública
queira utilizar para um interesse colectivo.
Porém o interesse particular é estropiado ou substituído, pelo natural predominância do
interesse colectivo, o particular, tem de ser compensado pela perda dos seus direitos e interesses
mediante a sua equitativa conversão em valor equivalente.
No entanto, lançada a mesma questão para a ODAPC, estes elucidam que não concordam
com A possibilidade de extinguir o privilégio de execução prévia, isto porque no âmbito de
prossecução do interesse público, não pode, o estado estar refém de uma decisão particular, em
diferimento do interesse colectivo. Lançada a mesma questão para o juiz do tribunal judicial da
cidade, este debruça-se que para um país em via de desenvolvimento, como nosso, concorda que
o privilegio de execução previa continue a vigorar porque, se o particular tivesse a prorrogativa
de impedir um acto administrativo, incorreríamos em uma situação de inviabilização de grandes
projectos de investimentos, e isso ia impedir, o desenvolvimento de um país, em via de
desenvolvimento.
No entanto O MU4 diante da questão que lhe foi colocada este responde que o privilegio de
execução previa, devia extinguir, porque num estado de direito o particular deve estar em pé de
igualdade com o estado, porque o particular não pode se submeter a todos os interesses do
estado, o MU5 defende a possibilidade de extinção do privilegio de execução previa no
ordenamento jurídico moçambicano, porque nem sempre, o interesse é efectivamente colectivo,
em algum momento, usa-se o privilegio de execução previa para o interesse de um grupo de
pessoa que se aproveitam do poder que tem na própria administração publica para fins pessoas,
alegando que é um interesse colectivo, em quanto que, na verdade a finalidade e gerar lucros
para os seus próprios bolsos, Toda via os MU1 e MU2 e MU3, respondem de forma unânime
alegando que o privilegio de execução previa não pode extinguir porque o interesse de um
particular, não pode em nenhum momento, estar acima do interesse da colectividade
Contudo o delegado Provincial do IPAJ, nos elucida que pela lei todos devem ser tratados
de maneira igual, contudo por causa da morosidade processual, muita das vezes o particular tem
visto os seus direitos a serem violados, entre tanto a administração pública deve agir tendo em
conta a garantir o bem comum, e agir de forma justa, mas não concordando com a extinção do
privilégio de execução prévia. Porque o privilegio de execução previa tem finalidade de por em
pratica um interesse colectivo.
Entre tanto colocada a questão aos MMPCP, estes não concordam com a possibilidade de
extinção do privilégio de execução prévia, afirmando que o privilégio de execução prévia é para
todos os países em via de desenvolvimento, e que nesse tipo de estado, não pode haver igualdade
entre o particular e administração pública.
Toda via Também parece claro que o interesse colectivo não corresponda ao interesse da
totalidade dos cidadãos que compõem determinada comunidade, os quais, em regra, colidem,
pela própria característica de uma sociedade, Cumprir o interesse público não é atender ao
interesse comum de todos os cidadãos, o que seria impossível, mas beneficiar uma colectividade
de pessoas que tenham interesses comuns, ainda que estes não correspondam à soma dos
interesses individuais. Toda via, a deficiência da infra-estrutura do judiciário em razão da
ausência de interesses políticos no aparelhamento do respectivo órgão. Isto falando em aumento
do quadro de funcionários públicos, serventuários da justiça compreendidos: escrevente, oficiais
de justiça, promotores, juízes, etc. Além da deficiência em equipamentos tecnológicos para o
funcionamento salutar do Poder Judiciário
Contudo administração pública ficaria inerente, paralisada, se cada vez que pretendesse,
movimentar-se, precisasse consultar os interesses privados atingidos. Por isso o estado dotou ao
órgão administrativo ou seja a administração pública o poder para vencer, as injustificadas
resistências do particular, Entretanto deve haver garantia da razoável duração do processo, A
constituição pautou peremptoriamente como garantia constitucional o direito de todos os
cidadãos provocarem tutela jurisdicional do Estado, quando se sentir ameaçado ou lesado o seu
direito, por outro lado, o legislador constituinte, delegou ao Estado a exclusividade da prestação
jurisdicional, sendo que somente em situações excepcionais é que será permitida a composição
de conflitos sem a intervenção do Estado
4.5.1.1. EUA
A administração não esta centralizada e não concentra em si todos os poderes, pelo que
existem dois órgãos que dispõe do poder, sendo a administração central e a administração local,
não existe conceito de estado como pessoa colectiva, uma vez que a administração publica não
dispõe de poderes diferentes dos atribuídos aos particulares.73
72
ROCHA, Raquel, os sistemas administrativos psicanalisar o direito administrativo, disponível em:
https://psicanalisarodireitoadministrativi16b.blogs.sapo.pt.Acesso em: 24 de Abril.2020.
73
Idem
4.5.1.1.3. Sujeição da administração aos tribunais comuns
A Administração não goza de poderes de execução das suas decisões pelo que se pretende
executar essas decisões terá de se dirigir a um tribunal, isto não quer dizer que no sistema
britânico, a administração não pudesse praticar nenhum acto administrativo sem recorrer aos
tribunais, uma vez que a questão da execução só se coloca quando a ordem administrativa, não e
voluntariamente cumprida por um particular, sendo assim, a administração pode recorrer ao
tribunal com vista a obtenção de uma sentença, para garantir que o particular cumpra.76
Neste sistema, a administração não pelos actos praticados pelos seus agentes aos
administrados, mas os tribunais procuram impedir possíveis abusos de poder por parte da
administração pública.77
74
ROCHA, Raquel, os sistemas administrativos psicanalisar o direito administrativo, disponível em:
https://psicanalisarodireitoadministrativi16b.blogs.sapo.pt.Acesso em: 24 de Abril.2020.
75
Idem
76
Idem
77
Idem
4.5.1.2. MOCAMBIQUE
78
CISTAC Gilles, direito administrative em Moçambique, WORKSHOP ON ADMINISTRATIVELAW, hotel
Cardoso, voll 1, 4 Abril 2009. Disponível em: www.sislog.com. Acesso em: 20 de Abril.2020.
79
Idem
80
Idem
A Administração Pública Moçambicana tem poderes de decisão e de execução. Por outras
palavras, o que caracteriza o Direito Administrativo Moçambicano na ordem das prerrogativas,
como, regra geral, em qualquer outro sistema de administração executiva, é a faculdade que lhe é
conferida de tomar decisões juridicamente executórias, e de garantir a sua execução material.81
81
Idem
82
CISTAC Gilles, direito administrative em Moçambique, WORKSHOP ON ADMINISTRATIVELAW, hotel
Cardoso, voll 1, 4 Abril 2009. Disponível em: www.sislog.com. Acesso em: 20 de Abril.2020.
83
Idem
84
Idem
O privilégio de execução prévia é definido pela alínea g) do Artigo 1 do Decreto n.º
30/2001, de 15 de Outubro como “poder ou capacidade legal de executar actos administrativos
definitivos e executórios, antes da decisão jurisdicional sobre o recurso interpostos pelos
interessados, O privilégio da execução prévia resulta da possibilidade que a Administração tem
de tomar decisões executórias, isto é, a Administração é dispensada, para realizar os seus
direitos, do prévio recurso a um tribunal. Por outras palavras, o privilégio da execução prévia
significa que o acto é revestido de uma presunção de legalidade que obriga o seu destinatário a
executá-lo antes de qualquer contestação.85
4.5.1.3. As protecções
85
Idem
86
CISTAC Gilles, direito administrative em Moçambique, WORKSHOP ON ADMINISTRATIVELAW, hotel
Cardoso, voll 1, 4 Abril 2009. Disponível em: www.sislog.com. Acesso em: 20 de Abril.2020.
87
Idem
88
Idem
4.5.1.3.1. A protecção dos agentes da Administração
Os funcionários das administrações públicas dispõem de uma protecção particular que lhe é
garantida, não apenas no seu interesse, mas, também, no interesse da administração, também
encontramos A protecção contra as acções em responsabilidade, regra geral, caso um funcionário
cause danos decorrentes de um facto ilícito culposo não é ele próprio que deverá reparar o
prejuízo causado, mas a própria Administração.89
a) A protecção contra as acções em responsabilidade.
Regra geral, caso um funcionário cause danos decorrentes de um facto ilícito culposo não é
ele próprio que deverá reparar o prejuízo causado, mas a própria Administração, o que constitui,
ao mesmo tempo, uma prerrogativa, ou seja, a protecção dos funcionários, e uma sujeição porque
a Administração deverá indemnizar a entidade prejudicada no lugar do funcionário causador do
prejuízo.90
CAPITULO V
5. Conclusão e Recomendações
5.1. Conclusão
Chegada esta fase de trabalho, através das acções desencadeadas em busca da realização
do mesmo, chegamos a conclusão nos seguintes aspectos.
89
Idem
90
Idem
91
CISTAC Gilles, direito administrative em Moçambique, WORKSHOP ON ADMINISTRATIVELAW, hotel
Cardoso, voll 1, 4 Abril 2009. Disponível em: www.sislog.com. Acesso em: 20 de Abril.2020.
Relativamente as consequências jurídicas, causadas na aplicação do privilégio de
execução prévia, ficou claro que, o privilégio de execução prévia, lesa os direitos subjectivos dos
particulares, uma vez que não existe igualdade entre a administração pública e o particular,
relativamente ao processo de indemnização, muita das vezes, esta indemnização não é feita
conforme, tendo em conta que o particular perde determinados direitos em função da execução
prévia. Portanto quando um direito do particular é violado, este, tem o direito de ser compensado
ou substituído, porém muita das vezes a indemnização não tem sido favorável ou justa para o
particular, uma vez que na negociação o estado também tem estado acima do particular. Munido
do seu poder de autoridade, não dando muitas escolhas ao particular, por exemplo, a execução
para destruição de um património de luxo de um particular, para a construção de um hospital,
todavia o hospital é benéfico para todos, ou seja é de interesse colectivo, porém o estado
também, no acto de indemnização deve olhar para todos aspectos relativamente ao edifício do
particular, ou seja a indemnização deve ser feita de acordo com o valor real do património de
luxo do particular.
Todavia o particular goza de reais garantias, porém ficou claro que estas garantias não
conseguem fazer face ao privilégio de execução prévia, uma vez que, mesmo com as garantias, o
particular, tem visto os seus direitos a serem violados. Entretanto a morosidade processual
contribui para que o interesse do particular seja violado.
Porem depois de conhecer os dois sistemas, ficou evidente que o ordenamento mas
acertado para dirimir a questão do privilegio de execução previa, é o ordenamento jurídico dos
EUA, porque o particular e o estado, estão em pé de igualdade, contudo para um estado como de
Moçambique, é mas viável, a aplicação do privilegio de execução prévia, por uma questão do
próprio estado precisar de ter esse poder, para o próprio desenvolvimento.
Recomendações
Decorrente do quadro teórico, à partir das constatações do terreno e da conclusão ora feita,
avançámos com recomendações serem implementadas acreditamos que trará mudanças e
avanços significativos para o Sistema administrativo moçambicano.
Assim, recomenda-se que:
Recomendamos que a administração pública colabore positivamente, com o particular, de
modo que não seja necessário, a aplicação de uma execução prévia, e no âmbito de
indemnização, e a administração pública proceda de forma justa e imparcial.
O levantamento de dados foi uma difícil etapa durante a realização deste trabalho, em
função da indisponibilidade de algumas informações e do tempo para a conclusão.
Recomenda-se aos futuros pesquisadores a fazerem mais abordagem concernente ao
privilégio de execução prévia face aos direitos dos particulares, porque os direitos dos
particulares tem sido violado, e as indemnizações feitas de forma injustas;
Por fim recomenda-se também um estudo complexo a cerca da possibilidade de extinção
do privilégio de execução prévia
.
CAPITULO VI
AMARAL, Diogo Freitas do, Curso de Direito Administrativo, 3a Edição, Almedina Editora,
volume II, 2016;
AMARAL, Diogo Freitas do, Curso de Direito Administrativo, 3a Edição, Almedina Editora,
volume I, 2010;
ANDRADE, Vieira de, Lições de Direito Administrativo, 5ª edição. Coimbra, 2017.
CAETANO, Marcello, lições de Direito penal, 1939;
CAETANO, Marcello, Manual de Direito Administrativo, 10a Edição Almedina Editora, 2008;
CARVELHADA, Cabrito, noções de administração publica, voll 1,8 ed. Lisboa 1992;
FREITAS, DO Amaral Diogo, Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3 ed. Almedina 2016;
FREITAS, Do Amaral Diogo; Curso Direito Administrativo, Vol. II, 2 ed. Almedina 2012
GIL, A, Métodos e técnicas de pesquisa Social, (5º ed.), Editora Atlas, são Paulo, 1999;
MACIE, Albano, lições de direito administrativo Moçambicano, em especial, Vol. III, Maputo
2018;
MACIE, Albano, Licoes de Direito Administrativo Mocambicano, volume III, Maputo, 2015.
MARCONI, E, & Lakatos, M, Fundamentos de Metodologia Cientifica, (6º) Editora Atlas S.A.
São Paulo, 200
MARCONI, E, & lakatos, M, Fundamentos de Metodologia Cientifica, (6º) Editora Atlas S.A.
São Paulo, 1989;
Referências bibliográficas
Questionário
3. Se não concorda, o que se pode fazer para extinguir o privilégio de execução previa no
ordenamento jurídico moçambicano.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
5. Será que no ordenamento jurídico dos EUA, vigora o privilégio de execução previa?
Sim ou não?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
6. Se a resposta for sim, como funciona no ordenamento jurídico dos estados unidos de
América (EUA)?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
7. Se a resposta for não, como funciona no ordenamento jurídico dos estados unidos de
América (EUA)?
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______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
9. Diante duma execução previa eminente, e tendo em conta a morosidade processual, o
particular vêem os seus direitos a serem violados, o que este pode fazer para parar essa
violação?
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