Você está na página 1de 51

ÍNDICE

LISTA DE ABREVIATURAS.........................................................................................................i
Declaração de autoria......................................................................................................................ii
Agradecimento...............................................................................................................................iii
Dedicatória......................................................................................................................................iv
Resumo............................................................................................................................................v
Abstract...........................................................................................................................................vi
CAPITULO I...................................................................................................................................1
1. Introdução....................................................................................................................................1
1.1. Problematização....................................................................................................................2
1.2. Objectivos.............................................................................................................................3
1.2.1. Objectivo Geral..............................................................................................................3
1.2.2. Objectivos Específicos...................................................................................................3
1.3. Hipóteses...............................................................................................................................3
1.4. Justificativa e Relevância.....................................................................................................3
1.4.1. Justificativa....................................................................................................................3
1.4.2. Relevância......................................................................................................................4
1.4.3. Relevância Jurídica........................................................................................................4
1.4.4. Relevância Académica...................................................................................................4
1.4.5. Relevância Social...........................................................................................................4
1.5. Delimitação da pesquisa.......................................................................................................4
1.5.1. Delimitação temporal.....................................................................................................5
1.5.2. Delimitação disciplinar..................................................................................................5
CAPITULO II..................................................................................................................................6
2. Revisão da literatura....................................................................................................................6
2.1. Conceitos..............................................................................................................................6
2.2. Revisão Teórica....................................................................................................................6
2.3. Garantia dos particulares......................................................................................................8
2.3.1. Garantias políticas.........................................................................................................8
2.3.1.1. Direito de Petição, queixa e reclamação.....................................................................9
2.3.1.2. Direito de resistência..................................................................................................9
2.3.2. Garantias administrativas.................................................................................................10
2.3.2.1. Espécies de garantia administrativa..........................................................................11
2.3.2.2. Garantias Petitória....................................................................................................11
2.3.2.2.1. Direito de Petição..................................................................................................11
2.3.2.2.2. Direito de Representação.......................................................................................11
2.3.2.2.3. Direito de Queixa...................................................................................................12
2.3.2.2.4. Direito de Denúncia...............................................................................................12
2.3.2.2.5. Direito de Oposição Administrativa......................................................................12
2.3.2.3. Garantias Impugnatórias...........................................................................................12
2.3.2.3.1. A reclamação.........................................................................................................13
2.3.2.3.2. O recurso hierárquico............................................................................................13
2.3.2.3.3. Recursos hierárquicos impróprios.........................................................................14
2.3.2.3.4. Recurso Tutelar......................................................................................................14
2.3.2.3.5. Recurso de revisão.................................................................................................14
2.3.2.3.6. Queixa ao provedor de justiça...............................................................................15
2.3.3. Garantias Contenciosas................................................................................................15
2.3.3.1. Espécie do recurso contencioso................................................................................16
2.3.3.2. Recurso contencioso.................................................................................................17
2.3.3.3. Acção Administrativa...............................................................................................17
2.4. Principio Contraditório.......................................................................................................17
2.5. O procedimento administrativo..........................................................................................18
2.5.1. As características do procedimento administrativo são:..............................................18
2.5.2. Ponderação de interesses públicos e privado...............................................................20
5.5.3. Objectivos da regulamentação jurídica do procedimento administrativo....................21
2.5.4. Natureza jurídica do procedimento administrativo......................................................21
CAPITULO III...............................................................................................................................23
3. Metodologia...............................................................................................................................23
3.1. Tipo de Pesquisa.................................................................................................................23
3.2. População de Estudo e Amostra.........................................................................................23
3.2.1. População de Estudo....................................................................................................23
3.2.2. Amostra........................................................................................................................24
3.3. Técnicas de recolhas e análise de dados.........................................................................24
3.3.1. Instrumentos de recolha de dados................................................................................24
4. CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS...........25
4.1. Análise e interpretação de dados........................................................................................25
4.2. Codificação das Respostas dos Entrevistados....................................................................25
4.3. Consequências jurídicas na aplicação do privilégio de execução prévia............................25
4.4. A possibilidade de extinguir o privilégio de execução prévia............................................27
4.5. Direito Comparado.............................................................................................................29
4.5.1.1. EUA..........................................................................................................................29
4.5.1.1.1. Característica do sistema de administração judiciária...........................................29
4.5.1.1.2. Descentralização dos poderes administrativos......................................................29
4.5.1.1.3. Sujeição da administração aos tribunais comuns...................................................30
4.5.1.1.4. Subordinação da administração ao direito comums..............................................30
4.5.1.1.5. Execução judicial das decisões administrativas....................................................30
4.5.1.1.6. Garantias jurídicas dos administrados...................................................................31
4.5.1.2. MOCAMBIQUE.......................................................................................................31
4.5.1.2.1. Moçambique é um país com regime administrativo..............................................31
4.5.1.2.2. O poder de decisão.................................................................................................32
4.5.1.2.3. O poder de decisão unilateral................................................................................33
4.5.1.2.4. O privilégio de execução prévia............................................................................33
4.5.1.2.5. O Poder de execução forçada................................................................................33
4.5.1.3. As protecções............................................................................................................34
4.5.1.3.1. A protecção dos agentes da Administração...........................................................34
CAPITULO V................................................................................................................................35
5. Conclusão e Recomendações.....................................................................................................35
5.1. Conclusão...........................................................................................................................35
Recomendações.............................................................................................................................36
CAPITULO VI..............................................................................................................................38
Referências bibliográficas.............................................................................................................39
LISTA DE ABREVIATURAS

AP – Administração Púbica
AD – Advogado/ ADs- Advogados
Art. – Artigo
CRM – Constituição da República de Moçambique
EUA- Estados Unidos de América
IPAJ - Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica
JTJC- Juiz do Tribunal Judicial da Cidade
LPAC- lei do Processo Administrativo Contencioso
MU- Munícipes
MMPCP- Magistrados do Ministério Público da Cidade de Pemba
PE - Poder Executivo
ODAPC- Ordem dos Advogados da Província de cabo -Delgado
Declaração de autoria

Eu, João Pedro Tomas, declaro por minha honra de declarar, que o presente trabalho
intitulado “Análise do Privilegio de Execução Prévia face aos Direitos dos Particulares” com
excepção das informações e dos dados citados e referidos na bibliografia é da minha autoria e
nunca foi submetido nesta ou qualquer instituição superior para obtenção do grau de licenciatura
em Direito.

Assinatura

_______________________

(João Pedro tomas)

______________________

(Assinatura do Supervisor)

Msc.
Agradecimento

O meu especial agradecimento é direccionado a Deus, pois sem ele nada teria acontecido.
Agradeço ao meu pai junto com os irmãos. Pela coragem, apoio moral e financeiro para
concretização deste trabalho.
Endereço o meu especial agradecimento Ao meu Supervisor, pelas orientações claras e
objectiva durante a realização deste presente trabalho.
Aos meus Companheiros da Faculdade mando o meu sincero agradecimento, com os
demais colegas que mesmo querendo não pode mencionar, Agradeço também o núcleo dos
estudantes da Faculdade de gestão de turismo e informática pelos ensinamentos.
Dedicatória

Dedico este trabalho aos meus queridos pais, e


toda minha família em geral, pela persistência na
minha formação.
Resumo

O presente trabalho tem como tema Análise do privilégio de execução prévia no ordenamento jurídico
Moçambicano. Onde a administração pública contém o poder de executar as suas decisões, antes da decisão judicial,
e que em algum momento o particular, tem visto os seus direitos a serem violados, mesmo com as garantias dos
particulares, dando mas enfatize as garantias contenciosas, que tem objectivos, fazer face as violações da
administração pública, através dos tribunais, No que diz respeito ao tipo de pesquisa usada no trabalho, são de referir
que foi usada a pesquisa qualitativa com enfoque exploratório, foi seleccionada a amostra aleatória por se considerar
a mais eficiente e precisa para responder e trazer resultados satisfatórios ao estudo que é de carácter jurídico. A
pesquisa teve como instrumentos de recolha de dados a entrevista, análise documental ou pesquisa bibliográfica,
Portanto as constatações obtidas, o privilégio de execução prévia precisa de reajuste no seu modo de actuar sendo
que para tornar possível será necessária uma revisão constitucional. Afim de que seja possível viabilizar a prestação
jurisdicional de forma mais célere e justa neste país.

Palavras-chave: Execução Previa, Garantias, Direito dos Particulares


Abstract

The present work has as a theme analysis of the privilege of previous implementation in the Mozambican
legal order. Where the public administration contains the power to implement its decisions, before the
judicial decision, and that at some point the individual has seen their rights to be violated, even with the
guarantees of individuals, giving more emphasis the contentious guarantees, which has objectives to cope with
the violations of the public administration, through the courts. regard to the type of research used in the
work, it should be noted that qualitative research with an exploratory focus was used, the random sample
was selected because it is considered the most efficient and accurate to answer and bring satisfactory results
to the study that is of a character legal. The research had as data collection instruments the interview,
documentary analysis or bibliographic research, Therefore the findings obtained, the privilege of previous
implementation needs to readjustment in their way of acting being that a constitutional revision will be
required, In order that it is possible to enable the jurisdiction to be feasible more well and fair in this country.

Keywords: Execution preview Guarantees, Individuals Law


CAPITULO I

1. Introdução

A abordagem foi feita em torno do privilégio de execução prévia face aos direitos dos
particulares, no privilégio da execução prévia, a administração pública tem a prorrogativa de
executar as suas próprias decisões sem uma anterior auscultação ou estudo que maioritariamente
viola os direitos dos particulares.
O particular tem algumas garantias impostas por lei, no intuito de fazer face as violações
provenientes dessa execução prévia, estas garantias, são conjuntos de meios políticos,
administrativos, para o particular lutar contra a ofensa dos seus direitos ou interesses, provocados
pela administração pública.

No entanto com estudo pretendeu-se apurar se a execução prévia, prejudica ou beneficia os


particulares, embora os mesmos estejam protegido pelas garantias, que são conferidas por lei,
como outrora se disse, eles vêem os seus direitos a serem violados constantemente.

Porém o particular desfruta de certas garantias onde em primeiro encontramos, as garantias


políticas, que são efectivadas através dos órgãos políticos, onde encontramos o governo, a
Assembleia da República e o Presidente da República, em seguida encontramos as garantias
administrativas, que são efectivadas através dos órgãos da própria administração pública e para
finalizar encontramos as garantias contenciosas que são as mas eficazes uma vez que são
efectivadas por via dos tribunais.

Todavia o particular pode recorrer a Figura do Provedor de Justiça, contudo, O provedor de


justiça, na apreciação dos casos que lhe são apresentados, não goza de poderes de decisão,
produzindo unicamente recomendações aos órgãos competentes para reparar ou prevenir as
legalidades ou injustiças.
1.1. Problematização

Tendo em conta que o privilegio de execução prévia, confere a faculdade para


administração púbica executar as decisões, e em contra partida temos aquelas que são as
garantias dos particulares, dando mais destaque as garantias contenciosa, que são aquelas que são
efectivadas pelos tribunais, contudo, O direito administrativo como o sistema de normas jurídicas
que regulam a organização e o processo próprio de agir da Administração Pública e disciplinam
as relações pelas quais ela prossiga interesses colectivos podendo utilizar de iniciativa e do
privilégio da execução prévia. Porém A Justiça tende apurar o Direito, e a Administração Pública
visa prosseguir interesses colectivos.

Todavia A Justiça obedece passivamente que lhe tragam os conflitos sobre que tem de
pronunciar-se, a Administração Pública toma a iniciativa de satisfazer as necessidades colectivas
que lhe estão confiadas. Na prossecução destes interesses, tendo sempre como fim a satisfação
das necessidades de segurança, cultura e bem-estar a administração executa leis e pratica actos.
Assim, no exercício da sua actividade e de modo a que o interesse público tenha primazia em
relação aos interesses individuais, a lei permite que a administração disponha de meios de
autoridade, dizemos, portanto, que a administração dispõe de iusimperii.

No entanto, por vezes, a administração lesa os direitos e interesses dos particulares, sendo
necessário que estes disponham de instrumentos que lhes permitam defenderem-se. Actualmente,
os particulares dispõem desses instrumentos, ou seja, meios de defesa jurídicos que têm o
objectivo de fazer face aos actos abusivos da Administração Pública.

Neste contexto, a problemática da nossa investigação reside na seguinte questão:

 Ate que ponto o processo do Privilégio de Execução Prévia interfere nos Direitos dos
Particulares no ordenamento jurídico Moçambicano?
1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo Geral

 Analisar o Processo do Privilégio de Execução Prévia no Ordenamento Jurídico


Moçambicano.

1.2.2. Objectivos Específicos

 Identificar as consequências jurídicas, causadas na aplicação do privilégio de execução


prévia;
 Discutir a possibilidade de extinguir o privilégio de execução prévia;
 Fazer uma comparação, entre Moçambique e Estados Unidos da América.
1.3. Hipóteses
 O privilégio de execução prévia interfere positivamente nos direitos dos particulares
porque permite, a rápida concretização, das actividades públicas;
 O privilégio de execução prévia interfere negativamente, porque não existe uma prévia
avaliação dos impactos e riscos da mesma.

1.4. Justificativa e Relevância


1.4.1. Justificativa

A razão que nos leva a realizar o estudo, reside na inquietação concernente a actuação da
administração pública referente ao privilégio de execução prévia que é o poder ou capacidade
legal de executar as decisões tomadas, antes da decisão do tribunal. Em contra partidas temos
aquelas que são as garantias dos particulares, que são os meios criados pela ordem jurídica com
as finalidades de evitar ou sancionar as violações do direito objectivo, as ofensas dos direitos
subjectivos ou dos interesses legítimos dos particulares, ou o demérito da acção administrativa,
por parte da administração pública, ou seja, as garantias dos particulares, vem para fazer face as
possíveis violações da administração pública, estas garantias tem como finalidade, sancionar a
violação dos interesses legítimos dos particulares Tendo em conta que as decisões são
executadas, e que não é, necessária uma decisão jurisdicional, sendo assim o particular deve
prosseguir todos os trâmites legais para ver os seus direitos acautelados.
No entanto, pretendemos com este estudo fazer entender que por causa da morosidade
processual, os particulares vê os seus direitos a serem violados, sem poder intervir de alguma
maneira, a espera de uma decisão jurisdicional que pode perdurar por muito tempo.

1.4.2. Relevância

1.4.3. Relevância Jurídica

É juridicamente relevante por causa da questão da violação de direitos dos particulares, se


de alguma forma, uma norma violar os direitos ao cidadãos ou dos particulares, este norma torna,
se relevante, é socialmente relevante, porque as normas servem para regular a sociedade.

1.4.4. Relevância Académica

Este trabalho tem relevância académica porque pode servir de base para os próximos
pesquisadores, que irão provavelmente abordar, matéria relacionada com o mesmo tema.

1.4.5. Relevância Social

Socialmente este estudo constitui uma grande ferramenta uma vez, olhando num contesto de
abrangência, ele engloba situações que possuem um impacto nacional, que maioritariamente
denotamos que há uma grande ligação com a lei, e assim sendo, este trará um benefício ou
interesse da colectividade.
1.5. Delimitação da pesquisa
Para levar a cabo o estudo é importante definir o campo sobre qual o mesmo vai incidir de
modo que seja ela mais específica, onde procuraremos entender o por se tratar de um estudo que
possui repercussões na lei tendo como espaço de representação a Cidade de Pemba.
1.5.1. Delimitação temporal
O mesmo tema restringisse ao Município de Pemba, que se situa no distrito do mesmo
nome, na província de Cabo delgado, e a abordagem temporal será entre o período de 2015 a
2019.

1.5.2. Delimitação disciplinar

O trabalho que se apresenta insere-se no âmbito jurídico, no ramo do Direito Público e


Direito Privado, com, incidência das disciplinas do Direito Administrativo, Direito contencioso
administrativo.
CAPITULO II

2. Revisão da literatura
2.1. Conceitos

2.2. Revisão Teórica

De acordo com Macie Albano, o privilégio de execução prévia ou a executoriedade do


acto permite a administração pública proceder a execução imediata do acto administrativos por
meios coercivos, independentemente da sentença ou decisão judicial.1

Para de Mello & chaves, execução é o processo judicial específico, através do qual se
torna efectiva uma sentença condenatória ou se promove a cobrança judicial de um título
de crédito.2

Segundo Caetano Marcelo, a administração publica nos grupos sócias onde decorre
necessariamente a convivência dos indivíduos e das famílias, a povoação, a freguesia, o
concelho, o estado, surgem necessidades colectivas, considerando necessidades não apenas
as insuficiências de carácter económico mas, em geral, todas as relativas a moralidade e
progresso da vida social, dessas necessidades, umas são inerentes a própria vida em
sociedade e podemos chamar lhes, necessidades colectivas essências, outras embora
essencialmente individuas.3

De acordo com de Mello & Machaves, direito administrativo, é um ramo que regula as
normas de organização e funcionamento dos serviços públicos.4

De acordo com Justo santos, o direito administrativo é o sistema de normas jurídicas que
regulam a organização e o funcionamento da administração pública, bem como as relações por
ala estabelecidas com outros sujeitos de direito no exercício da actividade administrativa de
gestão pública.5

1
MACIE, Albano, lições de direito administrativo Moçambicano, VOLL.II, Maputo, 2015;
2
DE MELLO, Maria Chaves, Dicionário Jurídico, 4oedição portuguesa, 2008;
3
MARCELLO, Caetano, lições de Direito penal, 1939, Pag. 14;
4
DE MELLO, Maria Chaves, Dicionário Jurídico, 4oedição portuguesa, 2008;
5
JUSTOS, Santos, introdução ao estudo do direito, 4º ed. Coimbra, 2009.
De acordo com Macie Albano, a função pública é o conjunto de pessoas físicas que se acha
vinculado a administração pública por uma relação de emprego público de natureza estatuária
sujeita ao direito administrativo, de forma permanente, profissional e subordinada, visando a
realização dos seus fins.
Para Caetano Marcelo, o privilégio de execução prévia é a faculdade que Os órgãos
administrativos têm para tornar certos e incontestáveis, para efeitos de execução, os direitos das
pessoas colectivas de direitos públicos, dispensando assim a fase declaratória que para os
particulares reveste comummente forma jurisdicional.6

De acordo com Macie albano, as garantias constitui um meio que a ordem jurídica põe a
disposição dos administrados para a defesa dos seus direitos subjectivos e interesses litígios
contra a administração pública7.

Por isso se diz, embora sem absoluto rigor, que os seus actos definitivos e executórios
possuem o valor formal da sentença judicial. Impugnando contenciosamente ou não, os actos
executórios ficam desde logo sendo obrigatórios, salvo se tiverem sido suspensos. O seu
conteúdo impõe-se a observância dos particulares a quem respeite. No caso, porém, de se não
verificar essa observância, cumpre então a Administração passar a execução material
compulsória.8

São conhecidas as formas que podem revestir a execução dos imperativos jurídicos. A
execução direita é frequente em Direito Administrativo, sob a forma de coacção policial.
Consiste em forçar o renitente a cumprir, mau grado se, aquilo a que esteja obrigado. Assim,
notificado o ocupante da via publica de que cessa a licença precária a sombra da qual se
encontrava, se ele no dia marcado persistir em ficar no lugar ocupado, a policia expulsaloa.9

De acordo com Latorre Angel, o direito administrativo vão ser normas jurídicas que regem
tais actividades e a organização desses órgãos, estas normas representam sempre características
singulares.10

6
MARCELLO, Caetano, lições de Direito penal, 1939, Pag. 14;
7
MACIE, Albano, lições de direito administrativo Moçambicano, VOLL.III, Maputo 2015;
8
Idem
9
Idem
10
LATARRO, Angel, introdução ao estudo de direito, editora escolar, 2012;
Para Justo Santos, o direito administrativo é o sistema de normas jurídicas que regulam a
organização e o funcionamento da administração pública.11

A Administração é a natureza pecuniária, a execução directa reveste a forma comum de


penhora e venda forçada dos bens suficientes para pagamento da divida, pelo processo especial
das execuções fiscais que, embora proporcionando aos particulares garantias jurisdicionais para
acautelar o direito de propriedade, realiza a vontade administrativa expressa em acto executório e
não pode ser embargado senão com prévio pagamento ou caucionamento da divida12.

Para Carvalheda & Cabrito, administração pública em sentido lato, seria o conjunto de
actividades conduzidas pelo estado e por outros organismos públicos que, directa ou
indirectamente visam o emprego racional dos meios adequados a satisfação das necessidades. De
forma mas restrita, a administração publica reside, apenas, nas actividades conduzidas pelo
estado e pelas restantes entidades publicas, com objectivos de satisfação as necessidades
colectivas e de segurança e bem-estar.13

Segundo De Sousa & De Matos, o direito administrativo e um ramo de direito,


correspondendo portanto, a um complexo de princípios e regras com um objecto especifico, esse
objecto e a função administrativa.14

2.3. Garantia dos particulares


De acordo com Freitas do Amaral, As garantias dos particulares, podem ser definidas como,
os meios criados pela ordem jurídica com as finalidades de evitar ou sancionar as violações do
direito objectivo, as ofensas dos direitos subjectivos ou dos interesses legítimos dos particulares,
ou o demérito da acção administrativa, por parte da administração pública.15

2.3.1. Garantias políticas


Desde logo, que toda a organização democrática do estado constitui, em se mesma e nos
múltiplos aspectos em que se desdobra, uma garantia para os particulares. Assim por exemplo,

11
SANTOS, Justos, Introdução ao Estudo de Direito, 4º ed., Coimbra, 2004.
12
SANTOS, Justos, Introdução ao Estudo de Direito, 4º ed., Coimbra, 2004.
13
CARVELHADA, Cabrito, noções de administração publica, voll 1,8 ed., Lisboa 1992;
14
DE SOUSA & de matos, direito administrativo geral, 3 ed. dom Quixote, 2004
15
FREITAS, Do Amaral Diogo, Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3 ed. Almedina, 2016.
fiscalização da constitucionalidade das leis, a sujeição dos decretos-lei a ratificação parlamentar,
a regra da aprovação anual do orçamento do estado e das contas pública16
Para Macie Albano, são garantias políticas aquelas que são efectividades perante um
órgão superior do poder político do estado, designadamente presidente da república, assembleia
da república e o governo.17

2.3.1.1. Direito de Petição, queixa e reclamação

De acordo com artigo 79 da CRM, todos os cidadãos tem o direito de apresentar petições,
queixas e reclamações perante autoridade competente para exigir o restabelecimento dos seus
direitos violado ou em defesa do interesse geral.18

2.3.1.2. Direito de resistência

De acordo com o artigo 80 da CRM, o cidadão tem o direito de não acatar ordens ilegais ou
que ofendam os seus direitos, liberdade e garantias.19

Todavia, as garantias politicas não `constituem uma forma eficaz de protecção dos direitos
dos particulares, com efeitos, elas não são inteiramente suficiente, nem são inteiramente seguras.
Não são suficiente porque cobrem muito poucos casos, dentro de cada caso não abrangem todos
os aspectos relevantes. Não são seguras, porque, sendo confiadas a órgãos políticos, vão
naturalmente ser apreciadas segundo critérios da conveniência política, quando aquilo de que os
particulares necessitam é de garantias jurídicas, que possam ser apreciadas com justiça e
imparcialidade na base de critérios de natureza jurídica.20

Para Macie O direito de resistência é um direito de oposição a actos das autoridades


públicas, desde que ofendam a lei ou os direitos de liberdade e garantias dos cidadãos. Portanto,
as ordens abrangem os actos administrativos do poder publico, ou actos de outras categorias
desde que proveniente de autoridade publico.21
16
Idem
17
MACIE, Albano, lições de direito administrativo Moçambicano, VOLL.III, Maputo 2015;
18
Art.º 79º \CRM ( actualizada em 2018)
19
Art.º 80º \CRM (actualizada em 2018)
20
FREITAS, DO Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016.
idem
21
MACIE, Albano, lições de direito administrativo Moçambicano, VOLL.III, Maputo 2015;
Direito de resistência pode ser utilizado por uma pessoa singular como uma pessoa
colectiva, o direito de resistência abrange a desobediência a ordens ilegais ou que violem os
direitos, liberdade e garantias dos cidadãos e a oposição a sua execução, mas nunca o recurso a
forca para obrigar o poder publico-a modificar ou revogar as suas ordens.22

2.3.2. Garantias administrativas


São garantias administrativas, aquelas que se efectivam através da actuação e decisão de
órgãos da administração pública. A ideia fundamental em que assenta a existência de garantias
administrativas, consiste na institucionalização, dentro da própria administração, de mecanismo
de controlo da sua actividade, designadamente, controlos hierárquicos, controlos tutelares e
outros, os quais são criados por lei para assegurar o respeito da legalidades a observância do
dever de boa administração, mas que e possível e vantajoso por a funcionar também com vista a
assegurar o respeito pelos direitos subjectivos ou interesses legítimos dos particulares.23

Os órgãos administrativos actuam por vias de regras despidos de motivação políticas,


apenas devendo obediência a lei e ao respeito dos direitos subjectivos ou interesses legítimos dos
particulares. Ainda assim, as garantias administrativas não são inteiramente satisfatórias, por um
lado, porque por vezes os órgãos da administração publica, também se movem por preocupação
politica, por outro, por critérios de eficiência na prossecução do interesse publico do que pelo
desejo rigoroso e escrupuloso de respeitar a legalidade e os direitos subjectivos ou os interesses
legítimos dos particulares24.

Deste modo, também as garantias administrativas não constituem uma protecção suficiente
dos particulares, e é por isso, alias, que surgiram na evolução do direito administrativo, as
garantias contenciosas ou seja, aquelas em que a protecção dos direitos e interesses dos
particulares e confiada aos tribunais.25

22
FREITAS, Do Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016.
23
FREITAS, Do Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016
24
Idem
25
Idem
2.3.2.1. Espécies de garantia administrativa

2.3.2.2. Garantias Petitória

Temos a considerar cinco espécies de garantias petitórias: o direito de petição, o direito de


representação, o direito de queixa, o direito de denúncia e o direito de posição administrativa.26

2.3.2.2.1. Direito de Petição

De acordo com Freitas do Amaral, Consiste na faculdade de dirigir pedidos a Administração


Publica para que tome determinadas decisões, preste informações ou permita o acesso a arquivos
seus ou a arquivos pendentes, Como se vê, a petição não tem carácter impugnatório, não se trata
de atacar ou impugnar qualquer decisão já tomada, mas, pelo contrário, pressupõe-se que falta
uma determinada decisão, ou que é necessário consultar ou saber algo que só a Administração
pode facultar. O direito de petição visa justamente obter da Administração Publica a decisão cuja
falta se faz sentir.27

2.3.2.2.2. Direito de Representação

É a faculdade de pedir ao órgão administrativo que tomou uma decisão que a reconsidere ou
confirme, em vista de previsíveis consequências negativas da sua execução.28

No direito de representação pressupõe-se a existência de uma decisão anterior, e, nessa


medida, trata-se de uma figura distinta do direito de petição. Mas pressupõe-se também que o
particular aceita, em principio essa decisão, ou pelo menos não vai impugna-la para já, ao
contrario do que acontece nas reclamações e nos recursos. Assim, o interessado vai execre o seu
direito de representação, não para que a Administração Publica revogue ou substitua a e decisão
tomada, mas sim para chamar a atenção do órgão competente para as prováveis consequências da
decisão e para obter do seu autor uma reponderação e, se for esse o caso, uma confirmação

26
idem
27
FREITAS, Do Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016
28
Idem
escrita da decisão em causa, de modo a excluir a responsabilidade de que vai ter de cumprir ou
executar tal decisão.29

2.3.2.2.3. Direito de Queixa

Consiste na faculdade de promover a abertura de um processo que culminara na aplicação


de uma sanção a qualquer entidade sujeita ao poder sancionatório da Administração, Por
exemplo: apresentada uma queixa contrario um funcionário publico, normalmente desencadeia-
se um processo disciplinar que, se a queixa tiver fundamento, terminara pela aplicação de uma
pena disciplinar ao funcionário.30

2.3.2.2.4. Direito de Denúncia

É o acto pelo qual o particular leva ao conhecimento de certa autoridade a ocorrência de


autoridade tenha, por dever de ofício, a obrigação de investigador. Por exemplo, quando tem
conhecimento de um crime e se faz a respectiva denuncia a Policia Judiciaria ou ao Ministério
Publico31

2.3.2.2.5. Direito de Oposição Administrativa

Pode ser definida como uma contestação que em certos procedimentos administrativos os
contra-interessados têm o direito de apresentar para combater quer os pedidos formulados por
outrem a Administração, quer as iniciativas da Administração que esta tenha resolvido divulgar
ao público.32

2.3.2.3. Garantias Impugnatórias

São aquelas em que, perante um acto administrativo já praticado, os particulares são


admitidos por lei a impugnar esse acto, isso é, a ataca-lo com determinados fundamentos, com
vista a sua revogação, anulação administrativa ou modificação.

29
Idem
30
idem
31
Idem
32
FREITAS, DO Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016
É preciso não esquecer que estamos a tratar apenas de garantias administrativas, podem definir-
se, assim, como os meios de impugnação de actos administrativos perante órgãos da
administração pública, temos que considerar cinco espécies de garantias impugnatórias33

2.3.2.3.1. A reclamação

Em primeiro lugar, aparece-nos a reclamação, como já sabemos, é o meio de impugnação


de um acto administrativo perante o seu próprio autor.
Fundamenta-se esta garantia na circunstância de os actos administrativos poderem, em
geral, ser revogados ou anulados pelo órgão que os tiver praticado, e, sendo assim, parte-se do
princípio de que quem praticou um acto administrativo não se recusara obstinadamente a rever e,
eventualmente, a revogar, anular, substituir ou modificar um acto por si anteriormente
praticado.34

2.3.2.3.2. O recurso hierárquico

O recurso hierárquico é definido como o meio de impugnação de um acto administrativo


perante o superior hierárquico do autor do actor, seu subalterno, a fim de obter desde a
revogação, anulação, modificação ou substituição do acto recorrido.

O recurso hierárquico tem sempre uma estrutura tripartida:35

a) O recorrente – que é o particular que interpõe o recurso;


b) O recorrido – que é o órgão subalterno de cuja decisão se recorre, também chamado
«órgão a quo»;
c) E o órgão decisório – que é o órgão superior para quem se recorre e que deve legalmente
decidir recurso, é também chamado «órgão ad quem».36

33
Idem
34
Idem
35
Idem
36
FREITAS, DO Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016
2.3.2.3.3. Recursos hierárquicos impróprios

Como a designação indica, não são recursos hierárquicos propriamente ditos, embora
tenham grande afinidade com o recurso hierárquico. Podem definir-se como recursos
administrativos mediante os quais se impugna um acto praticado por um órgão de certa pessoa
colectiva pública, perante outro órgão da mesma pessoa colectiva que, não sendo superior,
exerça sobre eles poderes de supervisão.37

2.3.2.3.4. Recurso Tutelar

O recurso tutelar e um meio impugnatório que consiste num pedido de depreciação de uma
decisão de um órgão tutelado ou dirigido a um órgão de tutela ou de superintendido. Exemplo, a
decisão do presidente do município pode, nos termos de lei tutela administrativa, ser recorrida
perante o ministro da administração estatal ou de economia e finanças, de autarquia e o estado
-administração, Portanto, o recurso tutelar ocorre entre duas pessoas colectivas, em que a
primeira, aqui praticou o acto recorrido, é pessoa tutelada e segunda a que se dirige o recurso, é a
pessoa tutelar. Este recurso só existe quando previsto por lei, portanto, tem natureza excepcional
por sempre se afronta da autonomia das pessoa tuteladas, e, em certos casos, pode representar
uma centralização administrativa (n.° 2 do art. 173 LPA) O recurso tutelar apenas pode ter por
fundamento a inconveniência ou a inoportunidade do acto recorrido nos casos em que a lei
determine a tutela de mérito (n.°3).38

2.3.2.3.5. Recurso de revisão

O recurso de revisão é um recurso com natureza extraordinária, que é intentado quando o


particular tiver tomado conhecimento de novos factos que podem fundamentar a alteração da
decisão anteriormente tomada e deve ser oferecido até cento e oitenta dias a contar da data do
conhecimento dos factos supervenientes (art. 174 LPA) 39

37
Idem
38
idem
39
Lei 7/28 de Fevereiro de 2014- LPAC
2.3.2.3.6. Queixa ao provedor de justiça

A ideia do provedor de justiça foi, em Moçambique, introduzida com a revisão


constitucional de 2004, através do artigo 256 da constituição, O provedor de justiça é uma figura
nascida na Europa, nos chamados países nórdicos (Suécia, Noruega, etc.), o provedor de justiça é
na verdade chamado de defensor do povo ou do cidadão, com uma alta autoridade
administrativa, com o estatuto de ministro. O provedor de justiça, na apreciação dos casos que
lhe são apresentados, não goza de poderes de decisão, produzindo unicamente recomendações
aos órgãos competentes para reparar ou prevenir as legalidades ou injustiça.40

2.3.3. Garantias Contenciosas


 O contencioso a administrativo é de origem francesa e usa-se em sentidos muito
diferentes;
 Primeiro em sentido orgânico, em que o contencioso administrativo, aparece como
sinonimo de conjunto de tribunais administrativos;
 Depois num sentido funcional, como sinonimo de actividade desenvolvida pelos tribunais
administrativos;
 Em terceiro lugar num sentido material, como sinonimo de material de competência dos
tribunais administrativos;
 Em quarto lugar num sentido instrumental, em que o contencioso administrativo aparece
como sinonimo de meus processuais que o particular pode utilizar contra a administração
pública através dos tribunais administrativos;
 Finalmente em quinto lugar, a expressão aparece ainda usada num sentido normativo,
como sinonimo de conjunto de normas jurídicas reguladoras da intervenção dos tribunais
administrativos ao serviço da garantia dos particulares.41

Destes cinco sentidos, só um é o sentido concreto, os outros são sentidos impróprios da


expressão, com o efeito em sentido orgânico, os tribunais administrativos, não são o contencioso
administrativo, alias, a lei usa muitas vezes a expressão (essas, sim, correcta) tribunais de

40
MACIE, Albano, lições de direito administrativo Moçambicano, VOLL.III, Maputo 2015;
41
FREITAS, DO Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016
contencioso administrativo, os tribunais são os órgãos a quem esta confiado o contencioso
administrativo.42

As garantias contenciosas representam a forma mais elevada e mais eficaz de defesa dos
direitos subjectivos ou dos interesses legalmente protegidos dos particulares, uma vez que são as
garantias dos particulares que se efectivam através dos tribunais.43

De acordo com Freitas, as garantias contenciosas, são aqueles que efectivam se perante os
órgãos do poder judicial do estado, designadamente, o tribunal administrativo.44

As garantias contenciosas representam a forma mais elevada e mais eficaz de defesa dos
direitos subjectivos ou dos interesses legítimos dos particulares. As garantias contenciosas
corporizam o chamado contencioso administrativo, através dos respectivos meios processuais
contenciosos. E contencioso administrativo é conjunto de litígios entre a administração pública e
os particulares que hajam de ser dirimidos com intervenção do tribunal administrativo e dos
tribunais administrativos, com aplicação do direito administrativo45.

Os meios contenciosos são os meios processuais utilizados pelos particulares para pedirem a
intervenção do tribunal administrativo e dos tribunais administrativos. São de duas espécies
fundamentais, o recurso contencioso são de anulação e as acções. 46

2.3.3.1. Espécie do recurso contencioso

 Garantia relativa aos actos administrativos;


 Garantias relativas a aplicação dos regulamentos emitidos pela administração pública (n.
°2 do art. 228 CRM);
 Garantia relativa aos contractivos administrativos;
 Garantias para efectivação da responsabilidade civil extracontratual;
 Garantia para reconhecimento de direitos ou interesses legalmente protegidos;
 Garantias para determinação da prática dos actos administrativos legalmente devidos;

42
FREITAS, Do Amaral Diogo; Curso Direito Administrativo, Vol. II, 2 ed. Almedina 2012;
43
FREITAS, Do Amaral Diogo; Curso Direito Administrativo, Vol. II, 3 ed. Almedina 2016;
44
idem
45
idem
46
MACIE, Albano, lições de direito administrativo Moçambicano, VOLL.III, Maputo 2015;
 Garantia não especificada e cautelares não especificadas.47

2.3.3.2. Recurso contencioso

O recurso contencioso é o meio de impugnação dos actos administrativos definitivos e


executórios perante o tribunal administrativo ou os tribunais administrativos. O recurso
contencioso é de mera legalidade e tem por objecto a anulabilidade, a declaração da nulidade e
inexistência jurídica dos actos recorridos, exceptuada qualquer disposição em contrário (art. 32
da LPAC).48

2.3.3.3. Acção Administrativa

A acção é um meio contencioso dirigido ao órgão jurisdicional administrativo, neste caso,


para que este, em primeiro lugar, defina a certeza acerca da existência e do conteúdo da relação
jurídica controvertida. Portanto estamos em sede de um contencioso por atribuição, pois nada
impede, se não fosse a determinação legal, que as acções conhecidas pelo tribunal comum.49

2.4. Principio Contraditório


Segundo Ana Prata, o princípio contraditório traduz-se na garantias de cada uma das partes
no processo de efectiva participação, em todos os seus actos, para que a possa ser ouvida,
impugnar quer a admissão dos meios de prova, quer a forca probatória dos mesmos, numa
palavra, que possa ter oportunidade de influenciar na decisão judicial que vai ser tomada.50.
Para de Mello, princípio contraditório vai ser a ampla defesa, que garante as partes do
processo a tomada de conhecimento de todos os actos e termos constantes dos autos, para que os
possam contestar e contradizer.51

47
FREITAS, DO Amaral, Diogo; Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3º ed. Almedina, 2016
48
Lei 7/28 de Fevereiro de 2014- LPAC
49
Idem
50
Prata Ana, dicionário jurídico, 5edição portuguesa, 2013.
51
DE MELLO Maria, dicionariojuridico, 4ºedicacao Portuguesa, 2008.
2.5. O procedimento administrativo
Segundo Diogo Freitas, O procedimento administrativo é a sequência juridicamente
ordenada de actos e formalidades tendentes à preparação prática de um acto da administração ou
à sua execução.52
O procedimento é uma sequência. Isto quer dizer que os vários elementos que o integram
não se encontram organizados de qualquer maneira, o procedimento constitui uma sequência
juridicamente ordenada, É a lei que determina quais os actos a praticar e quais as formalidades a
observar, é também a lei que estabelece a ordem dos trâmites a cumprir, o momento em que cada
um deve ser efectuado, quais os actos antecedentes e os actos consequentes.53
O procedimento administrativo tem por objecto um acto da administração, O que do
carácter administrativo ao procedimento é, precisamente, o envolvimento da administração
pública é o facto de objecto dele ser um acto da administração. O procedimento administrativo
tem por finalidade preparar a prática de um acto ou a respectiva execução.54

Segundo a lei n.º 14/2011, de 10 de Agosto, define no seu glossário, o procedimento


administrativo como sendo, uma sucessão ordenada de actos e formalidades com vista a
formação e manifestação da vontade da administração pública à sua execução.55
Para Albano Macie, o procedimento administrativo é o modo de realização do direito
administrativo. Portanto, a realização da actividade administrativa pela administração pública.56

2.5.1. As características do procedimento administrativo são:

 Procedimento escrito mas sem formalismo regido

O procedimento administrativo é sempre escrito e resulta do escalonamento hierárquico dos


agentes que faz com que o superior, por via de regra não decida sem que os subalterno informe e
preparem a decisão, e com que os subalterno não actua por iniciativa e sob responsabilidade
própria.57

52
AMARAL, Diogo Freitas do, Curso de Direito Administrativo, 3a Edição, Almedina Editora, volume II 2016;
53
MACIE, Albano, Lições de Direito Administrativo Moçambicano, volume III, Maputo, 2015
54
Idem
55
Lei n.º 14/2011, de 10 de Agosto,
56
MACIE, Albano, Lições de Direito Administrativo Moçambicano, volume III, Maputo, 2015
57
Idem
O procedimento administrativo não segue um regido formalismo, cabendo a lei, no sentido
amplo traçar ou indicar as formalidades essenciais e linhas gerais da marcha do processo,
deixando o resto a cargo da administração determinar com exactidão com forme o caso concreto.
Toda via, quando a lei determina um certo formalismo este devera ser obedecido, sob pena de
feito pretendido não se poder produzir validamente.58

 Procedimento Secreto

Segundo o Marcelo Caetano, processo administrativo é secreto na medida em que o exige o


interesse público devendo ter publicidade em tudo quanto a convenha a melhor ponderação na
decisão a tomar e a defesa do interesse particular, Toda via, o carácter secreto não e absoluto os
administrados tem o direito de ser informados pela administração pública, sempre que o
requeiram, sobre o andamento dos procedimentos em que sejam directamente interessado.59

 Procedimento de colaboração de diversos órgãos e agentes administrativas

O procedimento administrativo pode implicar a colaboração de vários e diversificados


órgãos e agentes da administração pública. A tomada de uma carta de decisão pressupões, muita
das vezes, a intervenção de vários órgãos e agentes dentro das relações inter orgânicas ou nas
relações inter subjetivas. As vezes implica a elaboração de pareceres obrigatórios por vários
órgãos, Como para realização de projectos de investimento privado que implique a aquisição do
direito de uso e aproveitamento da terra, implica a elaboração de pareceres técnicos pelos
serviços que superintendem a ária das actividades económicas e serviços sobre o plano de
exploração este parecer e enviado para administração distrital para parecer sobre a existência ou
não de direito de outrem sobre o talhão; o treiteiro passo e a decisão o governo da província aqui
constitui o acto administrativo.60

 Procedimento que permite a participação de particulares

No direito positivo, em qualquer fase do procedimento, podem os órgãos administrativos


ordenar a notificação dos interessado para o prazo que lhes for fixado, se pronunciarem sobre
qualquer questão mais, todos os administrados tem o direito de intervir pessoalmente no

58
MACIE, Albano, Lições de Direito Administrativo Moçambicano, volume III, Maputo, 2015
59
CAETANO, Marcello, Manual de Direito Administrativo, 10a Edição Almedina Editora, 2008
60
MACIE, Albano, Lições de Direito Administrativo Moçambicano, volume III, Maputo, 2015
procedimento administrativo ou nele se fazer representar ou assistir, incluído por meio de
advogado, técnico jurídico ou assistente jurídico. Os princípios da participação e da colaboração
dos particulares nas actividades administrativa tem assento constitucional e não sofrem nenhum
tipo de contextualização, e assim que assegurado aos particulares o direito as audiências, quando
estejam directamente envolvidos ou interessado num determinado procedimento para tomada de
decisões da administração pública.61

 Procedimento inquisitório

A iniciativa do procedimento administrativo e sempre da administração pública. A ela


cabe instruir e decidir o procedimento administrativo, podendo rever as suas decisões por
iniciativa própria. Isto e, os agente administrativo podem mesmo nos processos de interesse
particular proceder a diligências não requeridas investigar sobre matérias conexas que não hajam
sido mencionadas no requerimento inicial ate resolver coisas deferentes ou mais ampla do que a
pedida, se tal for a consequência imposta por lei por interesse publico.62

2.5.2. Ponderação de interesses públicos e privado

A decisão administrativa envolve sempre a composição ou ponderação de interesses


público e privado. Por exemplo na decisão de construir uma barragem ou de localizar uma ponte,
que toca não só um conjunto muito grande de pessoas com interesses provavelmente
conflituantes, mais também uma gama ampla de interesses públicos designadamente, os relativos
aos desenvolvimentos económicos, criação de posto de trabalho, ordenamento do território,
protecção do ambiente.63

Os interesses envolvidos são sempre aferido e balanceados na fase da instrução do


procedimento administrativo onde a administração sopesa os interesses em jogo, visando tomar
uma decisão justa e legalmente fundamentada. Pode por isso a administração pública a realizar,
na fase da instrução exames, vistorias, peritagens e utilizar outros meio legalmente aceites para
melhor decidir.64

61
MACIE, Albano, Lições de Direito Administrativo Moçambicano, volume III, Maputo, 2015
62
Idem
63
CAETANO, Marcello, Manual de Direito Administrativo, 10a Edição Almedina Editora, 2008;
64
idem
5.5.3. Objectivos da regulamentação jurídica do procedimento administrativo

O procedimento administrativo é uma sequência juridicamente ordenada. O direito


interessa-se por ele e regula-o através de normas jurídicas, obrigatórias para administração.
Porque?

São vários os objectivos da regulamentação jurídica do procedimento administrativo:

 Em primeiro lugar, a lei visa disciplinar da melhor forma o desenvolvimento da


actividade administrativa, procurando nomeadamente assegurar a racionalização dos
meios a utilizar pelos serviços;
 Em segundo lugar, é objectivo da lei que através do procedimento se consiga esclarecer a
vontade da administração, de modo a que sejam sempre tomadas decisões justas, uteis e
oportunas;65
 Em terceiro lugar, entende a lei dever salvaguardar os direitos subjectivos e os interesses
legítimos dos particulares, impondo à administração todas as cautelas para que eles sejam
respeitados ou, quando de ser sacrificados, para que o não haja sejam por forma
excessiva;
 Em quarto lugar, a lei quer evitar burocratização e aproximar os serviços públicos das
populações.

2.5.4. Natureza jurídica do procedimento administrativo

Confrontam-se a respeito desta questão duas teses opostas:


 A tese processualista: para os defensores desta tese, o procedimento administrativo é um
autêntico processo. É óbvio que há diferenças entre o processo administrativo e o
processo judicial: mas ambos são espécies de um mesmo gênero, o processo66
 A tese anti processualista: para os defensores desta tese, o procedimento administrativo
não é um processo, procedimento administrativo e procedimento judicial não são duas

65
AMARAL, Diogo Freitas do, Curso de Direito Administrativo, 3a Edição, Almedina Editora, volume II 2016;
66
idem
espécies de um mesmo gênero, mas sim dois gêneros diferentes, irredutíveis um ao
outro.67

O processo será a sucessão ordenada de actos e formalidades tendentes à formação ou à


execução de uma vontade funcional. Sempre que a lei pretende disciplinar a manifestação de
uma vontade funcional, e desde que o faca ordenado o encadeamento sequencial de actos e
formalidades para obtenção de uma solução final ponderada, ai teremos um processo.68

O procedimento administrativo é, pois um processo, tal como são o processo legislativo e o


processo judicial. Múltiplas diferenças os separam; e aproxima-os a circunstâncias de todos
serem uma sequência juridicamente ordenada de actos e formalidades tendentes à formação de
uma vontade funcional ou à respectiva execução.69

CAPITULO III
67
idem
68
AMARAL, Diogo Freitas do, Curso de Direito Administrativo, 3a Edição, Almedina Editora, volume II 2016;
69
idem
3. Metodologia
Metodologia científica é um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela
ciência para formular e resolver problemas de aquisição objectiva do conhecimento de uma
maneira sistemática.

Para Gil, a investigação científica depende de um conjunto de procedimentos intelectuais e


técnicos para que os objectivos sejam atingidos. Assim, os métodos científicos são o conjunto de
processos ou operações mentais que se deve empregar na investigação e a linha de raciocínio
adoptado no processo de pesquisa.70

Segundo Marconi & Lakatos, métodos é o conjunto das actividades sistemáticas e racionais
que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo – conhecimentos válidos e
verdadeiros – traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do
cientista.71

3.1. Tipo de Pesquisa


Para o estudo do problema em causa será usada a pesquisa de índole qualitativa,
porque através dos dados que se obterão ira se fazer uma interpretação dos mesmos, de
modo a apurarmos se os factos acima referidos realmente condizem com a existência da
violação dos direitos dos particulares.
3.2. População de Estudo e Amostra
3.2.1. População de Estudo

Como forma de obter informações fidedignas sobre o estudo em causa, e fazer uma melhor
interpretação, teremos como universo os profissionais de diferentes áreas com domicílio
profissional localizado na cidade de Pemba, onde termos como alvo, os Magistrados do
Ministério Público da Cidade de Pemba, Advogados com inscrição ainda em vigor na ordem,
Técnicos do IPAJ e os Munícipes da cidade de Pemba.

70
GIL, A, Métodos e técnicas de pesquisa Social, (5º ed.), Editora Atlas, são Paulo, 1999;
71
MARCONI, E, & lakatos, M, Fundamentos de Metodologia Cientifica, (6º) Editora Atlas S.A. São Paulo, 2007.
3.2.2. Amostra
À partir do universo subscrito, teremos como amostra o Procurador Provincial de Cabo
Delgado, um juiz Judicial da secção de menores, o delegado do Provincial do IPAJ, dois
advogados, e 5 Munícipes totalizando um número igual de dez entrevistados.

3.3. Técnicas de recolhas e análise de dados

As técnicas de recolha de dados constituem ferramentas necessários para a obtenção das


informações pretendidas, sendo que para este estudo, nos subsidiaremos ao uso de entrevistas
como ponto focal, usaremos também a análise documental no que diz respeito a leis e outros
meios do género e por fim a pesquisa bibliográfica, onde visitaremos diversas obras relacionadas
ao caso do estudo.

3.3.1. Instrumentos de recolha de dados

Para materialização e colheita de informações, nos subsidiaremos ao uso de guia de


questionários, formulários e aparelho gravador.
4. CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
4.1. Análise e interpretação de dados
4.2. Codificação das Respostas dos Entrevistados
Para uma melhor interpretação e percepção dos factos, surge a necessidade de poder
codificar os entrevistados ou inqueridos de modo que possamos entender o fundamento dado por
cada um deles segundo as questões que lhes fora colocado, e estes, serão designados da seguinte
maneira:

AD- Corresponde a resposta dos Advogados;


IPAJ- Corresponde a resposta instituição de patrocínio e assistência jurídica;

JTJC- Corresponde a resposta do juiz do tribunal judicial da cidade;

MMPCP- Corresponde a resposta dos Magistrados do Ministério Público da Cidade de Pemba.

MU- Corresponde a resposta dos Munícipes;

ODAPC- Corresponde a resposta da ordem dos advogados da província de Cabo Delgado;

4.3. Consequências jurídicas na aplicação do privilégio de execução prévia


Procuramos neste subtítulo extrair pensamentos dos entrevistados assim como da doutrina
relativas as consequências jurídicas causadas na aplicação do privilégio de execução previa face
ao direito dos particulares no Ordenamento Jurídico Moçambicano, e de seguida consubstanciar
com o nosso posicionamento de modo a obter um único pensamento.

De acordo com as perguntas levantadas, referentes as Consequências jurídicas, causadas na


aplicação do privilégio de execução prévia no ordenamento jurídico Moçambicano, os
entrevistados ou seja o AD1, responde afirmando que as Consequências jurídicas, causadas na
aplicação do privilégio de execução prévia, provem das lesões dos direitos subjectivos dos
particulares, mesmo sabendo, que a sua reposição por parte da administração pública é
deficitária.

No entanto colocada a mesma contenda para o AD2, este responde dizendo que as
consequências surgem no momento em que o particular perde os seus direitos, que em algum
momento pode causar ao particular danos morais e patrimoniais.
Na Ala dos munícipes, Os MU1 a MU5 tem opiniões unânimes no que tange as
consequências jurídicas causadas na aplicação do privilégio de execução prévia, alegando, que o
particular tem danos matérias, e morais, sem a possibilidade de se defenderem, e que este
privilégio de execução prévia, é uma injustiça.

Lançada a mesma questão para o JTJC, este debruça-se que, no que concerne as
consequências causadas pelo privilégio de execução prévia, no ordenamento jurídico
moçambicano, de alguma forma vai lesar os direitos dos particulares, visto que estes, diante da
administração pública, ficam numa posição de sujeição.

No entanto, lançada a mesma questão para a ODAPC, estes afirmam que no sistema jurídico
moçambicano, não tem nenhuma consequência, uma vez que havendo a aplicação, do princípio
do privilégio de execução prévia, há sempre uma espécie de recomposição, que é efectuada
através de uma indemnização ao particular.

Toda via com as perguntas levantadas, referentes as Consequências jurídicas causadas na


aplicação do privilégio de execução prévia, A responde da IPAJ, neste contesto de consequência,
o particular é que, na maioria das vezes vê os seus direitos a serem lesados, por causa do
interesse da administração pública.

Entre tanto colocada a questão aos MMPCP este elucidaram que as consequências advêm
de lesões aos direitos dos particulares em virtude da execução prévia, uma vez que a
administração executa as suas decisões, sem necessariamente esperar a decisão judicial.

No entanto, neste âmbito constata-se que, o privilégio de execução prévia, vai lesar os
direitos subjectivos dos particulares, uma vez que não existe igualdade entre a administração
pública e o particular, realmente o interesse colectivo deve estar acima do interesse particular.

Toda via a administração pública, pode compensar os danos ou lesões causadas, aos
particulares através de indemnização, mas para que seja feita essa avaliação, do património, ou
melhor de uma infra-estrutura, carece de avaliação de um perito especialista na mesma área,
neste caso em concreto estaríamos a falar de um perito em construção e obras, para que se possa
fazer uma boa avaliação do património, ou uma infra-estrutura que a administração pública
queira utilizar para um interesse colectivo.
Porém o interesse particular é estropiado ou substituído, pelo natural predominância do
interesse colectivo, o particular, tem de ser compensado pela perda dos seus direitos e interesses
mediante a sua equitativa conversão em valor equivalente.

4.4. A possibilidade de extinguir o privilégio de execução prévia


De acordo com as perguntas levantadas, referente a possibilidade de extinguir o privilégio
de execução prévia, o AD1 não concorda com a possibilidade, de extinguir o privilégio de
execução prévia, alegando que, o privilegio de execução previa deve continuar a vigorar, na
medida em que o interesses colectivos, estão acima dos interesses individuais, o AD2, elucidar
que o Estado deve estar acima do particular, principalmente num país em via do
desenvolvimento, e que, se estivessem nos mesmo nível, o Estado teria vários problemas para
prosseguir com os interesses colectivos.

No entanto, lançada a mesma questão para a ODAPC, estes elucidam que não concordam
com A possibilidade de extinguir o privilégio de execução prévia, isto porque no âmbito de
prossecução do interesse público, não pode, o estado estar refém de uma decisão particular, em
diferimento do interesse colectivo. Lançada a mesma questão para o juiz do tribunal judicial da
cidade, este debruça-se que para um país em via de desenvolvimento, como nosso, concorda que
o privilegio de execução previa continue a vigorar porque, se o particular tivesse a prorrogativa
de impedir um acto administrativo, incorreríamos em uma situação de inviabilização de grandes
projectos de investimentos, e isso ia impedir, o desenvolvimento de um país, em via de
desenvolvimento.

No entanto O MU4 diante da questão que lhe foi colocada este responde que o privilegio de
execução previa, devia extinguir, porque num estado de direito o particular deve estar em pé de
igualdade com o estado, porque o particular não pode se submeter a todos os interesses do
estado, o MU5 defende a possibilidade de extinção do privilegio de execução previa no
ordenamento jurídico moçambicano, porque nem sempre, o interesse é efectivamente colectivo,
em algum momento, usa-se o privilegio de execução previa para o interesse de um grupo de
pessoa que se aproveitam do poder que tem na própria administração publica para fins pessoas,
alegando que é um interesse colectivo, em quanto que, na verdade a finalidade e gerar lucros
para os seus próprios bolsos, Toda via os MU1 e MU2 e MU3, respondem de forma unânime
alegando que o privilegio de execução previa não pode extinguir porque o interesse de um
particular, não pode em nenhum momento, estar acima do interesse da colectividade

Contudo o delegado Provincial do IPAJ, nos elucida que pela lei todos devem ser tratados
de maneira igual, contudo por causa da morosidade processual, muita das vezes o particular tem
visto os seus direitos a serem violados, entre tanto a administração pública deve agir tendo em
conta a garantir o bem comum, e agir de forma justa, mas não concordando com a extinção do
privilégio de execução prévia. Porque o privilegio de execução previa tem finalidade de por em
pratica um interesse colectivo.

Entre tanto colocada a questão aos MMPCP, estes não concordam com a possibilidade de
extinção do privilégio de execução prévia, afirmando que o privilégio de execução prévia é para
todos os países em via de desenvolvimento, e que nesse tipo de estado, não pode haver igualdade
entre o particular e administração pública.

Contudo é notório que para um pais em via de desenvolvimento, a extinção do privilégio de


execução prévia, não é bem-vindo, uma vez que se o particular estiver em pé de igualdade com a
administração pública, este poderia, viabilizar muitos projectos do estado, tendo em conta que o
interesse do estado, é um interesse colectivo, sendo um interesse colectivo, não pode, se
submeter, a um interesse particular e não dar procedimento a um interesse colectivo.

Toda via Também parece claro que o interesse colectivo não corresponda ao interesse da
totalidade dos cidadãos que compõem determinada comunidade, os quais, em regra, colidem,
pela própria característica de uma sociedade, Cumprir o interesse público não é atender ao
interesse comum de todos os cidadãos, o que seria impossível, mas beneficiar uma colectividade
de pessoas que tenham interesses comuns, ainda que estes não correspondam à soma dos
interesses individuais. Toda via, a deficiência da infra-estrutura do judiciário em razão da
ausência de interesses políticos no aparelhamento do respectivo órgão. Isto falando em aumento
do quadro de funcionários públicos, serventuários da justiça compreendidos: escrevente, oficiais
de justiça, promotores, juízes, etc. Além da deficiência em equipamentos tecnológicos para o
funcionamento salutar do Poder Judiciário
Contudo administração pública ficaria inerente, paralisada, se cada vez que pretendesse,
movimentar-se, precisasse consultar os interesses privados atingidos. Por isso o estado dotou ao
órgão administrativo ou seja a administração pública o poder para vencer, as injustificadas
resistências do particular, Entretanto deve haver garantia da razoável duração do processo, A
constituição pautou peremptoriamente como garantia constitucional o direito de todos os
cidadãos provocarem tutela jurisdicional do Estado, quando se sentir ameaçado ou lesado o seu
direito, por outro lado, o legislador constituinte, delegou ao Estado a exclusividade da prestação
jurisdicional, sendo que somente em situações excepcionais é que será permitida a composição
de conflitos sem a intervenção do Estado

4.5. Direito Comparado

4.5.1. Comparação entre Moçambique e EUA

4.5.1.1. EUA

4.5.1.1.1. Característica do sistema de administração judiciária

Primeiramente e necessário proceder a caracterização de cada um dos sistemas de


administração para que seja possível concluir as diferenças entre ambos, assim sendo quando ao
modelo do sistema de administração judiciaria, também denominado de sistema inglês, britânico
ou anglo-saxónico, este sistema vigora, nos EUA, e influenciou países da América latina, e
apresente as seguintes características.72

4.5.1.1.2. Descentralização dos poderes administrativos

A administração não esta centralizada e não concentra em si todos os poderes, pelo que
existem dois órgãos que dispõe do poder, sendo a administração central e a administração local,
não existe conceito de estado como pessoa colectiva, uma vez que a administração publica não
dispõe de poderes diferentes dos atribuídos aos particulares.73

72
ROCHA, Raquel, os sistemas administrativos psicanalisar o direito administrativo, disponível em:
https://psicanalisarodireitoadministrativi16b.blogs.sapo.pt.Acesso em: 24 de Abril.2020.
73
Idem
4.5.1.1.3. Sujeição da administração aos tribunais comuns

Trata-se da tão conhecida unidade de jurisdição, de facto, os tribunais comuns,


denominados de, courts of law, julgam tanto os litígios entre aqueles que não são funcionários
desta, ou seja, os particulares, assim, a administração pública esta sujeita a aplicação da lei por
parte de tribunais judicias comuns e não de tribunais administrativo.74

4.5.1.1.4. Subordinação da administração ao direito comums

A Administração está subordinada ao comom low, logo a administração, não dispõe de


poderes exuberantes nem de privilégios de autoridade pública, apesar disso existem regras que
regulam a administração e a forma como esta emite as suas decisões.75

4.5.1.1.5. Execução judicial das decisões administrativas

A Administração não goza de poderes de execução das suas decisões pelo que se pretende
executar essas decisões terá de se dirigir a um tribunal, isto não quer dizer que no sistema
britânico, a administração não pudesse praticar nenhum acto administrativo sem recorrer aos
tribunais, uma vez que a questão da execução só se coloca quando a ordem administrativa, não e
voluntariamente cumprida por um particular, sendo assim, a administração pode recorrer ao
tribunal com vista a obtenção de uma sentença, para garantir que o particular cumpra.76

4.5.1.1.6. Garantias jurídicas dos administrados

Neste sistema, a administração não pelos actos praticados pelos seus agentes aos
administrados, mas os tribunais procuram impedir possíveis abusos de poder por parte da
administração pública.77

74
ROCHA, Raquel, os sistemas administrativos psicanalisar o direito administrativo, disponível em:
https://psicanalisarodireitoadministrativi16b.blogs.sapo.pt.Acesso em: 24 de Abril.2020.
75
Idem
76
Idem
77
Idem
4.5.1.2. MOCAMBIQUE

De acordo com Cistac, Administração mantém, nessas condições de sujeição à lei e ao


Direito, uma zona de poderes próprios de valoração e de decisão (discricionariedade), sujeitos a
um controlo judicial limitado (de legalidade e de juridicidade) e não a um reexame (de mérito)
pelo juiz, em vista da realização do interesse público, as decisões administrativas, além de
obrigatórias, constituem títulos executivos (se carecerem de execução), e que a Administração
pode gozar, ainda que só excepcionalmente, em situações de urgência e nos casos legalmente
previstos, de um poder autónomo de execução coerciva dos seus actos, sem necessidade de
recorrer aos tribunais. A Administração tem poderes de auto-controlo, que lhe permitem, sem
recorrer à via judicial, declarar a nulidade e anular, com efeitos retroactivos, os seus actos
unilaterais inválidos, sejam actos concretos ou regulamentos embora não possa declarar a
nulidade ou anular os contratos administrativos.78

4.5.1.2.1. Moçambique é um país com regime administrativo

O regime administrativo integra vários princípios essenciais , contudo, com a finalidade de


concentrar o objecto deste estudo sobre o essencial apenas dois princípios serão desenvolvidos
que constituem as peças chaves do sistema de administração executiva, a sujeição da
Administração Pública a normas jurídicas diferentes das do Direito Privado, e a existência de
uma jurisdição administrativa especializada. 79

É ao abrigo desses dois princípios que será analisado o regime administrativo


moçambicano. Um dos princípios estruturante do regime administrativo é de que a
Administração deve ter privilégios e poderes para cumprir eficazmente as suas missões e tarefas
de interesse público, que lhes são atribuídas. As prerrogativas da Administração Moçambicana
podem ser classificadas em duas grandes categorias, Primeiro, a Administração Pública dispõe de
poderes em relação aos particulares, segundo, a Administração Pública beneficia de protecções
especiais que lhes são concedidas, pela ordem jurídica, contra a acção dos particulares.80

78
CISTAC Gilles, direito administrative em Moçambique, WORKSHOP ON ADMINISTRATIVELAW, hotel
Cardoso, voll 1, 4 Abril 2009. Disponível em: www.sislog.com. Acesso em: 20 de Abril.2020.
79
Idem
80
Idem
A Administração Pública Moçambicana tem poderes de decisão e de execução. Por outras
palavras, o que caracteriza o Direito Administrativo Moçambicano na ordem das prerrogativas,
como, regra geral, em qualquer outro sistema de administração executiva, é a faculdade que lhe é
conferida de tomar decisões juridicamente executórias, e de garantir a sua execução material.81

4.5.1.2.2. O poder de decisão


Lato senso a decisão é um acto jurídico pelo qual uma autoridade administrativa modifica o
ordenamento jurídico. O termo é expressamente consagrado na Constituição da República no que
concerne à determinação do âmbito de conhecimento do Tribunal Administrativo82.

Na lógica do regime administrativo ou sistema de administração executiva, a decisão


administrativa é concebida como uma técnica eficaz de governação, com um conteúdo
abrangente.83

4.5.1.2.3. O poder de decisão unilateral

O poder de decisão unilateral pode-se definir como sendo o poder de modificar


unilateralmente o ordenamento jurídico por exclusiva autoridade, e sem necessidade de obter o
acordo do interessado.84

4.5.1.2.4. O privilégio de execução prévia

81
Idem
82
CISTAC Gilles, direito administrative em Moçambique, WORKSHOP ON ADMINISTRATIVELAW, hotel
Cardoso, voll 1, 4 Abril 2009. Disponível em: www.sislog.com. Acesso em: 20 de Abril.2020.
83
Idem
84
Idem
O privilégio de execução prévia é definido pela alínea g) do Artigo 1 do Decreto n.º
30/2001, de 15 de Outubro como “poder ou capacidade legal de executar actos administrativos
definitivos e executórios, antes da decisão jurisdicional sobre o recurso interpostos pelos
interessados, O privilégio da execução prévia resulta da possibilidade que a Administração tem
de tomar decisões executórias, isto é, a Administração é dispensada, para realizar os seus
direitos, do prévio recurso a um tribunal. Por outras palavras, o privilégio da execução prévia
significa que o acto é revestido de uma presunção de legalidade que obriga o seu destinatário a
executá-lo antes de qualquer contestação.85

4.5.1.2.5. O Poder de execução forçada

De acordo com a alínea f) do Artigo 1 do Decreto n.º 30/2001, de 15 de Outubro, entende-se


por “Poder de execução forçada” a capacidade legal de executar actos administrativos definitivos
e executórios, mesmo perante a contestação ou resistência física dos destinatários.
Este poder constitui uma garantia da Administração Pública, A execução forçada é necessária e
possível.86

É necessária para garantir o cumprimento das decisões da Administração, por exemplo


quando o Instituto Nacional de Viação ordena a apreensão de veículos, quando não tenham a
matrícula regularizada ou o título de registo de propriedade regularizados, quando sejam
encontrados a transitar estando o respectivo livrete apreendido ou quando sejam encontrados a
transitar sem o respectivo número de matrícula ou com um número diferente.87

4.5.1.3. As protecções

A segunda vertente das prerrogativas administrativas é constituída pelas “protecções” especiais


que beneficiam à Administração. Entende-se que em razão das missões e tarefas que a
Administração desempenha, esta deve-se beneficiar de algumas “protecções” que lhes permitem
realizar eficazmente essas.88

85
Idem
86
CISTAC Gilles, direito administrative em Moçambique, WORKSHOP ON ADMINISTRATIVELAW, hotel
Cardoso, voll 1, 4 Abril 2009. Disponível em: www.sislog.com. Acesso em: 20 de Abril.2020.
87
Idem
88
Idem
4.5.1.3.1. A protecção dos agentes da Administração

Os funcionários das administrações públicas dispõem de uma protecção particular que lhe é
garantida, não apenas no seu interesse, mas, também, no interesse da administração, também
encontramos A protecção contra as acções em responsabilidade, regra geral, caso um funcionário
cause danos decorrentes de um facto ilícito culposo não é ele próprio que deverá reparar o
prejuízo causado, mas a própria Administração.89
a) A protecção contra as acções em responsabilidade.

Regra geral, caso um funcionário cause danos decorrentes de um facto ilícito culposo não é
ele próprio que deverá reparar o prejuízo causado, mas a própria Administração, o que constitui,
ao mesmo tempo, uma prerrogativa, ou seja, a protecção dos funcionários, e uma sujeição porque
a Administração deverá indemnizar a entidade prejudicada no lugar do funcionário causador do
prejuízo.90

b) A protecção contra as injúrias e violências


No plano estatutário, uma protecção é reconhecida aos funcionários contra injúrias e
violências de que podem ser vítimas no exercício das suas funções. Esta protecção é
expressamente afirmada no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (alíneas c) e k)
do Artigo 42).91

CAPITULO V

5. Conclusão e Recomendações

5.1. Conclusão

Chegada esta fase de trabalho, através das acções desencadeadas em busca da realização
do mesmo, chegamos a conclusão nos seguintes aspectos.

89
Idem
90
Idem
91
CISTAC Gilles, direito administrative em Moçambique, WORKSHOP ON ADMINISTRATIVELAW, hotel
Cardoso, voll 1, 4 Abril 2009. Disponível em: www.sislog.com. Acesso em: 20 de Abril.2020.
Relativamente as consequências jurídicas, causadas na aplicação do privilégio de
execução prévia, ficou claro que, o privilégio de execução prévia, lesa os direitos subjectivos dos
particulares, uma vez que não existe igualdade entre a administração pública e o particular,
relativamente ao processo de indemnização, muita das vezes, esta indemnização não é feita
conforme, tendo em conta que o particular perde determinados direitos em função da execução
prévia. Portanto quando um direito do particular é violado, este, tem o direito de ser compensado
ou substituído, porém muita das vezes a indemnização não tem sido favorável ou justa para o
particular, uma vez que na negociação o estado também tem estado acima do particular. Munido
do seu poder de autoridade, não dando muitas escolhas ao particular, por exemplo, a execução
para destruição de um património de luxo de um particular, para a construção de um hospital,
todavia o hospital é benéfico para todos, ou seja é de interesse colectivo, porém o estado
também, no acto de indemnização deve olhar para todos aspectos relativamente ao edifício do
particular, ou seja a indemnização deve ser feita de acordo com o valor real do património de
luxo do particular.

Contudo com a demora dos trâmites processuais, causa prejuízo ao particular


incomensurável. Porque a morosidade no julgamento de um processo é algo que representa
custos que não são susceptíveis de avaliação económica, como angustia, inquietações, dúvidas, e
isso é o mais gravoso.

Todavia o particular goza de reais garantias, porém ficou claro que estas garantias não
conseguem fazer face ao privilégio de execução prévia, uma vez que, mesmo com as garantias, o
particular, tem visto os seus direitos a serem violados. Entretanto a morosidade processual
contribui para que o interesse do particular seja violado.

Concernente a possibilidade de extinguir o privilégio de execução prévia no ordenamento


jurídico moçambicano, ficou evidente que, não e viável a extinção do privilégio de execução
prévia, tendo em conta que Moçambique é um país em via de desenvolvimento, e carece de
investimentos de empresas estrangeiras assim como internas, para o progresso deste país.
Contudo a administração pública, diante de um interesse colectivo não pode ficar paralisado, por
conta de um interesse privado, tendo em conta que estes interesses vão beneficiar a
colectividade, Por isso que o estado dotou ao órgão administrativo ou seja a administração
pública de poder para vencer, as injustificadas resistências do particular.

Porem depois de conhecer os dois sistemas, ficou evidente que o ordenamento mas
acertado para dirimir a questão do privilegio de execução previa, é o ordenamento jurídico dos
EUA, porque o particular e o estado, estão em pé de igualdade, contudo para um estado como de
Moçambique, é mas viável, a aplicação do privilegio de execução prévia, por uma questão do
próprio estado precisar de ter esse poder, para o próprio desenvolvimento.

Recomendações

Decorrente do quadro teórico, à partir das constatações do terreno e da conclusão ora feita,
avançámos com recomendações serem implementadas acreditamos que trará mudanças e
avanços significativos para o Sistema administrativo moçambicano.
Assim, recomenda-se que:
 Recomendamos que a administração pública colabore positivamente, com o particular, de
modo que não seja necessário, a aplicação de uma execução prévia, e no âmbito de
indemnização, e a administração pública proceda de forma justa e imparcial.

 Se crie condições de se atribuir a um Conselho Superior da Magistratura, a competência


de fiscalizar os tribunais judicias de modo a maximizar a questão da morosidade
processual, de modo que seja possível viabilizar a prestação jurisdicional de forma mais
célere e justa nestes pais.
 Recomenda se aos tribunais administrativos que fiscalizem de forma efectividade os
actos da administração pública.

Aos Futuros Pesquisadores

O levantamento de dados foi uma difícil etapa durante a realização deste trabalho, em
função da indisponibilidade de algumas informações e do tempo para a conclusão.
 Recomenda-se aos futuros pesquisadores a fazerem mais abordagem concernente ao
privilégio de execução prévia face aos direitos dos particulares, porque os direitos dos
particulares tem sido violado, e as indemnizações feitas de forma injustas;
 Por fim recomenda-se também um estudo complexo a cerca da possibilidade de extinção
do privilégio de execução prévia
.

CAPITULO VI

AMARAL, Diogo Freitas do, Curso de Direito Administrativo, 3a Edição, Almedina Editora,
volume II, 2016;
AMARAL, Diogo Freitas do, Curso de Direito Administrativo, 3a Edição, Almedina Editora,
volume I, 2010;
ANDRADE, Vieira de, Lições de Direito Administrativo, 5ª edição. Coimbra, 2017.
CAETANO, Marcello, lições de Direito penal, 1939;
CAETANO, Marcello, Manual de Direito Administrativo, 10a Edição Almedina Editora, 2008;
CARVELHADA, Cabrito, noções de administração publica, voll 1,8 ed. Lisboa 1992;

CISTAC Gilles, direito administrativo em Moçambique, workshop on administrative law, hotel


Cardoso, voll 1, 4 Abril 2009. Disponível em: www.sislog.com. Acesso em: 20 de Abril.2020.
DE MELLO, Maria Chaves, Dicionário Jurídico, 4oedição portuguesa, 2008;

DE SOUSA& de matos, direito administrativo geral, 3 ed. dom Quixote, 2004.

FREITAS, DO Amaral Diogo, Curso Direito Administrativo, Voll. II, 3 ed. Almedina 2016;

FREITAS, Do Amaral Diogo; Curso Direito Administrativo, Vol. II, 2 ed. Almedina 2012

GIL, A, Métodos e técnicas de pesquisa Social, (5º ed.), Editora Atlas, são Paulo, 1999;

JUSTOS, Santos, introdução ao estudo do direito, 4 ed. Coimbra.2009;

MACIE, Albano, lições de direito administrativo Moçambicano, em especial, Vol. III, Maputo
2018;

MACIE, Albano, lições de direito administrativo Moçambicano, VOLL.III, MAPUTO 2015.

MACIE, Albano, Licoes de Direito Administrativo Mocambicano, volume III, Maputo, 2015.
MARCONI, E, & Lakatos, M, Fundamentos de Metodologia Cientifica, (6º) Editora Atlas S.A.
São Paulo, 200

MARCONI, E, & lakatos, M, Fundamentos de Metodologia Cientifica, (6º) Editora Atlas S.A.
São Paulo, 1989;

PRATA Ana, dicionário jurídico, 5edição portuguesa, 2013;

Referências bibliográficas

ROCHA, Raquel, os sistemas administrativos psicanalisar o direito administrativo,


https://psicanalisarodireitoadministrativi16b.blogs.sapo.pt.Acesso em: 24 de Abril.2020.
SANTOS, Justo, introdução ao estudo de direito, 4º ed. Coimbra, 2009;
Legislações
Constituição da Republica de Moçambique de 2004 actualizada em 2018
Decreto n.º 30/2001, de 15 de Outubro
Lei 7/28 de Fevereiro de 2014- LPAC

Lei no 14/2011 de 10 de Agosto


ANEXOS

Questionário

1. O que entende por privilegio de execução previa?


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
2. Concorda que o privilégio de execução prévia continue a vigorar?
Se concorda porque, e se não concorda porque não concorda.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

3. Se não concorda, o que se pode fazer para extinguir o privilégio de execução previa no
ordenamento jurídico moçambicano.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

4. Quais são as consequências jurídicas causadas pelo privilégio de execução previa, no


ordenamento jurídico moçambicano.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

5. Será que no ordenamento jurídico dos EUA, vigora o privilégio de execução previa?
Sim ou não?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

6. Se a resposta for sim, como funciona no ordenamento jurídico dos estados unidos de
América (EUA)?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
7. Se a resposta for não, como funciona no ordenamento jurídico dos estados unidos de
América (EUA)?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

8. Qual e a diferença existente entre o ordenamento jurídico moçambicano e a do EUA, no que


tange ao privilegio de execução previa?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
9. Diante duma execução previa eminente, e tendo em conta a morosidade processual, o
particular vêem os seus direitos a serem violados, o que este pode fazer para parar essa
violação?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

10. Haveria alguma prerrogativa do privilégio de execução previa para o particular?


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

11. Se haverá, quais são?


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Você também pode gostar