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Rio de Janeiro
2019
Cap QCO Mag Inglês Jacqueline Ribeiro Santos
Rio de Janeiro
2019
Cap QCO Mag Inglês Jacqueline Ribeiro Santos
Aprovado em
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO
______________________________________________________
Domingos Fernando Batalha Góes – Maj – Avaliador 1
Escola de Formação Complementar do Exército
____________________________________________
Cinthia Maria Fontoura Messias – Cap – Avaliador 2
Escola de Formação Complementar do Exército
CERTIFICAÇÃO LINGUÍSTICA NO EXÉRCITO BRASILEIRO: META
OU FERRAMENTA DE TRABALHO?
RESUMO
ABSTRACT
Assessing the language proficiency of the Land Force military personnel is the responsibility
of the Army Language Center (CIdEx), which annually conducts the Written Language Proficiency
Exam (EPLE) and the Oral Language Proficiency Exam (EPLO) to assess the level of language
proficiency of the Brazilian Army military. Given the importance of Language Proficiency Certification in
the Brazilian Army (EB), the present work aimed to describe how the process of Language
Certification in the EB occurs, comparing it with the excellence practices of other institutions and
checking opportunities for system improvements from EB. This study is characterized by being a
descriptive research, which uses the collection, analysis and interpretation of data obtained from the
literature review in order to compare the process of certification of language proficiency in civil and
military. . At the end of this study it was concluded that the process performed at CIdEx is in line with
the language proficiency assessment practices performed in the civil centers of excellence, however it
was possible to observe the need for improvement regarding the application of the exams.
1
Capitão QCO Magistério Inglês da turma de 2011. Especialista em Língua Inglesa pela Universidade
do Grande Rio (Unigranrio) em 2006. Especialista em Aplicações Complementares às Ciências
Militares pela EsFCEx em 2011.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................08
2 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................10
2.1 CONCEITO DE COMPETÊNCIA NO ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA . 10
2.2 AVALIAÇÃO DE PROFICIÊNCIA LINGUÍSTICA NO MEIO CIVIL....................12
2.3 DIPLOMAS E CERTIFICADOS DE PROFICIÊNCIA LINGUÍSTICA DE
ÂMBITO INTERNACIONAL E AS SUAS EQUIPARAÇÕES COM A EPL DO
EXÉRCITO ...............................................................................................................15
2.4 CERTIFICADOS INTERNACIONAIS NÃO ACEITOS PELO CIDEX................17
2.5 AVALIAÇÃO DE PROFICIÊNCIA LINGUÍSTICA NO MEIO MILITAR................18
3 METODOLOGIA.................................................................................................23
4 ANÁLISE DE DADOS........................................................................................................ 23
5 CONCLUSÃO...................................................................................................28
REFERÊNCIAS..........................................................................................................29
APÊNDICE................................................................................................................
.30
LISTA DE FIGURAS E TABELAS
1. INTRODUÇÃO
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2
É um teste do conhecimento de vocabulário principalmente, em que o candidato deve escolher dentre as opções
dadas, a que melhor se adequa ao contexto (verbo, substantivo, adjetivo).
3
É uma série de pontuações usadas para relatar os resultados dos exames .
Fonte: Site Cambridge English (Figura 1)
4
Neste tipo de teste, o candidato precisa completar um texto escrito com palavras que foram intencionalmente
suprimidas.
A atestação possível significa que os examinados podem não alcançar o IPL
máximo referente a cada certificado, pois as notas são avaliadas por habilidade de
maneira individual. Dessa maneira, por exemplo, um examinado que tenha
apresentado um certificado PET, mas que não tenha alcançado a nota 140 em
alguma habilidade, ele não receberá a atestação 2, que é o máximo possível de
acordo com o nível do certificado, e sim 1. Vejamos de maneira mais detalhada
como essa equiparação por habilidade ocorre dentro de cada Exame.
Com os exames da Universidade de Michigan:
O ECPE (Examination for the Certificate of Proficiency in English) possibilita
atestação até o IPL 4444. Como descrito anteriormente, a depender da nota em
cada habilidade. Assim, se o examinado nesse exame pela tabela de notas de
Michigan atingir a menção fail, será concedido o IPL 2 na habilidade analisada; caso
atinja a menção bordeline fail, será concedido o IPL 3 na habilidade analisada; e se
ele atingir a menção low pass, pass ou honors, será concedido o IPL 4.
O ECCE (Examination for the Certificate of Competency in English) possibilita
atestação até o IPL 3333. Dessa maneira, se o examinado nesse exame pela tabela
de notas de Michigan atingir a menção fail, será concedido o IPL 1 na habilidade
analisada; caso ele atinja a menção bordeline fail, será concedido o IPL 2; e se ele
atingir a menção low pass, pass ou honors, será concedido o IPL 3.
Dessa forma, ele receberá o IPL equiparado com a EPL do EB.
Com os exames da Universidade de Cambridge:
Para o CPE (Certificate of Proficiency in English) e o CAE (Certificate of
Advanced in English) a atestação possível é até o IPL 4444. Assim, para os
resultados enquadrados pela instituição certificadora abaixo da linha weak,
resultados entre 159 e 140 escores (inclusive), será concedido na habilidade
analisada o IPL 2; caso o resultado esteja entre a linha borderline e a linha weak,
compreendido entre 179 e 160 escores (inclusive), será concedido o IPL 3 na
habilidade analisada, e se o resultado estiver nas menções acima da linha
borderline, compreendido acima de 180 escores (inclusive), será concedido o IPL 4
na habilidade analisada.
Para o FCE (First Certificate English Test) a atestação possível é até o IPL
3333. Assim, para os resultados abaixo da linha weak, resultados entre 139 e 120
escores (inclusive), será concedido na habilidade analisada o IPL 1; caso o
resultado esteja entre a linha bordeline e a linha weak, compreendido entre 159 e
140 escores (inclusive), será concedido o IPL 2 na habilidade analisada; e se o
resultado estiver nas menções acima da linha borderline, compreendido acima de
160 escores (inclusive), será concedido o IPL 3 na habilidade analisada.
Para o PET (Preliminary English Test) a atestação possível é até o IPL 2222.
Assim, para os resultados abaixo da linha weak, resultados abaixo de 120 escores, o
examinado não terá atingido o mínimo na habilidade analisada, o índice mínimo de
proficiência linguística. Dessa forma, o IPL será representado por um traço (-) IPL -;
se o resultado estiver entre a linha borderline e a linha weak, compreendido entre
139 e 120 escores (inclusive), será concedido o IPL 1 na habilidade analisada; caso
o resultado esteja nas menções acima da linha borderline, resultados acima de 140
escores (inclusive), será concedido o IPL 2 na habilidade analisada.
Para o KET (Key English Test) a atestação possível é até o IPL 1111. Assim,
para os resultados abaixo da linha borderline, resultados abaixo de 120 escores
(inclusive), significa que o examinado não atingiu o mínimo na habilidade analisada.
Dessa maneira, o IPL será representado por um traço (-) IPL -; se os resultados
estiverem enquadrados nas menções acima da linha borderline, resultados acima de
120 escores (inclusive), será concedido o IPL 1 na habilidade analisada.
3. METODOLOGIA
5. CONCLUSÃO
Este trabalho teve como objetivo descrever o processo de Certificação
Linguística no Exército Brasileiro e comparar com as práticas do meio civil a fim de
verificar se o processo de certificação realizado no Exército Brasileiro está alinhado
com os Centros de excelência civis. O enfoque desse trabalho foi na Certificação
Linguística de Inglês. Tomamos como referência as práticas de avaliação de
proficiência no meio civil, através das certificações de Cambridge e Michigan, que
utilizam como parâmetro o Quadro Europeu Comum de Referência para as línguas
(QECR), e comparamos com as práticas de avaliação realizadas no Centro de
Idiomas do Exército (CidEx), a fim de verificar se há um alinhamento com as práticas
civis. Assim, para atingir esse objetivo foi necessária a revisão bibliográfica das
Portarias do Exército que regulam o processo de certificação da proficiência
linguística no EB, além do estudo da estruturação dos exames internacionais
mencionados acima. Dessa maneira, julgamos que o nosso objetivo geral foi
inteiramente contemplado e, devido às análises realizadas e os resultados obtidos
cremos que algumas intervenções devam ser realizadas no sentido de melhorar o
processo desenvolvido pelo Centro de idiomas do Exército.
Acreditamos também que uma explicação para o problema levantado nesse
trabalho, assim como todos os objetivos específicos dessa pesquisa, foram inteira-
mente contemplados, à medida que conceituamos competência linguística e compe-
tência comunicativa; apresentamos o Quadro Europeu Comum de Referência para
as línguas (QECR), que serviu de base na comparação dos conteúdos utilizados pe-
las instituições civis e militares foco desse trabalho; apresentamos também a certifi-
cação da proficiência linguística no meio civil e no meio militar a fim de fazer as devi -
das comparações e identificar oportunidades de melhoria no CIdEx.
No que tange ao problema apresentado, após a análise de dados pudemos
comprovar que, para que haja um alinhamento no processo de Certificação do CI-
dEx comparado com as instituições civis de excelência, são necessárias interven-
ções quanto ao processo de aplicação dos exames. Assim, respondemos a pergunta
problema dessa pesquisa: a certificação linguística realizada no âmbito da instituição
Exército Brasileiro não está ainda alinhada com as práticas de excelência realizadas
no meio civil.
Acreditamos que esse tema não se esgota nesse trabalho e que pesquisas fu-
turas nessa mesma área e com um outro enfoque poderão enriquecer e contribuir
ainda mais para o tema proposto, e sobretudo contribuir na melhoria do processo
desenvolvido pelo Centro de Idiomas do Exército.
REFERÊNCIAS
APÊNDICE
Escala Global dos Descritores por nível do Quando Europeu Comum de Referência
para as línguas.
Utilizador Elementar
É capaz de compreender e utilizar expressões familiares e
correntes assim como enunciados simples que visam
satisfazer necessidades imediatas. É capaz de apresentar-
A1 se ou apresentar alguém e colocar questões ao seu
interlocutor sobre assuntos como, por exemplo, o local onde
vive, as suas relações, o que lhe pertence, etc. É capaz de
responder ao mesmo tipo de questões. É capaz de
comunicar de forma simples desde que o seu interlocutor
fale clara e pausadamente e se mostre colaborante.
É capaz de compreender frases isoladas e expressões de
uso frequente relacionadas com assuntos de prioridade
imediata (por exemplo, informações pessoais e familiares
simples, compras, meio envolvente, trabalho). É capaz de
A2 comunicar em situações correntes que apenas exijam trocas
de informações simples e diretas sobre assuntos e
atividades habituais. É capaz de descrever com meios
simples a sua formação, o seu meio envolvente e referir
assuntos que correspondam a necessidades imediatas.
Utilizador Independente
É capaz de compreender os pontos essenciais quando a
linguagem padrão utilizada é clara, tratando-se de aspectos
familiares em contextos de: trabalho, escola, tempos livres,
etc. É capaz de participar na maior parte das situações que
podem ocorrer em viagem, numa região onde a língua alvo
B1 é falada. É capaz de organizar um discurso simples e
coerente sobre assuntos familiares, em diferentes domínios
de interesse. É capaz de relatar acontecimentos,
experiências ou um sonho, expressar um desejo ou uma
ambição e justificar, de forma breve, as razões de um
projeto ou de uma ideia.
É capaz de compreender o conteúdo essencial de assuntos
concretos ou abstratos num texto complexo, incluindo uma
discussão técnica na sua especialidade. É capaz de
comunicar com uma grande espontaneidade que permita
B2 uma conversa com um falante nativo, não se detectando
tensão em nenhum dos falantes. É capaz de exprimir-se de
forma clara e pormenorizada sobre uma vasta gama de
assuntos, emitir uma opinião sobre uma questão atual e
discutir sobre as vantagens e as desvantagens de diferentes
argumentos.
Utilizador Experiente
É capaz de compreender uma vasta gama de textos longos
e complexos, assim como detectar significações implícitas.
É capaz de exprimir-se de forma espontânea e fluente sem,
C1 aparentemente, ter de procurar as palavras. É capaz de
utilizar a língua de maneira eficaz e flexível na sua vida
social, profissional ou acadêmica. É capaz de exprimir-se
sobre assuntos complexos, de forma clara e bem
estruturada, e de mostrar domínio dos meios de
organização, de articulação e de coesão do discurso.
É capaz de compreender sem esforço praticamente tudo o
que lê ou ouve. É capaz de reconstituir factos e argumentos
C2 de fontes diversas, escritas e orais, resumindo-as de forma
coerente. É capaz de se exprimir de forma espontânea,
fluente e precisa e de distinguir pequenas diferenças de
sentido relacionadas com assuntos complexos.
Fonte: Council of Europe