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EEEP PROFESSOR JOSÉ AUGUSTO TORRES

NOMME: MIZAEL VICTOR 3ª N31

Assim como o Ocidente se organiza, de um lado, sobre a filosofia grega e a tríade


Sócrates – Platão – Aristóteles, e, de outro, sobre o pensamento cristão, o pensamento
Oriental se alicerça sobre dois fundamentos: o contínuo taoísta-confucionista de Laozi e
Confúcio chinês e o pensamento budista, que nasceu na Índia e ganhou formas próprias
na China e no Japão. Do taoísmo derivou parte do pensamento xintoísta no Japão, além
do fundamento de todas as tradições milenares da China, como o Kung Fu, o Tai Chi
Chuan, o Feng Shui, a medicina tradicional, entre outros, chegando até os conceitos do
socialismo com características chinesas, o sonho chinês, o futuro compartilhado etc.

A base do taoísmo está no próprio idioma. Falantes de uma língua em que uma mesma
palavra, com pequenas diferenças de pronúncia (som ascendente, neutro ou
descendente; vogal aberta ou fechada, consoante bucal ou gutural), pode ganhar
significados diferentes, e cujo alfabeto não se dá por códigos grafo-fonéticos, mas por
desenhos que expressam conceitos que, associados, remetem a palavras, os chineses
crescem aprendendo que uma coisa são muitas coisas, ao mesmo tempo que muitas
podem ser uma. Acredita-se que esta é uma das origens dos conceitos complementares
de Yin (o feminino, a noite, a lua, a passividade e a absorção) e Yang (o masculino, o
dia, o sol, a atividade e a luz). 

O confucionismo, por sua vez, aproveita os conceitos de eterno devir e busca pelo vazio
para sair da cosmologia e adentrar o terreno da ontologia, propondo os valores morais
que o ser humano deve buscar para o bem-viver em sociedade. Conhecido como o
“Sócrates” do Oriente, Confúcio tinha em seu pensamento também algo de Platão, ao
propor o caráter dos seres humanos como imprescindível à organização social (tal como
Sócrates) e o preparo intelectual como fundamento da governança (como defendeu
Platão em “A República”). Para Confúcio, a perfeita integração à transformação eterna
do Tao se dá pelo cultivo de valores morais que aproximam o ser humano da perfeição
do universo, tais como humanidade, justiça, perdão, sinceridade, temperança e uma
série de outros mais sobre os quais ele versa nos Analetos, sua obra magna. 

Desta forma, o homem e a mulher preparado ou preparada para governar (hoje, na


China, Hong Kong e Taiwan são governados por mulheres) devem ser longamente
testados em seus valores e no seu conhecimento sobre as tradições chinesas e seus
desafios sociais e econômicos, tendo a capacidade moral e intelectual de liderar
eventuais redirecionamentos da sociedade a caminho de um novo ponto de harmonia
social e econômica (não à toa, o presidente Mao foi e ainda é nomeado por muitos “o
grande timoneiro”). 

Fonte da pesquisa: Brasil 27

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