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Emília Villani
Orientadora
Campo Montenegro
São José dos Campos, SP – Brasil
2008
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Divisão de Informação e Documentação
Silva, Carlos Eduardo Oliveira da
Sistema de Monitoramento Remoto de Processos de Manufatura / Carlos Eduardo Oliveira da Silva.
São José dos Campos, 2008.
105f.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CESSÃO DE DIREITOS
___________________________
Carlos Eduardo Oliveira da Silva
Av. Carlos Aberto Ribeiro de Souza, 440, Casa 13 – Urbanova
12244-595 – São José dos Campos – SP
ii
ITA
iii
Agradecimentos
A Deus, fonte de esperança e amor, por ter me guiado para alcançar mais essa graça.
paciência.
Aos alunos de graduação Emil Yoshigae Nakao, Tiago Pinto de Souza e Pedro Paulo
porque a mão de Deus sempre guia aquele que segue seu caminho com fé.
Paulo Coelho
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Resumo
Atualmente, a competição entre empresas tem sido substituída pela competição entre
cadeias de suprimentos, formadas por várias empresas. Um fator chave para garantir a rápida
não apenas entre os elos da cadeia, mas também dentro de cada empresa entre o chão de
fábrica e o gerenciamento da produção. Desta forma, para obter sucesso num ambiente
Abstract
Today, the competition among companies has been replaced by competition among
supply chains, which are formed by many companies. A key factor to guarantee the fast
response of the supply chain is system integration. This integration must happen not only
among the chain links, but also inside each company between the shop floor and the
integrate the shop floor to MES (Manufacturing Execution System), ERP (Enterprise
Resource Planning ) and SCM (Supply Chain Management) solutions, providing production
data sharing among the supply chain companies. In this context, the purpose of this work is to
apply the remote monitoring concept to the monitoring of manufacturing order executions in
CNC machines. As a result, the proposed solution provides the integration of companies. It
Lista de Ilustrações
Figura 2.2. Cadeia de suprimentos com empresas conectadas por meio de ERP e EC............25
Figura 7.2. Exemplo de cadeia de suprimentos com várias pequenas empresas fornecedoras.95
CD Collision Detection
CS Carrier Sense
DP Distributed Peripheral
IP Internet Protocol
MA Multiple Access
OP Operator Panel
PA Process Automation
PC Personal Computer
SC Supply Chain
TI Tecnologia da Informação
Sumário
1 Introdução.........................................................................................................................15
2.2.2 ERP.......................................................................................................................22
3.1 Internet......................................................................................................................31
3.4.3 AS-i.......................................................................................................................48
14
7 Conclusões........................................................................................................................90
1 Introdução
planta, hoje se encontram espalhadas por diversas cidades, países e continentes. Como
testes, entre outros. Este cenário propicia o uso da Internet como ferramenta essencial para
Sob um olhar mais amplo, chega-se ao conceito de cadeia de suprimentos, que pode
ser expresso como uma rede de organizações envolvidas em diferentes processos e atividades,
com o objetivo de fornecer produtos e serviços que satisfaçam as necessidades dos clientes. A
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distribuídas por toda parte do globo (GAN et al., 2000). Neste cenário, a potencialidade da e-
dados em cadeias de suprimentos. A motivação deste trabalho é fornecer uma ferramenta que
tópico ainda pouco explorado pela indústria, principalmente no cenário nacional. Apesar de
de ponta, poucas podem ser consideradas arquiteturas ‘abertas’, no sentido de que o acesso às
1.1 Objetivo
Para atender a este objetivo, utiliza-se a máquina CNC do laboratório CCM (Centro de
remoto. Sua descrição também é necessária para a adequada compreensão dos Capítulos 5 e 6.
para a máquina CNC do CCM. Estas soluções são divididas em soluções customizadas e
um programa comercial que permite, entre outras coisas, a disponibilização remota de dados
bem como uma aplicação do método num situação que permite a criação de um ambiente
tecnologia da informação nos diversos níveis organizacionais desta estrutura. Para finalizar,
vertical entre níveis desta arquitetura, detalham-se aqui as principais características de cada
nível. Observa-se que esta arquitetura não é única, variando principalmente no que se refere
ao número de níveis especificados. Ela abrange desde tomadas de decisões estratégicas até a
seguintes níveis:
tamanho de lotes, alocação de recursos. Estas decisões devem ser tomadas de forma a
distribuição de peças, entre outros. Neste nível as decisões visam atender o plano de
produção especificado num nível superior. Este nível também se refere à supervisão das
interrupções.
• Controle local: este nível se refere ao controle de cada máquina e equipamento da planta
Alguns exemplos são: MES, ERP, entre outros. Podemos co-relacionar estas soluções com os
de hardware (CORRÊA, GIANESI e CAON, 2001). Além da integração vertical entre níveis,
materiais. As principais questões a serem respondidas eram: o que, quanto e quando produzir
produtiva, que passou a manter cadastros não apenas dos produtos e suas estruturas de
componentes, mas também dos roteiros e centros produtivos, além de informações sobre o
importante, pois para produzir, além de materiais, também são necessários outros recursos
produtivos.
22
ações corretivas. Foram então acrescentados ao MRP módulos de controle SFC (Shop Floor
ciclo de controle do MRP, que passou então a ser não apenas um sistema de planejamento,
a solução de escopo expandido como MRP II. A sigla MRP passou a significar
esclarecer que o escopo de tratamento da solução não se restringe a materiais, mas inclui
empresas, não apenas uma solução que fornecesse informações para a tomada de decisão
gerencial no âmbito dos sistemas produtivos, mas também proporcionasse a integração destes
com os outros sistemas da empresa. Surgiram muitas soluções de porte expandido como SAP,
Baan, Oracle, SSA, entre outras, para todos os portes e características de empresas. Uma vez
que o escopo destas soluções expandiu-se para fora dos limites do setor de manufatura, elas
empresariais).
2.2.2 ERP
forma geral, eles têm o papel de planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva,
bem como os materiais a serem comprados e níveis adequados de estoque, além de programar
23
atividades de produção, e informar a situação dos recursos e das ordens. A maioria dos
humanos.
2.2.3 MES
• Rastreabilidade de processo;
De acordo com Benaissa et al. (2004), a integração de soluções MES e ERP tem sido o
foco de pesquisas e concentração de esforços. Este é um ponto chave para que empresas
MES é essencial para o desempenho de um sistema de manufatura. Além disso, sistemas MES
são a solução para o fornecimento de informação em tempo real para sistemas ERP.
decisões do nível gerencial, suportadas por sistemas ERP, com operações do chão-de-fábrica.
planta com sistemas ERP permite que a companhia utilize informação da produção para
melhorar a eficiência do ativo, reduzir tempos de ciclos, e prover datas confiáveis de entrega a
consumidores. Observa-se no entanto, que sistemas ERP não recebem dados brutos de
sensores na planta, e sim dados pertinentes da produção, no formato adequado para uso em
cálculos estratégicos.
A popularização da Internet a partir dos anos 90 levou à sua crescente utilização para
mercados, etc.
25
muitas oportunidades, mas também adiciona desafios para produzir e entregar produtos com
produtividade, qualidade e custos melhorados. Tempos de duração devem ser reduzidos para
conceitos estratégicos fundamentais quando uma empresa forma seus elos com fornecedores e
que as empresas podem utilizar, e quando integrado a um sistema ERP, torna automático e
simples a interação entre empresas dentro de uma mesma cadeia de suprimentos, conforme
Figura 2.2. Cadeia de suprimentos com empresas conectadas por meio de ERP e EC.
as oportunidades criadas por meio do e-business, ajudando a posicionar o cliente como foco
Além disso, mercados globais estão, mais e mais, demandando a evolução das
atender da melhor forma às demandas dos clientes, as diferentes unidades da indústria devem
(2003) nomeia esse novo padrão de relacionamento como DNM (Dispersed Network
contratantes e fornecedores.
tem sido abandonada em detrimento de uma nova abordagem global, que se preocupa com
todos os elementos da cadeia de suprimentos, numa filosofia “e-factory” (LEE, 2003). Esta
em Internet para intercâmbio de informação com alta flexibilidade e rápida reposta, resultando
Hão, Shen e Wang (2005) aborda o problema da integração fabril por meio da
proposta de uma estrutura baseada em serviços disponibilizados na World Wide Web (WWW)
Wang et al. (2001) explora a Internet para gerenciamento de dados de produto. Ele
referente a aplicações de manufatura robótica. Este modelo de dados é utilizado por clientes,
Frohlich e Westbrook (2002) utiliza a Internet para integrar sistemas SCM e ERP. Eles
consumidores são conectados por meio de uma rede de comunicação onde a informação
materiais.
CAD/CAE/CAM. Alguns exemplos são encontrados em Li, Fuhb e Wongb (2004) e Zhan
Muto (2003) que propõe um sistema, chamado @factory, para supervisão remota,
CNC.
dados e monitoramento remoto de uma máquina CNC. Estas aplicações podem ser
Uma importante diferença entre as duas classes de aplicações são os requisitos de tempo-real,
que incluem o tempo necessário para exibição remota do dado e a taxa de amostragem dos
dados.
peças produzidas num determinado intervalo, o tempo para produção de uma peça, entre
outras. Estas variáveis são usadas para tomada de decisão num nível gerencial, onde um
computador local conectado à maquina CNC, onde são executadas rotinas de aquisição de
Control and Data Acquisition). A principal restrição da solução proposta neste trabalho é a
ser processada e enviada via Internet. Este requisito depende da aplicação, isto é, de qual será
remoto, então o tempo de transmissão pode ser um fator crítico para a confiabilidade do
sistema.
Del Conte e Schutzer (2007). Este trabalho busca determinar estratégias ótimas para aquisição
mais eficientes, por exemplo, por meio do processamento de dados no CNC. São usados
dados, obtendo maior precisão e taxa de amostragem. Ambas as aplicações são desenvolvidas
no ambiente de programação LabView. De acordo com Helleno (2004), esta área demanda
manufatura, os eixos das máquinas CNC estão utilizando velocidades cada vez mais altas,
Cada vez mais, a manufatura demanda alta flexibilidade (capacidade de rápida re-
suprimentos.
Neste contexto é que se insere este trabalho, que se dedica à aplicação do conceito de
3 Redes de Computadores
computadores por meio da Internet. Estes conceitos são necessários para a compreensão das
uma revisão dos principais tipos de redes utilizados em sistemas de manufatura, enfatizando a
diferença entre estas redes e a comunicação numa rede TCP/IP como a Internet.
3.1 Internet
A Internet tem sua origem entre as décadas de 1960 e 1970, com a ARPANET. Em
1969, a ARPANET foi criada pela ARPA (Advanced Research Projects Agency, ou agência
Unidos. O objetivo desta rede era permitir que computadores em bases militares distintas
rede foi o chaveamento de pacotes, no qual as informações a serem transmitidas são divididas
forma ágil. O crescente uso da rede para fins não militares levou à dificuldade de controle da
rede, o que resultou na separação da parcela militar da ARPANET em uma rede exclusiva
Program) para TCP/IP. Em 1985 surgiu o FTP e, em 1991, Berners-Lee publicou seu projeto
referente à World Wide Web (WWW), dois anos depois de criar o HTML, o HTTP e as
primeiras páginas Web, na Suíça. Em 1993, o navegador Mosaic 1.0 foi lançado, e no final de
1994 já havia interesse público na Internet. Em 1996, a palavra Internet já era de uso comum,
conceitos de FTP, HTML, HTTP e WWW, a próxima seção apresenta o modelo de referência
proprietárias, isto é, uma determinada tecnologia só era suportada por seu fabricante. Não
comunicação.
(Open Systems Interconnection). Este modelo visa ser um padrão a ser seguido por fabricantes
33
Internet), o IPX/SPX (usado pelo Novell Netware) e o NetBEUI (usado pelos produtos da
Microsoft) - não segue esse modelo de referência na sua totalidade. Todavia, este modelo é
Entende-se por protocolo, o procedimento usado para transmitir dados em uma rede de
deve ser compreendido pelos equipamentos da rede para que estes possam se comunicar.
O modelo OSI é dividido em sete camadas, ilustradas na Figura 3.1. Cada camada é
responsável por um tipo de processamento e cada camada se comunica com sua camada
As sete camadas podem ser divididas em três grupos: Aplicação, Transporte e Rede.
Aplicação corresponde às camadas mais altas que colocam os dados no formato utilizado pelo
corresponde às camadas de baixo nível que efetuam a transmissão e recepção dos dados na
rede.
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• Camada 7 – Aplicação: esta camada faz a interface com o programa que está enviando ou
recebendo dados.
• Camada 6 – Apresentação: esta camada converte o formato do dado recebido pela camada
• Camada 5 – Sessão: esta camada permite que dois programas em computadores diferentes
estabeleçam uma sessão de comunicação. Os dois programas definem como será feita a
transmissão de dados e colocam marcações nos dados que estão sendo transmitidos. Caso
ocorra uma falha na rede, os dois computadores reiniciam a transmissão dos dados a partir
• Camada 4 – Transporte: esta camada é responsável pela divisão dos dados que serão
transmitidos pela Camada Sessão em pacotes e por remontar os pacotes recebidos pela
camada de Rede nos dados originais que serão enviados à camada Sessão.
corretamente ao destino. Nesta camada é determinada a rota que os pacotes seguirão para
• Camada 1 – Física: esta camada transforma os quadros enviados pela Camada de Link de
Dados em sinais compatíveis com o meio de transmissão onde os dados deverão ser
transmitidos, que podem ser em sinal elétrico (cabo), sinal luminoso (fibra óptica) e sinais
com a Camada 7, que por sua vez se comunica com a Camada 6 e assim por diante. Logo,
para o programa, ou seja, a rede se comunica sempre com a Camada 1, que por sua vez se
comunica com a Camada 2 e assim por diante. Na transmissão de dados, cada camada
para a camada inferior. Na recepção de dados ocorre o processo inverso, onde cada camada
os dados e demais informações de controle como sendo apenas um pacote de dados. A Figura
3.2 ilustra este processo. Cada número adicionado ao dado original representa as informações
de controle adicionadas por cada camada, e cada camada trata o pacote recebido como um
pacote único, não diferenciando o dado original das informações de controle ali adicionadas
controle adicionadas por essa camada, somente são interpretadas pela mesma camada no
nome TCP/IP se refere aos dois protocolos mais importantes do conjunto: o TCP
sete camadas. Já o TCP/IP, é formado apenas por quatro camadas, ou seja, algumas camadas
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do protocolo TCP/IP agregam as funções de mais de uma camada do modelo OSI. Uma
transmissão de dados, os programas se comunicam com a Camada de Aplicação, que por sua
vez se comunica com a Camada de Transporte, que se comunica com a Camada de Internet, e
O TCP/IP pode ser considerado uma pilha de protocolos. Cada protocolo individual
utilizado na pilha de protocolos TCP/IP opera em uma camada diferente. Por exemplo, o TCP
opera na camada de Rede. É possível ainda ter mais de um protocolo em cada camada. Eles
não entraram em conflito, pois cada protocolo desempenha uma função diferente.
Camada de Transporte. Vários protocolos operam nesta camada. Os mais conhecidos são
HTTP (HyperText Transfer Protocol), SMTP (Simple Mail Transfer Protocol), FTP (File
Transfer Protocol), SNMP (Simple Network Management Protocol), entre outros. Quando um
programa de e-mail recebe os e-mails que estão armazenados no servidor de e-mail, o mesmo
efetua um pedido para a Camada de Aplicação do TCP/IP por meio do protocolo SMTP.
protocolo HTTP.
uma porta numerada. As aplicações padrões sempre utilizam um mesmo número de porta. Por
exemplo, o protocolo SMTP utiliza sempre a porta 25, o protocolo HTTP utiliza sempre a
porta 80 e o protocolo FTP utiliza a porta 20 para transmissão de dados e a porta 21 para
(normalmente o TCP) saber qual é o tipo de conteúdo do pacote de dados, e no receptor, saber
para qual protocolo da Camada de Aplicação será entregue o pacote de dados. Esse processo é
do modelo de referência OSI. Dois protocolos diferentes podem ser usados nesta camada: o
pela Camada de Internet e coloca-os em ordem, visto que os pacotes podem chegar ao destino
fora de ordem. Após a conferência dos dados dentro dos pacotes quanto à integridade, esta
avisando que o pacote recebido está correto e íntegro. Caso nenhum sinal de confirmação seja
recebido pela Camada de Transporte do transmissor, ela envia novamente o pacote perdido. O
TCP procura continuamente medir o quão carregada a rede está e desacelera sua taxa de envio
para evitar sobrecarga. Ele é utilizado para transmitir dados de páginas da Web e e-mails.
41
os pacotes alcançaram seu destino, e não dá qualquer garantia que eles irão chegar na ordem.
Como o protocolo UDP não reordena os pacotes de dados e não utiliza confirmação, ele é
mais rápido que o protocolo TCP. O UDP é tipicamente usado por aplicações como as de
De acordo com o modelo de pilhas de protocolos, durante o envio tanto o UDP quanto
entre outros. No caso do TCP, ele contém também um número de seqüência para confirmação
cabeçalho UDP tem 8 bytes, enquanto que o cabeçalho TCP varia entre 20 e 24 bytes,
modelo de referência OSI. Ela é responsável pelo endereçamento dos pacotes de dados e pela
definição de rotas para envio dos dados. Há vários protocolos que operam nesta camada,
como o IP (Internet Protocol), ICMP (Internet Control Message Protocol), ARP (Address
Resolution Protocol) e RARP (Reverse Address Resolution Protocol), sendo que o IP é o mais
utilizado.
Numa rede TCP/IP, cada computador é identificado com um endereço virtual único
Para conectar uma rede local à Internet utiliza-se um dispositivo chamado roteador,
que faz a conexão entre os computadores da rede local e a Internet. Todo roteador tem uma
tabela contendo as redes conhecidas e também uma configuração chamada gateway padrão
apontando para outro roteador na Internet. Quando um computador desta rede envia um
pacote de dados para a Internet, o roteador conectado à rede primeiro verifica se ele conhece o
na mesma rede ou em uma rede que ele conhece a rota. Se ele não conhecer a rota para o
computador de destino, ele enviará o pacote para seu gateway padrão, que é outro roteador.
Este processo é repetido até que o pacote de dados chegue ao seu destino.
dados, o protocolo TCP é utilizado acima da Camada de Internet e executa essa verificação,
depende das características da rede onde o dado esta trafegando, sendo de no máximo 65.535
necessário.
43
Esta camada é responsável por enviar os dados para o meio de transmissão, e seu
conteúdo depende do tipo de rede física utilizada. O tipo de rede mais usado é a Ethernet, com
conexão através de cabo ou sem fio. Observa-se que a classificação de uma rede como
referência OSI, enquanto que a classificação de uma rede como Ethernet refere-se ao conjunto
A Ethernet esta organizada em três camadas: LLC (Logic Link Control), MAC
na Camada de Internet que gerou os dados. Com essa informação, durante a recepção de
dados da rede, esta camada do computador receptor pode saber para qual protocolo da
Camada de Internet ele deve entregar os dados. Esta camada é definida pela norma IEEE
802.2.
44
A Camada MAC é responsável por montar o quadro que será enviado para a rede,
onde são adicionados os endereços MAC de origem e destino, com base nos endereços IP
(endereços virtuais) definidos pela Camada de Internet. O endereço MAC é o endereço físico
que está gravado na memória ROM da placa de rede de cada computador. Ele é conhecido
para os computadores dentro de uma mesma rede local. No caso de quadros destinados a
outras redes, utiliza-se o endereço MAC do roteador da rede como endereço de destino. Esta
camada é definida pela norma IEEE 802.3, no caso de rede de cabos, ou pela IEEE 802.11, no
A Camada Física é responsável pela conversão do quadro gerado pela camada MAC
utilização de rede sem fio. Esta camada também é definida pelas normas IEEE 802.3 e IEEE
802.11, respectivamente.
recebido da Camada de Internet, e a estrutura completa de quadros gerados por essas duas
camadas é exibida na Figura 3.7, onde os cabeçalhos adicionados pelas camadas superiores
são interpretados simplesmente como dados pela Camada LLC, e processado da mesma forma
pela Camada MAC. A Camada LLC adiciona um cabeçalho de 3 ou 5 bytes e seu datagrama
tem um tamanho total de 1.500 bytes, deixando no máximo 1.497 ou 1.492 bytes para dados.
datagrama recebido da Camada LLC, formando assim o quadro Ethernet, que tem um
Esta seção é dedicada a descrever alguns dos principais tipos de redes e protocolos
diferenças entre estas redes e a transmissão de dados através da Internet, caracterizando assim
No decorrer das últimas duas décadas, muitos protocolos foram propostos por diversos
fabricantes e alguns padrões foram estabelecidos. Alguns destes padrões são resultados do
amplo uso do protocolo de um fabricante (um padrão de fato), como o Modbus. Outros foram
Fieldbus Foundation.
Cada protocolo tem suas particularidades, sendo mais adequado para sistemas com
para comunicação.
al., 2004). É importante observar que uma rede de comunicação ou protocolo não define
necessariamente todas as camadas do modelo OSI. Em muitos casos, apenas algumas das
O padrão de interface EIA RS-232 (Recomended Standard 232) foi desenvolvido para
troca de dados entre dois equipamentos, empregando comunicação serial binária. Ele foi
proposto em 1969 pela EIA (Electronic Industries Alliance). Formalmente, o prefixo “RS” foi
substituído por “EIA/TIA” em 1998, mas na prática o nome RS-232 continua sendo utilizado.
OSI) e não especifica as demais camadas do modelo OSI. Ele tem alguns pontos fracos
inerentes, que o torna inadequado para aplicações de instrumentação e controle num ambiente
para altas taxas de transmissão, entre outros. Conseqüentemente, outros padrões EIA de
interface foram desenvolvidos para superar estas limitações. O mais comum entre eles é o RS-
485.
múltiplos, para distâncias de até 1200 metros, taxas de transmissão de até 10 Mbps, e até 32
“tri-state” (estado triplo), onde os estados possíveis são ligado (nível lógico 1), desligado
3.4.2 Modbus
(Camada 1 do modelo OSI) é definida, sendo geralmente utilizado os padrões RS-232 ou RS-
485.
• Linhas seriais são relativamente lentas (cerca de 0,010 Mbps a 0,115 Mbps), quando
RS-485, a única solução para ligar 500 dispositivos com RS-485 é por meio de uma
• Vínculos seriais com Modbus são inerentemente projetos com único mestre, o que
real.
fato. Certas características do protocolo Modbus são fixas, como, por exemplo, o formato da
3.4.3 AS-i
A AS-i (Actuator Sensor Interface, ou interface de sensor e atuador) é uma rede aberta
desenvolvida por onze fabricantes. Alguns dos membros mais conhecidos da associação
bytes múltiplos para informar seu estado, a interface de comunicação AS-i é projetada para
AS-i usa um cabo de dois fios não trançados e não blindados que servem igualmente como elo
de comunicação e fonte de energia para até 31 escravos. Um único módulo mestre controla a
comunicação sobre a rede AS-i, o qual pode ser conectado em várias configurações, assim
como barramento, anel ou árvore. Conexão com redes de mais alto nível, como por exemplo
Profibus, pode ser realizada por meio de um computador, CLP ou módulo conversor de
interface serial.
padrão aberto e independente de fornecedor. Ele adere ao modelo OSI e assegura que
efetivamente.
até 24 Km (com repetidores e transmissão de fibra óptica), com velocidades variando de 9600
bps a 12 Mbps. ProfiBus suporta dois tipos principais de dispositivos, os mestres e escravos.
transmissores, sensores e atuadores. Eles podem apenas confirmar mensagens recebidas ou,
(contrário ao ProfiBus FMS, que tende focar nos mais altos níveis de automação). Em
geral, o tempo de ciclo de barramento é muito menor que o tempo de ciclo de programa
DP, mas com níveis de tensão e corrente reduzidos para atender a restrições de segurança
da indústria de processos.
modelo OSI. No que se refere à aplicação da rede Ethernet a ambientes industriais, um ponto
particularmente importante é o modo de acesso à rede, que foi definido pelo padrão IEEE
Detection). Neste protocolo não existem mestres e escravos, todos os nós tem autonomia para
Access). Quando uma estação deseja transmitir dados, ela ‘escuta’ a rede (característica
indicada pela sigla CS – Carrier Sense) para verificar se outra estação está transmitindo. Se a
rede não estiver sendo utilizada, ela inicia a transmissão. Caso contrário, a estação aguarda
um determinado período de tempo para tentar novamente transmitir. Caso duas estações
iniciem a transmissão simultaneamente, ocorre uma colisão, que é detectada pelas estações
relacionado a este protocolo é que ele é não determinístico. Diferentemente dos demais
protocolos apresentados nesta seção, não existe um tempo definido para a transmissão de uma
Gbps, de acordo com o tipo de Camada Física utilizada. Estas características e a sua ampla
utilização em redes de escritório fizeram com que a Ethernet ganhasse aceitação na indústria,
inclusão da possibilidade de uso da Ethernet como Camadas 1 e 2 para outras redes, como
e Fieldbus Foundation HSE (High Speed Ethernet). Nestes casos, a adoção da Ethernet
possibilita o uso de uma única rede para funções como supervisão, comando, planejamento,
banco de dados, controle em tempo real, segurança, interface, aquisição das variáveis e
Internet é o não determinismo. Esta característica limita o uso da Internet quando o aspecto de
tempo-real é crítico, o que não é o caso das aplicações de monitoramento remoto apresentadas
neste trabalho.
52
5 e 6. Esta descrição visa fornecer as informações necessárias para melhor compreensão dos
encontra na categoria denominada HSM (High Speed Machine), e foi fabricada para usinagem
de alta velocidade. Por simplificação, neste trabalho ela será denominada simplesmente de
máquina Hermle.
sendo três eixos principais lineares (X, Y e Z) e dois eixos auxiliares rotacionais (A e C),
cinco eixos tem sido objeto de diversas pesquisas. Sua aplicação abrange a indústria
giro da ferramenta, que também é chamado de eixo S (do termo em inglês spindle), e o eixo
2006). Este sistema tem capacidade para acionar até 32 eixos. Na máquina Hermle seu uso é
restrito ao acionamento dos sete motores relacionados aos 7 eixos já citados (X, Y, Z, A, C, S
O Sinumerik 840D possui uma arquitetura mista, que integra um CNC (Controle
CLP é da família Simatic S7-300, também da marca Siemens. Este sistema é ilustrado na
Figura 4.3.
O CNC é composto pela CPU, também é chamada de NCU (Numeric Control Unit),
composto por uma fonte principal e por módulos de controle e potência. A fonte principal,
além de filtrar a tensão alternada da linha de alimentação, também faz a conversão para tensão
sistema de potência adicional para gerar o sinal de acionamento para cada motor com as
características adequadas. No caso de um servo-motor AC, por exemplo, este módulo possui
inversores de freqüência que geram tensão alternada na saída a partir da tensão contínua
disponibilizada pela fonte principal. Para cada servo-motor, a malha de controle é fechada
relativo ao deslocamento do eixo (régua ótica para eixos lineares e encoder externo para eixos
rotativos). A Figura 4.4 ilustra o CNC baseado no sistema de acionamento Simodrive 611.
O CLP tem como finalidade supervisionar a operação da máquina CNC por meio do
monitoramento de diversos sensores. Para esta finalidade, o CLP possui diversos módulos de
entrada e saída digital (SM321 e SM322). Devido à arquitetura adotada no Sinumerik 840D,
controle baseados no Simatic S7-300 ou em máquinas CNC que utilizam apenas um CLP para
57
controle da máquina. No caso do CLP empregado na máquina Hermle, este não possui um
substituída por um módulo de interface (IM356) que faz a comunicação com o NCU do CNC,
CNC. Quando comparado aos módulos de CPU da linha S7-300, este módulo de interface
fornece ao CLP uma capacidade reduzida de armazenamento e tratamento de dados local. Seu
módulo de interface. Além do módulo de interface e dos módulos de entrada e saída, o CLP é
composto também por uma fonte de alimentação. O CLP da máquina Hermle é ilustrado na
Figura 4.5.
acesso do usuário. Ela permite, entre outras coisas, a entrada de comandos para o acionamento
por comandos padronizados pela ISO (International Organization for Standardization), além
de comandos próprios do fabricante. Os programas inseridos por meio da IHM são enviados
(Operator Panel) 31. O computador MMC 103 é baseado no processador Pentium 133 Mb e
possui 32Mb RAM. O painel OP 31 é formado por um monitor colorido do tipo LCD (Liquid
Crystal Display) e um teclado específico para a aplicação. A Figura 4.7 exibe o conjunto da
IHM.
utilizado para as operações no modo manual. O painel de controle é responsável pela inserção
de dados no sistema por meio de botões. Estes botões são utilizados para seleção do modo de
operação, liberação e avanço dos eixos, seleção e movimentação dos eixos, iniciar a execução
de controle da máquina.
60
4.3.2 Handwheel
Além da IHM, outra forma de interação com o operador da máquina é por meio do
handwheel (Figura 4.9), um componente utilizado para executar movimentos em manual com
possui um acionador circular, no formato de volante, que permite a movimentação dos eixos
de forma sensível ao operador. Além disso, ele é dotado de um botão que deve ser acionado
para liberar a operação do componente, garantindo a segurança do operador. Por isso esse
840D, suportam diversos padrões de rede e protocolo de comunicação, tais como Industrial
Ethernet, PROFINET, PROFIBUS, As-I (Actuator Sensor Interface), MPI (Multi Point
No caso da máquina Hermle, o sistema Sinumerik 840D utiliza uma rede MPI para
transmissão de dados entre o CNC, IHM, handwheel, etc. A rede MPI é um padrão adotado
pela Siemens para conectar produtos da linha Simatic S7, como por exemplo, controladores,
painéis, e dispositivos de programação, quando a rede é caracterizada por poucos nós, curtas
distâncias entre nós e pequena quantidade de dados a transmitir. Pode-se dizer que esta rede é
A rede MPI suporta taxas de transmissão de 187,5 kbps até 12 Mbps, sendo que o
valor padrão ‘de fábrica’ é de 1,5 Mbps. Os endereços dos nós de rede devem ser únicos e são
definidos por meio de programação. Podem ser utilizadas as topologias em linha, estrela e
árvore, ilustradas na Figura 4.10. Uma rede MPI pode incluir até 127 nós e ser composta por
transmissão adotado também segue o padrão RS-485, que utiliza cabo de par trançado.
ilustrada na Figura 4.11. Através da rede MPI da máquina, trafegam os dados utilizados no
CNC e CLP, como por exemplo, posição dos eixos, velocidade dos eixos, memórias do CLP,
funções da máquina Hermle. Observa-se que a interligação entre o CNC e o CLP é realizada
O acesso aos dados que trafegam nesta rede é protegido pelo protocolo de
comunicação e pelos programas dos diversos componentes do sistema. A rede MPI é uma
ainda não é uma realidade, apesar da crescente demanda por flexibilidade no ambiente
industrial. Desta forma, o acesso a dados da máquina Hermle é restrito pelas opções
local dos sistemas de monitoramento remoto apresentados como estudos de caso no Capítulo
5.
usada nos estudos de caso deste trabalho. Apesar da arquitetura interna de uma máquina CNC
funcionalidades equivalentes.
63
Além disso, os problemas apresentados para comunicação e acesso aos dados do CNC
da máquina também se repetem para outros fabricantes. Uma constante neste setor é a
suas funções. Manuais e datasheets fornecem apenas as informações básicas para a operação
desenvolvidos usando a máquina Hermle do CCM podem ser generalizados para outras
máquinas CNC.
64
uma solução customizada em relação a uma solução comercial, fornecida pelo fabricante do
CNC da máquina.
usuário, em geral pessoas com qualificação na área de programação e que não são do domínio
de programação de uso genérico, sejam elas visuais ou não, permitindo a criação de bancos de
dados, janelas de interfaces com o usuário, comunicação com navegadores Web, envio de
mensagens SMS (Short Message Service) para celulares, direcionamento de e-mail, entre
outros recursos oferecidos pelas ultimas versões dos ambientes de programação. O baixo
custo de desenvolvimento é o maior atrativo deste tipo de solução (SILVA et al., 2006).
ponto critico é como obter as informações necessárias da máquina a ser monitorada, como por
Por outro lado, utiliza-se o termo solução comercial para indicar o aplicativo
soluções em geral têm uma interface gráfica amigável e obedecem ao padrão utilizado pelo
fabricante. Elas são apresentadas em módulos e não requerem conhecimento especifico para
65
instalação e uso. O alto custo e dificuldade de integração com sistemas de outros fabricantes
capítulo é concluído com uma análise comparativa dos sistemas apresentados, servindo como
Para o caso dos dados do controlador, o sistema de aquisição deve fazer interface com
ele deve também ser conectado ao computador local, que é um computador genérico do tipo
PC (Personal Computer). Um dos padrões mais usados para conectar periféricos à placa mãe
Siemens. Esta placa é do tipo PCI e se conecta ao sistema CNC da máquina usando a rede
programa a máquina usando a IHM. O CLP controla o processo de usinagem por meio dos
sensores e atuadores da máquina, enquanto o CNC controla o processo de usinagem por meio
do envio de comandos apropriados aos motores. A placa CP 5611 coleta dados diretamente do
são posição e velocidade dos eixos da máquina. No sistema Sinumerik, os dados a serem
seguintes áreas:
Siemens para comunicação com o sistema Sinumerik, e que deve ser instalado no computador
que está conectado a rede MPI (computador local). Este programa é baseado no padrão DDE
Apesar de existirem tecnologias mais novas com este propósito (como, por exemplo
OLE (Object Linking and Embedding) e COM (Component Object Model)), o DDE é adotado
um processo atua como cliente, requisitando os dados a um outro processo, que por sua vez
seguintes termos:
• Warmlink: o servidor informa o cliente de modificações nos dados, para que o mesmo
dado;
para permitir o acesso aos dados. Neste caso, o Visual Basic 6 é escolhido como ambiente de
local. Ele é responsável por receber os dados e disponibilizá-los a um usuário local e enviá-los
via Internet. A Figura 5.3 ilustra o processo de conversão de dados no computador local.
processador Intel Pentium IV 2,8 Ghz, memória RAM (Random Access Memory) de 2 Gb,
HD de 120 GB e placa de vídeo GForce 256 MB. Este sistema de aquisição de dados é
presentes no computador local para usuários remotos. Este aplicativo é denominado como
Programa Cliente, e deve ser executado no computador remoto. Ele recebe os dados enviados
71
pelo Programa Servidor e faz a interface com o usuário remoto. Este sistema é ilustrado na
Figura 5.5.
6, o qual tem como vantagens a relativa facilidade para construção de interfaces amigáveis e
Socket é forma de comunicação entre duas máquinas baseada em protocolos de Internet, num
modelo do tipo cliente-servidor. Socket pode ser entendido como uma interface direta entre
5.6). No caso dos protocolos TCP/IP, esta interface é conhecida como stream socket. O
72
protocolo TCP garante a entrega dos dados sem erros e na ordem correta. Protocolos da
camada de aplicação, como o HTTP (HyperText Transfer Protocol), também utilizam stream
sockets para acessar o conteúdo de páginas da Internet. Além do stream socket, existe também
executado no servidor para então fazer uma requisição de informação. O aplicativo cliente
deve conhecer a priori o endereço IP do servidor, mas o servidor não precisa conhecer o
endereço do cliente antes da conexão ser estabelecida. Uma vez que a conexão é estabelecida,
são os seguintes:
dados do processo de usinagem em andamento (Figura 5.7). Janelas auxiliares são usadas para
et al., 2007):
imagens.
como por exemplo, posições e velocidades dos eixos da máquina, e também provê funções
dados numa rede corporativa e/ou na Internet. Pode-se conectar diretamente um determinado
• MDA – Machine Data Acquisition, o qual provê funções para monitorar dados de
máquinas;
máquinas CNC.
76
módulo MDA, são programas relativamente novos no cenário nacional, sendo parte do escopo
deste trabalho a avaliação de sua aplicabilidade ao contexto brasileiro. Para este fim, o MDA
dados de máquina;
correspondentes, onde a coluna verde (parte inferior) representa as peças boas, a coluna
vermelha (parte intermediária) representa as peças ruins (refugo) e a coluna amarela (parte
desenvolvidos e descritos na Seção 5.1. Apesar do MDA poder ser configurado para
remotamente mostrar dados a respeito de posição e velocidade de eixos em tempo real, o foco
78
do MDA é nos dados de produção. Dentro da arquitetura de controle apresentada na Seção 2.1
deste trabalho, em geral o MDA é utilizado num nível superior ao aplicativo descrito na Seção
5.1. Enquanto que os aplicativos da Seção 5.1 são usados para monitorar em tempo real o
tempo é maior, e o usuário está interessado em eventos, como o início e fim de uma produção
de peça. Portanto, ele pode ser considerado uma ferramenta para a camada de supervisão.
facilmente adaptadas para um aplicativo voltado para monitoramento da produção, uma vez
com o usuário. Uma vez que esta adequação não afeta a comparação das soluções
comunicação baseado no padrão Ethernet e TCP/IP. Neste caso, a comunicação via Internet
tem que ser suportada pelo CNC. Esta opção não foi escolhida neste trabalho devido à
programas comerciais;
fabricantes.
Do ponto de vista computacional, eles são mais leves, fácies de usar e requerem pouco
processamento. Uma vez que o custo de desenvolvimento é inferior, eles são adequados para
companhias pequenas onde o custo de uma solução comercial torna esta opção inacessível.
trabalhos, como Souza, Silva e Villani (2006), Apostolopoulos et al. (2002) e Souza, Silva e
Villani (2007), onde não requerem a instalação de um aplicativo dedicado (programa cliente)
no computador remoto, pois o usuário utiliza o seu próprio navegador de Internet para
de programação LabView. Esta opção foi adotada em trabalhos semelhantes, como Del Conte
e Schutzer (2007) e Ferraz (2002). Neste trabalho, ela não foi analisada porque implica em
custo adicional para o usuário local do sistema, uma vez que é necessária a aquisição de uma
LabView versão 7 suporta a conexão DDE. Ele poderia, portanto, ser utilizada no
solução tem como vantagem a facilidade proporcionada pelo LabView para reproduzir em
80
uma página HTML a interface gráfica definida no ambiente LabView. No entanto, o LabView
De qualquer modo, uma vez que o sistema está instalado e configurado ele se torna amigável.
Devido ao grande número de funções providas pelo software, o custo do sistema é alto
interagir com outros controladores, não sendo este um processo tão natural.
Esta solução é, portanto, considerada apropriada para um novo parque industrial, onde
todas as máquinas são atuais e do mesmo fornecedor. Este pode ser um cenário comum na
Europa, enquanto no Brasil a maioria das companhias tem plantas industriais com máquinas
ela apresenta uma solução comercial para monitoramento remoto, o CIMPlicity. De forma
e de alto custo. Em linhas gerais, considera-se que as conclusões obtidas para a solução
O resultado da análise das soluções customizada (Seção 5.1) e comercial (Seção 5.2)
6.1). Em seguida apresenta-se, na Seção 6.2, um estudo de caso onde foi utilizado o método
laboratório CCM.
CNC e considera a disponibilização de dados para o cliente no formato HTML. Ele está
Nesta seção, o método proposto anteriormente será aplicado para efeito de testar a sua
abrangência. O caso em estudo diz respeito à máquina CNC do laboratório CCM do ITA.
• Etapa 1
Nesta etapa devem ser definidos quais os pedidos a serem supervisionados para cada
fornecedor e cada cliente. A informação pode ser documentada na forma de matrizes ou listas,
como segue:
• CCM:
• Fornecedor X:
• Consumidor Y:
o Pedidos A e B do CCM.
o Pedido D do Fornecedor X.
• Consumidor Z:
o Pedido C do CCM.
o Pedido A do Fornecedor X.
Consumidor Y Consumidor Z
CCM AeB C
Fornecedor X D A
• Etapa 2
executarão cada pedido. Estas informações se referem à arquitetura do CNC de cada máquina
e devem incluir, entre outras coisas, fabricante, modelo, sistema operacional da IHM, etc.
Sinumerik 840D.
• Etapa 3
para cada máquina CNC. Este sistema depende das características do CNC.
do Capítulo 5 (Seção 5.1) é baseado na aquisição usando a placa CP5611 da Siemens. Uma
ambiente Windows da MMC (Seção 4.3.1) do sistema Sinumerik 840D, que neste caso deve
84
conter também o conversor NCDDE para fazer a interface com o CNC e o CLP através da
rede MPI. Esta solução elimina a necessidade de um computador local, mas é válida apenas
quando a MMC utiliza o sistema operacional Windows. Além disso, a IHM deve permitir a
• Etapa 4
Nesta etapa deve-se definir onde serão armazenados os dados referentes à execução de
cada pedido. Pode-se utilizar um ou mais servidores de Internet. Estes servidores recebem a
informação dos Programas Servidores locais de cada máquina, via FTP (File Transfer
Protocol, camada de Aplicação do modelo TCP-IP). Também deve ser definido o padrão de
formatação dos dados a serem armazenados. No exemplo elaborado para a máquina Hermle
HTML.
• Etapa 5
FTP para disponibilização remota. Como exemplo, descreve-se o estudo de caso desenvolvido
Neste estudo de caso, optou-se pelo uso do ambiente de programação Visual Basic 6.
A motivação foi a disponibilização de recursos para interface gráfica com o usuário. A versão
6 foi escolhida em detrimento da versão Visual Basic .NET devido a maior disponibilidade de
principais, responsáveis pela aquisição de dados da máquina CNC, por armazenar os dados
pertinentes num arquivo com formato HTML, e por disponibilizá-lo no servidor de Internet
aplicativo é uma prova de conceito. Não foram investidos esforços na definição de uma
interface amigável e universal, que permita, por exemplo, configurar os pedidos a serem
Neste exemplo, o Programa Servidor faz a aquisição de quatro variáveis BTSS através
seguinte forma:
execução no CNC;
Servidor.
87
• Etapa 6
Esta etapa corresponde a modificação dos programas CNC para incluir a atribuição de
valores às variáveis acessadas pelo Programa Servidor durante a execução dos pedidos.
C). Ao término de cada programa, antes do último comando que indica o fim de programa
(M30), é incluída uma linha de programa para com a função de incrementar o número de
peças produzidas. Por exemplo, para o programa Pedido A, é incluída a linha de comando:
R10 = R10 +1. Esta linha indica que o parâmetro R10 do CNC será incrementado apenas após
parâmetro R12 para o Pedido C, e outros parâmetros para outros novos programas de acordo
com a necessidade.
emitida pelo aplicativo desenvolvido. Observa-se ainda que os parâmetros R podem ser
utilizados no CNC para diversas funções, como por exemplo em expressões algébricas,
de monitoramento de pedidos.
88
• Etapa 7
Etapa 4, os dados são gravados no formato HTML e enviados através do protocolo FTP (File
através de uma página HTML acessível a partir de qualquer navegador de Internet. A página
definida como prova de conceito para o Consumidor Y tem uma interface semelhante àquela
do Programa Servidor, e é ilustrada na Figura 6.3. Ela exibe as quantidades já produzidas dos
Uma vez que as informações são disponibilizadas via Internet em um navegador, esta
solução permite que o monitoramento de pedidos de manufatura possa ser executado por
manufatura. No entanto, os outros dados também podem ser monitorados, como a posição dos
eixos, velocidade dos eixos, ferramenta no fuso, qual a atual linha do programa CNC está em
execução, a potência dos motores, sinais de entradas como sensores, sinais de saídas como
válvulas, falhas da máquina etc. Pode-se assim, executar outros tipos de monitoramento além
7 Conclusões
comerciais. Como resultado, observa-se que soluções customizadas têm um baixo custo de
comerciais têm um custo mais elevado, sendo indicadas para monitorar qualquer número de
manufatura. O método proposto foi testado com um estudo de caso, e mostrou-se capaz de
cadeia de suprimentos. Em outras palavras, a solução que pode ser desenvolvida pelo método
fornecedores e clientes assim como com os fornecedores dos fornecedores dos fornecedores, e
com os clientes dos clientes dos clientes. Desta forma, se inicia uma expansão a mais na
91
Nesta seção são discutidas algumas linhas que podem servir de base para o
aos processos para ferramentas com funções estratégicas, fazendo do gerenciamento da cadeia
de suprimentos um diferencial competitivo. De acordo com Wang et al. (2006), esta área tem
sido alvo de diversas pesquisas, em particular no que se refere a integração com sistemas
empresa montadora contrate empresas terceirizadas para fornecerem peças e conjuntos para
seus produtos finais. Então, torna-se necessário que as informações da produção desses
fornecedores sejam também transparentes à empresa montadora contratante, visto que um real
conforme já mencionado anteriormente. Neste cenário, quando uma empresa não atende aos
MCIS, são uma possível resposta à necessidade de fornecimento de informação em tempo real
esta solução é acessível principalmente para empresas de grande porte e um com parque de
ERP e MES geralmente é da ordem de milhões, o que torna esta tecnologia inacessível para
empresas de pequeno e médio porte (com menos que 200 empregados (REUTHER e
de suprimentos e integração com o chão de fábrica, este não é o estado da prática em grande
parte da indústria brasileira. É uma situação freqüente que informações referentes ao não
entrega do pedido. Este atraso pode se propagar por toda a cadeia, chegando ao cliente final e
gerando insatisfação.
de peças que utilizam máquinas de usinagem, os dados pertinentes à produção geralmente são
retirados manualmente por meio de anotações executadas no final do turno, dia ou lote. Esta é
uma realidade em contraste com o alto grau de tecnologia e automação empregado nas
Este cenário justifica a criação de uma rede entre empresas de manufatura clientes e
outras, possuem uma cadeia de suprimentos bastante ramificada, e assim, contratam empresas
CNC. Este problema é a motivação da proposta deste capítulo, além de outros trabalhos nesta
ilustrado por exemplo por Santos (2003), que analisa a solução encontrada para a integração
custo, baseados em soluções customizadas como as descritas na Seção 5.1, que permitam o
por parte de empresas de contratantes, que seus fornecedores implantem esta solução em suas
máquinas. A rede constituída a partir desta solução é ilustrada na Figura 7.1. Neste caso, o
aplicativo MES implantado nas máquinas CNC pode fornecer informações ao ERP da própria
eventos não previstos que afetem a produção. Decisões deste tipo são suportadas por diversos
(2002), que consiste de um processo de decisão inteligente baseado em lógica fuzzy. Outro
exemplo é discutido em Cheng et al. (2006), que utiliza redes neurais para mapear relações
suprimentos é viável apenas se informações sobre o atual estado da execução destes pedidos
interessante em cadeias como a ilustrada na Figura 7.2, onde várias empresas de pequeno
Figura 7.2. Exemplo de cadeia de suprimentos com várias pequenas empresas fornecedoras.
Neste exemplo, caso seja constatado que uma pequena empresa fornecedora não tem
condições de cumprir a entrega de seu pedido, a empresa contratante pode requisitar que parte
do pedido seja redirecionada, para que a montagem e fabricação do produto final não seja
proposta de uma solução adequada para utilização desta informação para planejamento da
cadeia produtiva.
utiliza uma rede neural do tipo back-propagation para fazer previsões de demanda para a
cadeia. Desta forma, uma proposta de trabalho futuro é a aplicação de redes neurais para o
fabricantes de máquinas e CNC’s, soluções de arquitetura aberta ainda não são comuns na
indústria.
Siemens. De forma semelhante, Teixeira e Álvares (2007) apresenta uma solução para
controle via Internet de uma célula flexível de manufatura que utiliza um centro de
torneamento CNC Romi Galaxy, baseado no CNC Fanuc 18i-Ta. A solução proposta também
97
é restrita ao sistema Fanuc. Para outros fabricantes, outras soluções customizadas devem ser
propostas.
Nessa linha de pesquisa, pode-se então desenvolver aplicações que integram numa
mesma solução, CNC’s de diversos fabricantes. Este objetivo pode ser atingido por meio da
definição de uma solução que permita o acesso transparente aos dados, ocultando do usuário
Por fim, seria possível utilizar um mesmo programa de monitoramento remoto para
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Atualmente, a competição entre empresas tem sido substituída pela competição entre cadeias de
suprimentos, formadas por várias empresas. Um fator chave para garantir a rápida resposta da cadeia de
suprimentos é a integração de sistemas. Esta integração deve acontecer não apenas entre os elos da
cadeia, mas também dentro de cada empresa entre o chão de fábrica e o gerenciamento da produção.
Desta forma, para obter sucesso num ambiente globalizado, torna-se necessário integrar o chão de fábrica
a aplicativos MES (Manufacturing Execution System), ERP (Enterprise Resource Planning) e SCM
(Supply Chain Management), possibilitando assim o compartilhamento de dados de produção entre
empresas de uma mesma cadeia e garantindo a transparência das informações. Neste contexto, a proposta
deste trabalho é aplicar o conceito de monitoramento remoto para o monitoramento da execução de
pedidos de manufatura em máquinas CNC. Como resultado, a solução proposta proporciona a integração
entre empresas, garantindo a transparência dos dados e informações sobre a produção.
12.
GRAU DE SIGILO: