Você está na página 1de 8

Lutas:

Karatê e
Judô
ALUNA: Maria Gabriela Ferreira Araujo

ESCOLA: E.E.Profª Maria Aparecida Galharini dos Santos

SALA: 3º Ano B

PROFESSOR(A): Guilherme Parmegiani Junior

MATÉRIA: Educacão Física


MARACAÍ-SP
2020
INTRODUÇÃO
ESTE TRABALHO TEM COMO OBJETIVO EXPLICAR O PROCESSO
HISTÓRICO, GOLPES, TÉCNICAS E TÁTICAS DO KARATÊ E DO
JUDÔ, POR MEIO DE ESTUDO DE FONTES ENCONTRADAS NA
INTERNET.

Processo histórico do karatê


O karatê é uma arte marcial japonesa que surgiu na ilha Okinawa. A história do
karatê começa quando o monge indiano Bodhidarma caminha da Índia para
China querendo fundar um mosteiro budista. Além dos conceitos de
contemplação do budismo, Bodhidarma levou uma técnica de luta sem armas,
com objetivo de manutenção da saúde e autodefesa, dando início as artes
marciais.
Okinawa pertencia a China durante a dinastia Ming e o intercâmbio cultural foi
inevitável. Após o final da dinastia Ming, Okinawa passa a ser dominada pelo
Japão. Querendo evitar uma rebelião, os japoneses proíbem o uso de armas de
fogo em Okinawa. A população começou a utilizar pés e mãos como forma de
defesa, os mestres selecionavam os alunos e seus treinos eram secretos. A
repressão da elite japonesa era tão grande que foi comparada com a
perseguição a capoeira no Brasil Imperial.
No séc. XIX com a liberação do uso de armas de fogo, a história do karatê
muda, a partir daí, o karatê começa a ser praticado com enfoque em educação
física e fundamentação espiritual, sendo introduzido como educação física em
1905.

O principal responsável por popularizar o karatê fora de Okinawa foi o mestre


Gichin Funakoshi. Em 1916 fez a primeira demonstração pública, na cidade de
Kyoto, em 1921 faz uma apresentação para Hiroshita, o futuro imperador do
Japão. Em 1923, o mestre Funakoshi se muda para Tóquio com intuito de
propagar o karatê no Japão, sempre buscando formar homens como cidadãos
úteis a sociedade
Após a derrota japonesa na 2ª Guerra Mundial, as forças Norte Americanas
dominaram o Japão e proibiram a prática do karatê. Porém, alguns alunos de
Funakoshi convenceram que o karatê era um esporte inofensivo, além disso,
alguns soldados americanos estavam interessados em aprender aquela nova
arte marcial. Assim com a imigração japonesa, o karatê se propagou pelo
mundo ganhando adeptos de várias nações do mundo.

Golpes, técnicas e táticas


No Karatê, existem duas modalidades diferentes: kata e kumite. Enquanto a
primeira envolve apresentações individuais e em equipes sem contato físico, a
segunda é aquela que coloca os karatecas em combate.
Independentemente da modalidade, os movimentos de golpes devem ser bem
executados para que os juízes avaliem positivamente no kata ou para superar o
adversário no kumite.
As técnicas do karatê são baseadas em ataque ou defesa usando diferentes
partes do corpo: pés, punhos, cotovelos, joelhos.
Golpes do karatê e seus significados:

Ataque com as mãos (te-waza) no Karatê


 Seiken Tiudan Zuki: Soco no Estômago
 Seiken Jôdan Zuki: Soco no Rosto
 Seiken Guedan Zuki: Soco Baixo
 Seiken Ago Uti: Soco no Queixo
 Seiken Mawashi Uti: Soco Contorno
 Uraken Shômen Uti: Soco invertido Frontal
 Uraken Shita Uti: Soco invertido no Estômago
 Hiji Uti: Cotovelada no Rosto
 Hiji Uti – Oroshi: Cotovelada para Frente
 Hiji Otoshi – Uti: Cotovelada de Cima para Baixo
 Shuto Sakotsu – Uti: Cotovelada na Clavícula
 Shuto Yoku Uti: Cotovelada na Frente
 Shuto Uti – Uti: Gancho no Pescoço
 Shotei Uti – Komi: Ataque Palma da Mão

Defesa com as mãos (uke – waza) no Karatê

 Jodan Uke: Defesa Superior para Soco


 Tiudan Soto Uke: Defesa de Fora para Dentro
 Tiudan Uti Uke: Defesa de Dentro para Fora
 Guedan Barai: Defesa Inferior
 Tiudan Uti Uke Guedan Barai: Defesa Dupla (cima e baixo)
Ataque com os Pés (Ashi – Waza) no Karatê

 Mae Keague: Chute Elevado Perna Dura


 Uti Mawashi: Chute de Dentro para Fora
 Soto Mawashi: Chute de Fora para Dentro
 Kin Gueri: Chute Baixo (Ponto Vital)
 Hiza Gueri: Joelhada Frontal
 Mae Gueri: Chute Frontal
 Yoko Gueri: Chute Lateral
 Kansetsu Gueri: Chute Lateral Baixo
 Tiudan Mawashi Gueri: Chute Contorno Parte Mediana
 Jodan Mawashi Gueri: Chute Contorno Parte Superior
 Ushiro Gueri: Chute para Trás
 Tobi Mae Gueri: Chute Frontal Voador
 Tobi Yoko – Gueri: Chute Voador
 Tobi Mawashi Gueri: Chute Contorno Voador
 Tobi Hiza Gueri: Chute Joelhada Voadora
 Tobi Soto Mawashi: Chute de Fora para Dentro Voador
 Tobi Uti Mawashi: Chute de Dentro para Fora Voador
 Ushiro Mawashi: Chute Giratório para Trás
 Kaiten – Soto Mawashi: Chute Giratório de Fora para Dentro
 Kaiten Uti Mawashi: Chute Giratório para Fora

No início da história do karatê, os ataques com os pés consistiam em técnicas


de golpes com a parte frontal e a lateral. Também eram usados os joelhos. À
medida em que a arte marcial evoluiu, passaram a ser usados também os
golpes circulares.
Para aprender a executar as técnicas de chute do karatê, o praticante deve
levantar a perna com o joelho articulado. O giro da cintura provoca a finalização
do golpe com o deslocamento do pé até o corpo do oponente.

Embora possam causar danos maiores aos adversários em uma luta, os chutes
não são tão utilizados quanto as técnicas de soco no karatê. Isso acontece
porque as lutas demandam ações rápidas, e os golpes com as mãos são
técnicas mais ágeis que aquelas aplicadas com os pés.
Para ser eficiente em golpes de chute, o karateca deve medir bem a distância
até o adversário, além de ser preciso no momento do ataque. Caso una
eficiência e precisão, o golpe com os pés tende a ser muito poderoso num
combate.
No karatê, especificamente na modalidade kumite, os golpes com os pés têm
pontuação maior do que aqueles aplicados com as mãos.

Processo histórico do Judô


O estilo Takenouchi-ryu fundado em 1532 é considerado a origem do estilo Ju-
Jutsu japonês. O judô é derivado do Ju-Jutsu, uma arte que serve tanto para
atacar quanto para defender usando nada mais que o seu próprio corpo.
Durante anos, o jovem Jigoro Kano se dedicou a fazer um estudo completo
sobre as antigas formas de autodefesa e, procurando encontrar explicações
científicas aos golpes, baseadas em leis de dinâmica, ação e reação,
selecionou e classificou as melhores técnicas dos vários sistemas de Ju-jutsu
em um novo estilo chamado de Judô, ou "caminho suave" - Ju (suave) e Do
(caminho ou via).
Em 1882, o mestre Kano fundou o Instituto Kodokan. O termo Kodokan se
decompõe em ko (palestra, estudo, método), do (caminho ou via) e kan
(Instituto). Assim, significa "um lugar para estudar o caminho", o que explica
muito bem a intenção do fundador da arte. Além de tornar o ensino da arte
marcial como um esporte, Jigoro Kano desenvolveu uma linha filosófica
baseada no conceito ippon-shobu (luta pelo ponto perfeito) e um código moral.
Assim, ele pretendeu que a prática do Judô fortalecesse o físico, a mente e o
espírito de forma integrada.
Com seu trabalho, Jigoro Kano conseguiu criar uma modalidade que não se
restringe a homens com vigor físico, se estendendo a mulheres, crianças e
idosos, de qualquer altura e peso.

Código Moral

Visando fortalecer o caráter filosófico da prática do judô e fazer com que os


praticantes do judô crescessem como pessoas, o mestre Jigoro Kano idealizou
um código moral baseado em oito princípios básicos:
- Cortesia, para ser educado no trato com os outros;
- Coragem, para enfrentar as dificuldades com bravura;
- Honestidade, para ser verdadeiro em seus pensamentos e ações;
- Honra, para fazer o que é certo e se manter de acordo com seus princípios;
- Modéstia, para não agir e pensar de maneira egoísta;
- Respeito, para conviver harmoniosamente com os outros;
- Autocontrole, para estar no comando das suas emoções;
- Amizade, para ser um bom companheiro e amigo.

Esporte olímpico

Prosseguindo com a organização da Kodokan e buscando aprovar os


regulamentos do Judô, Mestre Kano tornou-se o primeiro membro asiático do
Comitê Olímpico Internacional em 1909 e trabalhou para a propagação do
esporte no mundo todo. O Judô passou a fazer parte do programa olímpico
oficialmente nos Jogos de Tóquio em 1964

Jigoro Kano

Ao longo de sua vida, Jigoro Kano alcançou o doutorado em Judô, uma


graduação equivalente ao 12º Dan, honraria concedida apenas ao criador do
esporte. Ele trabalhou constantemente para garantir o desenvolvimento do
atletismo e do esporte japonês de uma maneira em geral e, como resultado de
seus esforços, muitas vezes é chamado de "Pai dos Esportes Japoneses”. Em
1935, ele foi premiado com o prêmio Asahi por sua excepcional contribuição
para a organização do esporte no Japão durante sua vida.

A introdução do Judô no Brasil


*
A imigração japonesa foi o fator mais importante para o surgimento do judô no
Brasil. A influência exercida por lutadores profissionais representantes de
diversas escolas de ju-jutsu japonês também contribuiu para o desenvolvimento
do judô. O início do judô no Brasil ocorreu sem instituições organizadoras.
Apenas na década de 1920 e início dos anos 1930 chegaram ao Brasil os
imigrantes que conseguiram organizar as práticas do judô e kendô no país. Em
São Paulo, destaque para Tatsuo Okoshi (1924), Katsutoshi Naito (1929),
Tokuzo Terazaki (1929 em Belém e 1933 em São Paulo), Yassuishi Ono
(1928), Sobei Tani (1931) e Ryuzo Ogawa (1934). Takaji Saigo e Geo Omori,
ambos com vínculo na Kodokan, chegaram a abrir academias em São Paulo na
década de 1920, porém, essa atividade não teve continuidade. Na década de
1930 Omori foi instrutor na Associação Cristã de Moços no Rio de Janeiro e,
posteriormente, se radicou em Minas Gerais. No norte do Paraná, nas cidades
de Assaí, Uraí e Londrina, o judô deu seus primeiros passos com Sadai
Ishihara (1932) e Shunzo Shimada (1935). Os primeiros professores a
chegarem ao Rio de Janeiro, foram Masami Ogino (1934), Takeo Yano (1931),
Yoshimasa Nagashima (1935-6 em São Paulo e 1950 no Rio de Janeiro) e Geo
Omori, vindo de São Paulo (1930 aproximadamente).

A chegada dos primeiros professores-lutadores também deixou o seu legado.


Dentre os pioneiros se destacaram, Mitsuyo Maeda e Soishiro (Shinjiro) Satake,
alunos de Jigoro Kano. Eisei Mitsuyo Maeda, também chamado Conde Koma,
chegou ao Brasil em 14 de novembro de 1914, entrando no país por Porto
Alegre. Junto com ele chegaram Satake, Laku, Okura e Shimisu. Em 18 de
dezembro de 1915 a trupe de lutadores chegou a Manaus, mas antes disso
rodou o Brasil em demonstrações e desafios. Conde Koma se radicou em
Belém do Pará, em 1921, enquanto Satake ficou em Manaus, onde ministrava
aulas no Bairro da Cachoeirinha ainda na década de 20. Maeda fundou sua
primeira academia de judô no Brasil no Clube do Remo, bairro da cidade velha.
A contribuição dos imigrantes japoneses que divulgaram o judô parece ter sido
mais importante do que a contribuição de Conde Koma, e seus companheiros
lutadores. Da chegada do Kasato Maru ao Brasil (1908) até a Segunda Guerra
Mundial, os nomes e as práticas se confundiam. Encontra-se na literatura judô,
jiu-do, jujutsu, jiu-jitsu e ainda jiu-jitsu Kano, muitas vezes para designar a
mesma prática. A institucionalização do esporte, inicialmente organizada pela
colônia japonesa, depois sob o controle da Confederação Brasileira de
Pugilismo e finalmente a criação da Confederação Brasileira de Judô foram os
passos para a diferenciação das práticas de luta e a organização do judô no
país.

A Criação da Confederação Brasileira de Judô

A primeira instituição a ‘coordenar’ o desenvolvimento do judô kodokan no


Brasil foi a Ju-kendo-Renmei a partir de 1933 em São Paulo e 1937 no Paraná.
A partir do ingresso do judô como modalidade olímpica nos Jogos de Tokyo em
1964, passaram-se a se organizar as instituições federativas do judô brasileiro.
A Confederação Brasileira de Judô foi fundada em 18 de março de 1969, sendo
reconhecida em 1972, quando o Brasil conquistou a primeira medalha olímpica.
A partir de 1984 o país estabeleceu uma tradição vitoriosa em Jogos Olímpicos,
conquistando medalhas em todas as edições. Com federações nos 27 estados
e mais de um milhão de praticantes, o judô assumiu, em 2012, a posição de
esporte brasileiro com maior número de medalhas em edições dos jogos
olímpicos. Além da tradição vitoriosa a CBJ possui uma estrutura moderna e
organizada, proporcionando a seus atletas, treinadores e demais membros das
comissões técnicas uma excelente estrutura de treinamentos e competições.
Desta forma captou grande número de apoiadores e patrocinadores, já que sua
marca é confiável e vitoriosa. O Campeonato Mundial de Judô foi realizado no
Brasil em 1965, 2007 e 2013.

Golpes, técnicas e táticas


Podemos dividir todas as técnicas do Judô em 2 grandes grupos, sendo
eles: Nage-Waza e Katame-Waza.

Dentro do grupo Nage-Waza temos 68 técnicas divididas em:


 Te-waza (técnicas de braço, contendo 16 golpes)
 Koshi-waza (técnicas de quadril, contendo 10 golpes)
 Ashi-waza (técnicas de perna, contendo 21 golpes)
 Ma-sutemi-waza (técnicas de sacrifício frontal, contendo 5 golpes)
 Yoko-sutemi-waza (técnicas de sacrifício lateral, contendo 16 golpes)
 Go Kyo no waza (contendo 5 séries que totalizam 40 golpes)

O segundo grupo, chamado Katame-Waza (técnicas de solo), é formado por 32


golpes, sendo dividido em:
 Osaekomi-waza (Imobilizações, contendo 10 técnicas)
 Shime-waza (Estrangulamentos, contendo 12 técnicas)
 Kansetsu-waza (Torções, contendo 10 técnicas)

Principais golpes de Judô

 1.1 Osoto Gari

 1.2 Ouchi Gari

 1.3 Harai Goshi

 1.4 Uchi Mata

 1.5 Morote Seoi Nage

 1.6 Ippon Seoi Nage


 1.7 Tai Otoshi

 1.8 Sode Tsurikomi Goshi

 1.9 Tani Otoshi

 1.10 Yoko Tomoe Nagi

 1.11 Sumi Gaeshi

 1.12 Ushiro Goshi

 1.13 Juji Gatame

 1.14 Sankaku Jime

 1.15 Ude Garami

 1.16 Katagatame

 1.17 Yoko Shiho Gatame

Você também pode gostar