DESIGNER INSTRUCIONAL
AUTORIA:
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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil
Módulo de: Designer Instrucional
Autoria: Beatriz Christo Gobbi
Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste módulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes
e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando
tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos.
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente na aplicação didática, beneficiando e
divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de autenticidade de sua utilização
e direitos autorais.
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados em pesquisas
de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio livre editorial.
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A presentação
Trata-se de um curso teórico, quanto ao seu conteúdo explícito, que pretende fornecer um
espaço para discussões e troca de experiências entre os alunos e o tutor. É importante que
você execute as atividades complementares, tire suas dúvidas, junto ao tutor, participe do
fórum ou chat, com outros alunos, e enriqueça sua própria experiência de curso.
O bjetivo
O presente curso tem como objetivo capacitar o aluno a utilizar os conceitos do Design
Instrucional em sua prática profissional de modo que os benefícios proporcionados pela
metodologia de DI sejam compreendidos.
E menta
Educação a distância: modelos e implicações para o DI; O que é DI; Breve histórico do DI;
Paradigmas de Aprendizagem e Design Instrucional; Modelo de DI
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S obre o Autor
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S UMÁRIO
UNIDADE 1 ........................................................................................................... 8
Introdução .......................................................................................................... 8
UNIDADE 2 ......................................................................................................... 10
Educação a distância: modelos e implicações para o DI ................................ 10
UNIDADE 3 ......................................................................................................... 16
O que é DI ........................................................................................................ 16
UNIDADE 4 ......................................................................................................... 20
Breve histórico do DI ........................................................................................ 20
UNIDADE 5 ......................................................................................................... 26
Paradigmas de Aprendizagem e Design Instrucional – parte I ....................... 26
UNIDADE 6 ......................................................................................................... 31
Paradigmas de Aprendizagem e Design Instrucional – parte II ...................... 31
UNIDADE 7 ......................................................................................................... 37
Paradigmas de Aprendizagem e Design Instrucional – parte III ..................... 37
UNIDADE 8 ......................................................................................................... 43
Modelo de DI .................................................................................................... 43
UNIDADE 9 ......................................................................................................... 46
Análise .............................................................................................................. 46
UNIDADE 10 ....................................................................................................... 51
Análise .............................................................................................................. 51
UNIDADE 11 ....................................................................................................... 58
Análise dos aprendizes .................................................................................... 58
UNIDADE 12 ....................................................................................................... 64
Análise da tarefa de aprendizagem ................................................................. 64
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UNIDADE 13 ....................................................................................................... 69
Análise da tarefa de aprendizagem ................................................................. 69
UNIDADE 14 ....................................................................................................... 75
Análise da tarefa de aprendizagem ................................................................. 75
UNIDADE 15 ....................................................................................................... 78
Análise da tarefa de aprendizagem ................................................................. 78
UNIDADE 16 ....................................................................................................... 82
Análise da tarefa de aprendizagem ................................................................. 82
UNIDADE 17 ....................................................................................................... 91
O Planejamento da instrução ........................................................................... 91
UNIDADE 18 ....................................................................................................... 94
Planejamento da Instrução: mídias e estratégias instrucionais ...................... 94
UNIDADE 19 ....................................................................................................... 98
Planejamento da Instrução: mídias e estratégias instrucionais ...................... 98
UNIDADE 20 ..................................................................................................... 102
Planejamento da Instrução: mídias e estratégias instrucionais .................... 102
UNIDADE 21 ..................................................................................................... 105
Planejamento e desenvolvimento da Instrução ............................................. 105
UNIDADE 22 ..................................................................................................... 111
Planejamento da Instrução: mídias e estratégias instrucionais .................... 111
UNIDADE 23 ..................................................................................................... 116
Planejamento da Instrução: mídias e estratégias instrucionais .................... 116
UNIDADE 24 ..................................................................................................... 119
Planejamento da Instrução: mídias e estratégias instrucionais .................... 119
UNIDADE 25 ..................................................................................................... 124
Planejamento da Instrução: mídias e estratégias instrucionais .................... 124
UNIDADE 26 ..................................................................................................... 127
Planejamento da Instrução: mídias e estratégias instrucionais .................... 127
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UNIDADE 27 ..................................................................................................... 131
Planejamento da Instrução: mídias e estratégias instrucionais .................... 131
UNIDADE 28 ..................................................................................................... 144
Desenvolvimento e Implantação da solução de instrução ............................ 144
UNIDADE 29 ..................................................................................................... 146
Avaliação da instrução ................................................................................... 146
UNIDADE 30 ..................................................................................................... 152
Considerações Finais ..................................................................................... 152
GLOSSÁRIO ..................................................................................................... 153
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U NIDADE 1
Objetivos: apresentar o módulo de Design Instrucional com a sua ementa e objetivos e fazer
a introdução da temática
Introdução
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Nesse contexto, surge um espaço de discussões relacionadas às conexões entre educação
a distância e tecnologias de informação e comunicação – TIC. Entre os inúmeros pontos,
questões como o planejamento, o desenvolvimento e a utilização sistemática de métodos,
técnicas e atividades de ensino para projetos educacionais apoiados por tecnologias passam
a ganhar proeminência.
Posto isto, o presente curso tem como objetivo capacitar o aluno a utilizar os conceitos
relacionados ao Design Instrucional em sua prática profissional de modo que os benefícios
proporcionados pela metodologia de DI sejam compreendidos.
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U NIDADE 2
Objetivos: Apresentar algumas características dos cursos à distancia, focando no ensino on-
line e iniciar a discussão sobre o DI
Então, nesta unidade teremos a oportunidade de perceber e diferenças entre alguns tipos de
cursos à distancia, sem a pretensão de esgotar o tema. Nesse primeiro momento, o objetivo
é que você a partir dessas diferenças reflita sobre a dinâmica diferenciada do processo de
ensino-aprendizagem. Então, vamos lá!
Para Peters (apud SOUZA, 2006), a variedade de conceitos que se tem de EAD se
transformou historicamente, e alguns destes conceitos se cristalizaram em modelos já
institucionalizados. O autor distingue sete modelos de educação a distância, dos mais
tradicionais, ainda presentes nos dias de hoje, aos mais recentes que surgiram dentro da
evolução da tecnologia e das mídias:
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Modelo de EAD Características
3. Modelo Multimídia Desenvolvido nos anos 60; uso mais ou menos integrado do rádio,
(de massa) televisão e material impresso. Amplamente difundido pelas
universidades abertas
4. Modelo de Uso de mídias (rádio e TV) para transmitir palestras proferidas por
Educação a distância professores, assistidas por um grupo de alunos que fazem notas e
em Grupo discutem durante a aula, sem o uso de material impresso.
6. Modelo de Alunos têm acesso aos programas didáticos e bancos de dados remotos
Educação a distância disponibilizados na Web. Trabalham on-line ou off-line; participam de
baseada na Web encontros com tutores e alunos e realizam projetos
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Quadro 1 - Modelos de Educação a distância
Pelos modelos expostos podemos perceber que a utilização da EAD pode implicar em maior
ou menor separação espacial e temporal, maior ou menor interação face a face, maior ou
menor interatividade, maior ou menor utilização de Tecnologia de Informação e
Comunicação, maior ou menor conexão em rede, etc.
Para Peters a escolha do modelo depende de vários fatores (econômicos, infra estrutura,
filosóficos, etc.) e que qualquer que seja a decisão, não se deve esquecer que a educação a
distância é sui generis e exige abordagens que diferem dos formatos tradicionais da
educação.
No Brasil, para Moran (2008), o modelo de EAD que mais cresce combina a aula com o
atendimento on-line: teleaulas por satélite ao vivo, tutoria presencial e apoio da Internet.
Nesse modelo, as aulas são ao vivo para dezenas ou centenas de telesalas,
simultaneamente, onde em cada uma há uma turma de até cinquenta alunos, que assistem a
essas aulas sob a supervisão de um tutor local e realiza algumas atividades complementares
na sala. Há alguma interação entre alunos e professores através de perguntas mandadas via
chat e que podem ser respondidas ao vivo via teleconferência, depois de passarem por um
filtro de professores auxiliares ou tutores. Essas aulas são complementadas nas salas com
atividades supervisionadas por um tutor presencial e outras, ao longo da semana, orientadas
por um tutor on-line.
Para o autor, é um modelo muito atraente, porque combina mobilidade com a tradição de
aprender com o especialista. Principalmente para pessoas mais simples assusta menos e
induz a pensar que educação a distância depende ainda da informação do professor. As
atividades a distância, se bem feitas, conferem autonomia aos alunos, e, se combinadas com
atividades colaborativas, podem compor um conjunto de estratégias combinadas muito
interessantes e dinâmicas. O problema está na massificação, na manutenção de tutores
generalistas mal pagos e tutores on-line sobrecarregados.
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Outro modelo a distância predominante é via redes, mais conhecido como educação on-line,
onde o aluno se conecta a uma plataforma virtual e lá encontra materiais, tutoria e colegas
para aprender com diferentes formas de organização da aprendizagem: umas mais focadas
em conteúdos prontos e atividades até chegarmos a outras mais focadas em pesquisa,
projetos e atividades colaborativas, onde há alguns conteúdos, mas o centro é o
desenvolvimento de uma aprendizagem ativa e compartilhada.
O foco em projetos colaborativos se desenvolve com rapidez e traz um dinamismo novo para
a EAD. Há cursos que se apóiam em cases, em análise de situações concretas ou em jogos,
o que lhes conferem muito dinamismo, participação e ligação grande com o mercado.
Para Moram, hoje há muitas opções diferentes de estudos on-line e a tendência é termos
ainda o on-line com muitas mais opções audiovisuais, interativas, fáceis de acessar e
gerenciar e a custos bastante baixos. O autor classifica os cursos em: cursos on-line
assíncronos; cursos on-line com períodos preestabelecidos, subdivididos e centrado em
conteúdos e modelo de colaboração entre os participantes e, ainda, os cursos híbridos.
Os cursos on-line assíncronos são baseados em conteúdos prontos e algum grau de tutoria,
em que os alunos se inscrevem a qualquer momento. O termo assíncrono significa que no
processo de comunicação a mensagem que é emitida por uma pessoa é recebida e
respondida mais tarde pelas outras, como exemplo, podemos citar o correio eletrônico, fórum
e lista de discussão. Em outras palavras, o processo de interação não acontece no momento
de emissão da comunicação. Há o mesmo tipo de cursos, com mais interação. Os alunos
participam de grupos, de debates como parte das estratégias de aprendizagem. Combinam
atividades individuais e de grupo e têm também uma orientação mais permanente.
O segundo tipo de curso é o on-line com períodos preestabelecidos. Ele começa em data
prevista e vai até o final com a mesma turma, como acontece em muitos cursos presenciais
atualmente. Dentro desse formato, há dois modelos básicos, com variáveis:
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análise de situações. Esses conteúdos podem estar disponíveis no ambiente virtual do curso
e também em textos impressos ou em CDs que os alunos recebem. Geralmente há tutores
para tirar dúvidas e alguma ferramenta de comunicação assíncrona como o fórum.
O segundo modelo de cursos com períodos preestabelecidos pode ser entendido como
modelo de colaboração entre os participantes. Combinam leituras, atividades de
compreensão individuais, produção de textos individuais, discussões em grupo, pesquisas e
projetos em grupo, produção de grupo e tutoria bastante intensa.
Nos cursos on-line que começam em períodos certos, com tempos predeterminados é mais
fácil formar grupos, trabalhar com módulos. O conteúdo do curso e as atividades em parte
estão preparados, mas dependem muito da qualidade e integração do grupo, da
colaboração. É mais focado em colaboração do que em leitura de textos. O importante neste
grupo são as discussões, o desenvolvimento de projetos e as atividades colaborativas. O
curso em parte está pronto e em parte é construído por cada grupo. Uma variável deste
modelo inclui alguns encontros ao vivo, que podem ser para aulas expositivas, ou para tirar
dúvidas ou para apresentação de pesquisas. É um curso on-line, mas semipresencial.
Os cursos mais individualizados e assíncronos, nos quais o aluno se inscreve quando acha
conveniente e segue o ritmo que lhe parecer melhor (dentro de certos limites), são mais
indicados para alunos mais adultos e com bastante experiência profissional. O on-line atual
mais assíncrono e personalizado é para pessoas mais adultas, com experiência e que
precisam de flexibilidade e têm motivação e autodisciplina.
Para Moran, no Brasil a tendência é caminhamos para o on-line mais audiovisual, com
plataformas com todos os recursos integrados, audiovisuais e interativos. O on-line mais
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colaborativo pode ajudar a alunos que têm dificuldade de concentração, de gerenciamento
do tempo com a criação de grupos para pesquisa, atividades colaborativas e também com o
acompanhamento de professores orientadores de aprendizagem. Se cada aluno tiver seu
orientador se sentirá mais seguro, terá a quem recorrer. A combinação de atividades em
grupo e de orientação personalizada é um dos caminhos para que realmente a educação on-
line avance.
Vimos no texto alguns tipos de cursos a distância. Entendemos a EAD como atividade
pedagógica caracterizada por um processo de ensino aprendizagem realizado por
mediação docente e com a utilização de recursos didáticos sistematicamente organizados
e com o suporte de tecnologia de informação e comunicação, sem a frequência
obrigatória de alunos e professores. Direcionamos atenção para os cursos on-line, ou
seja, os cursos que são desenvolvidos a partir do uso da internet. Vimos que há cursos
que exigem maior ou menor interatividade, com período de formação de turmas, com
mais flexibilidade, com maior ou menor número de atividades colaborativas, maior ou
menor uso de tecnologia de informação e comunicação, cursos que exigem mais
autonomia dos aprendizes, etc. Agora pense na sua experiência como discente. É a sua
primeira experiência num curso a distância? Quais características você identifica no curso
da ESAB? E os outros cursos, quais características eles apresentavam?
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U NIDADE 3
Objetivos: Apresentar o Design Instrucional, envidenciando suas características e
importância.
O que é DI
Criar processos e materiais didáticos efetivos, isto é, que atinjam seus objetivos
pedagógicos;
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Que estes materiais e processos sejam eficientes, consumindo o menor tempo
possível;
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design ferramentas de recuperação de orientadas empiricamente, prática
informação orientada, prática não orientada e
avaliação.
Medidas deO tempo necessário para O tempo necessário para que o aluno
eficiência recuperar a informação desejada. domine o conteúdo.
O DI pode ser utilizado por qualquer pessoa que precise criar alguma forma de instrução.
Sua prática não está restrita aos designers instrucionais, profissionais especializados em
todas as etapas dessa metodologia. Bem como sendo uma construção, Design Instrucional
também é um campo da teoria e prática dentro do domínio da tecnologia instrucional. O DI
pode ser aplicado em muitos ambientes, incluindo escolas, colégios e universidades,
empresas, organizações militares e agências governamentais.
Agora que você já entendeu o que é o Design Instrucional leia o texto Domínios,
Competências e Padrões de Desempenho do Design Instrucional (DI) (The Instructional
Design (ID) Domains, Competencies and Performance Statements) da International Board
of Standards for Training, Performance and Instruction (IBSTPI) - Tradução de Hermelina
P. Romiszowski
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U NIDADE 4
Objetivos: Evidenciar o histórico do Design Instrucional
Breve histórico do DI
Robert Gagné e Leslie Briggs, Jonh Flanagan, dentre outros, passaram a pesquisar meios
mais efetivos de planejar a instrução. Esses pesquisadores tiveram significativa influência
sobre o modo com o qual os materiais de educação e treinamento vinham sendo
desenvolvidos.
Em 1962 Robert Mager publicou “Preparing Objectives for Programmed Instruction” que
vendeu até hoje mais de um milhão e meio de exemplares. O livro explora a forma de
escrever objetivos que correspondam aos comportamentos desejados por parte dos
aprendizes, as condições sob as quais tais comportamentos devem ser realizados e os
critérios de avaliação dos mesmos. Tal forma de redigir objetivos instrucionais, contendo os
três elementos continua em uso por muitos designers instrucionais.
Outra contribuição foi a Benjamim Bloom, em meados da década de 1950, com a publicação
da obra “Taxonomy of Educational Objectives”, na qual formulou a taxionomia dos objetivos
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educacionais com base em três domínios de aprendizagem: cognitivo (que trata da
recuperação do conhecimento e do desenvolvimento de habilidades intelectuais), afetivo
(que descreve a mudança nos interesses, atitudes e valores) e psicomotor (que inclui os
sentidos humanos).
Em 1957, quando a União Soviética lançou o Sputnik, primeiro satélite orbital, os Estados
Unidos decidiram investir milhões no ensino de Matemática e Ciências, com o objetivo de se
equiparar à educação Soviética.
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Os materiais didáticos desenvolvidos com esses fundos foram criados por especialistas e
produzidos sem a realização de testes com estudantes. Anos mais tarde verificou-se que os
materiais não eram efetivos. Scriven (apud REISES, 2001) indicou a necessidade realizar
testes junto aos alunos antes da produção final dos materiais. Ele deu a esse processo o
nome de “avaliação formativa, em contraste com a “avaliação somativa” que, segundo ele,
seria a avaliação dos materiais instrucionais após sua implementação.
Ao final da década de 70, já se contava mais de 40 modelos diferentes de DI. Nesse período
o interesse pelo processo se disseminou por vários setores: as forças armadas aplicaram o
DI ao treinamento militar, enquanto nas universidades foram criados centros de
desenvolvimento instrucional para auxiliar professores a melhorar suas aulas. Também
criaram cursos de Design Instrucional em nível de bacharelado. Muitas organizações da
indústria e comércio perceberam o valor do DI na melhoria dos processos de treinamento e
começaram a utilizá-lo. Países como a Coréia do Sul, Libéria e Indonésia viram no DI
benefícios para a solução de seus problemas educacionais e criaram organizações para
capacitar profissionais nessa área.
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Nesse período houve interesse da aplicação dos princípios do cognitivismo ao DI. Surge
também o interesse no uso de computadores para fins instrucionais. Muitos profissionais
voltaram sua atenção para essa área, e criaram novos modelos para desenvolver instrução
interativa com a nova mídia. Além disso, os computadores começaram a ser utilizados para
automatizar tarefas de planejamento instrucional como a redação de objetivos gerais,
objetivos específicos, itens de avaliação etc.
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Ao disponibilizar informações pertinentes no momento certo, os sistemas reduzem a
necessidade de treinamento. Desse modo, alguns profissionais voltaram sua atenção para o
planejamento de sistemas de apoio, ao invés de programas de treinamento.
Outra tendência expressiva desse período foi o uso da Internet para realizar educação a
distância. Com tal crescimento, aumentou a consciência de que, para serem efetivos, os
programas de EAD precisam ser cuidadosamente planejados. Isso criou ainda mais
oportunidades para os profissionais de DI.
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U NIDADE 5
Objetivo: Apresentar a influência do paradigma de aprendizagem Comportamentalista,
Cognitivismo e Socioconstrutivismo no Design Instrucional e discutir especificamente sobre o
Comportamentalismo.
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Comportamento Construção individual e
Ênfase Processamento interno
observável coletiva de conhecimento
Psicologia doConstrução do
Paradigma Psicologia
processamento daconhecimento/mediação
psicológico comportamental
informação social
Status do Engajado no
Design Emergente desenvolvimento de Engajado na redefinição
Instrucional teorias e modelos
Quadro 3 - lnfluências dos paradigmas de aprendizagem sobre o Design Instrucional a partir da década dê 1960
Comportamentalismo / behaviorismo
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conceitual e cumprimento de regras. Esses resultados são compilados em esquemas de
classificação chamados taxonomias de aprendizagem, que por sua vez guiam a seleção
de objetivos de aprendizagem e estratégias instrumentais.
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Feedback sensível à resposta. As pessoas aprendem melhor quando sabem que seus
esforços estão corretos. Quando o desempenho não estiver correto, deve ser fornecida
informação específica sobre o que está errado e como melhorar na próxima tentativa.
Transferência. A fim de ser capaz de transferir habilidades de uma tarefa para outra, os
alunos precisam praticá-Ias. Se os alunos nunca tiverem oportunidades de praticar a
transferência de suas habilidades, não se deve esperar que sejam capazes de
desempenhá-Ias em situações de teste.
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U NIDADE 6
Objetivos: Apresentar a influência do paradigma de aprendizagem Comportamentalista,
Cognitivismo e Socioconstrutivismo no Design Instrucional e discutir especificamente sobre o
cognitivismo e o Socioconstrutivismo.
Cognitivismo
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Estágios de processamento da Informação. Os seres humanos processam a informação
em estágios estáveis, sequenciais, injetando informação sensorial na memória perceptiva
e depois na memória de trabalho de longo prazo, e finalmente gerando resposta. Em
muitos aspectos, as pessoas são máquinas de processamento da informação cujos
pensamentos e comportamentos podem ser modelados e simulados.
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frequentemente identificados na linguagem cotidiana como conhecimento e habilidade.
Tanto o conhecimento declarativo como o conhecimento procedimental dependem das
representações de regras ou informações armazenadas na memória.
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cognitiva. Os conceitos-chave são incentivos, autoeficácia, expectativa x valor,
atribuições de sucesso/ fracasso, desempenho x objetivos de aprendizagem, motivação
intrínseca x extrínseca.
Socioconstrutivismo
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conhecimento passa a ser visto como um processo, não o acúmulo de sabedoria científica
armazenada em livros textos.
A aprendizagem é uma construção social mediada pelos atores sociais por meio de
linguagem, signos e ferramentas. Os ambientes virtuais de aprendizagem devem
capitalizar as dimensões social, comunicativa e colaborativa, possibilitando o discurso
mediado. Devem dispor de ferramentas facilitadoras para o engajamento nas tarefas (por
exemplo, mapas conceituais) que enfatizem a construção do conhecimento.
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uma cultura dentro de zonas de desenvolvimento proximal estipuladas. Os ambientes
virtuais de aprendizagem devem criar uma dependência estrutural entre os indivíduos,
capitalizando os diversos níveis de conhecimento da comunidade, e permitindo o
crescimento e a interação contínua entre os novatos e os mais capazes.
Quadro 6 - Princípios do pensamento vigotskiniano e suas implicações para o Design Instrucional on-Iine
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U NIDADE 7
Objetivos: Discutir brevemente sobre a Andragogia, Pedagogia Freireana e o Humanismo e
as suas implicações no Design Instrucional
Tomando por base o contexto de mudanças, caracterizado por uma sociedade em constante
aprendizado, com cidadãos e trabalhadores aprendendo por toda a vida, Filatro (2007)
explica que é necessária uma teoria de Design Instrucional que considere cada vez mais a
natureza e as condições específicas do aprendiz adulto.
A autora complementa sua análise com algumas correntes teóricas que proporcionam
subsídios à compreensão da educação de adultos: a andragogia, a pedagogia freireana e a
abordagem humanista. Esses serão os assuntos que abordaremos nessa unidade.
Dimensão Andragógica
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de aprender se torna progressivamente orientada para tarefas relacionadas aos seus papéis
sociais, e sua perspectiva quanto à aplicabilidade do conhecimento é imediata. Assim, o
adulto enxerga a aprendizagem como algo relacionado a problemas práticos a serem
solucionados. Em consequência, não há por que aplicar a ele os princípios pedagógicos
formulados para crianças.
Centrada em tarefas e
Orientação Centrada em conteúdos
problemas
Punições, recompensas
Motivação Curiosidade, estímulos internos
externas
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Quadro 7 – Diferença entre a Andragogia e a Pedagogia
Pedagogia Freireana
Dimensão Humanista
Apesar de pessoal, a aprendizagem não ocorre em isolamento, pois é mais bem suportada
em um ambiente cooperativo. Cabe ao professor o papel de facilitador, auxiliador e parceiro
no processo de aprendizagem.
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Ao valorizar o afeto, a abordagem humanista contribui para uma visão holística e integradora
do processo de ensino-aprendizagem e para uma teoria abrangente da instrução,
respondendo a questões ignoradas por outras correntes teóricas.
Ênfase no individualismo,
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Perspectiva concreta e pragmática da realidade
É importante para o profissional que irá prover o Design Instrucional, que esse seja um curso
um sólido conhecimento das teorias educacionais. Dependendo da análise da necessidade
de aprendizagem, da audiência do curso e de outros fatores que o caracterizam, diferentes
teorias podem ser aplicadas. O profissional de DI deve ter conhecimento dos pontos fortes e
fracos de cada teoria de aprendizagem para aperfeiçoar o seu uso nas estratégias
apropriadas (PINHEIRO, 2002; MERGEL, 1998).
Mergel (1998) defende uma abordagem eclética para o Design Instrucional. Ele explica que a
tentativa de fazer o design do curso atrelado a uma teoria apenas pode ser comparado à
escola versus o mundo real. O que se aprende no ambiente escolar nem sempre está
atrelado ao mundo real, da mesma forma que as concepções teóricas não sempre podem
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ser aplicadas ao mundo real. É preciso então fazer modificações e adaptações para se
adequar à realidade.
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U NIDADE 8
Objetivo: Apresentar o modelo de Design Instrucional
Modelo de DI
Para Filatro (2007) “as mudanças sociais, econômicas e tecnológicas da sociedade refletem
em um movimento bem caracterizado dentro da teoria e prática do Design Instrucional, que
passa a ser entendido como “situado”, “flexível”, “reflexivo”, recursivo”, ou simplesmente
“construtivista”. A autora defende o design contextualizado, que envolve a perspectiva
individual, característica do aluno; a perspectiva imediata, característica do entorno e a
perspectiva cultural ou institucional, característica de uma organização, instituição ou
sociedade.
Essa concepção permite a partir dos fatores contextuais, maior personalização dos percursos
individuais e possibilidade real de interação entre os atores do processo. Em termos de
personalização, atribui-se às tecnologias a função de prover padrões de aprendizagem mais
flexíveis, que permitam aos alunos fazer escolhas em termos dos seguintes itens:
Entrega e logística do curso: métodos e condições temporais e espaciais para obter suporte,
tipos de suporte disponíveis;
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Local de estudo e participação no curso; canais de distribuição: sessões presenciais, ensino
por correspondência, teleconferências, rede de computadores.
Fase de desenvolvimento: tem como suporte as fases de análise e de design. Nesta fase
serão desenvolvidas a instrução, as mídias usadas e a documentação. Pode incluir também
hardware e software. Na fase do desenvolvimento, os materiais instrucionais e os
procedimentos didáticos são criados. Conforme o caso, será necessário treinar professores,
comprar equipamentos ou recursos didáticos que existam no mercado.
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Fase de implementação: Em seguida, a instrução é oferecida aos aprendizes conforme
definido no plano instrucional. Com a finalidade de fazer ajustes e correções, é comum
implementar a instrução em uma amostra piloto antes de aplicá-la em grande escala.
Avaliação: é a fase que mede a eficiência da instrução. Deve ocorrer ao longo de todo o
processo do Design Instrucional - dentro das fases, entre as fases e após a implementação.
A avaliação pode ser formativa ou somativa. Avaliação formativa ocorre durante e entre as
fases. Avaliação somativa, em geral, ocorre após a versão final da implementação. Este tipo
de avaliação verifica a eficiência da instrução.
Agora que você já teve a oportunidade de entender o que é o Design Instrucional, o seu
histórico e alguns paradigmas de aprendizagem que o influenciam, resolva a lista de
exercícios 1 no “link” ATIVIDADES.
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U NIDADE 9
Objetivos: Discutir sobre a fase de Análise do Design Instrucional, especificamente a análise
do problema e do contexto de aprendizagem
Análise
No seu ponto de vista, é um erro comum das organizações é o de criar cursos ou materiais
didáticos na expectativa de resolver problemas que não podem ser completamente
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resolvidos, por iniciativas de educação ou treinamento. Em muitos casos a solução exige
ações integradas de treinamento e comunicação além de mudanças em práticas
organizacionais.
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sentido aos estudos, e finalmente à escola poderia estudar formas de aumentar os salários e
encaminhar melhor as propostas de melhoria no currículo.
Mesmo quando existe de fato um problema que pode ser resolvido ou minimizado através de
instrução, é preciso que esta seja bem planejada. Outro erro comum é a implementação de
medidas desproporcionais ou inadequadas ao problema.
Por esse motivo é necessário analisar fatores, como o contexto, as características dos
aprendizes e os objetivos de aprendizagem, no intuito de fundamentar decisões a respeito de
uma solução viável e com boas chances de sucesso.
Para Filatro (2007) é preciso localizar com precisão aqueles fatores considerados inibidores
(por exemplo, instalações físicas impróprias), ausentes (por exemplo, inexistência de
sistemas de feedback) e facilitadores (por exemplo, coerência entre as percepções de alunos
e professores quanto ao papel do aluno).
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Para exemplificar segue um exemplo de problema de instrução identificado na criação desse
curso, baseado em Tractenberg (2006).
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U NIDADE 10
Objetivos: Discutir sobre a fase de Análise do Design Instrucional, especificamente a análise
do público alvo
Análise
Para Tractenberg (2006), para planejar e desenvolver boas soluções instrucionais é preciso
considerar as características dos aprendizes.
O autor exemplifica alguns aspectos de cada categoria e explica que essa listagem não é
completa, e para cada tópico existe vasta literatura que pode ser consultada de acordo com
as necessidades de um determinado projeto instrucional.
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Leitura visual A capacidade de interpretar símbolos gráficos como
plantas-baixas de projetos de arquitetura, placas de
trânsito, ícones e interfaces na tela do computador etc.
Cultura geral Paula lê jornal todos os dias, e por isso consegue fazer
associações mais ricas entre os conteúdos das
disciplinas do que os seus colegas de sala.
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o assunto a ser ensinado cognitivismo e (sócio) construtivismo.
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Características afetivas Exemplos
Nível de ansiedade Ana estudou tanto para o vestibular que teve um “branco” no
dia da prova.
Lócus de controle Marcelo culpa o baixo nível de exigência de sua escola pelo
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fato de não ter passado no vestibular.
Desenvolvimento moral Zezinho se comporta direito apenas por que sabe que
será punido se desobedecer.
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ativamente em sala de aula.
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U NIDADE 11
Objetivo: Discutir sobre a fase de Análise do Design Instrucional, especificamente sobre
como obter informações do público alvo.
Convivência e observação;
Leitura dos estudos sobre um determinado fator e sua relação com o desempenho
educacional. Por exemplo: como criar estratégias inclusivas para deficientes visuais na
educação.
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O autor ainda nos ensina a descrever os seus aprendizes usando as perguntas abaixo:
Características fisiológicas
Características cognitivas
11. Já dominam algo sobre as habilidades ou conhecimentos que se deseja ensinar? O que
conhecem sobre o assunto?
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Características sociais
20. Eles têm acesso a quais tipos de recursos tecnológicos (telefone, computador, correio,
TV, rádio etc.)?
23. Quais são as implicações dessa análise de aprendizes para o planejamento de sua
solução?
Implicações
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As técnicas para focalizar a atenção dos alunos;
A quantidade de leituras;
O estilo de linguagem;
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Veja a seguir a análise dos aprendizes relacionada ao exemplo de problema de instrução
relatado na unidade 9:
Sua idade varia de adultos jovens a idosos. Tanto sua saúde quanto sua percepção sensorial
variam de acordo com as características da população brasileira. Não existem
particularidades neste sentido entre os potenciais aprendizes.
Quanto à sua formação, pode ser bem diversificada. Possuem a graduação em áreas como
Pedagogia, Psicologia, Letras, Recursos Humanos, Matemática, Informática e Administração.
Sendo assim, para muitos aprendizes pode ser o primeiro contato com cursos na área de
educação.
Para muitos, será a primeira experiência discente em EAD, o que gera desafios. No Brasil os
estudantes da educação superior estão acostumados com aulas expositivas presenciais
onde o professor apresenta e explica todo o conteúdo de sua disciplina. O nível de interação
entre professores e alunos em sala de aula é baixo, sendo que alguns alunos mais
silenciosos nunca se comunicam diretamente com o professor. Até o nível da graduação os
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estudantes brasileiros revelam pouca autonomia e grande dependência quanto às
orientações de seus professores.
Espera-se que seu nível de motivação com relação ao estudo do DI seja elevado, em função
de suas atribuições profissionais, seu interesse em assuntos correlatos e o investimento
financeiro feito pelos mesmos (ou suas organizações) na inscrição do curso. Outro fator
relevante para a motivação dos alunos será a perspectiva de ampliação de sua atuação
profissional, considerando-se que o DI oferece subsídios significativos para aqueles que
trabalham com novas tecnologias voltadas para a educação e treinamento, área em franca
expansão no Brasil e no mundo.
A origem socioeconômica dos aprendizes tende a ser de classe média e classe média- alta.
As afiliações religiosas e raciais seguem a distribuição característica brasileira. Isso significa
um público de católicos, evangélicos, protestantes, espíritas, judeus, seguidores de religiões
afro; praticantes e não praticantes, além de ateus. No Brasil os diferentes grupos religiosos
são tolerantes uns com os outros e as práticas muitas vezes sincréticas.
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U NIDADE 12
Objetivo: Discutir sobre a fase de Análise do Design Instrucional, especificamente sobre a
análise da tarefa de aprendizagem, sob a ótica do modelo ABCD
Depois de realizados:
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Para que seja possível fundamentar uma série de decisões que vêm mais adiante no
processo de Design Instrucional, segundo o autor, é preciso fazer três coisas com relação à
tarefa de aprendizagem:
Redigi-la conforme o modelo ABCD, que destaca aquilo que os aprendizes serão
capazes de fazer, sob quais circunstâncias e com quais critérios eles serão avaliados.
A esses três procedimentos dá-se o nome de “análise da tarefa de aprendizagem”, que traz
os seguintes benefícios à instrução:
Torna objetiva a expectativa com relação ao desempenho dos aprendizes. Isso ajuda
tanto ao designer instrucional no planejamento, quanto aos alunos em compreender o
que se espera de seu rendimento;
Para ilustrar e discutir esse modelo, o autor apresenta um exemplo impreciso de tarefa de
aprendizagem: “Os alunos devem saber consertar um carro”, para depois apresentá-la no
modelo proposto.
Para o autor, embora seja válida como orientação geral, uma definição como essa do
exemplo não permite o desenvolvimento de uma solução.
Critério – Em quanto tempo devem consertar o carro? Qual deve ser o percentual de
sucesso?
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A partir dessa análise, o autor redige a mesma tarefa traduzida em um objetivo instrucional
conforme o modelo ABCD:
Avaliação
O autor chama a atenção ainda para o fato de que o objetivo instrucional, assim definido
naturalmente, sugere uma forma adequada de avaliação dos aprendizes. Certamente uma
prova de múltipla escolha, versando sobre os conhecimentos teóricos a respeito do conserto
de pneus, não poderia evidenciar genuinamente o nível de competência desejado para os
novos mecânicos. No caso, uma boa forma de avaliá-los seria através de uma simulação de
“parada nos boxes”, como nas corridas de fórmula 1.
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Até aqui vimos que a fase de análise no Design Instrucional corresponde ao exame e
descrição do problema instrucional que deve ser solucionado. Abordamos a Análise do
problema, o contexto de aprendizagem, a Análise do público alvo e a Análise da tarefa de
aprendizagem. Agora é a sua vez de exercitar. Desenvolva uma tarefa de aprendizagem
usando o modelo ADCD discutido no texto. Utilize os exemplos demonstrados na apostila.
Você é capaz!
Bom trabalho.
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U NIDADE 13
Objetivo: Discutir sobre a fase de Análise do Design Instrucional, especificamente sobre o
mapeamento da tarefa de aprendizagem.
1. Incluem-se os tópicos que sempre são ensinados quando se trata daquele assunto;
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Psicologia. É muito comum retirar tal estrutura de materiais didáticos ou documentos
preexistentes.
Embora tais procedimentos ofereçam uma boa orientação sobre o que deve e o que não
deve ser incluído na instrução, esse não é o ponto de partida dos designers instrucionais.
Isso se deve a dois motivos:
“Dead wood” ou madeira morta - é o nome dado para a informação inútil, que não é essencial
ou que não ajuda o aprendiz a atingir a tarefa de aprendizagem. Quando um especialista
escreve, sem apoio, o conteúdo da instrução é comum que inclua madeira morta, pois sua
tendência é colocar no papel tudo que julga interessante sobre um determinado tema.
Contudo, muito do que ele sabe pode não ser relevante.
Outro problema com a informação inútil é que ela tira a atenção do aprendiz daquilo que é
essencial, e pode confundi-lo, principalmente quando tem seu primeiro contato com um
determinado tópico de estudo. A informação inútil também consome tempo que poderia ser
aplicado a outros assuntos ou experiências didáticas.
O segundo motivo pelo quais as abordagens tradicionais podem apresentar problemas é que
não examinam os prerequisitos da tarefa de aprendizagem. Os prerequisitos são
competências necessárias para realizar as etapas que levam ao cumprimento da tarefa
instrucional. Por exemplo: para se consertar um pneu é preciso, antes, saber discriminar qual
a ferramenta certa para cada tipo de reparo. Um especialista frequentemente deixa de incluir
esse tipo de informação por que já está muito familiarizado com sua área e não percebe que
falta aos aprendizes tal conhecimento.
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Figura 1 - Decomposição da tarefa de aprendizagem
Para identificar os objetivos específicos (etapas que o aprendiz deve dominar a fim de
cumprir a tarefa de aprendizagem) o Design Instrucional deve fazer o seguinte
questionamento:
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Fonte: Tractenberg (2006)
Para exemplificar, o autor ilustra a análise de prerequisitos para o objetivo específico “saber
como diagnosticar defeitos no pneu”:
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Figura 4- Exemplo de análise de prerequisitos de um objetivo de aprendizagem
Note que o objetivo específico “diagnosticar defeitos” foi desmembrado em três prerequisitos
necessários à sua realização. Para diagnosticar defeitos é imprescindível saber como um
pneu funciona, quais são os defeitos possíveis e como diagnosticá-los. Repare ainda que os
prerequisitos podem ter seus próprios prerequisitos: “conhecer o funcionamento do pneu,
exige o conhecimento das partes do pneu”.
Pelo mesmo motivo, o autor exemplifica que nos cursos de Medicina, o estudo da Fisiologia
sempre vem depois de Anatomia, por que não é possível entender o funcionamento de um
sistema sem identificar suas partes.
Para Tractenberg (2006), a rigor cada objetivo e prerequisito devem ser desdobrados em
unidades menores até o nível já dominado pelos aprendizes. Por exemplo, o tópico anatomia
do pneu poderia ser subdividido em anatomia da câmara de ar, anatomia da borracha de
rolamento etc., contudo, se os alunos já dominam esses assuntos (conforme verificado
durante a análise dos aprendizes), então não será necessário continuar destrinchando o
mapeamento em unidades menores, pois tudo que vem em níveis mais elementares já é de
seu conhecimento ou é irrelevante.
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U NIDADE 14
Objetivo: Discutir sobre a fase de Análise do Design Instrucional, especificamente sobre
como coletar informações para realizar o mapeamento da tarefa de aprendizagem.
2. Leia materiais sobre a tarefa. Isso fará com que você se familiarize com a terminologia
da área e ajudará a compreender as competências envolvidas em sua execução.
Aproveite e crie uma lista de perguntas para fazer a um especialista.
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grave ou filme os especialistas enquanto realizam a tarefa. Peça a eles que anotem
passo-a-passo como a cumpriram;
Para o autor, o estilo de mapeamento varia de acordo com a preferência de cada designer
instrucional. Ele aconselha o uso de uma folha de papel grande para desenhar a lápis um
diagrama no estilo “mapa conceitual” com a tarefa no centro, os objetivos específicos ao
redor e em seguida os prerequisitos. Uma vez que o mapeamento faz sentido e encontra-se
em uma boa organização, transfira o mesmo para tabelas em um documento do Word.
Também é interessante gravar o áudio de todas as entrevistas com especialistas para não
deixar escapar algum detalhe.
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ser específico. Por outro lado, ao redigir um texto didático (nível micro), o recurso de
mapeamento permite considerar todos os tópicos que devem ou não ser incluídos no
material, sem excessos e sem deixar faltar elementos essenciais.
Tractenberg ressalta que o mapeamento ajuda nas decisões, pode-se perceber que dentre
os aprendizes, existam alunos que não conhecem a “anatomia do pneu”, por exemplo.
1. Ampliar o escopo geral do curso para que atenda às necessidades dos alunos
iniciantes (e talvez com isso aborrecer os alunos adiantados que já estudaram o
pneu).
2. Criar um módulo de nivelamento para os alunos iniciantes para que possam equiparar
seus conhecimentos aos prerequisitos de entrada no curso.
Mas quando se cria os itens de avaliação com base nos objetivos, sejam no nível da tarefa
de aprendizagem, etapas/objetivos específicos ou prerequisitos, sua correspondência se
mantém precisa. Assim, a construção da instrução vem depois da elaboração da avaliação, e
busca levar os aprendizes a alcançar cada objetivo.
Para o autor, essa abordagem revela uma filosofia educacional contextualizada e pragmática
que aproxima a aprendizagem e as avaliações das circunstâncias reais em que serão
futuramente relevantes.
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U NIDADE 15
Objetivo: Discutir sobre a fase de Análise do Design Instrucional, especificamente sobre a
classificação dos objetivos e prerequisitos da tarefa de aprendizagem.
Para Tractenberg (2006), o terceiro passo da análise da tarefa consiste na classificação dos
objetivos e prerequisitos de acordo com o tipo de aprendizagem que demandam. Aprender a
apertar um parafuso é bem diferente de aprender a redigir um texto científico. As
competências envolvidas são diferentes. Essa classificação dos tipos de conhecimento ajuda
a selecionar as estratégias didáticas mais adequadas, segundo pesquisas da Psicologia, que
é rica em modelos para compreender os diferentes tipos de cognição. A seguir é exposta
uma lista dos tipos de aprendizagem baseada na teoria de Gagné.
Habilidades psicomotoras
Exemplos: Andar, nadar, segurar uma colher, manejar palitos chineses, jogar tênis,
jogar uma bola num cesto, digitar etc.
Métodos didáticos indicados: Prática física repetida, podendo ser auxiliada por
estratégias cognitivas. Por exemplo: o atleta imagina seu movimento, faz o saque, e
avalia o resultado frente ao movimento que fez efetivamente.
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Exemplos: Lista dos estados brasileiros, datas históricas, ditados populares,
informações pontuais: “o formulário B está na segunda gaveta”.
Discriminações
Exemplos: O bebê que reconhece o rosto ou a voz da mãe, o menino que coloca
formas geométricas de brinquedo nos devidos encaixes, a recepcionista que identifica
o idioma falado por turistas, o cozinheiro que sente quanto tempero a mais é preciso
colocar na sopa etc.
Conhecimento conceitual
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Métodos didáticos: Atividades que levem o aprendiz a discriminar os atributos
intrínsecos do conceito e generalizar / induzir características de objetos particulares.
Por exemplo: exemplos e contra-exemplos, discussão sobre características essenciais
e não essenciais manipulação e comparação entre objetos (no caso de conceitos
concretos).
Princípios
Princípios são prescrições de relações entre dois ou mais conceitos. Geralmente são
descritos em termos de causa – efeito.
Procedimentos
São métodos predefinidos para fazer algo ou lidar com uma situação.
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Métodos didáticos: Listar claramente os passos que devem ser seguidos, explicitar
os pontos de decisão do procedimento. O aluno deve de modo geral: a) reconhecer as
situações em que o procedimento se aplica b) lembrar do procedimento, c) aplicá-lo,
d) decidir em momentos relevantes, e) se certificar de que o procedimento foi bem
aplicado e os resultados alcançados.
o Decompor em subproblemas
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U NIDADE 16
Objetivo: Discutir sobre a fase de Análise do Design Instrucional, especificamente sobre a
classificação dos objetivos e prerequisitos da tarefa de aprendizagem.
Atitude
Estratégias cognitivas
São procedimentos, técnicas e habilidades que podem ser utilizadas para melhorar o
rendimento nos estudos (aprender a aprender) ou na organização pessoal.
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Exemplos: Diferentes métodos de leitura (rápida, analítica), sistemática para
resolução de problemas, ensaios e experimentos, organização pessoal, técnicas para
anotações, uso de agenda, manejo da motivação pessoal etc.
Exemplos: Comunicação verbal e não verbal, dar e receber feedback, escuta ativa,
assertividade, administração de conflitos, negociação, liderança etc.
Nem sempre é possível estabelecer uma classificação precisa para um determinado tipo de
aprendizagem, e muitas vezes um mesmo objetivo pode ser considerado como pertencente a
mais de uma categoria. Nossa classificação depende do modelo teórico que utilizamos para
descrever os tipos de inteligência ou atributos cognitivos.
Exemplos de outros modelos seriam a taxonomia de Bloom, também usada com frequência
no Design Instrucional, ou mais recentemente a teoria das inteligências múltiplas de Howard
Gardner. Conforme as características do projeto, o designer instrucional precisa pesquisar
sobre os tipos de aprendizagem envolvidos, os modelos que os descrevem apropriadamente
e as estratégias didáticas sugeridas pela literatura da área. O DI não se coloca como um
substituto ao conhecimento especializado sobre didática, mas serve como um quadro de
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referência e oferece certos princípios fundamentais sobre aprendizagem e estratégias
instrucionais.
Para que os aprendizes sejam capazes de chegar ao objetivo geral, é necessário dominar os
seguintes objetivos específicos: Sobre as implicações da análise da tarefa responda:
Para que os aprendizes sejam capazes de chegar ao objetivo geral, é necessário dominar os
seguintes objetivos específicos:
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Realizar a análise do contexto, do público-alvo, suas necessidades de aprendizagem e as
devidas implicações para uma solução;
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instrucional.
(continuação)
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Conhecer o formato ABCD para Conceito abstrato / procedimento
formulação de objetivos instrucionais.
(continua 2/3)
(continuação)
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Conhecer as diferentes formas de Conceito abstrato / princípio
agrupamento e suas características.
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Inicialmente os aprendizes devem identificar sob quê circunstâncias é adequado utilizar a
metodologia do DI para se criar instrução;
Os problemas devem ser aprendidos através de experiência prática, uma vez que os
aprendizes tenham acesso aos conceitos, princípios e procedimentos necessários;
A discussão dos conteúdos com professores e colegas ajudaria no desenvolvimento de uma
perspectiva crítica quanto às teorias e práticas associadas ao DI.
Caro (a) colega de curso, permita-me chamá-lo(a) assim (afinal aqui queremos construir
um ambiente de aprendizagem colaborativa e para isso estaremos trocando experiências),
Até agora vimos ao longo das unidades a etapa de Análise do Design Instrucional.
Proponho uma atividade no fórum denominado “Etapa de Análise do Design Instrucional”,
onde você poderá relatar a sua impressão sobre essa fase, fazer também comentários
sobre os paradigmas de aprendizagem e o projeto instrucional. Até lá.
Atenciosamente,
Beatriz Gobbi
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Agora que você já teve a oportunidade de entender a etapa de Análise do Design
Instrucional, vá até a lista de exercícios e resolva a de número 2.
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U NIDADE 17
Objetivo: Discutir sobre a fase de Planejamento do Design Instrucional.
O Planejamento da instrução
Para Peters no ensino on-line (apud FILATRO, 2007), além da exploração direcionada de
conteúdos, exige-se combinações apropriadas de desafio e orientação, diálogo e
personalização, autonomia e estrutura. O foco desloca-se da seleção de conteúdos,
estratégias instrucionais e técnicas de aferição de conhecimentos para a projeção de
ambientes favoráveis à aprendizagem, que retratem a flexibilidade e a multiplicidade inerente
ao contexto educacional.
O grande desafio da EAD para Correa (2007) é gerar materiais que criem desafios cognitivos
para os alunos, que promovam atividades significativas de aprendizagem, enfim, que
promovam o desenvolvimento de novas competências necessárias no campo de ação.
Portanto, a qualidade do material refere-se aos conteúdos, às atividades e, não depende
unicamente do suporte tecnológico a ser utilizado. Além disso, é necessário que se avaliem
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os diferentes tipos de materiais desenvolvidos de acordo com a metodologia própria para
cada tipo de mídia, assim como a articulação dos materiais entre si de modo a garantir uma
real efetividade do fluxo de aprendizagem proposto.
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Que tipo de sequência dos conteúdos e as etapas instrucionais deve ser utilizada?
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U NIDADE 18
Objetivo: Discutir sobre as mídias e estratégias instrucionais da fase de Planejamento do
Design Instrucional, especificamente a respeito do professor e do tutor.
Para Tractenberg (2006) diferentes mídias e formas de interação podem ser utilizadas com
propósitos educacionais. Mesmo quando a instrução depende essencialmente de um
professor, este costuma ter como suporte o quadro negro/branco, livros didáticos, slides,
vídeos, áudios etc.
Antes de abordar o tema, vamos definir o termo mídia. Segundo o Dicionário Houaiss da
Língua Portuguesa1 “mídia é todo suporte de difusão da informação que constitui um meio
intermediário de expressão, capaz de transmitir mensagens”. Ainda segundo este mesmo
dicionário, esses meios abrangem, por exemplo, o rádio, o cinema, a televisão, os meios
eletrônicos e telemáticos de comunicação em que se incluem também as várias telefonias.
As mídias instrucionais também podem ser utilizadas de modo independente, sem o apoio
direto de professores. É a chamada “autoinstrução”. Nestes casos costumam se usar kits
completos com apostilas, fitas cassete, CD-ROM etc
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Professores
Professores têm alto poder para chamar e manter a atenção dos alunos.
O ser humano não é confiável para fazer a mesma coisa várias vezes, exatamente da
mesma forma.
Tutor
Nos ambientes de educação a distância, o papel do professor migra da antiga figura central
do provedor da informação para um agente interativo, que atua como mediador e catalizador
do processo de aprendizagem do aluno.
Portanto, pode-se dizer que o modelo de educação a distância altera o foco anteriormente
centrado no professor para o aluno. O professor deve perceber-se como um dos agentes do
processo de aprendizagem do aluno. Ele atua ajudando o aprendiz a articular-se com os
diversos elementos de seu processo de aprendizagem.
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Para Pestana (2007) instrutores presenciais que pretendam atuar como professores a
distância, via computador, devem possuir algumas habilidades. Estas habilidades podem ser
adquiridas por ações de capacitação, complementadas por experiência na atuação como
tutores auxiliares de cursos a distância e por uma mudança Interna de postura diante das
especificidades da EAD.
Podem ser destacadas como principais alterações nos papéis desempenhados pelo
professor (PESTANA, 2007):
O professor não tem mais total controle do ambiente de ensino: ele passa a
compartilhá-lo com o aluno como um coaprendiz;
________________
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1
- Dicionário on-line disponível em:
<http://houaiss.uol.com.br/busca.jhtm?verbete=m%EDdia&stype=k>. Acesso em 24 julho de
2008.
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U NIDADE 19
Objetivo: Discutir sobre as mídias e estratégias instrucionais da fase de Planejamento do
Design Instrucional, especificamente sobre o conteúdo escrito
Para Tractenberg (2006), depois da instrução mediada por seres humanos, o meio impresso
é o mais utilizado. Esta mídia inclui textos com ou sem elementos gráficos, encadernados ou
presos juntos em um livro, livreto, apostila ou manual. Dentre os atributos dos impressos
podem ser destacados os seguintes:
São relativamente baratos para se produzir e duplicar – a não ser que seja um produto
com muita sofisticação material;
São portáteis;
Seu formato, com páginas numeradas e acesso ao conteúdo através de índices, tem
alta usabilidade;
Livros e apostilas têm durabilidade de vários anos e podem ser reutilizados por várias
pessoas;
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Ele pode receber anotações pessoais;
Um impresso é sensível à habilidade de leitura do aprendiz, que deve ter aptidão para
entendê-lo;
Impressos, sem textos mas com ilustrações explicativas, podem atender a públicos de
diferentes idiomas ou mesmo analfabetos;
Até o momento os impressos são considerados como o melhor meio para ler grandes
quantidades de texto.
Mesmo nos cursos de EAD, Franco (2007) destaca que os materiais impressos ainda se
configuram com mídia mais utilizada. Nesse tipo de curso ainda, pode-se utilizar os
conteúdos em meio eletrônico (disponibilizado diretamente no AVA, ou por meio de CD-
ROM, etc). Para o autor, ao produzi-los é preciso pensar numa abordagem pedagógica que
desenvolva a capacidade reflexiva do aluno, integrando o conhecimento teórico e prático
relacionado ao seu contexto de atuação. Esse material deve refletir a preocupação com a
mediação pedagógica que resulte na produção de conhecimento do aluno.
Para o autor, em geral, ao se produzir esse material, há uma preocupação com a sua
estruturação, que, muitas vezes, pode estar sob a forma de módulo ou unidade. É importante
lembrar que a estruturação do material impresso está diretamente relacionada à matriz
curricular do curso. A estrutura deve refletir a organização da apresentação dos conteúdos.
Tradicionalmente, costuma-se adotar uma organização que implica a seguinte sequência:
módulo, unidade e seções. Isso significa que o módulo pode conter diferentes unidades que
representam capítulos ou estruturas temáticas. Essas unidades podem conter diferentes
seções que organizam o conteúdo abordado de forma objetiva e sistemática. A organização
deve ser flexível e adaptada aos contextos e às realidades de cada curso.
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Espera-se, assim, que, ao concluir cada unidade, o aluno poderá refletir sobre os conceitos
nela apresentados e relacioná-los a outras unidades e ao seu cotidiano com maior
propriedade. É importante que cada unidade seja clara, sintética, para que, ao ler, o aluno
tenha a visão objetiva do que vai estudar. Cada unidade deve:
Apresentar o conteúdo;
Propor atividades.
O corpo da unidade, que deve ter uma clara divisão em seções e atividades;
O final da unidade, que deve ter: uma verificação do que os alunos devem ter feito;
uma atividade de aprendizagem para avaliar se o material foi assimilado (produção
que conduza à reflexão sobre o seu fazer).
As ilustrações a ser incluídas no texto ( diálogo com outros gêneros textuais como
jornais, charges, etc.);
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A produção do material conforme modelo preestabelecido e padrões de diagramação.
Todas essas observações sobre a produção do material impresso e/ou eletrônico são
utilizadas na etapa de Desenvolvimento do Design Instrucional, ou seja, na hora de produção
do material instrucional propriamente dito. A qualidade desse tipo de material é suma
importância para vir a se atingir aos objetivos propostos para a instrução. Assim, na próxima
unidade discutiremos sobre a produção de material impresso e/ ou eletrônico para EAD.
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U NIDADE 20
Objetivo: Discutir sobre as mídias e estratégias instrucionais da fase de Planejamento e
Desenvolvimento do Design Instrucional, especificamente sobre o conteúdo escrito (que
pode ser disponibilizado em meio impresso e/ou eletrônico) –Oobservações sobre a sua
produção.
Nesta unidade serão abordadas as características que devem ter o material escrito impresso
e/ou eletrônico. Tais características englobam conceitos de EAD, tipos de linguagem,
conceitos de texto, estilo de escrita e texto, estrutura e organização dos conteúdos,
avaliação, entre outros. Veja as observações de Franco (2007):
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Estilo adotado na produção impressa e/ou eletrônica
Ao produzir material para EAD, o designer instrucional deve lembrar que é necessário
incorporar ao seu texto aspectos que remetam à relação face a face entre professor e aluno.
É preciso que o texto tenha características que privilegiam o aspecto interativo.
Linguagem
O profissional de Design Instrucional deve lembrar que o aluno não está na sua presença.
Sendo assim, o texto deve ter uma linguagem de fácil compreensão e adequada às
habilidades de leitura do aluno. Deve ser autoexplicativo e orientar o aluno na sua leitura.
Para uma linguagem mais clara e objetiva, é importante observar os seguintes aspectos:
A voz passiva deve ser evitada, dando-se preferência a construções ativas e diretas;
Excesso de palavras impessoais deve ser evitado (como isto, aquele, esse, este, etc.);
Preferir palavras que sejam mais familiares ao aluno; escolher palavras concretas,
mais significativas.
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Como organizar o texto pensando na aprendizagem do aluno?
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U NIDADE 21
Objetivo: Discutir sobre a fase de Planejamento do Design Instrucional, especificamente a
respeito dos ambiente virtuais de aprendizagem.
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Santos (2003) vai além, e entende que um ambiente virtual de aprendizagem é um espaço
inesgotável de significação onde os agentes e objetos técnicos interagem potencializando e
propiciando a construção de conhecimentos, logo a aprendizagem.
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Há no mercado alguns AVA’s que se diferenciam pelo layout, navegabilidade, disponibilidade
de recursos e ferramentas. Veja no quadro abaixo alguns exemplos:
ENDEREÇO NO
AVA ORGANIZAÇÃO AUTORA / Autor
CIBERESPAÇO
Martin Dougiamas
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Com relação ao perfil dos alunos:
Com relação à disciplina e as ferramentas do LMS necessárias para atingir meus objetivos
pedagógicos:
O conteúdo será gerado apenas por mim, ou construído coletivamente com meus
alunos? Neste último caso, de que ferramentas o sistema dispõe?
Que tipo de atividades planejo realizar com meus alunos: exercícios, testes, desafios,
estudos de caso, etc.? Em que área(s) do AVA posso disponibilizar essas atividades?
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Como e quando os alunos serão avaliados? Que instrumentos de avaliação pretendo
utilizar? Há ferramentas de avaliação no sistema? Quais são elas e o que me
permitem fazer: autoavaliação, testes, exercícios discursivos, etc.?
Quem é o suporte técnico? Como acessá-lo? Este está disponível o tempo todo (24
horas/7dias por semana) para atender as minhas necessidades, assim como às dos
meus alunos?
Essas são as questões básicas orientadoras para a escolha do AVA e de suas ferramentas.
Há possibilidade ainda da Instituição, ou agente promotor da instrução utilizar um AVA feito
sob medida.
Para Gomes (2007) a decisão de produzir um ambiente virtual para um curso de EAD, ou
simplesmente aproveitar um previamente produzido é complexo. Devem ser levados em
consideração os custos de desenvolvimento, o tempo de produção do software, o nível de
personalização desejado, a necessidade de ferramentas. Para ele, esses fatores determinam
a necessidade de se criar o AVA próprio para o desenvolvimento do curso.
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características.
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U NIDADE 22
Objetivo: Discutir sobre as mídias e estratégias instrucionais da fase de Planejamento do
Design Instrucional, especificamente sobre as ferramentas de cooperação e interação
Fórum
Lista de discussão
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Como ferramenta pessoa-pessoa, permite o envio de mensagens personalizadas, sendo
bastante útil para transmitir respostas de avaliações ou avisos que devam ser dados de
forma diferenciada para cada aluno. A lista de discussão é utilizada para promover o debate
de um tema entre os participantes do grupo, como um fórum em que os participantes
acompanhem a discussão através do seu e-mail pessoal sem ter de acessar a página do
curso. Pode ser moderada, quando o e-mail é redirecionado para os demais participantes
depois de aprovado pelo moderador do grupo; ou livre, neste caso o e-mail é redirecionado
para todos os participantes do grupo automaticamente após ser enviado.
Mural
Ferramenta assíncrona de comunicação que faz, como o próprio nome diz, uma analogia
com os murais de avisos presentes nas instituições. Por essa razão, não se tem a troca de
mensagens, servindo apenas para a transmissão direta de uma informação, relacionada ou
não com o tema do curso, para todo o grupo de participantes.
Wikis
Geralmente um wiki não possui nenhuma espécie de moderação, toda alteração feita pelo
usuário é publicada diretamente e, por isso, essa ferramenta utiliza um sistema de controle
de versões, que permite que o moderador do grupo restaure uma versão anterior a qualquer
momento, ou ainda no caso de um curso a distância, permite que o tutor saiba exatamente
qual foi a intervenção feita no texto por cada aluno em cada momento específico.
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Chat
Ferramenta síncrona de comunicação que tem a finalidade de simular uma sala em que
várias pessoas se encontram para conversar sobre um tema qualquer. Utilizada dentro do
ambiente do curso para promover conversas entre os alunos ou entre alunos e tutores sobre
temas gerais ou específicos do curso. Com este intuito, pode-se ter dois tipos de salas de
chat, uma que fique disponível o tempo todo. Essa sala não precisa ter nenhum tipo de
monitoria, já que os assuntos tratados nela não serão relacionados ao tema do curso. Outro
tipo é a sala de chat marcada pelo tutor com antecedência para tratar de um tema específico
do curso. Essa sala precisa ter uma monitoria do que está sendo postado por cada usuário,
uma vez que esse material pode servir como critério de avaliação do aprendizado do aluno,
como avaliação do próprio tutor ou do curso em si.
Esta é uma ferramenta de difícil controle, uma vez que muitas vezes as mensagens dos
participantes ficam fora de contexto, pois uma intervenção depende da leitura, da reflexão,
da elaboração e da postagem da resposta, e este processo depende do ritmo de cada
participante. Além disso, ritmos de resposta diferenciados podem gerar subgrupos de
discussão em uma mesma sala, além de outros problemas relacionados com o
distanciamento entre perguntas e respostas.
Quadro branco
Com esta ferramenta os alunos e tutor compartilham uma tela branca onde podem escrever
desenhar, colar dados que são compartilhados com os demais participantes. Isso é
particularmente interessante quando, durante um módulo, se faz necessária a construção de
gráficos ou esquemas. Assim como o chat, esta é uma ferramenta que pode fugir facilmente
ao controle, pois muitas vezes possibilita uma interação não monitorada. Para tanto, podem
ser estabelecidas algumas regras, como quem pode escrever no quadro, quando escrever no
quadro, cores a ser utilizadas por cada participante e quem vai apagar o quê. Estabelecidas
essas e outras regras que sejam necessárias, o quadro branco se torna uma ferramenta
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bastante útil para promover a interação entre os participantes. Normalmente exige o uso de
um software específico, fornecido para instalação, uma vez que sua programação é bastante
elaborada e deve garantir a integridade dos dados inseridos no quadro.
Diário de Bordo
Esta ferramenta tem como objetivo simular um diário, em que o aluno possa entrar com a
anotação que desejar sobre qualquer parte do curso. Dependendo dos recursos de
programação e do banco de dados utilizados, o aluno poderá fazer referência direta a uma
determinada parte do curso, poderá acrescentar vídeos, sons ou imagens. Por ser uma
ferramenta pessoal, ela não deve ser monitorada e deve garantir que mesmo os outros
alunos não possam ver anotações uns dos outros.
Porftólio
Mapas Conceituais
Mapa conceitual é uma forma de representar, através de um gráfico, uma ideia textual. Esse
recurso pode ser utilizado para auxiliar o aluno na hora de estudar o conteúdo do curso, ou
pode ser entregue como um trabalho de uma unidade, ou ainda pode ser usado pelo tutor e
pela coordenação na hora de estabelecer como está sendo feita a interação aluno-ambiente,
tutor-ambiente, tutor-aluno, aluno-aluno.
Material de Apoio
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Como o próprio nome diz, consiste em uma seleção de materiais feita pelo tutor ou
coordenador, com o objetivo de auxiliar o estudante de modo geral ou de estruturar o
conteúdo do curso. O material selecionado para esta parte pode conter indicações de sites,
textos, manuais de uso, indicações de bibliografia ou qualquer outro material que venha a
facilitar a vida do estudante. Geralmente para esta parte pode ser acrescentado qualquer tipo
de material, pois a programação e a estruturação do banco de dados necessários são bem
simples, e vários são os exemplos adaptáveis presentes na internet.
FAQs
FAQs (Frequently asked questians) consiste de uma listagem de respostas às duvidas mais
comuns apresentadas pelos usuários de um determinado site (não somente de ambientes de
EAD). Em geral, esta é uma ferramenta de livre acesso, pois ela também pode conter
respostas às duvidas referentes ao funcionamento geral do curso, e isso pode auxiliar na
captação de novos alunos.
Todos estes materiais são produzidos pela coordenação do curso, com o objetivo de auxiliar
o estudante ou o tutor com o ambiente. Por se tratar de textos, geralmente são arquivos
anexados em alguma parte do site para que possam ser baixados pelo usuário a qualquer
momento. A principal diferença destes materiais é o objetivo para o qual eles são escritos.
Um tutorial contém informações específicas sobre como realizar uma determinada função ou
tarefa. Apresenta um texto mais simples e direto com imagens que indiquem todo o caminho
a ser seguido. Os guias, por sua vez, apresentam o curso para o estudante/tutor, o ambiente
em que o curso será desenvolvido, os materiais que serão utilizados, os objetivos e algumas
regras que devem ser seguidas.
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U NIDADE 23
Objetivo: Discutir sobre as mídias e estratégias instrucionais Da fase de Planejamento do
Design Instrucional, especificamente sobre as atividades
Atividades
Atividades intratextuais
Essas atividades têm o propósito de orientar a aprendizagem do aluno. São questões que
propõem a reflexão do aluno ao longo do texto e:
Podem aparecer quando surge algum novo termo, conceito ou informação que requer uma
reflexão do aluno. Alguns conceitos costumam ser claros para quem escreve. É importante
lembrar que o especialista não está frente a frente com o aluno; portanto, é necessário
conduzi-lo à reflexão sobre determinados conceitos para que possa produzir conhecimentos.
Atividades de recapitulação
São compostas por perguntas que permitam ao aluno pensar sobre o que acabou de ler.
Geralmente podem aparecer ao final de alguma seção ou subdivisão do texto.
Resumos ou esquemas
Contribuem para o aluno verificar se compreendeu o texto lido. O esquema tem o objetivo de
apresentar a ideia de conjunto do texto, sendo uma boa atividade de compreensão do que foi
lido.
Perguntas problema
Atividades de síntese
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Buscam desenvolver a capacidade de síntese do aluno. São questões que exigem respostas
curtas e precisas.
São atividades mais preocupadas com a fixação do que foi estudado. Por exemplo,
exercícios de combinação, de múltipla escolha, de listar, de preencher espaços em branco,
colocar itens em ordem, etc.
As atividades devem ter objetivo claro, ser estimulantes, provocativas e preparar o aluno
para o que vem pela frente. Seu título deve ser chamativo, curto e criativo. O profissional de
Design Instrucional deve ter o cuidado para não desenvolver atividades longas que exigirão
muito tempo de dedicação, tornando-se, assim, monótonas e sem função para a
aprendizagem. Elas não devem gerar a quebra dos estudos, e sim complementar e desafiar
o aluno. O enunciado deve ser claro, objetivo, orientando o aluno sobre o que deve ser feito.
Abordaremos nas próximas unidades mais exemplos de mídias que podem ser utilizadas
numa solução de instrução.
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U NIDADE 24
Objetivo: Discutir sobre as mídias e estratégias instrucionais da fase de Planejamento do
Design Instrucional, especificamente sobre slides e vídeos
Slides e Vídeos
Slides
Outro recurso que pode ser utilizado são os slides. Eles são projeções
essencialmente estáticas com textos, imagens ou gráficos. Podem ser
analógicos quando projetados através de filmes fotográficos ou
transparências de acetato ou digitais quando criados ou projetados com o
uso de computadores. Sobre os slides Tractenberg (2006) citar as seguintes características:
1. Os slides analógicos em filme fotográfico são utilizados sempre que é preciso projetar
imagens com alta resolução, como por exemplo, no treinamento de médicos na
interpretação de radiografias. Nesse tipo de aprendizagem a discriminação visual
precisa é o fator a ser treinado. O mesmo resultado não consegue ser obtido com
mídias de resolução baixa.
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4. Slides de modo geral fornecem imagens com cores intensas e brilho, fatores que
chamam a atenção do olhar humano.
Audiovisuais
1. O vídeo possui recursos como câmera lenta, câmera rápida e zoom dentre várias
possibilidades para facilitar a percepção visual.
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6. Vídeos não são indicados para a apresentação de grandes quantidades de texto, pois
o tempo de leitura não fica sob o controle do expectador, além de possuir, em geral,
resolução mais baixa que outras mídias.
Quando se trata de vídeo como recurso na Educação a distância Cordeiro (2007) identifica
vários tipos de modelos como, por exemplo, os vídeos de demanda específica, em que o
aluno pode selecionar as imagens que quer assistir a videoconferência e a videoconferência
ao vivo que possibilita maior participação do aluno. O autor apresenta os seguintes modelos
e modos de utilização do vídeo como recurso didático:
Videolição - Considerada como uma aula expositiva utilizada de forma exaustiva sobre
determinado tema. A videolição pode ser utilizada em temas mais complexos em que seja
necessário algum estímulo como movimento- som -conteúdo.
Vídeo como função informativa - É utilizado quando se tem como objetivo principal a
demonstração da realidade, assim como os seus atributos de máxima objetividade e de cópia
exata da realidade. O que traz alguns questionamentos e comparação com a afirmação de
que a fotografia é apenas um recorte da realidade, e o vídeo faz essa mesma trajetória.
Vídeo como função motivadora - Tem por objetivo motivar aquele que assiste. Neste caso
específico, a imagem midiática tenta demonstrar que, mais do que a palavra, ela pode
provocar afeto e emoções através de suas imagens.
Vídeo como função investigativa - Neste caso, o vídeo é o instrumento mais indicado
porque permite maior aproximação do objeto a ser estudado. O vídeo investigativo tem sua
função muito próxima com a função informativa' com um caráter diferencial que é o de
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pesquisar de forma mais efetiva o fenômeno no qual objetivamente o autor tenha a intenção.
Compreender esta função significa perceber todas as suas potencialidades e considerar as
produções e as várias formas de interação com os objetivos propostos.
Vídeo de opinião - É utilizado para apresentar ideias ou para apurar fatos de determinados
assuntos, envolvendo vários atores que tenham conhecimento sobre um mesmo tema. Por
exemplo, ética no trabalho de um médico, consumo de drogas, violência doméstica, etc.
Depois de entrevistar os vários sujeitos, deve-se tentar traçar as concordâncias e as
divergências, de modo a expor de maneira mais clara os vários pontos de vista sobre o tema.
Mesa-redonda ou debate - é utilizado para suscitar opiniões sobre temas predefinidos com
a confrontação de ideias entre os participantes. É um bom recurso para a utilização nos
vídeos educativos, porque desperta questionamentos e criticidade, o que colabora para a
eficácia do processo de ensino e aprendizagem.
Teleconferência e Videoconferência
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ocorra em tempo real e com interatividade, com pessoas que podem se ver e ouvir
simultaneamente. Há possibilidade de o professor explicar conceitos e ao mesmo tempo
colocar um gráfico ou vídeo na tela. A videoconferência permite ainda que os alunos em
salas distantes tirem suas dúvidas e interajam com o professor (TRACTENBERG, 2006)
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U NIDADE 25
Objetivo: Discutir sobre as mídias e estratégias instrucionais da fase de Planejamento do
Design Instrucional, especificamente sobre o uso do computador como recurso educacional
da EAD
Computadores
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Computer Mediated Communication – Comunicação Mediada por Computador. O
computador é utilizado como facilitador da comunicação, por meio de recursos como o
e-mail e chats.
Permitem integrar diversas outras mídias como textos, vídeos, áudios, slides etc;
Conseguem manter um alto nível de controle sobre o que o aprendiz tem permissão
para visitar, ou pode colocar este controle nas mãos dele;
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Permitem a tradução entre mídias como, por exemplo, à impressão de textos digitais
em papel, a conversão de textos digitais ou impressos em áudio (através de
programas leitores de tela usados por deficientes visuais), etc;
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U NIDADE 26
Objetivo: Discutir sobre as mídias e estratégias instrucionais da fase de Planejamento do
Design Instrucional, especificamente sobre o tipo de agrupamentos
Agrupamentos
Tipos de agrupamento
Instrução Individual
Nela o aluno trabalha sozinho com os materiais didáticos. Métodos autoinstrucionais são
adequados em situações onde há grande diversidade no tempo de aprendizagem de cada
indivíduo e se deseja oferecer estratégias didáticas adaptadas às necessidades particulares.
Exemplos:
Cursos por correspondência em que os alunos recebem apostilas em casa, estudam por
conta própria, compram fitas cassete e vídeos, conforme sua preferência e tiram dúvidas por
carta, e-mail, fax ou telefone. Fazem provas também a distância e recebem sua certificação.
Livros didáticos para autoinstrução de idiomas com textos, exercícios de aprendizagem com
fita cassete ou CD-ROM.
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Tutorial
O termo tutorial se refere à situação onde um professor trabalha com apenas um aluno. A
instrução tutorial enfatiza a prática de aprendizagem com acompanhamento próximo.
Exemplos:
Orientação de monografias.
Instrução em grupo
Grupos pequenos
Grupos médios
O professor interage com uma turma de alunos. Ele apresenta conteúdos, os alunos fazem
exercícios e respondem a questões colocadas. Frequentemente é permitido interromper o
professor para tirar dúvidas. Esta é a forma mais comum de instrução. Quase a totalidade
das disciplinas no colégio ou faculdade são ensinadas com esta forma de agrupamento.
Palestra
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São amplamente usadas para transmitir informações a grupos de porte médio ou grande.
Têm caráter expositivo, e os expectadores não podem seguir pelo seu próprio ritmo como
fariam sozinhos ou com um tutor. Palestras oferecem menor possibilidade de interação entre
o palestrante e a audiência. Por outro lado, oferecem um modo prático de apresentar ideias e
transmitir informações para grande quantidade de pessoas em reduzido intervalo de tempo.
Grupos on-line
Assim como na tutoria presencial ou a distância, via correio, também é possível que um
professor acompanhe individualmente seus alunos.
O contato através de ambientes on-line oferece dinâmicas por vezes diferentes daquelas
com as quais estamos acostumados no presencial. Um aluno tímido em sala de aula, pode
se mostrar muito participativo em ambiente on-line, enquanto alunos extrovertidos,
acostumados ao contato face-a-face podem sentir falta do mesmo.
Outro fenômeno interessante é a chamada valentia do teclado pelo qual em fóruns e listas de
discussão as pessoas chegam a se agredir com palavras com frequência maior do que o
fariam em ambientes presenciais.
Tudo isso precisa ser bem conhecido quando acompanhamos os aprendizes em ambientes
on-line.
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Escolha da forma de agrupamento
Alguns autores sugerem que todos os objetivos que puderem ser alcançados através de
instrução individualizada devem ser realizados deste modo por motivos econômicos e devido
à possibilidade de controle por parte do aluno quanto ao ritmo de sua própria aprendizagem.
Estudos indicam que estudantes com lócus de controle interno progridem melhor sozinhos,
enquanto aqueles com lócus de controle externo têm melhores resultados quando trabalham
em grupos.
Finalmente, as preferências dos estudantes também devem ser consideradas sempre que
possível ao se escolher o tipo de grupamento.
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articulação dos conteúdos, o tipo de sequência e as etapas específicas pelas qual nossa
solução será implementada. Esse assunto será abordado na próxima unidade.
U NIDADE 27
Objetivo: Discutir sobre as mídias e estratégias instrucionais da fase de Planejamento do
Design Instrucional, especificamente sobre a forma de articulação do conteúdo e tipos de
sequência
Articulação de conteúdos
O terceiro nível seria o da fusão, onde dois ou mais assuntos são reunidos sob uma mesma
legenda. Este seria o caso dos “estudos sociais” no ensino fundamental, onde aprendemos
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tópicos sobre Geografia, História e Sociedade. Contudo ainda neste nível os temas se
apresentam de modo pouco relacionado. Definida a forma de sequência do conteúdo, deve-
se pensar na organização das unidades.
Tipos de sequência
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Aqui é importante relembrar as orientações dadas sobre como produzir material impresso
e/ou eletrônico para EAD, conteúdo trabalhado na unidade 20 do nosso conteúdo.
Introdução
Aqui os aprendizes são preparados para a lição, sendo incentivados a lembrar seus
conhecimentos prévios. Também se estabelecem expectativas quanto aos objetivos. Na
introdução é preciso:
Prever a lição
Corpo
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Exercitar habilidades e conhecimentos
Conclusão
Revisão da lição
Remotivação
A falta de conhecimento sobre Design Instrucional por parte dos profissionais de Educação e
Treinamento constitui um problema que pode ser atendido mediante instrução.
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Os tipos de aprendizagem relacionados aos objetivos e prerequisitos e suas abordagens
didáticas recomendáveis;
Obs.: Uma solução completa para o problema exigiria um currículo composto de diversas
disciplinas que pudessem promover todas as competências necessárias à formação de
designers instrucionais. O curso ora introdutório constitui um primeiro passo rumo a um
currículo completo.
Descrição
A solução consiste em um curso on-line sobre o Design Instrucional. O módulo faz parte de
um curso de especialização em Educação a distância, o que contribuí para a formação do
designer instrucional. O módulo apresenta as seguintes características:
Mídias
A principal mídia de interação será o ambiente virtual de aprendizagem Campus On-line, que
oferece os seguintes recursos: publicação de conteúdos, fóruns de discussão, dúvidas ao
tutor, dentre outros.
Agrupamento
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módulo e passa a fazer parte do grupo, de aproximadamente 30 alunos. O aprendiz
desenvolve o seu estudo conforme e realiza as atividades, tendo o suporte do tutor.
Estratégias didáticas
Leitura de textos.
Tutoria
A metodologia da ESAB prevê que o aluno para finalizar o estudo on-line do módulo seja
aprovado na avaliação on-line com nota igual ou superior a 7(sete). Nos cursos de pós-
graduação há necessidade de obtenção de aproveitamento mínimo de 70%.
(continua 1/5)
(continuação)
Prerequisitos de conhecimento:
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Navegação na Internet.
Obs.: Apesar do caráter introdutório previsto para o curso, aqueles que tiverem experiência
com o desenvolvimento de cursos, materiais didáticos ou projetos educacionais
provavelmente terão um melhor aproveitamento devido ao seu contato com os problemas
que o DI busca atender e portanto uma percepção mais precisa de sua relevância.
Prerequisitos tecnológicos:
Sequência e programa
O curso está estruturado em 30 unidades, propiciando que cada aprendiz faça o seu
planejamento e estabeleça a sua programação de estudos.
Atividade Para sua Reflexão: Agora pense na sua experiência como discente. É a sua
primeira experiência num curso a distância? Quais características você identifica no curso da
ESAB? E os outros cursos, quais características eles apresentavam? Esse é um primeiro
exercício para sua reflexão.
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Recurso: Vídeo de Boas Vindas e Apresentação
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DI. Agora é hora de você interagir com os colegas de curso. Apresente-se no fórum “Troca
de experiências - EAD”. Fale resumidamente suas intenções em realizar esse curso, a
experiência em educação, cursos a distância e Design Instrucional.
(continua 2/5)
(continuação)
Unidade 20: Texto Material Impresso e/ou eletrônico: Observações sobre a sua produção
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Unidade 27: Texto Articulação de conteúdos
Recurso: Vídeo sobre a finalização da fase de Análise e sobre a fase de Planejamento do Di.
Atividade Fórum: Até agora vimos ao longo das unidades a etapa de Planejamento do
Design Instrucional. Proponho mais uma atividade no fórum “Etapa de Planejamento do
Design Instrucional”, onde você poderá relatar a sua impressão sobre essa fase. Relate a
sua experiência com o docente e/ou tutora de curso EAD. Discorra também sobre os AVAs,
suas ferramentas e navegabilidade. Estarei aguardando você lá!
Atenciosamente,
Beatriz Gobbi
Avaliação da instrução
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Unidade 30- Considerações finais do módulo
(continua 4/5)
(continuação)
Benefícios da solução
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• Especificar as capacidades das tecnologias existentes e emergentes para promover
motivação, visualização, interação, simulação, e individualização. *
• Manter abertura a soluções alternativas até que dados suficientes sejam coletados e
verificados. *
5/5
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Até agora vimos ao longo das unidades à etapa de Planejamento do Design Instrucional.
Proponho mais uma atividade no fórum “Etapa de Planejamento do Design Instrucional”,
onde você poderá relatar a sua impressão sobre essa fase. Relate a sua experiência com
o docente e/ou tutora de curso EAD. Discorra também sobre os AVAs, suas ferramentas
e navegabilidade. Estarei aguardando você lá!
Atenciosamente,
Beatriz Gobbi
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U NIDADE 28
Objetivo: Discutir sobre as fases de Desenvolvimento e Implementação do Design
Instrucional.
Desenvolver
Implementar
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U NIDADE 29
Objetivo: Discutir sobre a fase de Análise do Design Instrucional.
Avaliação da instrução
Avaliar
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Nessa direção, Rodrigues (1998) na sua dissertação de mestrado faz uma revisão da
literatura sobre avaliação de cursos a distância e propõe diretrizes para uma avaliação
consistente de cursos a distância.
A autora explica que os critérios não estão em ordem de importância ou prioridade, embora
todos possam atingir diferentes graus de detalhamento na investigação, uma avaliação
global não estaria completa sem a avaliação dos seguintes itens:
A menção do assunto por vários autores leva a considerar este como um ponto importante
entre os critérios que devam ser considerados. Portanto o primeiro item do modelo de
avaliação tem os seguintes pontos:
Todo o conteúdo, materiais, interações, atividades e avaliações devem ser pertinentes com
as expectativas e possibilidades dos alunos.
Adequação da mídia
Cabe refletir sobre os termos materiais, tecnologias e mídias. Portanto, todos os alunos
devem ter acesso a todas as mídias utilizadas no curso. A adequação implica em:
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As mídias devem explorar, ao máximo, seu potencial de comunicação, buscando
sempre complementar os pontos fortes de uma com as limitações de outra, criando
um mix que seja o melhor para o curso, dentro dos limites do orçamento;
Estratégia pedagógica
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Planejamento
Materiais
Os materiais a serem utilizados em cada mídia devem ser avaliados de forma isolada e em
relação à sua contribuição ao conteúdo do curso, considerando:
Estética;
Linguagem;
Aplicação no curso;
Implementação do curso
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Estrutura do local de recepção das aulas e/ou dos centros de atendimento; e
Satisfação do aluno.
Avaliação
Instituição
Até agora a avaliação utiliza o curso como um recorte necessário para um tratamento
modular. Entretanto, a grande maioria dos cursos é ofertada por uma instituição de ensino. A
influência e os objetivos destas instituições devem ser considerados nos mecanismos de
avaliação. Cabe lembrar ainda que o ensino é regulamentado por uma legislação Federal
que deve ser rigorosamente observada. Portanto tem-se a questão institucional, cujos
critérios de avaliação foram agrupados como exposto adiante:
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O número de alunos atendidos;
Esses são os critérios desenvolvidos pela autora que servem para levantar as informações
necessárias para o processo de avaliação de cursos a distância. Servem no mínimo de
balizadores para o processo de avaliação.
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U NIDADE 30
Objetivo: Tecer as considerações finais
Considerações Finais
Entretanto, não foi nossa pretensão fornecer um modelo ótimo e acabado, aplicável a toda e
qualquer realidade. Pelo contrário, visamos ampliar a reflexão sobre as possibilidades de
articulação entre o caráter teórico e a aplicação prática em situações de ensino-
aprendizagem.
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G LOSSÁRIO
Caso haja dúvidas sobre algum termo ou sigla utilizada, consulte o link glossário em sua sala
de aula, no site da ESAB.
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B IBLIOGRAFIA
FILATRO, Andréa. Design Instrucional Contextualizado. 2. ed. São Paulo: Senac, 2007.
FRANCO, Marco Antonio Melo. Elaboração de material impresso: conceitos e propostas. In:
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