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CCE0905 – INSTALAÇÕES PREDIAIS

- HIDRÁULICAS

Professor: Paulo Vitor R. M. da Silva


SUMÁRIO
 Dimensionamento de tubulações e conexões em
projetos hidráulicos de água fria.

 Estimativa de vazão.

 Exemplo de dimensionamento.
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE
ÁGUA FRIA
 O dimensionamento das tubulações de água fria
devem ser realizadas sempre em concordância
com a NBR 5626, que fixa as exigências e os
critérios para o dimensionamento de canalizações
de água fria.

 Cada tubulação deve ser dimensionada de modo a


garantir abastecimento de água com vazão
adequada, sem incorrer no superdimensio-
namento.
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE
ÁGUA FRIA
 De acordo com a norma, por razões de economia,
é usual estabelecer como provável uma demanda
simultânea de água menor que a máxima
possível.

 No caso de funcionamento simultâneo não


previsto pelo cálculo de dimensionamento da
tubulação, a redução temporária da vazão, em
qualquer um dos pontos de utilização, não deve
comprometer significativamente a satisfação do
usuário.
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE
ÁGUA FRIA
 Especial atenção deve ser dada na redução da
vazão em pontos de utilização de água quente
provocada por vazão simultânea acentuada em
ramal de água fria do mesmo sistema, afetando a
temperatura da água na peça de utilização de
água quente ou de mistura de água quente com
água fria.
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE
ÁGUA FRIA
 Para tanto, recomenda-se projetar e executar
sistemas independentes de distribuição para
instalações prediais que utilizam componentes de
alta vazão, como, por exemplo, a válvula de
descarga para bacia sanitária.

 A mesma recomendação se aplica a tubulações


que alimentam aquecedores.
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE
ÁGUA FRIA
 O “Método de Consumo Máximo Provável”
(Método dos Pesos Relativos) é baseado no cálculo
de probabilidades, bem como na análise prática
de instalações prediais hidráulico-sanitárias com
funcionamento satisfatório.

 Cada peça de utilização necessita de uma


determinada vazão para um perfeito
funcionamento, e essas vazões estão relacionadas
empiricamente com um número convencionado de
peso das peças.
ESTIMATIVA DAS VAZÕES
 Os pesos relativos são estabelecidos
empiricamente em função da vazão de projeto.

 A quantidade de cada tipo de peça de utilização


alimentada pela tubulação, que está sendo
dimensionada, é multiplicada pelos
correspondentes pesos relativos e a soma dos
valores obtidos nas multiplicações de todos os
tipos de peças de utilização constitui a somatória
total dos pesos (Σ P).
ESTIMATIVA DAS VAZÕES
 Usando a equação apresentada a seguir, esse
somatório é convertido na demanda simultânea
total do grupo de peças de utilização considerado,
que é expressa como uma estimativa da vazão a
ser usada no dimensionamento da tubulação.

 Esse método é válido para instalações destinadas


ao uso normal da água e dotadas de aparelhos
sanitários e peças de utilização usuais.
ESTIMATIVA DAS VAZÕES
 Logo, não se aplica quando o uso é intensivo
(como é o caso de cinemas, escolas, quartéis,
estádios e outros), onde torna-se necessário
estabelecer, para cada caso particular, o padrão
de uso e os valores máximos de demanda.

 Onde:
Q é a vazão estimada na seção considerada, em litros
por segundo;
é a soma dos pesos relativos de todas as peças de
utilização alimentadas pela tubulação considerada.
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE
ÁGUA FRIA
 Esses pesos têm relação direta com os diâmetros
mínimos necessários para o funcionamento
adequado das peças.

 Assim, as primeiras informações que o projetista


precisa saber para o dimensionamento das
tubulações de água fria são:
 O número de peças de utilização que esta tubulação
irá atender;
 A quantidade de água (vazão) que cada peça
necessita para funcionar perfeitamente.
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE
ÁGUA FRIA
 Tendo em vista a conveniência sob o aspecto
econômico, toda a instalação de água fria deve ser
dimensionada trecho a trecho.

 O dimensionamento do barrilete, assim como das


colunas, dos ramais de distribuição e dos sub-
ramais que alimentam as peças de utilização,
deverá ser feito por trechos, por meio de tabelas
apropriadas.
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE
ÁGUA FRIA
 Como as tubulações são dimensionadas como
condutos forçados, é necessário que se conheça,
para cada trecho da canalização, quatro
importantes parâmetros hidráulicos, sendo estes:
vazão, velocidade, perda de carga e pressão.

 Após o dimensionamento, deve ser verificada a


pressão dinâmica nos diversos pontos de
utilização, bem como a pressão máxima nas
referidas peças e na própria tubulação.
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE
ÁGUA FRIA
 Em instalações de pequeno porte, por não existir
uma grande variação no somatório dos pesos em
cada trecho, a economia com diferentes diâmetros
pode não ser real.

 Isso se dá devido ao fato que a sobra de


tubulações pode ser maior, além do fato de ter
que utilizar um maior número de conexões.
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE
ÁGUA FRIA
Ábaco simplificado
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE
ÁGUA FRIA
EXEMPLO
 Determinar os diâmetros das tubulações da
instalação da figura a seguir, que ilustra uma
instalação hidráulica básica de uma residência.
EXEMPLO

 Temos a divisão desse sistema em vários trechos:


AB, BC, DE, EF EFG.

 O cálculo deve ser iniciado partindo do


reservatório, ou seja, trechos AB e DE. Vamos
iniciar calculando o trecho AB e os ramais que o
mesmo atende.
EXEMPLO
Trecho AB

 A vazão que passa por esse trecho é


correspondente à soma dos pesos de todas as
peças alimentadas por esta tubulação.

 A vazão de água que passa pelo trecho AB (1°


barrilete), corresponde ao peso da válvula de
descarga que atende o vaso sanitário.

 Olhando na tabela da NBR 5626, encontramos o


peso relativo de 32.
EXEMPLO
Trecho AB

 Com esse valor (32), vamos procurar no ábaco


luneta qual o diâmetro indicado para o trecho
AB, que neste caso corresponde a 40mm (para
tubulação soldável) ou 1 ¼” (para tubulação
roscável).
EXEMPLO
Trecho BC

 A vazão de água que passa pelo trecho BC


(coluna), é igual ao trecho AB, pois serve ao
mesmo aparelho: A válvula de descarga.

 Sendo assim, o trecho BC terá o mesmo valor de


peso relativo que o trecho AB:
EXEMPLO
Trecho DE

 Vamos calcular agora o diâmetro necessário para


a tubulação do trecho DE, ou seja, o ramal que
abastecerá a ducha higiênica, lavatório, chuveiro
elétrico, pia da cozinha (com torneira elétrica),
tanque e a torneira de jardim.
EXEMPLO
Trecho DE

 Primeiramente então devemos somar os pesos


dessas peças de utilização, obtidos por meio da
tabela da NBR 5626.
▪ Ducha higiênica = 0,4
▪ Torneira de lavatório = 0,3
▪ Chuveiro elétrico = 0,1
▪ Pia (torneira elétrica) = 0,1
▪ Tanque = 0,7
▪ Torneira de jardim = 0,4
 Somando todos os pesos, chega-se a um total de
2,0.
EXEMPLO
Trecho DE

 Esse número está entre 1,1 e 3,5. Portanto os


diâmetros correspondentes são: 25mm (para
tubulação soldável) ou ¾” (para tubulação
roscável) para o trecho DE.
EXEMPLO
Trechos EF e FG

 A vazão de água que passa pelos trechos EF


(coluna) e FG (ramal), é igual a soma dos pesos
dos aparelhos atendidos pelo trecho DE.
EXEMPLO
 OBRIGADO!

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