Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CD – Curso diurno
EP – Estudante Praticante
ES – Escola Secundária
H – Homens
HM – Homens e Mulheres
M – Mulheres
UP – Universidade pedagógica
iv4
Dedicatória
Agradecimentos
À Deus por me ter concedido saúde e fé na realização do Estágio Pedagógico deste relatório do
Estágio Pedagógico;
Ao meu Supervisor dr. Armindo Amaro Vilanculos, que disponibilizou o seu valioso tempo para
puder fazer o acompanhamento de todo processo da elaboração deste relatório.
E a todos professores, principalmente à minha tutora Leonilde João Sautane Chulo que deram o
seu contributo na recolha, organização e sintetização dos dados necessários para a elaboração do
presente relatório.
Não me esqueço de todos aqueles que directa e/ou indirectamente fizeram e fazem tudo para que
a minha formação seja realidade.
vi
6
Resumo
O Estágio Pedagógico é uma actividade curricular, antecedida pelas Práticas Pedagógicas, que
tem como objectivo colocar o estudante praticante em contacto directo com a realidade
profissional em que está inscrito, proporcionando-lhe novas aprendizagens, treino e consolidação
de aquisições anteriores, ou troca de experiências com colegas em exercício. Deste modo, o
presente relatório constitui uma abordagem profunda sobre actividades desenvolvidas no Estágio
Pedagógico, isto é, na Escola Secundária 1º de Maio de Chicuque, durante o segundo trimestre.
Para a realização deste trabalho recorreu-se às seguintes metodologias: observação directa,
entrevista aos professores e o director da escola, e posteriormente a confrontação e compilação
dos dados adquiridos através de uma pesquisa bibliográfica. Neste período, realizamos várias
actividades pedagógicas como a assistência às aulas do professor tutor e a leccionação por parte
do estudante praticante, como forma de provar os conhecimentos adquiridos durante o processo
formativo e leccionação das aulas pelo estudante participante.
Introdução
O presente trabalho de Relatório do Estágio Pedagógico foi fruto de aulas na sala de aulas (parte
teórica) e observação directa (parte prática) realizados ao longo de três meses do presente ano
lectivo na Escola Secundária 1º de Maio de Chicuque quando se tratasse de questões práticas. O
Estágio Pedagógico é uma actividade curricular que se integra no âmbito da formação psico-
pedagógica dos professores, com vista a permitir que estes vivam a realidade no campo de acção
onde futuramente irão exercer as suas actividades, ou seja, para permitir que os formandos
apliquem os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo da sua formação. Nesta linha de
pensamento, surge o presente relatório referente ao Estágio Pedagógico, cadeira leccionada no 4º
ano, cujo objectivo é a assistência, planificação e leccionação das aulas. Para o efeito, esta
actividade decorreu na Escola Secundária 1º de Maio de Chicuque, concretamente na 8ª classe,
turma 12. Através deste trabalho, mostramos o desenvolvimento das capacidades de análise e
contribuição para a melhoria da qualidade de ensino na Escola Secundária 1º de Maio Chicuque,
o desenvolvimento das actividades de ensino e aprendizagem. E fazermos uma pesquisa escolar
para melhor compreender como funciona o processo de ensino e aprendizagem, entre outros
aspectos.
8
Objectivo Geral
Objectivos específicos
Identificar os aspectos que influem no PEA de todas escolas por onde foram realizadas as
PPs, especificamente os aspectos a melhorar;
Contribuir com suas variadas actividades para a formação de um professor que saiba ser
autónomo, que saiba diferenciar o ensino e a aprendizagem gerindo de forma adequada as
várias situações de ensino e aprendizagem.
Metodologia
Com vista a concretização dos objectivos deste trabalho, foram usados os métodos de observação,
pesquisa documental e revisão bibliográfica. A observação directa consistiu na observação
directa da área em estudo (Escola Secundária 1º de Maio de Chicuque) e indirecta que consistiu
em entrevistas realizadas na mesma Escola.
Segundo (DIAS, 2008:43), o Estágio Pedagógico compreende três fases que acompanham todo o
percurso da formação inicial do profissional, desde a sala de aulas até ao campo de trabalho e,
posteriormente de novo na sala de aulas.
9
Indo na linha de pensamento do autor acima citado, o estágio pedagógico decorreu em três fases:
Pré-observação, observação e pós-observação.
A pré-observação é a preparação que os docentes orientadores dão aos Estudante Praticante (EP)
de forma a entrarem no campo sabendo o que devem fazer (debates e seminário e orientadores
que os professores dão aos Estudantes Praticantes (EP) antes e durante a actuação no campo).
Referências teóricas
LIBÂNEO (2006), pois relaciona o conhecimento cognitivo humano com a matéria de estudo,
desenvolvendo se sob as condições especificas do processo de ensino.
Ainda sobre a avaliação LIBÂNEO (1994:110), define como sendo um processo pelo qual se
determina o grau e a qualidade dos resultados alcançados em relação aos objectivos,
considerando o contexto das condições em que o trabalho foi desenvolvido.
Os dois autores consideram a avaliação como sendo a qualidade dos resultados alcançados em
relação aos objectivos, estabelecendo uma comparação do que foi alcançado com o que se
pretende atingir. Neste contexto o trabalho se identifica mais com a primeira definição pois pelas
características do ensino e durante o trabalho de campo esta foi desenvolvida de um modo
contínuo na qual era mantida a interacção entre o professor/aluno, com vista a verificar mudanças
no seu aprendizado.
De acordo com o raciocínio do autor citado, conclui-se que o plano de aula vai ser uma
actividade que visa a preparação prévia dos conteúdos a serem tratados na sala de aulas pelo
professor para melhor organização e cumprimento dos objectivos traçados por cada dia de
trabalho.
Planificação do ensino é a previsão tanto das actividades, suas fases e prioridades como dos
recursos materiais e humanos necessários para a realização de uma actividade, visando dar maior
eficiência e economia na efectivação da mesma, (LAURA, 1991:72).
11
Deste modo os dois conceitos se adequam para as actividades educativas mas, o EP ao longo do
trabalho optou em trabalhar com a primeira definição, pois se adequa ao mesmo, isto porque é
possível notar ao longo do trabalho que esta ajuda para uma melhoria na condução das
actividades pois com este recurso as actividades e os objectivos educacionais são alcançados com
sucesso.
Recursos de ensino, são todos componentes que motivam e despertam o interesse dos alunos,
pois favorecem o desenvolvimento da capacidade de observação, aproximando o aluno da
realidade visualizando e concretizando os conteúdos da aprendizagem, (LAURA, 1991:95).
Desta forma o trabalho se identifica mais com a primeira definição pois ao longo do trabalho,
pode-se ver que, tudo o que se encontra no ambiente onde ocorre o processo de ensino e
aprendizagem, pode se transformar em um óptimo recurso de ensino, desde que seja utilizado de
forma adequada e correcta.
Contudo é importante não abandonar os recursos da comunidade pois têm uma vantagem no seu
uso porque trazem um valor à vida real, a aprendizagem que se realiza na escola; reduzem o nível
de abstracção; indicam o trabalho funcional da escola; abrem dupla comunicação entre a escola e
a comunidade e ajuda o aluno a avaliar o que o mundo espera dele.
Segundo LIBÂNEO (1994:177), aula é o conjunto dos meios e condições pelas quais o professor
dirige e estimula o processo de ensino em função da actividade própria do aluno no processo de
ensino e aprendizagem.
O mesmo autor diz ainda que aula é tida como uma forma didáctica básica de organização do
processo de ensino e aprendizagem, pois trata-se de uma situação didáctica específica, na qual os
objectivos e conteúdos se combinam com métodos e funções didácticas, visando propiciar a
assimilação activa de conhecimentos e habilidades pelos alunos.
Tendo em conta as definições acima o trabalho se identifica mais com a primeira definição isto
porque com este, é possível constatar que no decorrer do trabalho assume uma forma
12
De 1992 a 1997 a Escola passou a funcionar nomeadamente com um bloco Administrativo, três
blocos com duas salas de aulas, duas casas de banho para professores, funcionários e alunos
respectivamente;
De 1998 a 2000, a Escola funcionou em simultâneo como Escola Primária do 2º Grau e salas
anexa, da Escola Secundária “29 de Setembro” da Maxixe, tendo conhecido assim, uma
introdução gradual do 1º Ciclo do Ensino Secundária Geral (8ª a 10ª classe);
De 2001 até aos dias que correm, ao abrigo do despacho da Sua Excelência Vice Ministra de
Educação de 4 de Janeiro de 2001, a Escola passou à categoria de Secundária do 1º Ciclo, uma
vez que a rápida evolução dos efectivos escolares para este nível, assim olhando para os efectivos
de 8ª classe com 954 alunos, 9ª classe 943 alunos, e na 10ª classe 985 alunos;
Em 2011 a Escola contava com um total de 2882 alunos, sendo estes divididos em sexo, onde
1449 são rapazes e 1333 são raparigas;
No ano lectivo de 2013 foi introduzido o segundo ciclo, através da inclusão da secção de Letras
com Matemática.
É um estabelecimento de ensino público, possui um total de 28 salas de aulas, das quais 23 são de
material convencional e 5 de material misto, com passeio em frente de cada bloco. As salas de
14
material convencional possuem janelas e a maioria sem vidros, portas sendo que muitas não têm
fechaduras para puder trancar. As salas construídas com base em material misto, possuem uma
entrada sem porta e não têm carteiras.
A escola funciona em três turnos dos quais, período de manhã, período de tarde e período
nocturno, o período de manhã inicia as sete horas e termina as 11 horas e 45 minutos e o período
de tarde começa as 12 horas e termina as 17 horas e o período nocturno inicia as 17 horas e 45 e
cinco e termina as 22 e quarenta horas e cinco minutos.
15
O presente capítulo procura trazer de um modo geral as observações da turma; análise das
actividades de leccionação do tutor e do estudante praticante (EP) e também sobre as dificuldades
encontradas assim como o processo de avaliação.
Estas aulas decorreram na turma 12, 8ª classe, curso diurno cujo professor tutor da disciplina
tutora Leonilde João Sautane Chulo. A turma assiste as aulas numa sala construída por material
convencional, com janelas, iluminação dentro e nos corredores da sala.
A turma está composta por um total de 49 alunos sendo 23 do sexo masculino e 26 femininos,
cujas idades variam dos 15 aos 18 anos, conforme a tabela abaixo:
O professor apresentou um plano de aula sendo que esta é uma condição indispensável para o
PEA, pois este constitui a previsão mais precisa e possível. Quanto ao conteúdo, matéria, e
actividades didácticas que activam o Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA), capaz de
possibilitar ao educando alcançar objectivos previamente estabelecidos constatou-se que a
professora fazia uma motivação inicial e permanente e, no decorrer da aula a professora usava
uma linguagem bem clara, pois este aspecto é muito fundamental se olharmos pelo método de
elaboração conjunta (professor/aluno), pois se esta não for compreensível por um dos lados a aula
pode levar muito tempo, criando preguiça nos alunos na tentativa de faze-los entender e isto não
na acontecia nas aulas assistidas.
A aula apresentava uma sequência lógica e o professor usava uma linguagem didáctica correcta,
relacionava os conteúdos da lição anterior onde se corrigia o TPC como forma de recordar aos
alunos da aula anterior, e quanto ao decurso da aula o professor dava tempo aos alunos para
exporem o que sabiam assim como as suas dúvidas.
16
O professor mostrava a importância da aula, usava uma linguagem clara e objectiva de modo a
facilitar a compreensão da matéria, porque a linguagem tem uma função inicial, de manter a
comunicação, expressão e compreensão, facilitando assim o diálogo na sala de aulas.
Quanto à avaliação, esta era feita de forma contínua, pois, ocorre diariamente desde que o
professor se encontre com os alunos tanto na sala de aulas assim como fora.
Este tema foi leccionado verificando-se as seguintes funções didácticas: introdução, assimilação,
consolidação, motivação e avaliação. O professor tutor usava todas as estratégias para alcançar os
objectivos para cada aula aproximando-se cada vez mais dos alunos.
No seu plano de lição, o professor apresenta os conteúdos bem estruturados, e os alunos estavam
bem enquadrados na discussão dos conteúdos programados pelo professor.
E na óptica de NERICE (1989:237), um plano de aula é a previsão mais clara e mais objectiva
possível de todas as actividades escolares para efectivação do PEA que conduza o aluno alcançar
objectivos desejados.
Tinha como tema: A Religião e a cultura Egípcia, leccionada no dia 18 de Maio de 2017 e
objectivo: identificar os deuses egípcios e suas funções. Durante a leccionação da aula, a EP
apresentou o plano de aula seguindo uma sequência lógica das funções didácticas. Em termos de
leccionação, a EP começou por explorar o conhecimento dos alunos, ligando o o cotidiano deles
17
o que de certa forma impulsionou o processo de acatamento da matéria tendo estes demonstrados
o pré-domínio dos conteúdos a leccionar. Houve uma interacção entre a EP e os alunos, o que
permitiu o alcance dos objectivos previstos.
Esta tinha como tema: Mesopotâmia: Localização geográfica e actividades económicas e foi
leccionada no dia 22 de Maio do ano de 2017. Esta aula tinha como objectivo, conhecer a
localização geográfica da Mesopotâmia no globo. No decurso da aula, os alunos demonstraram
interesse na participação da mesma, apesar de alguns apresentarem algumas dificuldades mas,
mesmo assim os alunos demonstraram a compreensão dos conteúdos leccionados pelo professor.
Para o alcance dos objectivos alcançados, a professora orientava trabalho de pesquisa que
consistia em fazer um resumo da matéria da aula recorrendo os manuais existentes na biblioteca
da escola. Portanto, os alunos demonstraram um interesse pelo trabalho orientado pelo professor,
tendo estes, apresentado o resumo dos conteúdos da aula. Por isso durante a aula, os alunos
participaram activamente na discussão dos conteúdos planificados.
Esta aula decorreu no dia 25 de Maio de 2017 A aula acima citada no seu escopo geral foi
caracterizada por três momentos importantes. A introdução constituía a 1ª etapa, onde fazia-se a
correcção do trabalho de casa dado na aula anterior, breve recapitulação dos assuntos da aula
anterior e a exposição do tema da aula do dia. Finda esta etapa, seguia a fase de desenvolvimento,
onde faz-se uma explanação do conteúdo do dia, orientando a assimilação e apredência dos
alunos. E por fim a última fase de conclusão onde os alunos e o professor fazem uma avaliação,
pode ser através de perguntas e respostas, quer através de breve recapitulação dos conteúdos
tratados ao longo do dia.
Esta aula tinha como objectivo Geral: Conhecer o surgimento das difrenciacoes sociais na
Suméria. Durante a leccionação da aula seguiu-se o método de elaboração conjunta, método
18
expositivo e trabalho independente. De realçar que o método Activo e auxiliado pela tectica de
Elaboração conjunta.
De salientar que a aula foi dada com harmonia devido ao contacto e à avaliação permanente que a
professora fazia dentro da sala de aulas durante o PEA, não obstante, a professora apresentava o
plano de aulas e, carregava consigo um objectivo por alcançar.
Recomendações/sugestões
Em forma de finalizar este trabalho, temos a sugerir o seguinte: que se alargasse o período de
permanência na escola integrada para permitir que os praticantes possam dar maior número de
aulas. Esta na verdade seria uma boa forma de dar espaço ao EP a se familiarizar mais com os
alunos; recomenda-se ainda que dentro das possibilidades da UP que conceda um espaço/ tempo
em que o estágio não calhe com as aulas na UP pois, alguns estudantes perdem aulas a favor do
estágio o que de certa forma cria um baixo aproveitamento por parte deste.
Conclusão
20
Das análises feitas do decurso do estágio pedagógico desde a pré-observação, observação até pós
observação, pode se concluir que foi possível alcançar os objectivos preconizados nesta cadeira.
Do ponto de vista, a Escola Secundária 1º de Maio de Chicuque está bem localizada, possui um
ambiente favorável para o decurso normal das aulas, possui salas equipadas de material
convencional, escadas e rampas para deficientes. As aulas leccionadas foram caracterizadas pela
segurança na mediação do conteúdo, dado que não era o primeiro contacto com educandos
daquele nível. O Estágio Pedagógico possibilitou-nos de forma geral uma grande capacidade
reflexiva e crítica do sistema de educação em vigor, para além do domínio das técnicas de
supervisão e leccionação, uma vez que tivemos o privilégio de orientações dos manuais em como
poderíamos fazer e organizar melhor os nossos trabalhos. Por fim, afirmar que o Estágio
Pedagógico, é importante para o estudante no PEA, pois colabora na estruturação de forma
lógica, um bom raciocínio no estudante, contribue também em fazer o estudante conseguir
explorar de boa maneira os seus conhecimentos na sua área especializada, adequar os mesmos
conhecimentos no seu próprio ciclo e nível de ensino.
Referências bibliográficas
21
DIAS, Hildizina Norberto, et all. Manual das Praticas Pedagógicas. Maputo, Educar, 2008.
LAURA, Maria. Didáctica: Língua Portuguesa-Metologia. São Paulo, Editora Ática, 1991.
MARCONI, Maria Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 5ª Edição, São
Paulo, Atlas, 2002.
PILETTI, Claudino. Didáctica Geral. 23ª Edição, São Paulo, Paulinas, 2004.
Anexos
23
Apêndices