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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal


Gabinete do Secretário/SUBEB

ESTUDO DE VOLTA ÀS AULAS PÓS-COVID-19

Sumário
Introdução
1- Antecedentes
2- Boas práticas já existentes
……………2.1- ALEMANHA
…………....2.2 - DINAMARCA
…………....2.3 - JAPÃO
…………....2.4 - O QUE HÁ DE COMUM NOS PROCESSOS DE REABERTURA
3- Propostas de calendário
4- Formas de retorno
5- Retorno - Acolhimento de estudantes e professores
6- Retorno - Adequação curricular
7- Retorno - Resignificação dos espaços de aprendizagem
8- Retorno - O ensino mediado por tecnologias
9- A formação continuada de professores - novos tempos, novas
formações

Introdução

Com o primeiro caso reportado em 31 de dezembro de 2019 na


cidade de Wuhan, província de Hubei, na China, a doença COVID-19,
causada pelo coronavírus, espalhou-se por centenas de países de
forma rápida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou
pandemia dessa doença do dia 11 de março de 2020, após 114 países
terem sido atingidos pela doença.
No Brasil, o primeiro caso de COVID-19 foi confirmado no dia 26
de fevereiro de 2020, no município de São Paulo.
1- ANTECEDENTES:

Em contextos de epidemia causada pelo vírus Ebola em alguns países africanos,


foram construídas parcerias entre autoridades educacionais e organismos internacionais e
multilaterais para o desenho de protocolos de segurança para o retorno às aulas. É
importante consultar as boas práticas de países que lidam com doenças contagiosas
(transmitidas por vírus) para que os protocolos de retorno, ao mesmo tempo que sejam
adequados ao nosso contexto e infraestrutura, respeitem as recomendações da OMS
(Organização Mundial da Saúde).
Em Serra Leoa, por exemplo, a unicef orientou para que os departamentos de
educação distribuíssem, em cada estabelecimento de ensino, equipamentos para que as
crianças pudessem lavar/higienizar as mãos na entrada da escola e em cada banheiro.
Outras medidas propostas foram: verificar as temperaturas de cada aluno, professor e
funcionário na entrada e garantir que todas as escolas tenham acesso à água. A distância
de um metro entre uma pessoa e outra, após oito meses de epidemia, foi recomendada nos
guias de retorno às aulas. Além disso, a agência da ONU e os parceiros chamaram a
atenção para a criação de áreas de isolamento, bem como um sistema de informação e de
referência tanto para as famílias como para os serviços de saúde.
Alguns países que já estão retornando da quarentena causada pelo COVID-19 têm
adotado medidas similares. Abaixo, apresentamos as práticas já existentes e o que há de
comum entre elas

2- PRÁTICAS JÁ EXISTENTES DE RETORNO ÀS AULAS DO COVID-


19

2.1- ALEMANHA
● Lockdown: início gradual na semana de 16 a 20 de março. Tempo total de
isolamento previsto: sete semanas.
● Data reabertura: a partir de 4 de maio
● Plano: retorno gradual às salas com os alunos do ensino médio e os da última série
do ensino fundamental, pois farão os exames finais no próximo ano letivo. Cada
escola precisará apresentar até 29 de abril um plano que permita a realização das
aulas em condições particulares de higiene e em conformidade com as medidas de
proteção.
○ Segurança: uso de máscaras, limpeza das mãos com antisséptico, distância
de 1,5 m entre as carteiras
○ As creches permanecerão fechadas.

2.2 - DINAMARCA

● Lockdown: aulas suspensas desde 12 de março.


● Data reabertura: 15 de abril
● Plano: público inicial: creche, pré-escolas e parte do ensino fundamental,
mantendo distância entre si e lavando as mãos com frequência. Caberá a cada
escola decidir quais funcionários são de alto risco e devem permanecer em casa.

2.3 - JAPÃO

● Lockdown: final de fevereiro


● Data reabertura: gradual pelo país a partir do dia 11 de abril. Tokyo deve abrir em
meados de maio.
● Plano: alunos agrupam-se no pátio com dois metros de distância cada enquanto o
diretor da escola orienta sobre lavarem as mãos e afere a temperaturas dos
estudantes(diário). Não há um plano do governo.

2.4 - O QUE HÁ DE COMUM NOS PROCESSOS DE REABERTURA:

❖ Capacidade de medir temperatura dos estudantes;


❖ Garantir que profissionais da educação que são do grupo de risco fiquem em
casa/em isolamento;
❖ Máscara para todos;
❖ Condições para que possam lavar as mãos e outras condições de higiene;
❖ Condições de manter cada estudante a 1,5 m de distância;

⇨ Assim, independentemente da data do retorno, sugerimos que as unidades


escolares estejam prontas para adotar, no mínimo, esses 5 pontos comuns.

3- PROPOSTAS DE CALENDÁRIOS PARA RETORNO DOS


ESTUDANTES NO DISTRITO FEDERAL:
Proposta A
❖ Retorno em 1o de Junho
❖ Total de 160 dias letivos e 800 horas
❖ Recomposição em 5 sábados
❖ Fim do semestre em 22/12.
Para o retorno das atividades pedagógicas presenciais é de
fundamental importância considerar a fala do governador:
“O compromisso foi no sentido de fazer estudos para reabrir
as escolas. Reunido com técnicos das secretarias da Saúde e da
Educação, dei um prazo de 10 dias para estudarem a reabertura
das escolas. Vai depender da compra de máscaras para os
profissionais e alunos, da desinfecção das escolas e programas de
comunicação para informar toda a população e trazer segurança na
reabertura”, detalhou Ibaneis.
Considerando que a data seja 01/06, uma vez que o pico da
epidemia está previsto para o mês de maio, portanto, é razoável
que se continue respeitando a suspensão das atividades
pedagógicas nas Unidades Escolares até 31/05/2020. Para tanto,
vale ressaltar as condições do GDF para garantir os cuidados
necessários para a prevenção da COVID-19, bem como para o
atendimento em caso de possíveis contaminação de estudantes e
de seus familiares.
Nesse sentido, tendo em vista que o Conselho de Educação
do Distrito Federal, também preocupado com a contaminação pelo
coronavírus, publicou o Parecer 33/2020 CEDF, favorável a
atividades não presenciais e à redução dos 200 dias letivos.
Podemos admitir que não há o que justifique um retorno
prematuro, colocando em risco as medidas já adotadas pelo GDF.
Na mesma linha de pensamento a PROEDUC, em
consonância com o Parecer do CEDF, considerou as medidas
adotadas pelo Conselho como dentro do ordenamento jurídico
para o enfrentamento da pandemia instaurada pelo coronavírus.
1. Os estudos devem conter “evidências cien ficas” e
“análises sobre as informações estratégicas em saúde”, exigidas
pelo §1o do art. 3o da Lei n. 13.979/2020, em especial considerando
os impactos que poderão gerar nonúmero de infectados e na
situação de estrutura hospitalar (material e de pessoal);
2. Que toda e qualquer liberação de atpvidade seja precedida
da análise da Autoridade Sanitária e esteja acompanhada das
necessárias “evidências cien ficas” e “análises sobre as
informações estratégicas em saúde”, exigidas pelo §1o do art. 3o
da Lei n. 13.979/2020, em especial considerando os impactos que
poderá gerar no número de infectados e na situação de estrutura
hospitalar, dimensionamento das equipes de saúde em a vidade e
disponibilidade de testes e EPIs, mantendo as medidas de
distanciamento sico enquanto não houver segurança de suporte
hospitalar para os projetados casos graves, bem como precedida
de análise dos impactos na demanda dos transportes públicos cole
vos e na possível de aglomeração de pessoas;
3. Que seja divulgado, no sí o www.coronavírus.df.gov.br , o
parecer técnico da Autoridade Sanitária acima referido, com os
fundamentos técnico cien ficos, dados epidemiológicos e situação
do sistema de saúde, que fundamentarem decisões de retomada de
determinada a vidade, em até 24 horas do respec vo Decreto;
4. Que eventual liberação gradual de a vidades venha
acompanhada de protocolos de medidas sanitárias (Notas
Técnicas) a serem seguidas por cada categoria, informando quais
os órgãos responsáveis e quais medidas de fiscalização serão
adotadas; 5. Que sejam reforçadas as medidas de distanciamento
social, com o obje vo de alcançar o índice mínimo de 70% (setenta
por cento) de isolamento;
Proposta B
❖ Retorno em 04 de maio
❖ 180 dias letivos
❖ Recomposição em 5 sábados
❖ Fim do semestre em 22/12.

4- FORMAS DE RETORNO
Total - Todos os estudantes voltariam na mesma data
Gradual - Estudantes voltariam por regiões administrativas ou por anos/séries
Quantidade de estudantes por ano série

Quantidade de estudantes em escolas de gestão compartilhada


É possível ainda em um sistema de rodízio, em que as turmas sejam divididas em
duas e que cada semana uma parte da turma faça educação presencial enquanto a
outra faz mediada por tecnologia. Essa medida pode ser eficiente em escolas que não
tenham infraestrutura que permita o distanciamento mínimo de 1.5 metros.

5- Retorno - Acolhimento de estudantes e professores


subeb/subin/eape

6- Retorno - Adequação curricular


subeb/subin/eape

7- Retorno - Resignificação dos espaços de aprendizagem -


subeb/subin/eape

8- Retorno - O ensino mediado por tecnologias


subeb/subin/eape

9- A formação continuada de professores - novos tempos, novas


formações
subeb/subin/eape
Países que continuam sem o retorno às aulas:
Nova Zelândia: https://www.education.govt.nz/covid-19/ (20/04/2020)
Inglaterra: https://www.gov.uk/government/publications/covid-19-school-
closures/guidance-for-schools-about-temporarily-closing (19/04/2020)
Dinamarca (está retornando as aulas, mas os pais preferem manter os
filhos em casa): https://www.weforum.org/agenda/2020/04/coronavirus-
covid19-denmark-lockdown-school-education-children/
França (o retorno será gradual a partir de 11/05 e as turmas terão no
máximo 15 estudante): http://www.rfi.fr/en/france/20200421-primary-
schoosl-re-open-coronavirus-lockdown-france

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