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Capa_35.

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Ano 8 - Nº 35
Abril/2005
REVISTA OFICIAL DO SETOR DE ÁGUAS MINERAIS

ÁGUA&VIDA
M E R C A D O - S A Ú D E - T U R I S M O

PET, a resina
que conquista
gerações
Quem é quem no
mercado de PET

Água: um artigo 2º Congresso Mundial Tudo pronto para o


de Mendes Thame de Águas será em Dubai Congresso da Abinam

Toma posse a Comissão Permanente de Crenologia


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editorial

O jogo do perde-perde
Já alertamos neste espaço que sem valor O que propomos é
O JOGO DO PERDE-PERDE
agregado não há como conquistar preço. que os envasadores te-
Repetimos essa premissa para mais uma nham consciência de
vez chamar a atenção dos envasadores que não é mais possí-
para a relação qualidade/preço no seg- vel continuar nesse jo-
mento de garrafões de 20 litros. Vale obser- go de perde-perde. E
var, inicialmente, que aumenta cada vez o primeiro passo nes-
mais o distanciamento entre embalagens se sentido é cuidar da
retornáveis e descartáveis. Enquanto estas imagem dos garrafões.
seguem a tendência moderna de agre- Para isso, basta simples-
gar valor ao produto, através de emba- mente seguirem as re-
lagens mais sofisticadas em design, cores comendações das Nor-
e rótulos, aquelas continuam a caminhar mas ABNT para garra-
em sentido inverso. Basta atentar para o fões retornáveis, contidas especialmen-
seguinte: por que o consumidor se dis- te nas NBRs 14.222 (requisitos e métodos
põe a pagar até R$3,00 por uma garra- de ensaio), 14.328 (requisitos e métodos
fa de água mineral de 300 ml e hesita em de ensaio para tampas), 14.637 (requisi-
pagar o mesmo por um garrafão de 20 tos para lavagem, enchimento e fecha-
litros? A resposta inclui diversas varian- mento) e 14.638 (garrafão retornável - re-
tes, mas se sustenta especialmente no tri- quisitos para distribuição). Além disso, to-
nômio imagem/qualidade/confiabilidade. dos os garrafões em retorno para enva-
se devem ser submetidos a uma avaliação
A verdade é que o segmento de garrafões visual para determinar sua adequação
se embrenhou num jogo de perde-perde ou não ao uso. A própria Norma apresen-
sem fim. A guerra de preços baixos que ta uma lista de defeitos críticos que, se
se instalou no mercado coloca em risco presentes, devem levar necessariamente
toda a cadeia produtiva do setor: perde à rejeição do garrafão. Por último, segui-
o produtor de resinas, perde o fabricante rem o cronograma da Abinam para reti-
de máquinas, perde o produtor de prefor- rada de garrafões velhos do mercado.
mas, perde o soprador, perde o prestador Como se vê, é apenas uma questão de
de serviços, perde o envasador, perde o atitude. Mas uma atitude que pode ser
distribuidor e, finalmente, perde o consu- o divisor de águas entre o sucesso e o
midor, que desconfia da origem e da qua- fracasso. Algumas empresas já desperta-
lidade do produto que leva para casa. ram para essa realidade.
Não queremos aqui impor ao mercado E aquelas que insistirem em continuar
o exemplo de envasadoras que opta- de olhos fechados, cedo ou tarde não te-
ram pela embalagem própria, protegi- rão mais fichas para apostar em outra mo-
da, com garantia de origem e qualida- dalidade de jogo. O jogo dos vencedores.
de ao consumidor. Nem recomendar o
tipo de resina que devem utilizar em suas CARLOS ALBERTO LANCIA
embalagens. Presidente
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índice
ÁGUA&VIDA
M E R C A D O - S A Ú D E - T U R I S M O

DIRETORIA
Presidente: Carlos Alberto Lancia EXPEDIENTE
1º Vice-Presidente: César Dib
2º Vice-Presidente: Carlos A. Ferreira COORDENAÇÃO EDITORIAL
Diretor-Secretário: Luiz Gonzaga de Bovi IMK Relações Públicas
Diretor-Tesoureiro: Ricardo Signorelli
EDITOR
CONSELHO FISCAL EFETIVO Fraterno Vieira
Valter Moreira Torres Jornalista Responsável - Mtb 7760
Andrei Rakowitsch
Roberto Gentil Ferreira da Silva CONSELHO EDITORIAL
DA ABINAM
SUPLENTES
Carlos Alberto Lancia
Marco Antonio Orlando
Carlos Pedroza de Andrade
Olívia Augusta A. Macedo Costa
João Pedro Gomieri Dra. Petra S. Sanchez
Ricardo Signorelli
SUCURSAL NORDESTE

05
TOMA POSSE Carlos Eugênio Castelletti COLABORARAM NESTA EDIÇÃO
A COMISSÃO José Cupertino Tenório Neto Carlos Alberto Lancia
DE CRENOLOGIA
DELEGADOS REGIONAIS DIREÇÃO DE ARTE
Região Centro-Oeste Márcia de Azevedo
Murilo Tebet Thomé - MS
Wilmar José Franzner - MT ASSISTENTE DE ARTE

10
2º CONGRESSO Antonio Marcos G. Martinez
MUNDIAL DE ÁGUAS Região Nordeste
Rodrigo Lima Neto - SE ASSINATURAS
SERÁ EM DUBAI
Carlos E. Castelletti - PE
Fernanda Xavier
Francisco Ferreira Sales - CE
Djalma Barbosa C. Jr. - RN
Região Norte

12 PET, A RESINA
QUE CONQUISTA
GERAÇÕES
César José Peron - RO
Francisco Gervásio G. Pascoal - PA
Região Sudeste
José Angelo M. Rambalducci - ES
Robison F. Araújo - MG
Carlos Antonio Ferreira - RJ
QUEM É QUEM

20 NO MERCADO
DE EMBALAGENS PET
Região Sul
Augusto Mocellin Neto - PR
Rodrigo Vontobel - RS
Fahdo Thomé Neto - SC

ASSESSORIA CIENTÍFICA
Petra S. Sanchez

28
TUDO PRONTO
PARA O CONGRESSO ASSESSORIA JURÍDICA REDAÇÃO E PUBLICIDADE
DA ABINAM Pedroza de Andrade Advogados Av. Brig. Faria Lima, 2639 - 9º andar
São Paulo - SP CEP 01452-000
ASSESSORIA DE IMPRENSA Fone: (11) 3813-1300
Fraterno Vieira Fax: (11) 3814-2924

30
AS NOVIDADES e-mail: imk@imk.com.br
SECRETARIA EXECUTIVA
DO MERCADO
Assessor da Diretoria
DE BEBIDAS Paulo de Souza Os artigos assinados são
Secretária Administrativa de responsabilidade exclusiva
Silvia S. Anciães dos autores.
Rua Pedroso Alvarenga, 584

34
ÁGUA: UM ARTIGO 7º andar - cj. 71 e 72 Os anúncios e informações publi-
DE ANTONIO CARLOS CEP 04531-001 São Paulo SP citárias são de responsabilidade exclusi-
MENDES THAME Tel.: (11) 3167-2008 Fax: (11) 3167-2542
e-mail: abinam@terra.com.br va das empresas anunciantes.
http://www.abinam.com.br
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crenologia

Toma posse em Brasília a


Comissão Permanente de Crenologia

GILBERTO RUY DERZE, CLEBER FERREIRA DOS SANTOS, CARLOS ALBERTO LANCIA, JOÃO CÉSAR DE FREITAS PINHEIRO, MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY, CARLOS
MAGNO BEZERRA CORTEZ, PETRA SANCHEZ SANCHEZ, ENZO LUIZ NICO JÚNIOR E ANA VIRGÍNIA DE ALMEIDA FIGUEIREDO

Em solenidade presidida pelo secretário de Geologia, Mine- dade química, físico-química e das propriedades crenoterápi-
ração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Ener- cas, além da classificação dos tipos de águas e outros estudos
gia, Giles Carriconde, tomou posse dia 23 de março último, em específicos”.
Brasîlia, a Comissão Permanente de Crenologia, assim composta: Lembrou que a desativação da Comissão nos últimos dez
Presidente: Miguel Antonio Cedraz Nery – Diretor-Geral do DNPM anos trouxe prejuízos ao turismo de saúde nas estâncias hidro-
Suplente: João César de Freitas Pinheiro – Diretor-Geral Adjunto minerais e ao desenvolvimento econômico e social das indús-
do DNPM trias de águas minerais.
Membros representantes do Departamento Nacional de Pro- Acentuou também o caráter “democrático e representativo”
dução Mineral – DNPM: da Comissão, integrada por entidades, instituições e pessoas
Carlos Magno Bezerra Cortez – Titular que guardam estreita relação com o estudo, a preservação e a
Gilberto Ruy Derze – Suplente aplicação crenoterápica das águas minerais.
Membros representantes da Agência Nacional de Vigilância Sa-
nitária – ANVISA: Presenças
Cleber Ferreira dos Santos – Titular Além de Giles Carriconde, compuseram a mesa que presidiu
Ana Virgínia de Almeida Figueiredo – Suplente a solenidade de posse Miguel Antonio Cedraz Nery, diretor-geral
Membros representantes da Sociedade Brasileira de Termalis- do DNPM; João César Pinheiro, diretor-geral adjunto do DNPM;
mo – SBT: Elder Torres, da Comissão Nacional de Recursos Hídricos; e Francis
Marcos Untura Filho – Titular Priscilla Vargas Hager, da Secretaria de Recursos Hídricos do
Enzo Luiz Nico Júnior – Suplente Ministério do Meio Ambiente.
Membros representantes da Associação Brasileira de Águas Em nome dos integrantes da CPC, o presidente da Abinam,
Minerais – ABINAM: Carlos Alberto Lancia, agradeceu a todos os representantes do
Carlos Alberto Lancia – Titular Ministério de Minas e Energia que, na atual gestão, demonstra-
Petra Sanchez Sanchez – Suplente ram vontade política e se empenharam pela reativação da Comis-
são. Lembrou Lancia que essa iniciativa vem sendo reivindica-
Importância da pela Abinam há muitos anos, pela importância da creno-
Em seu discurso na solenidade de posse da CPC, Giles Carri- logia não só para a indústria de águas minerais, como também
conde destacou que “a reativação da Comissão de Crenologia para a reativação da economia das estâncias hidrominerais.
representa um avanço para o fiel cumprimento do Código de Lancia ainda fez uma homenagem a Waldemar Junqueira
Águas Minerais, abrindo espaço necessário para a retomada de Ferreira Filho, lembrando seu pioneirismo e sua luta em favor
questões extremamente importantes, como a avaliação da quali- do termalismo e da crenoterapia.
Água&Vida 5
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crenologia
“Importante instrumento de gestão
e valorização das águas minerais”
O diretor-geral logia, poderemos num
do DNPM, Miguel segundo momento
Antonio Cedraz Ne- criar subgrupos de
ry, iniciou seu pro- estudos e grupos téc-
nunciamento refe- nicos, ampliando a
CLEBER FERREIRA E AUGUSTO MOCELLIN rindo-se à Comissão participação e o ní-
Permanente de Cre- vel de audiência pa-
nologia como “im- ra outros segmen-
portante instrumen- tos interessados, não
to de gestão e de va- Patrono da Crenologia contemplados como
lorização das águas Durante a solenidade de posse membros efetivos.
minerais em nosso da CPC, o diretor-geral do DNPM pe- Com isso, temos a cer-
país”, lembrando diu uma salva de palmas para o dr. teza de estar aten-
também “a impor- dendo à necessida-
Benedictus Mário Mourão, a quem
tância da atividade de governamental de
destinou, informalmente, o título de
tanto na economia utilizar mecanismos
Patrono da Crenologia Nacional, lem-
nacional, gerando de gestão democrá-
PAULO SANTANA, LANCIA E MICHAEL GORMAN brando que ele, ao longo dos seus
renda e emprego, co- tica com vistas ao
mais de noventa anos, tem presta-
mo e sobretudo para atendimento dos an-
do relevantes serviços à causa cre-
a saúde das pessoas”. seios de diversos seg-
”Este momento nológica e crenoterápica do Brasil mentos distribuídos
simboliza o resgate e do mundo, com 15 livros versan- por todo território na-
do papel do gover- do sobre o tema, reconhecidos in- cional.”
no federal na busca ternacionalmente.
de um melhor disci- Propostas
plinamento das nossas águas minerais“, Em seguida, o diretor-geral do DNPM
disse Nery, acrescentando que “a Comis- relacionou uma série de ítens penden-
são Permanente de Crenologia tem uma tes sobre os quais a comissão haverá de
GILBERTO DERZE, PETRA SANCHES E ENZO LUIZ se debruçar e apresentar soluções:
função essencialmente pública”, já que
seu principal objetivo é o de colaborar - Promover a padronização do uso
no fiel cumprimento do Código de Águas crenoterápico das águas minerais, defi-
Minerais. nindo limites mínimos para classificação
Depois de citar as prerrogativas da Co- dessas águas, com base na presença de
missão, conforme previsto em seu Regi- elementos predominantes a exemplo de
mento Interno, Cedraz Nery fez ques- Flúor, Iodo, Arsênio, Lítio, Vanádio etc.;
tão de acentuar: - Estabelecer critérios para a classifi-
“Gostaria de aqui ressaltar que não cação de águas minerais envasadas quan-
se trata de uma “nova” comissão, como to à temperatura e radioatividade, por
foi questionado por alguém, mas o que serem classificação de fontes;
CRISTINA CAMPOS ESTEVES, ENZO NICO E ANA se está fazendo, isto sim, é o resgate - Diferenciar as águas minerais natu-
SALETT PEREIRA MARQUES
da Comissão Permanente de Crenolo- rais daquelas purificadas adicionadas de
gia, já prevista em lei. Na reativação da sais promovendo o devido esclarecimen-
Comissão Permanente de Crenologia, pa- to ao público consumidor, bem como ca-
ra fins de indicação de seus membros, racterizar se as águas purificadas adi-
foram observados todos os aspectos téc- cionadas de sais deverão ser controladas
nicos e jurídicos concernentes à maté- pelo DNPM;
ria, bem como os de representativida- - Discutir a atualização do Código de
de de segmentos envolvidos da socie- Águas Minerais, com ênfase na caracte-
dade, dentro do mais rigoroso cumpri- rização e classificação das águas;
mento da lei.” - Definir uma posição clara sobre blen-
Nery observou que, “após a instala- dagem de águas minerais;
JOÃO CÉSAR E JOSÉ TENÓRIO ção da Comissão Permanente de Creno- - Definir condições para o uso do ozô-
6 Água&Vida
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JOÃO CÉSAR, EMANUEL TEIXEIRA, SAMIR NAHASS, MARCELO TUNES, MIGUEL NERY, GILES CARRICONDE, LANCIA E EMANUEL TEIXEIRA
GILBERTO DERZE E JOSÉ CUPERTINO TENÓRIO

CARLOS PEDROSA, OLÍVIA MACEDO COSTA, CÉSAR DIB, MIGUEL NERY, JOÃO CÉSAR PINHEIRO, MIGUEL NERY, GILES CARRICONDE, FRANCIS
LANCIA, CLEBER FERREIRA E AUGUSTO MOCELLIN PRISCILLA VARGAS E ELDER TORRES

CARLOS PEDROSA, OLÍVIA MACEDO COSTA, CÉSAR DIB, MIGUEL NERY, JOÃO CESAR, PRISCILLA VARGAS, FRANZ VARGAS, PAULO SANTANA,
LANCIA, GILES CARRICONDE, CLEBER FERREIRA, AUGUSTO MOCELLIN, ANA SALETT, ELDER TORRES E CRISTINA CAMPOS
CARLOS MAGNO, JOSÉ TENÓRIO, ENZO NICO, EMANUEL, MARCELO TUNES,
PETRA SANCHEZ, ANA VIRGÍNIA E JOÃO CÉSAR

nio nas indústrias de água mineral, o qual - Precisamos dar um tratamento es- Finalmente, revelou a disposição de
deverá ocorrer tão somente para fins de pecífico às águas potáveis de mesa, as imprimir uma dinâmica de reuniões tri-
esterilização de equipamentos e lavagem quais estão previstas no Artigo 3º do mestrais para a Comissão, sugerindo o
de vasilhantes; Decreto-Lei No 7841/45, caracterizadas dia 20 de abril como data para o primei-
- Valorização da balneoterapia; como as águas de composição normal, ro encontro, posteriormente confirma-
- Criar condições para habilitação e provenientes de fontes naturais ou de fon- do e realizado em Brasília.
acreditação de novos laboratórios capa- tes artificialmente captadas, que preen- O diretor-geral do DNPM agradeceu
citados a executarem o “estudo in loco”; cham tão somente as condições de po- a todos os que se empenharam para dar
- Definir a periodicidade das reuniões tabilidade, condição esta a ser definida legalidade e legitimidade à Comissão de
da Comissão; por ato ministerial. Crenologia e saudou todos os empossa-
- Padronizar embalagens retornáveis; - Por fim, como já disse, temos que for- dos, desejando a eles “uma profícua
- Padronizar materiais utilizados nas mar Grupos Técnicos, permitindo a parti- gestão no que tange, principalmente, ao
indústrias de água mineral, desde a cap- cipação de outros segmentos da socieda- fiel cumprimento do Código de Águas
tação até o envase. de, e melhor qualificar as nossas decisões. Minerais”.
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feira
Drinktec: 1.400 expositores de 50 países
Feira será realizada em Munique,
Alemanha, de 12 a 17 de setembro O mercado mundial de bebidas
Oferta de tecnologia, matéria-prima e soluções logísticas Conforme dados apresentados durante o encontro da
apropriadas para cada tipo de bebida ou gênero alimen- Drinktec e que tomam por base pesquisa da Zenith Interna-
tício. Essa abrangência é que faz da Drinktec a mais impor- tional, o mercado mundial de bebidas, nos últimos seis anos,
tante feira mundial de bens de produção da indústria inter- cresceu de 1,195 trilhão de litros em 1999 para 1,355 trilhão
nacional de bebidas, segundo Petra Westphal, gerente de de litros em 2004. Nesse período, o setor de maior cresci-
mento foi o de soft drinks, com expansão de 22,2%, em re-
projeto da feira, que esteve em São Paulo no início de mar-
lação às bebidas alcoólicas,10,6%, bebidas quentes, 6,4%
ço para apresentar a edição 2005, que será realizada de 12
e bebidas lácteas, 6,4%.
a 17 de setembro próximo, em Munique, Alemanha.
Entre os soft drinks, a água envasada registrou no perío-
Segundo ela, a Drinktec 2005 deverá contar com a par-
do um formidável crescimento de 53,4%, superando em
ticipação de 1.400 expositores de 50 países e receber a vi- muito as bebidas carbonatadas, que cresceram 10,3%, os
sitação de 80 mil pessoas de 130 países. A feira está em sua sucos e refrigerantes em pó, 11,2%, os sucos de frutas e nec-
10ª edição, sendo realizada desde 1951. A partir de 1985 tares, 19,3% e os sucos com menos de 25% de polpa (still
sua periodicidade passou a ser quadrienal, pela convicção drinks), 39,1%.
de que as tecnologias, processos e logísticas se renovam Os dez maiores países em consumo de bebidas em 2004
a cada quatro anos. Assim, a feira vai apresentar as mais re- foram Estados Unidos, com 200 bilhões de litros; China,140
centes tecnologias de fabricação, envasamento, embalagem bilhões; Índia, 130 bilhões; e Brasil, 55 bilhões, seguidos do
e distribuição de bebidas e alimentos líquidos introduzidas Japão, Alemanha, México, Rússia, Reino Unido e França. Em
no mercado internacional. consumo per capita, os líderes foram Irlanda, Reino Unido,
“Será um um evento inédito que mostrará de perto o Malta, Suiça, Áustria, Estados Unidos, Dinamarca, Alema-
nha, República Tcheca e Bélgica.
funcionamento e a capacidade de desempenho de máqui-
Na América Latina, a distribuição do mercado de bebidas
nas, instalações e sistemas”, acentuou Petra Westphal.
por categorias em 2004 revelou o seguinte quadro: soft drinks,
A feira incluirá basicamente os seguintes setores: bebi-
50%; bebidas alcoólicas, 14%; bebidas lácteas, 14%, bebi-
das não-alcoólicas, cervejas, bebidas alcoólicas, bebidas lác-
das quentes, 22%. Nesse ano, o volume total de bebidas na
teas, iogurtes, sucos de fruta, vinhos, águas, chás, cafés e AL foi de 180 bilhões de litros.
bebidas energéticas.
Os interessados em mais informações ou em participa-
ção poderão contatar o telefone (11) 5187-5213. 10 MAIORES CONSUMIDORES MUNDIAIS, 2004

Bilhões de litros

USA

China

índia

Brasil

Japão

Alemanha

México

Russia

Reino Unido

França
RICHARD CLEMENS, DA FEDERAÇÃO ALEMÃ DOS FABRICANTES DE
MÁQUINAS E EQUIPAMETOS, E PETRA WESTPHAL, GERENTE DE PROJETO 0 50 100 150 200 250
DA DRINKTEC
8 Água&Vida
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MERCADO GLOBAL DE BEBIDAS, 1999-2004


1400 Bilhões de Litros
1355
1320
1300 1290
1255
1220
1200 1195

1100

1000
1999 2000 2001 2002 2003 2004

CRESCIMENTO DO MERCADO MUNDIAL DE BEBIDAS, 1999-2004

Categoria % (1999-2004)

BEBIDAS ALCOÓLICAS 10.6%


BEBIDAS QUENTES 6.4%
BEBIDAS LÁCTEAS 6.4%
REFRIGERANTES 26.2%
- Águas envasadas 53.4%
- Carbonatados 10.3%
- Refrescos em pó 11.2%
- Sucos/Néctares 19.3%
- Refrescos de frutas 39.1%

10 MAIORES EM CONSUMO PER CAPITA, 2004


Litros por pessoas
Irlanda

Reino Unido

Malta

Suiça

Austria

USA

Dinamarca

Alemanha

Rep. Tcheca

Belgica

600 650 700 750 800

DISTRIBUIÇÃO POR CATEGORIAS NA A.L, 1999-2004

1999 2004
Refrigerantes Bebidas
Alcoólicas Bebidas
47% Refrigerantes Alcoólicas
15%
50% 14%

Bebidas
Quentes Bebidas
23% Quentes
22%
Bebidas Lácteas
Bebidas Lácteas
15%
14%
157,300 milhões de litros 180,100 milhões de litros
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congresso

HOTEL MADINAT JUMEIRAH, ONDE SERÁ REALIZADO O CONGRESSO

Dubai será sede do 2º congresso


mundial de águas envasadas
Um das regiões mais secas da Terra, uma taça de champanhe ao pôr-do-sol
os Emirados Árabes Unidos, no Golfo Ára- e de um jartar ao estilo beduíno.
be, receberá em setembro empresários O congresso propriamente dito se-
e executivos de indústrias de água mi- rá realizado no hotel Madinat Jumeirah,
neral de todo o mundo, que durante três um gigantesco resort recém-inaugura-
dias discutirão e analisarão os rumos do em Dubai. Com arquitetura inspira-
do setor, na segunda edição do Global da nas antigas fortalezas árabes, o com-
Bottled Water Congress. Realizado pela plexo inclui um mercado típico cober-
primeira vez em Evian, na França, no ano to e mais de 30 restaurantes, muitos
passado, com a participação de 130 de- com uma fantástica vista para o mar.
legados de mais de 30 países, o congres- No dia 21 acontecerão as principais
so é o único evento global de água en- conferências, sob o tema "Meeting Glo-
garrafada desse porte. bal Demands". O último dia, 22, será
O programa, ainda provisório, come- dedicado aos debates sobre águas fla-
ça em 20 de setembro, no Norte do país, vorizadas e funcionais e encerrado com
com uma visita às moderníssimas insta- a entrega dos prêmios bottledwater-
lações da Masafi, principal produtora de world design.
água mineral do Golfo, uma das patro- Quem quiser receber mais informa-
cinadoras do encontro. No final da tarde, ções sobre o evento tão logo estejam dis-
os congressistas farão um passeio de poníveis deve solicitá-las pelo e-mail fher-
jipe pelas dunas do deserto, seguido de rington@zenithinternational.com
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notas

ICMS em pauta
Em encontro realizado no início de abril, a direto-
ria da Abinam entregou ao deputado federal Antonio
Carlos Mendes Thame um dossiê sobre a indústria bra-
sileira de água mineral e a carga tributária que afeta o
setor. O objetivo foi obter o apoio do parlamentar para
a reivindicação da Abinam no sentido da redução da
alíquota do ICMS sobre a atividade, a exemplo do que
ocorreu no Paraná, onde o governador baixou o ICMS
de 18% para 12% e eliminou a substituição tributária.
Participaram do encontro o presidente Carlos Alberto
Lancia, o diretor Ricardo Signorelli e Gilberto Menezes,
assessor do deputado.

Bacia do Mogi Guaçu


A diretoria da Abinam, representada pelo presidente Car-
los Alberto Lancia e pelo vice-presidente César Dib, partici-
pou da solenidade de posse do prefeito de Lindóia, Élcio de
Godoy, na presidência do Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio Mogi Guaçu. O encontro reuniu centenas de representan-
tes de toda a região abrangida pela Bacia e diversas autori-
dades, entre elas o deputado estadual Arnaldo Jardim.

Água&Vida 11
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resinas

P
E
T
A EMBALAGEM DA MODA
Versatilidade e novas gerações de consumidores impulsionam a utilização
da resina PET em todas as categorias de bebidas
De origem relativamente recente (cer- (além de detergentes, cosméticos e pro- te não existia há 15 anos, consome hoje
ca de 30 anos), o poliéster para embala- dutos químicos) e já ameaçando outros quase 8 bilhões de unidades por ano
gens (Polietileno Tereftalato ou PET) vem redutos consolidados, como o da lata. (veja gráfico Garrafas PET – Brasil).
demonstrando todo o seu potencial nos Segundo dados da Datamark, empresa Na base dessa expansão estão algu-
últimos dez anos, eliminando gradativa- especializada em pesquisas sobre o uso mas características muito valorizadas pe-
mente do mercado as tradicionais emba- de embalagens no Brasil, o mercado na- los produtores e consumidores, como le-
lagens de vidro para alimentos e bebidas cional de garrafas PET, que praticamen- veza, transparência, praticidade, segu-

Garrafas PET - Brasil (bilhões de unidades)

7.7
2005
6
1999
5.9
1998

5.2
1997
3.8
1996
0.1
1990

0 2 4 6 8

Fonte: Datamark

12 Água&Vida
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As águas vão rodar

Longwater DT

Longcar 12
Longcar 4

Longwater DP

Fundada em 1964, a LONGA


ção e
armazenagem para cada tipo de aplicação e verificando a ne-
cessidade de uma melhoria no transporte e armazenagem
no segmento de água mineral.

A LONGA INDUSTRIAL, desenvolveu diversos tipos de MPA 23

aá éo
ç

Av. das Monções, 151 - 18540 000 - Bairro Itaqui - Porto Feliz SP
PABX 15 3262 7200 - e-mail: comercial@longa.com.br

Site: www.longa.com.br
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resina
mentares aos projetos de crescimento
que ela já identificou, como uma nova fá-
brica de polipropileno em parceria com
a Petrobrás em Paulínia (SP) e um pólo
integrado de polietileno na fronteira do
Brasil com a Bolívia, a partir de gás bo-
liviano.

O PET no mercado de águas


Efetivamente, o mercado de águas en-
vasadas vem se destacando já há alguns
anos como o de maior crescimento no
setor de bebidas. Embalada por mudan-
ças de gosto e estilo de vida, a água tor-
nou-se uma opção saudável de consu-
mo, superando todas as demais catego-
rias de bebidas em crescimento. O consu-
mo mundial em 2003 chegou a 155 bi-
lhões/litros, correspondentes ao fatura-
mento de 46,9 bilhões de dólares. E a ex-
CLEANTHO DE PAIVA LEITE FILHO, DA BRASKEM
pectativa é que venha a crescer mais 50
rança, resistência e economia, além da balagens de produtos alimentícios e o bilhões de litros nos próximos três anos.
versatilidade que permite em termos de que deixa menor sabor residual. Maior Esse fenômeno mundial se reflete no
design e cores. A esses atributos, o diretor empresa petroquímica da América Latina Brasil, onde a produção registrou cresci-
comercial de PET da produtora de resinas e uma das cinco maiores indústrias brasi- mento de 20% em média por mais de
Braskem, Cleantho de Paiva Leite Filho, leiras de capital privado, a Braskem, atra- dez anos seguidos, caindo para 10% em
acrescenta um outro de suma importân- vés da sua Unidade Desenvolvimento de 2002 e 2003. Embora os números de
cia para quem produz alimentos e bebi- Negócios, produz atualmente 80 mil to- 2004 ainda não estejam consolidados,
das: o PET valoriza a imagem da marca e neladas/ano de PET, volume que lhe atri- estima-se que a produção tenha iniciado
conquista mais consumidores. bui 22% de participação no mercado bra- um novo ciclo de crescimento, subindo
Além dos aspectos aparentes, o fator sileiro de PET, conforme informa o dire- para 12%, com previsão de atingir 15%
decisivo que impulsionou o mercado de tor comercial, Cleantho Paiva. Desse to- em 2005.
PET foi a solução tecnológica que asse- tal, 30% são destinados ao setor de águas Com um consumo per capita ainda
gurou a produção da resina com níveis minerais e 60% a outras categorias de baixo, de cerca de 30 litros/ano, se com-
baixíssimos de acetalaldeído, substância bebidas. parado aos 189 litros da Itália, o Brasil tem
que se manifesta sobretudo no processo Atento ao crescimento do consumo pela frente um enorme potencial de cres-
de produção de pré-formas. Em níveis ele- e à tendência de construção de marcas cimento no setor de águas envasadas.
vados, o acetalaldeído atribui aos pro- que começa a tomar corpo na indústria A expansão da oferta e do consumo
dutos envasados, especialmente água mi- de águas envasadas, o diretor Comercial e o desenvolvimento de novos produ-
neral, odor e sabor típicos de frutas. de PET da Braskem prevê a expansão de tos, como as águas flavorizadas e fun-
uso da resina nessa atividade, não ape- cionais, criaram a necessidade de dife-
Braskem nas no segmento de embalagens descar- renciação dos produtos em termos de
O aprimoramento tecnológico do PET, táveis, que já vem progressivamente ade- conveniência e apelo estético, o que esti-
sua versatilidade e a plena aceitação pelo rindo ao PET, mas também no segmen- mulou a utilização de embalagens PET,
consumidor, sobretudo pelo público jo- to de retornáveis (garrafões de 10 e 20 em razão da flexibilidade desse material
vem, apontam para um caminho de ex- litros), que domina 60% do mercado a diferentes formas e cores, o que permi-
pansão nos segmentos já conquistados de águas. te a busca de arrojadas soluções de iden-
e de múltiplas aplicações futuras, razões Na esteira dessa expansão, a Braskem tidade visual para as marcas.
que vêm mobilizando os grandes grupos assinou em fevereiro passado um memo- A possibilidade de recolocação da tam-
que produzem e transformam a resina. rando de entendimento com a Pequiven, pa na embalagem é outro valor agrega-
A Braskem, um dos três maiores gru- braço petroquímico da empresa petro- do ao PET, pois permite que o consu-
pos fornecedores de resina PET no mer- lífera venezuelana PDV SA, para avaliar midor decida quando deseja terminar sua
cado brasileiro, ao lado da M&G e da oportunidades de desenvolvimento de bebida.
Voridian, desenvolveu o processo de pro- negócios conjuntos na Venezuela no cam- Em razão desses benefícios, hoje qua-
dução via DMT (Dimetil Tereftalato), que po das resinas termoplásticas. Segundo se todas as indústrias de águas nos paí-
garante ser o mais adequado para em- a empresa, esses estudos são comple- ses desenvolvidos já utilizam embalagens
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PET, inclusive para garrafões. Segundo


o diretor comercial da Voridian para as
Américas, Phillip Myers, cerca de 72% do
mercado mundial de águas já aderiram
à embalagem PET (v. quadro pág12).

Os investimentos da M&G
Na certeza de que esse mercado na
América do Sul vai crescer entre 8% e
10% ao ano pelo menos até 2010, o Gru-
po M&G anunciou no final do ano pas-
sado a construção, no Brasil, da maior fá-
brica mundial de resinas PET, em Ipo-
juca, região metropolitana de Recife, em
Pernambuco. A fábrica absorverá inves-
timentos de 250 milhões de dólares e
deverá entrar em operação em 2006 pro-
duzindo 450 mil toneladas/ano de resi-
nas PET, mas sua capacidade poderá ser
expandida para até 1 milhão de tonela- REINALDO KROGER, DA M&G
das. O Grupo M&G (Mossi & Ghisolfi) de toneladas. retor Comercial e de Marketing para a
é uma empresa familiar de produtos quí- “O investimento na nova fábrica es- América do Sul da M&G Fibras e Resi-
micos com sede em Tortona, na Itália, e tá sendo feito diretamente pela Matriz, nas, de São Paulo, o braço operacional
atualmente é a segunda produtora mun- pois faz parte da estratégia da empresa dos italianos no Brasil. “Se estivesse fun-
dial de PET para embalagens, com capa- de tornar-se o maior produtor de resinas cionando hoje, só a produção inicial des-
cidade de produção anual de 1,3 milhão PET do mundo”, diz Reinaldo Kroger, di- sa unidade já seria suficiente para suprir
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resina
toda a demanda do mercado brasileiro Reinaldo Kroger afirma ainda que se- Mercosul, ela acaba de apresentar três
e ainda gerar excedentes para exporta- rem totalmente recicláveis (veja texto na novas formulações dessas resinas na Bra-
ção. Mas a empresa prevê que o ritmo pág.19) também é um forte incentivo silplast 2005, feira internacional da indús-
de crescimento da demanda nos próxi- para o crescimento do mercado de em- tria do plástico realizada em São Paulo
mos anos na América do Sul resultará balagens PET. E quando se menciona o no início de abril: a PET PG600, para em-
num déficit de aproximadamente 300 fato de que milhares de garrafas bóiam balagens de alimentos, produtos farma-
mil toneladas de resinas PET no Brasil e nos rios e nas enchentes, ele retruca: “Óti- cêuticos e cosméticos; a 992IP, destina-
de 500 mil toneladas em toda região em mo! As PETs bóiam. Piores são as outras, da a garrafas retornáveis, mercado prati-
2007, isso sem contar com as novas apli- que vão para o fundo, com os pneus e camente inexistente no Brasil mas muito
cações que estão a caminho, como é o os sofás. Se as prefeituras montarem sis- forte na Argentina e Chile; e a PJ004,
caso da cerveja”, enfatiza Kroger. temas de coleta, incentivado cooperati- que substitui a PJ002, ideal para soprar
Controlador da Rhodia-ster, o Grupo vas de catadores, o problema desapare- garrafões de 10 e 20 litros.
M&G produz hoje cerca de 200 mil tone- ce, pois a gente recicla tudo. Aqui em “A formulação PJ004, que integra a
ladas/ano de resinas PET em Poços de Cal- São Paulo, na gestão passada, eu me pro- nossa linha de resinas Aqua, foi desen-
das (MG), das quais 135 mil são desti- pus a comprar todas as garrafas coleta- volvida nos Estados Unidos e está sendo
nadas ao mercado brasileiro (participa- das, mas a idéia não se concretizou”. A testada na fábrica da Argentina neste iní-
ção de cerca de 35%). Reinaldo Kroger M&G brasileira possui uma unidade de cio de maio, devendo estar disponível
estima que a demanda total do País te- reciclagem em Indaiatuba (SP), a ReciPET, para os clientes em junho”, diz Alfredo
nha sido de 400 mil toneladas em 2004, que processa cerca de 10% das 170 mil F. Netto, gerente de Vendas e Desenvol-
podendo chegar a 440 mil este ano (no toneladas anuais de PETs recicladas. vimento de Negócios PET da Voridian
mundo, foram 10,6 milhões de tonela- do Brasil. “O mercado de garrafões PET
das no ano passado, com expectativa de A resina da Voridian para água, que responde por 60% do
11,7 milhões em 2005). “O perfil do mer- Única das três principais fornecedo- consumo, tem enorme potencial de cres-
cado brasileiro segue mais ou menos a ras de resina que não tem fábrica no Bra- cimento. O PET tem inúmeras vantagens
tendência mundial: 75% para refrigeran- sil, a norte-americana Voridian (uma di- sobre o PP (polipropileno), que domina
tes, 11% para água, 6% para óleos co- visão da Eastman Chemical), maior pro- esse mercado, como maior transparên-
mestíveis e 8% para as demais aplica- dutora mundial de resinas PET, também cia, mais resistência e menor peso.”
ções. As latas já estão começando a ser acredita num consistente crescimento do Ele afirma que o segmento de gar-
substituídas. E logo vão entrar as cerve- mercado da América do Sul, principal- rafões PET só não cresce mais por conta
jas – daqui mais um tempo, a gente só mente do Brasil. Abastecendo o País a do comércio irregular, da falta de con-
vai encontrar garrafas de vidro nos ba- partir de sua unidade na Argentina, para trole sobre o uso dos garrafões e de dis-
res”, prevê o executivo. aproveitar as vantagens alfandegárias do paridades tributárias e fiscais. “Temos
duas situações que distorcem a concor-
rência e favorecem o PP: de um lado, o
governo taxa o PET com uma alíquota
de 15% de IPI, contra 5% dos outros ter-
moplásticos – por quê, ninguém sabe; de
outro lado, todos os produtores de gar-
rafões PP são microempresas – o que sig-
nifica uma série de isenções e de van-
tagens. Se o mercado se organizar e hou-
ver eqüidade tributária e fiscal, o PET
será imbatível”, garante o executivo.
Segundo Alfredo Netto, a Voridian
argentina tem uma produção de 180 to-
neladas por ano de resinas PET, quase to-
da destinada aos mercados brasileiro e
platino. Ele não informa números, “por
razões estratégicas”, mas diz que 85%
destina-se ao segmento de bebidas, sen-
do 60% para os refrigerantes e 20%
para águas. “Não tenho dúvidas em afir-
mar que hoje o consumo de águas mine-
rais cresce e vai continuar crescendo prin-
cipalmente por causa da versatilidade das
ALFREDO F. NETTO, DA VORIDIAN embalagens PET”, conclui.
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resina
Garrafões PET, mercado potencial PET Point
Há seis anos no mercado de águas, a a qualidade da embalagem e possibili- O surpreendente crescimento do
PackPet é o principal fabricante brasileiro tar o rastreamento do produto em todas mercado de águas e a expansão do
de garrafões de 20 litros em PET. Atuando as fases, do envase até a compra pelo PET no ramo de alimentos e bebidas
na produção de preformas e no sopro de consumidor”, afirma. levaram a Drinktec, feira que será rea-
tamanhos de 250 ml a 20 litros, a empre- lizada de 12 a 17 de setembro próxi-
sa aposta no crescimento das embalagens PP Clarificado mo, em Munique, Alemanha, con-
descartáveis, especialmente nas versões Além do PET, a empresa passou a in- siderada a mais importante platafor-
de 5 e 6 litros, mas também acredita na vestir em uma nova resina PP, em parce-
ma de lançamento de novidades no
expansão consistente das embalagens re- ria com a Braskem, produtora do poli-
tornáveis de PET de 10 e 20 litros. setor, a dar destaque a esses dois se-
propileno, e a Milliken, expert em aditi-
“Nossa produção nesse segmento está vos para o PP. “O resultado, proporcio- tores na edição 2005. Enquanto a
voltada atualmente para empresas de nado por sopradora Sidel SBO Série 2+, indústria de águas ganha importân-
primeira linha, que buscam a diferencia- são as garrafas PP ISBM (polipropileno cia dentro da exposição, uma área
ção de suas marcas através das embala- injetado-soprado num procedimento de de 11 mil metros quadrados será des-
gens PET”, afirma Vitor Garcia, diretor da duas etapas) de excelente transparên- tinada ao PET Point, que apresenta-
PackPet. Segundo ele, muitos empresá- cia”, diz Vitor Garcia. Chamadas de PP rá a resina em toda a sua abrangên-
rios do setor ainda não atentaram para Clarificado, essas embalagens permitem
cia, da produção de granulados, pas-
as vantagens competitivas do PET, tan- tanto o envase a frio como a 95ºC desti-
to em relação à imagem de qualidade pe- sando pela fabricação de preformas
nadas especialmente para produtos como
rante o consumidor quanto à durabilida- chás, sucos e isotônicos. “Elas também e garrafas, até a reciclagem. Tendên-
de e conveniência, que compensam o têm a vantagem de dispensar a adição cias, demandas de mercado, design
custo inicial mais alto da embalagem PET. de conservantes, o que torna os produ- de embalagens, novas tecnologias de
“Em futuro próximo, a tendência do mer- tos mais saudáveis”, conclui. produção de preformas e garrafas
cado será seguir o exemplo de empresas A PackPet está produzindo garrafas e inovações tecnológicas são alguns
que hoje já têm suas próprias embala- em PP Clarificado de 250 a 450 ml, com dos temas que serão abordados tanto
gens, o que lhes permite assegurar ao boca larga (38mm), recomendadas para
na mostra como em palestras.
consumidor a origem da água, proteger essas linhas de produtos.

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Amcor: serviço completo ao cliente


Novapet, Injepet, Braspet, Alcoa Em- Ele lembra que, nos últimos anos, a
balagens – qualquer que seja a denomi- Amcor no Brasil participou de projetos
nação, a empresa é uma só: Amcor PET em embalagens PET para algumas das
Packaging. Essa gigante australiana do se- mais importantes marcas do país, como
tor de embalagens, maior produtora mun- Hellmann’s e Maguary. O caso da Maio-
dial de embalagens PET, no Brasil tem fá- nese Hellmann’s, da Unilever, ganhou
bricas em Poços de Caldas (MG), Jundiaí destaque, segundo Vaz, porque a emba-
(SP), Louveira (SP) e Manaus (AM). Produz lagem de vidro do produto era tão tradi- da com resina virgem.
por ano cerca de 2,4 bilhões de prefor- cional que se transformou em ícone no - Reciclagem secundária ou pós-con-
mas, garrafas, potes e frascos, o que lhe segmento. “Mas o lançamento em potes sumo: é a reutilização de embalagens
garante a liderança do mercado brasi- PET da Amcor foi um sucesso e a acei- provindas de lixões, coleta seletiva, suca-
leiro de PET, com 26% de participação. tação do público, imediata”, conta. “E a tas etc. Exige uma excelente separação
Ricardo Vaz, diretor Comercial da Am- patente da tecnologia da embalagem do para poder ser aproveitado, devido à mis-
cor no Brasil, diz que o principal foco da suco Maguary é totalmente brasileira, tura com outros materiais.
empresa é oferecer aos clientes um ser- resultando na embalagem mais leve que - Reciclagem terciária: conversão de
viço sob medida, que pode ir desde o for- existe para envase a quente”, explica. resíduos plásticos em produtos quími-
necimento de simples preformas até o Como o uso de embalagens PET em cos e combustíveis por processos termo-
processo completo, da concepção da em- óleo comestível, alimentos, medicamen- químicos. Não é muito utilizada devido
balagem ao sopro in-house. “Um dos três tos, home care e águas já está consagra- ao custo elevado.
Centros de Pesquisa e Desenvolvimen- do, o diretor Comercial diz que o prin- O processo mais comum, o de reci-
to da empresa fica no Brasil.”, diz ele. “Por cipal desafio do mercado de embalagens clagem das garrafas coletadas após o
isso, temos condições de estudar o com- PET está justamente em desenvolver tec- consumo, consiste basicamente em sepa-
portamento de um produto, desenvolver nologias inovadoras para absorver outros rá-las dos outros plásticos, selecioná-las
a embalagem mais adequada para ele, segmentos de produtos que ainda não por cores, moê-las para transformá-las
inclusive o seu design, fazer testes-pilotos as usam. “As tendências da embalagem em flakes (flocos) e depois lavar, descon-
e produzir as embalagens. Se o cliente PET para os próximos anos se concen- taminar, secar e embalar os flakes.
desejar, podemos até fazer o sopro in- tram na área de alimentos, especialmen- Com evidentes vantagens para o meio
house, instalando as máquinas junto das te molhos de tomate, leite, bebidas al- ambiente, a reciclagem cumpre ainda
unidades de envase, minimizando cus- coólicas e bebidas RTD (ready to drink – um papel social no Brasil, na medida em
tos de transporte e estocagem. Temos es- prontas para beber). A atenção ao cres- que a coleta das garrafas é atividade ge-
se sistema em funcionamento na Coca- cimento nesses segmentos é que vai ga- radora de renda para centenas de milha-
Cola, Unilever e Kraft Foods (Maguary), rantir a liderança, tanto no Brasil como res de pessoas. O País é hoje um dos gran-
entre outras”, informa. no mundo”, conclui Ricardo Vaz. des recicladores mundiais, reprocessan-
do cerca de 43% do total de garrafas
descartadas (170 mil toneladas/ano), à
Reciclagem: responsabilidade frente de países como os Estados Uni-
dos, França e Inglaterra.
social e um bom negócio Dezenas de indústrias nacionais trans-
formam o PET reciclado em uma gama
Embalagem PET usada não é lixo. É de aterros e lixões, além de prover o sus- diversificada de produtos. O maior mer-
matéria-prima de muito valor que, após tento de milhares de famílias. cado comprador é a indústria têxtil, que
o processo de reciclagem, transforma- Como o PET é um termoplástico, po- consome aproximadamente 41% do ma-
se em novos produtos. O PET reciclado de ser reprocessado várias vezes, pois terial reciclado. Cerca de 14% do total
é usado na produção de fibras têxteis, quando submetido a aquecimento ele reciclado são exportados para o Méxi-
não-tecidos, cordas, embalagens para amolece, se funde e pode ser novamente co e países da Ásia em forma de flakes
uso não-alimentar (a legislação proíbe o moldado. ou de garrafas prensadas.
uso de materiais reciclados para usos em Podemos dividir a reciclagem em
que haja contato direto com os alimen- três tipos: Como identificar o PET?
tos), tintas, detergentes, artigos como - Reciclagem primária ou pré-con- As embalagens PET são identificadas
cartões de visita, réguas etc. É um leque sumo: permite à indústria reaproveitar com o número 1 gravado no fundo (ou
de aplicações que vem crescendo con- resíduos de produção, que são limpos próximo a ele) das garrafas ou recipien-
tinuamente. E sendo 100% reciclável, e de fácil identificação, gerando pro- tes. Cada tipo de plástico reciclável tem
reutilizá-lo ajuda a aumentar a vida útil dutos de qualidade semelhante à obti- um número específico de identificação.
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resina
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