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Carlos Eduardo Martins, Luiz Filgueiras

A TEORIA MARXISTA DA DEPENDÊNCIA

DOSSIÊ
E OS DESAFIOS DO SÉCULO XXI

INTRODUÇÃO

Carlos Eduardo Martins*


Luiz Filgueiras**

Ainda que tenham suas raízes no pensa- e anglo-saxões, como formadora das classes
mento anti-imperialista das primeiras décadas dominantes da região e articuladora de seus
do século XX, que Ruy Mauro Marini (cf. Ma- processos de desenvolvimento mediante uma
rini, 1994) chama de sua primeira floração, as divisão internacional do trabalho monopólica,
teorias da dependência surgem, de forma mais competitiva e hierarquizada, que atravessou os
elaborada, na segunda metade dos anos 1960, Estados, estando na origem de sua constituição
expressando os impasses do nacional-desen- moderna e nacional.
volvimentismo e a crise do desenvolvimento Elas descartaram o caráter feudal das
dependente e associado na América Latina. economias latino-americanas e afirmaram a
Tais teorias dirigem suas críticas às dis- subordinação de suas formas semisservis, ser-

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tintas versões de teorias de desenvolvimento vis e escravas de trabalho ao capitalismo co-
sob a liderança de uma burguesia nacional mercial e industrial dos centros, analisando-as
industrial, formuladas pelos Partidos Comu- como relações sociais pré-capitalistas ou de
nistas, pela CEPAL, ou pelo ISEB, e às teorias transição ao capitalismo, que prevaleceram en-
da modernização, que pretendiam replicar, tre os séculos XVI e XIX. Rejeitaram o caráter
nas periferias, os padrões de desenvolvimento revolucionário de suas burguesias industriais,
dos países centrais. Ao fazê-las, reorganizam sua missão anti-imperialista e antifeudal,
a interpretação das formações sociais latino-a- apontando sua forte tendência ao compromis-
mericanas, ao apontarem a economia mundial so com as estruturas agroexportadoras oligár-
capitalista, dirigida pelos centros europeus quicas, de cujos excedentes dependeram para
impulsionar seus projetos de industrialização
*
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Instituto substitutiva. Ressalva-se o caso excepcional do
de Relações Internacionais e Defesa.
Avenida Pasteur nº 250. Campus da Praia Vermelha. Cep: México, onde se combinou a nacionalização
22.290-902. Urca – Rio de Janeiro – Brasil. cadu.m@uol.com.br
de recursos estratégicos, como o petróleo, com
**
Universidade Federal da Bahia (UFBA). Faculdade de
Economia. reforma agrária, em processos impulsionados
Praça Treze de Maio, n. 06, Centro. Cep: 40.060-300. Sal-
vador – Bahia – Brasil. luizmfil@gmail.com incialmente por movimentos revolucionários,

http://dx.doi.org/10.1590/S0103-49792018000300001 445
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mas posteriormente submetidos à direção da imperialismo, cuja amplitude variaria com as


burguesia nacional. possibilidades abertas por cada estrutura his-
Adicionalmente, as teorias da depen- tórica, e tendo como principais representan-
dência reelaboraram as análises do imperia- tes Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto
lismo estabelecidas pelo paradigma leninista (cf. Cardoso, 1975, 1979, 1993, 2010; Cardoso;
– que protagonizou os debates dos anos 1910- Serra, 1978; Cardoso; Faletto, 1984).
40 – para interpretar a reestruturação da eco- Após ter as suas primeiras formulações
nomia mundial no pós-guerra sob a hegemonia desenvolvidas em uma organização da esquer-
dos Estados Unidos e das corporações multi- da brasileira – POLOP – e na UNB, a teoria mar-
nacionais, bem como as novas bases da divi- xista da dependência teve o seu principal lugar
são internacional do trabalho e dos padrões de de elaboração no Centro de Estudios Socio-E-
acumulação que buscavam estabelecer nos pa- conómicos da Universidade do Chile (CESO),
íses dependentes e na periferia. Incorporaram reorganizando-se posteriormente, a partir do
ainda, nessa reelaboração, a redefinição desse golpe de Estado de Pinochet, na UNAM, no
processo de integração a partir dos anos 1970 México.
– com a crise da hegemonia estadunidense e A derrota das experiências nacional-
a ascensão dos processos de financeirização e -populares nos anos 1970, em particular a de
dos padrões neoliberais de acumulação. Salvador Allende e da Unidade-Popular no
Elas se expandiram da América Latina Chile, atingiu grande parte do protagonismo
para as periferias e semiperiferias do mundo, que alcançou. Sofreu, então, intensa ofensi-
alcançando o Caribe, a África e a Ásia, mas va da análise weberiana sobre a dependência
também os centros europeus e os Estados Uni- e dos pensamentos neodesenvolvimentista,
dos. Constituíram-se não apenas em fonte de neogramsciano e endogenista que, apesar de
reinterpretação do desenvolvimento do capita- certas divergências de grau ou mais substan-
lismo nas periferias, mas da economia mundial tivas, enfatizavam a força da dinâmica interna
em seu conjunto, sendo, até certo ponto, parte de desenvolvimento e democratização do capi-
da formulação de outros desdobramentos teó- talismo industrial latino-americano. Importan-
ricos, como as análises do sistema-mundo. In- tes debates foram travados no período, sendo
fluenciaram diversos campos do pensamento: o de maior destaque, aquele que envolveu Ruy
sociologia, economia, relações internacionais, Mauro Marini, de um lado, e Fernando Henri-
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história, ciência política, antropologia, filoso- que Cardoso e José Serra, de outro (Cf. Cardo-
fia, geografia e teologia (cf. Marini, 1994; Mar- so; Serra, 1978: Kay, 1989; Marini, 1978, 1992;
tins, 2015; Santos, 2000). Santos, 2000). Todavia esses enfoques críticos
Ao longo dos anos, dividiram-se em à teoria marxista da dependência foram colo-
duas grandes correntes: uma versão crítica à cados em questão, nos anos 1980, pela crise
dependência, com forte inspiração marxista, da dívida externa, a recessão e o abandono dos
que busca a transição a uma formação social programas desenvolvimentistas, e, nos anos
socialista, e cujos mais destacados autores são 1990, pela ofensiva neoliberal, que impôs a re-
Ruy Mauro Marini, Theotonio dos Santos e gressão e a perda de direitos sociais por meio
Vânia Bambirra (Bambirra, 1974, 1978; Mari- das reformas do Estado, trabalhistas e previ-
ni, 1973, 1974, 1976, 1978; cf. Santos, 1968, denciárias.
1971, 1972, 1978a, 1978b, 1991, 2000); e outra A internalização do Consenso de Wa-
que propõe a dependência como o tipo ideal shington restringiu a autonomia do pensa-
histórico-estrutural de desenvolvimento das mento latino-americano e implementou uma
sociedades latino-americanas, reivindicando agenda de políticas públicas na contramão das
certa margem interna de negociação com o demandas sociais que ganhavam força com a

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onda de redemocratização do Cone Sul: apro- a crise e a debilidade das democracias no capi-
fundou-se a financeirização; expandiram-se talismo dependente e a potência analítica dos
a dívida pública, a desindustrialização, o de- conceitos de fascismo ou de Estados de Con-
semprego e a desigualdade; liquidou-se grande trainsurgência e de 4º poder para explicá-las;
parte das empresas estatais; e se fortaleceram e as alternativas ao capitalismo dependente na
mecanismos autocráticos de decisão em detri- América Latina e sua vinculação à construção
mento do controle público. A teoria weberiana de um novo eixo de poder geopolítico regional
da dependência teve protagonismo intelectual e mundial (cf. Martins, 2015, 2017).
discreto nesse período. Entre as razões para Embora a atual ofensiva neoconserva-
isso, além da mudança dos marcos gerais de dora dificulte o alcance dessa nova floração
integração à economia mundial, a adoção do da Teoria Marxista da Dependência, não tem
padrão neoliberal pelo governo FHC gerou re- capacidade de desloca-la definitivamente. Pelo
sultados medíocres em termos de desenvolvi- contrário, em um cenário de radicalização da
mento, limitando o componente interno da te- luta de classes que tende a se aprofundar na
oria, aproximando-a da condição de um apên- América Latina e no Brasil nos próximos anos,
dice do Consenso de Washington (cf. Martins, a TMD poderá vir a cumprir um papel desta-
2011, 2015). cado. Neste dossiê, apresentamos seis artigos
A crise das experiências neoliberais na que tratam alguns dos temas centrais que vêm
América Latina, que se iniciou em 1994, com a sendo destacados pela revisão crítico-analíti-
irrupção do movimento zapatista em Chiapas, ca que se constitui com a ampliação da teoria
levou a uma nova ascensão dos movimentos marxista da dependência.
sociais, à formação de governos nacionais po- Cristóbal Kay situa a teoria marxista da
pulares e de centro-esquerda e a impasses que dependência no âmbito dos aportes latino-a-
recolocaram em destaque a teoria marxista da mericanos à crítica das teorias do desenvolvi-
dependência como uma das fontes de interpre- mento. Destaca, além da teoria da dependência
tação dos processos econômicos, sociais, polí- e sua vertente marxista, as contribuições estru-
ticos e ideológicos em curso tanto na América turalistas e neoestruturalistas, os estudos so-
Latina quanto no mundo contemporâneo. bre o colonialismo interno e a marginalidade,
Essa nova ofensiva da teoria marxista da e os aportes de Mariátegui. Aponta que esses
dependência, que constitui sua terceira flora- enfoques apresentaram novas formas de inter-

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ção, articula a contribuição que seus fundado- pretar o desenvolvimento na América Latina
res fizeram acerca da emergência e do desen- e no mundo, mas falharam em transformá-lo.
volvimento do padrão neoliberal de globaliza- Entretanto isso não indica sua obsolescência,
ção, com a de seus discípulos mais próximos e mas a necessidade de aprofundar os estudos
a de novas gerações de autores. Entre os temas críticos sobre o desenvolvimento em busca de
que ganham destaque estão: o lugar da teoria um mundo melhor.
marxista da dependência no balanço do pen- Carlos Eduardo Martins realiza um
samento social latino-americano e contra-he- amplo balanço da economia política da de-
gemônico mundial; a gênese e a vigência de pendência. Sistematiza o pensamento de Ruy
conceitos-chave, como os de superexploração Mauro Marini e as principais críticas que lhe
do trabalho e de subimperialismo, bem como são dirigidas, tanto de fora quanto no âmbi-
suas expressões contemporâneas; os ciclos to da teoria marxista da dependência, para
econômicos mundiais e sua relação com aque- reivindicar os conceitos de superexploração
les internos à América Latina; o conceito de do trabalho e de subimperialismo, a partir
padrão de reprodução do capital e seus desdo- da proposição de restruturações teóricas e de
bramentos empíricos e articulações analíticas; atualizações históricas que desenvolvam suas

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potencialidades analíticas de interpretação do importantes legados para o desenvolvimento


capitalismo dependente e da economia mun- da teoria marxista da dependência e para a
dial no século XXI. construção de uma teoria marxista do sistema
Jaime Osório retoma a análise do concei- mundial.
to de superexploração do trabalho, a partir de
novas polêmicas e debates, e questiona as for-
Recebido para publicação em10 de junho de 2018
mulações que sustentam que Marx descartou a Aceito em 17 de agosto de 2018
violação do valor força de trabalho como tema
relevante do capitalismo, ou ignoram sua per-
tinência no capitalismo dependente. O autor REFERÊNCIAS
dedica-se ainda ao diálogo com as formulações Bambirra, V. El capitalismo dependiente latinoamerican.
que defendem a extensão da superexploração México DF: Siglo XXI, 1974. 180 p.

ao capitalismo central, reivindicando sua es- _____. Teoría de la dependencia: una anticrítica. México
DF: Era, 1978. 113 p.
pecificidade no capitalismo dependente.
Cardoso, F. H. Autoritarismo e burocratização. São Paulo:
Adrian Sotelo Valencia reivindica a per- Difel, 1975. 240 p.
tinência contemporânea do conceito de subim- _____. As ideias e seu lugar. Petrópolis: Vozes, 1993. 244 p.
perialismo, utilizando-o como chave conceitu- _____. O modelo político brasileiro e outros ensaios. São
Paulo: Difel, 1979. 211 p.
al de interpretação da crise produtiva, finan-
_____. Xadrez internacional & social-democracia. Lisboa:
ceira e política do capitalismo brasileiro, e o Dom Quixote, 2010. 261 p.
inscreve como dimensão analítica indispensá- Cardoso, F. H.; Faletto, E. Dependência e desenvolvimento
na América Latina: ensaio de interpretação sociológica.
vel do trinômio dependência, subimperialis- Petrópolis: Vozes, 1984. 143 p.
mo e imperialismo, na análise do capitalismo Cardoso, F. H.; Serra, J. Las desventuras de la dialéctica de
la dependencia. Revista Mexicana de Sociología, UNAM.
mundial no século XXI. México D.F., n. extraordinario, p. 9-55, 1978.
Luiz Filgueiras interpela o conceito de Kay, C. Latin American and underdevelopment. Londres:
padrão de reprodução do capital a partir da Routledge, 1989. 295 p. (Theories of Development).

análise do capitalismo brasileiro, e indica sua Martins, C. E. Globalização, dependência e neoliberalismo


na América Latina. São Paulo: Boitempo, 2011. 367 p.
insuficiência para captar sua complexidade _____. Pensamento social. In: Martins, C. E. et al. (Orgs.)
e seus níveis de concreção. Aponta, assim, a Latinoamericana: enciclopédia contemporânea de
América Latina e Caribe. 2015. Disponível em: http://
necessidade de se desenvolverem outras me- latinoamericana.wiki.br/verbetes/p/pensamento-social.
Acesso em 30.04.2018.
diações analíticas e formula os conceitos de
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_____. A subordinação da esquerda brasileira ao


padrão de desenvolvimento capitalista e regi- neoliberalismo e o abandono da teoria da dependência.
me de política macroeconômica para descre- Entrevista Especial com Carlos Eduardo Martins. 2017.
Disponível em http://www.ihu.unisinos.br/159-noticias/
ver e interpretar o padrão liberal periférico no entrevistas/571195-a-subordinacao -da-esquerda-
brasileira-ao-neoliberalismo-e-o-abandono-da-teoria-da-
Brasil, articulando as dimensões estruturais e dependencia-entrevista-especial-com-carlos-eduardo-
martins. Acesso em 30.04.2018
conjunturais do desenvolvimento capitalista
Marini, R. M. América Latina: dependência e integração.
nesse país. São Paulo: Brasil Urgente, 1992. 153p.
E Mayra Bichir analisa a concepção de _____. Dialéctica de la dependencia. México DF: Era, 1973.
101p.
Estado na obra de Marini, destacando os con-
_____ . Lasrazones del neodesarrollismo: respuesta a F. H.
ceitos de subimperialismo, Estado de Con- Cardoso y J. Serra. Revista Mexicana de Sociología, UNAM.
trainsurgência e o Estado de Quarto Poder, México DF, n. extraordinario, p. 57-106, 1978.

assim como os estudos sobre a transição ao _____ . Las raíces del pensamiento latinoamericano
In: Marini, R.M; Millan, M. (Coords.) La teoria social
socialismo, a partir da experiência socialista latinoamericana: losorígenes: tomo I. Mexico D.F.: El
Caballito, 1994. p. 17-35.
no Chile.
_____. El reformismo y la contrarrevolución: estudios sobre
Finalizamos a apresentação deste dos- el Chile. México DF: Era, 1976. 250 p.
siê, dedicando-o à memória de Theotonio dos _____. Subdesarrollo y revolución. 5ª edición. México DF:
Siglo XXI, 1974. 204 p.
Santos, cuja vasta obra constitui um dos mais

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Santos, T. dos La crisis norteamericana y América Latina. _____. El nuevo carácter de la dependencia. Santiago de
Santiago de Chile: Prensa Latinoamericana, 1971. Chile: Ceso, 1968.
_____. Democracia e socialismo no capitalismo dependente. _____. Socialismo o fascismo: el nuevo carácter de la
Petrópolis: Vozes, 1991. 288 p. dependencia y el dilema latinoamericano. México
DF.:Edicol, 1978b. 341 p.
_____. Dependencia y cambio social. Santiago de Chile:
Ceso, 1972. _____. A teoria da dependência: balanço e perspectivas.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. 176 p.
______. Imperialismo y dependencia. México DF: Era,
1978a. 491 p.

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Carlos Eduardo Martins – Doutor em Sociologia. Professor Associado do Instituto de Relações
Internacionais e Defesa (IRID) e do Programa de Economia Política Internacional da UFRJ (PEPI).
Coordenador do Laboratório de Estudos sobre Hegemonia e Contra-hegemonia da UFRJ (LEHC).
Pesquisador dos grupos de trabalho sobre Estados Unidos e sobre Integração Regional e unidade sul-
americana e caribenha de CLACSO. Prêmio Jabuti de 2007, livro do ano não ficção, pela coordenação
da Latino-americana; enciclopédia contemporânea de América Latina e Caribe. Principal Publicação:
Globalização, dependência e neoliberalismo na América Latina. Boitempo, 2011, 367p.
Luiz Filgueiras – Doutor em Teoria Econômica. Pós-Doutorado em Economia pela Universidade Paris
13. Professor Titular da Universidade Federal da Bahia. Atua na área de Economia Política e Economia
Brasileira Contemporânea, com ênfase principalmente nos seguintes temas: padrões de acumulação e
de desenvolvimento, inserção internacional, política econômica, planos de estabilização, crise e padrões
de desenvolvimento, políticas sociais e mercado de trabalho, reestruturação produtiva e emprego.
Publicações recentes: Economia política versus economia positiva: proposta de um antimanual de
introdução à economia. Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política, v. 50, p. 142-164, 2018;
Ajuste fiscal e as universidades públicas brasileiras: a nova investida do banco mundial. Caderno do
CEAS, v. 242, p. 603-634, 2017; Economia, política e o bloco no poder no Brasil. Bahia Análise & Dados,
v. 27, p. 147-177, 2017; História do Plano Real. Ed. Boitempo, 2000, 2016.

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