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Setembro de 2013
Há algo de profundamente errado na maneira como hoje vivemos e estamos a ser
governados. Sabemos o preço das coisas, mas não fazemos ideia do que valem.
Sabemos que algo está mal, mas não valorizamos o bem que aprendemos. Há muita
coisa de que não gostamos, mas não sabemos em quem acreditar.
O que devemos fazer? E como devemos fazê-lo?*
Competitividade/ “Governação”/
Globalização /Instituições
• Posicionamento estratégico radical e
agressivo do País face à Globalização e • Programa “Boa Governação”
na política externa (fiscal, educação,
justiça, I&D, ambiental, energético,
conectividade, mobilidade) e “better
life” (bem-estar e felicidade)
• Optimização dos Fundos Estruturais UE
• Economia “verde” e “azul”
• Fomento e internacionalização
27,8 mil
milhões Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020*
(Portugal)
Mobilizar a despesa a favor do crescimento, emprego,
competitividade e da convergência, alinhada com a Estratégia Europa 2020
Colocar o défice e a dívida numa trajetória mais sustentável
Política de Mutualizar os recursos e catalisar economias de escala
coesão e
PAC
Boa Governação
Memorando da troika, PEC e QPPO
Leis orçamentais (GOP, OE, Lei das Finanças locais e Lei dos Compromissos)
Agenda de reforma
Governação e implementação das reformas sectoriais
5
* A reserva para ajudas de emergência, Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização, Fundo de Solidariedade, Instrumento de Flexibilidade estão fora do âmbito do QFP
O que deve ser feito e como?
Devemos aprender com o passado, adaptar as boas práticas dos bem sucedidos, deixar de “inventar a roda”,
evitar “reformites” e escutar o que dizem os estudos académicos sobre os factores críticos de sucesso das
reformas, que são a coerência e o contexto! A coerência das políticas, confrontadas com os princípios e valores
do PS e a eficácia popular dos mesmos para Portugal, e o contexto da captação de recursos financeiros e da
eficácia do capital humano e social para concretizar, no mais curto espaço possível, os objectivos propostos. Por
isso, entende-se que, por convicção e oportunidade, este alinhamento, mais do que uma opção é uma questão
de necessidade e inteligência políticas e de políticas públicas.
Para a boa implementação desta agenda, propõe-se um sistema de “governação” específico, tal como foi criado
pela UE, para coordenar as medidas políticas a nível nacional e europeu.
A tarefa é interminável, mas cabe numa nação. Os resultados cumpridos não serão vistos amanhã, mas são
extraordinariamente recompensadores e frutíferos hoje! Sobretudo a nível dos resultados eleitorais!
Talvez vivamos uma época cuja aspiração maior se reduza, não em construir um mundo melhor, mas a prevenir
um mundo pior. Mesmo que assim seja, a História ensina-nos que os que a marcam são aqueles que fazem o
que está certo, antes do tempo no seu momento.
Este é o tempo e o momento de fazer o que está certo! De ‘colar’ em vez de ‘cortar’. De ‘racionalizar’ em vez de
‘reduzir’. De ‘clarear‘ em vez de ‘obscurecer’. De ‘levantar’ em vez de “acanhar’. De ‘acreditar’ em vez de
‘abdicar’. De ‘incluir’ em vez de ‘afastar’. Este é o tempo e o momento de revirar a trajectória de regresso ao
passado! Um passado inadequado para o nosso tempo e os nossos sonhos, como indivíduos e como nação.
Este é o tempo e o momento de construir laços cívicos e sociais, levantar as pessoas, capacitá-las, inspirá-las, e
tornar o estado, a organização pública, o serviço público um parceiro. , um ecossistema político e de políticas
de verdade, de valor, e verde! Numa palavra, um País vencedor!
É este o propósito deste contributo, na lógica do que deve ser feito e como, para, em suma, propugnar por uma
sustentável grandeza da política… do estado e da administração pública. 6
Conteúdos
1 2
Pilar orçamental, financeiro Pilar estratégico
e económico e organizacional
Desígnios
da
Reforma
3
AP competente e inovadora
Pilar humano
e tecnológico
4
AP responsiva
Pilar ético, cívico-
democrático
e societário
1 2
Preparar a organização e os trabalhadores para
de investimento) e a rentabilidade dos recursos
ambientes de risco, incerteza , complexidade e caos
Sustentabilidade das finanças públicas (incluindo as
Superar o “défice de implementação”
pressões na segurança social)
Optimizar e aumentar a produtividade dos recursos
Controlo e auditoria internos da gestão financeira
Prioritizar e ajustar os recursos, antecipando problemas
Desafios gerais a
que cada desígnio
Investir nas pessoas: qualificação,
requalificação e valorização dos
visa responder
trabalhadores
3 4
Motivação e envolvimento dos trabalhadores
Igualdade de género
Participação dos trabalhadores nos processos de decisão
Aproximação substantiva à comunidade e cidadãos
e de implementação estratégica na organização
interessados
Liderança participativa e democrática
Ambientes e estilos de trabalho e serviço público
produtivos, inovadores, criativos e flexíveis
Forte orientação para o utilizador, o cidadão e a
comunidade
Cultura ética e de equipa, responsabilização, avaliação,
melhoria contínua, do erro e da transparência
Nuno Cunha Rolo 33
Estabilizar em 12% a despesa pública
Mudança de paradigma: do fazer muito bem ao fazer ao
Diminuir a dívida pública para os 100% em 8 anos
que está certo e melhor
Estabilizar o peso orçamental das sector público para
Governação em rede
80%
“Organizações complexas, tarefas e decisões simples”
Aumentar a eficiência (técnica) da despesa pública e a
Criar organizações complexas com tarefas simples (e não
análise custo-benefício (face à diminuição das despesas
o contrário)
de investimento) e a rentabilidade dos recursos
1 2
Efectivar a estratégia delineada
Sustentabilidade das finanças públicas (incluindo as
Preparar a organização e os trabalhadores para
pressões na segurança social)
ambientes de risco, incerteza , complexidade e caos
Controlo e auditoria internos da gestão financeira
Superar o “défice de implementação”
Introduzir a avaliação anual da eficácia da despesa
Optimizar e aumentar a produtividade dos recursos
pública no Relatório de Actividades
Prioritizar e ajustar os recursos, antecipando problemas
Simplificar e estabilizar normas fiscais, financeiras e
orçamentais (começar pelo OE e Códigos Fiscais)
3 4
Motivação e envolvimento dos trabalhadores
Participação dos trabalhadores nos processos de decisão Colocar Portugal no Top5 mundial dos países amigos do
e de implementação estratégica na organização investimento
Liderança participativa e democrática Promoção de 1/3 de quotas de género nos cargos de
Ambientes e estilos de trabalho e serviço público direcção superior e intermédios na organização
produtivos, inovadores, criativos e flexíveis Introdução dos “membros comunitários” na avaliação
Forte orientação para o utilizador, o cidadão e a de cada serviço (inclusive como membros dos CCA)
comunidade Instituição dos “Contratos de Eficácia Para-Públicos” ou
Cultura ética e de equipa, responsabilização, avaliação, “Público-Privados”
melhoria contínua, do erro e da transparência
Nuno Cunha Rolo 34
Construir uma agenda integral
Visão (fins e valores): coerência, longo-prazo,
partilhada
Estratégia (Impacto dos indicadores das propostas):
coordenação, capacitação, colaboração,
monitorização e avaliação da performance
Objectivos (resultados das propostas): alinhamento
[maxime orçamental], performance
Acções (implementação das propostas): actores,
processos de decisão e de execução
Nuno Cunha Rolo 35
Parte II
Enquadramento programático
Hipótese de trabalho
Governação
Governação Coordenação Económica,
Segurança e (Política) da Social,
Defesa Governação Cultural e
Ambiental
Pilar Pilar
orçamental, estratégico e
financeiro e organizacional
económico
Sustentabilidade Eficácia
(estratégia e
(dinheiro e valor)
organização)
Competência e Responsividade
inovação
(ética, valores e
(pessoas e
atitudes) Pilar ético,
tecnologia)
Pilar humano e cívico-
tecnológico democrático e
societário
Mobilidade
na A.P. e
Requalificaçã
o profissional
Salvado Portugal
Afonso Maria
Tecnologia e Inovação
• “Centro de gestão do conhecimento, tecnológico e da informação”, na
dependência do Ministro e de superintendência sobre os organismos do
ministério: é uma posição de nível executiva cuja
– Ocupação é focada em questões científicas e tecnológica das organizações
– Administra o capital intelectual da empresa, reúne e gere o conhecimento da
organização. Entende tanto de tecnologia e processos quanto de pessoas.
– Garantir produção e acesso à informação e conhecimento sobre Software Livre nos mais
diversos ambientes e locais
– Ampliar a capacitação de pessoal para utilização de Software Livre no Governo
– Identificar (mapear) Softwares Livres utilizados pelas instituições do Governo, o estágio
atual de adoção de Software Livre e os casos de sucesso ainda não documentados
– Garantir a sustentabilidade e suporte adequado às soluções livres adoptada pelo
Governo
– Ampliar a comunicação, conhecimento e compreensão da política para o sector público
– Definir ambiente colaborativo de desenvolvimento federado para o sector público
– Estimular grupos de trabalhos específicos e comunidades temáticas para softwares de
código aberto de uso comum
IV. Pilar da responsividade
• Compromisso ético (individual, profissional) para
com os valores democráticos, justiça e equidade,
através do envolvimento e dedicação no bem-estar
dos cidadãos e da comunidade
• Postura activa e não receosa de trabalhar
activamente na implementação de políticas e
decisões políticas e estratégias administrativas,
apontando os seus falhanços, sugerindo alternativas
e trabalhar em equipa com os políticos e dirigentes
públicos (responsabilidade moral)
Nuno Cunha Rolo 79
Propostas
• Nova cultura de serviço de aproximação ao cidadão e
comunidade, trabalhando com elas, envolvendo-as nas
decisões de impacto societal do serviço e convidando-as a
avaliarem os seus serviços
• Esta aproximação deve visar:
– A simplificação de procedimentos e formalidades,
– Assegurar a transparência e a responsabilidade da organização
– O consenso e co-produção de bens ou serviços públicos, sobretudo a
menor custo e maior benefício comum,
– Racionalizar recursos públicos afectos, sobretudo a sua produtividade
– Identificar factores críticos de sucesso, bem como a satisfação dos
utilizadores e demais cidadãos
– A motivação e valorização dos funcionários
Nuno Cunha Rolo 80
Propostas
• Para este efeito, cada serviço deverá ter uma relação
(inventário) de clientes, fornecedores, cidadãos interessados
no serviço de qualidade, os quais deverão ser escolhidos para
perseguir os objectivos desta política
– Representantes seleccionados pela direcção e trabalhadores do
serviço deverão fazer parte do Conselho Coordenador de Avaliação