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RICARDO M. LEO1
https://orcid.org/0000-0001-9577-2748
JORGE TELLO-GAMARRA2
https://orcid.org/0000-0002-6344-8422
Para citar este artigo: Leo, R. M., & Tello-Gamarra, J. (2020). Drivers da inovação em serviços:
Proposição de um modelo teórico. Revista de Administração Mackenzie, 21(3), 1–28. doi:10.1590/1678-
6971/eRAMR200143
1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil.
2
Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Santo Antônio da Patrulha, RS, Brasil.
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Ricardo M. Leo, Jorge Tello-Gamarra
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
ISSN 1678-6971 (versão eletrônica) • RAM, São Paulo, 21(3), eRAMR200143, 2020
doi:10.1590/1678-6971/eRAMR200143
Drivers da inovação em serviços: Proposição de um modelo teórico
1. INTRODUÇÃO
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico que sustenta o trabalho baseia-se, primeiramente,
em uma subseção denominada “Inovação em serviços” para traçar o cenário
em que o tema se encontra. Posteriormente, são abordados os drivers, ou
direcionadores, da inovação em serviços que resultarão no modelo teórico
proposto. Essa última subseção será aqui denominada de “Drivers da inova-
ção em serviços”.
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Drivers da inovação em serviços: Proposição de um modelo teórico
o desempenho da inovação (Hsueh, Lin, & Li, 2010). Dessa forma, pode-se
dizer que há três atores envolvidos nesses drivers do ambiente externo: com-
petidores, clientes e fornecedores. Os competidores apresentam-se como fun-
damentais, pois a competição estimula a inovação. Já os clientes são o foco
final da firma na prestação dos seus serviços, além de atuarem como fonte
de conhecimento para melhorias no serviço. Por fim, a firma depende de
suprimentos que serão incorporados na prestação de serviços, e, portanto,
os fornecedores surgem como colaboradores no processo da prestação do
serviço e, consequentemente, na inovação (Hauknes, 1998; Leiponen,
2006).
Além disso, como o objetivo desta pesquisa é propor um modelo teóri-
co, há a complementação com três variáveis de controle por causa de suas
recorrências na literatura: localização, tempo de existência da firma e tama-
nho. A localização deve-se ao fato de a firma possuir a dependência de agen-
tes externos (Pilat, 2000). O tempo de existência pode ter efeitos sobre a
inovação em serviços, pois possui relações com o aprendizado organizacio-
nal e o desempenho (Bessant & Tidd, 2009). Semelhantemente, o tamanho
pode ter efeitos sobre a inovação, pois se relaciona com a capacidade de uma
firma de adaptar-se às mudanças ambientais, além de acesso a recursos
(Pires et al., 2008; Bessant & Tidd, 2009).
Por fim, falar de inovação é falar de desempenho superior (Schumpeter,
1911/1997). Estudos empíricos apontam que a relação entre inovação e
desempenho é positiva (Damanpour, 1991), e, portanto, não caberia aqui só
avaliar os drivers, mas também os desempenhos financeiro e não financeiro.
Por um lado, a principal característica do desempenho financeiro é veri-
ficar como as firmas usam seus ativos para gerar receitas (Chen et al., 2009),
isto é, reflete o cumprimento dos objetivos econômicos da empresa. Por
outro lado, o desempenho não financeiro se caracteriza como um objetivo
operacional de longo prazo que tem como alguns de seus objetivos aumen-
tar a lealdade dos clientes (Kaplan & Norton, 1996). Portanto, analisada a
literatura, propõe-se o modelo teórico apresentado na Figura 2.2.1.
Cabe ressaltar que os blocos internos e externos se relacionam a partir
do momento em que a firma busca aprimorar seus drivers internos (Marcus
& Geffen, 1998). Isso se dá por meio da identificação das práticas de seus
concorrentes, do melhor relacionamento com seus clientes e fornecedores,
além da aquisição de novas tecnologias para aplicação no processo produti-
vo. É importante salientar que o tempo de existência incide sobre o aprendi-
zado organizacional, a localização sobre os atores e o tamanho sobre o aces-
so a recursos, e, por isso, eles consistem em variáveis de controle, pois
impactam a relação entre os drivers.
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Figura 2.2.1
DRIVERS DA INOVAÇÃO EM SERVIÇOS
Ambiente externo
Atores
Competidores
Clientes
Fornecedores
Figura 2.2.2
DRIVERS DA INOVAÇÃO EM SERVIÇOS
Drivers internos Indicadores Referências
(continua)
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3. MÉTODO
A escolha de hospitais deu-se pelo apelo social que esse tipo de serviço
possui e por requerer constante aprimoramento dada sua natureza. Nesse
sentido, fez-se um mapeamento dos hospitais do estado do Rio Grande do
Sul e, posteriormente, realizaram-se contatos para verificar as disponibilida-
des. Como ocorreram índices elevados de abstenção, optou-se pela amostra-
gem por conveniência. Nesse tipo de amostragem, os elementos são escolhi-
dos deliberadamente, admitindo-se que, de alguma forma, representam o
universo amostral (Malhotra, 2012).
Para a coleta de dados, aplicou-se um questionário na forma de entrevis-
tas semiestruturadas. As entrevistas foram realizadas, em fevereiro de 2017,
com gestores estratégicos (gerente administrativo, diretor de controladoria,
provedor e gerente médico) de quatro hospitais do estado do Rio Grande do
Sul, tendo em média uma hora e meia de duração. Após seu término, os
áudios foram transcritos e devidamente armazenados para análise. Além
disso, utilizou-se pesquisa documental, tendo como apoio balanços contá-
beis, organogramas, missão, visão, valores, entre outras informações. A
Figura 3.2.1 apresenta o protocolo de pesquisa utilizado.
Por fim, para a análise dos estudos de caso, foi utilizada a perspectiva
sistêmica por meio da síntese de casos cruzados. Essa técnica permite a
comparação de casos em uma mesma estrutura (Yin, 2005). É importante
salientar que as análises dos casos compreenderam o período de maio de
2017 até maio de 2019.
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Figura 3.2.1
PROTOCOLO DE PESQUISA
Protocolo
Casos múltiplos.
4. RESULTADOS
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Figura 4.1.1
SÍNTESE DAS VARIÁVEIS DE CONTROLE
Variáveis Indicadores Caso 1 Caso 2 Caso 3 Caso 4
Receita aproximada
Tamanho do último ano 85 milhões 30 milhões 35 milhões 60 milhões
financeiro (em reais)
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e/ou contratação de P&D externo (Yam et al., 2004; CIS, 2012), gastos com
essas atividades (Camisón & Monfort-Mir, 2012) e desenvolvimento de ativida-
des de P&D para criar novos conhecimentos (CIS, 2012). Nesse sentido, dentre
os quatro hospitais pesquisados, apenas dois apresentam centros instituciona-
lizados de pesquisa, onde se desenvolvem pesquisas para beneficiar não apenas
o hospital, mas também a comunidade científica. Além disso, esses dois centros
recebem alunos por meio de convênios com universidades. Com o propósito de
sanar problemas internos, todos os hospitais desenvolvem projetos específicos,
como redução do consumo energético, implementação de programas de quali-
dade, auditorias, projetos de sustentabilidade, entre outros. A Figura 4.2.1 apre-
senta uma síntese dos resultados referentes aos drivers internos.
Figura 4.2.1
SÍNTESE DOS DRIVERS INTERNOS
Drivers Indicadores Caso 1 Caso 2 Caso 3 Caso 4
(continua)
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2009) são aspectos importantes para a inovação. Diante disso, todos os hospi-
tais realizam o compartilhamento de experiências e a comparação de serviços
e processos por meio de redes de parceiros, seja por redes intermediadas pela
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, pela Federação das Santas Casas
e Hospitais Beneficentes ou até mesmo entre hospitais de uma mesma organi-
zação. Ademais, os quatro casos percebem que não possuem concorrentes.
No que tange ao quarto driver externo, os consumidores também possuem
papel. Nesse sentido, a obtenção de uma profunda compreensão das neces-
sidades dos consumidores (Bessant & Tidd, 2009) e o desenvolvimento de
métodos para incentivá-los a participar do processo (Ostrom et al., 2010)
são elementos que se relacionam com a inovação. Todos os casos aqui retra-
tados possuem atividades que buscam compreender as necessidades dos
seus consumidores, como pesquisas socioeconômicas, pesquisas de satisfa-
ção, entre outras. Além disso, para o incentivo da participação dos consumi-
dores no processo, buscam-se treinamentos específicos para ampliar a relação
entre o funcionário e o paciente.
Por fim, o último driver externo, os fornecedores, é suportado por indicado-
res como a manutenção de boas relações (ganho mútuo) com fornecedores
(Bessant & Tidd, 2009) e mecanismos para avaliá-los (Winter & Lasch,
2016). Em suma, os casos tratam com seus fornecedores por meio da variável
“preço”, isto é, como apresentam dificuldades financeiras, as relações com
seus fornecedores são guiadas pelo menor preço. Essa relação pode ser por
meio de licitação, cartas convites, cotações, entre outras formas de relaciona-
mentos. Além disso, existem plataformas digitais e setores específicos que
buscam avaliar os fornecedores que transacionam com os hospitais. A Figu-
ra 4.3.1 sintetiza os resultados encontrados sobre os drivers externos.
Figura 4.3.1
SÍNTESE DOS DRIVERS EXTERNOS
Drivers Indicadores Caso 1 Caso 2 Caso 3 Caso 4
(continua)
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A empresa avalia Por meio do Por meio de uma Por meio da Há uma avaliação
seus fornecedores. Sistema Nacional plataforma plataforma Soul. específica.
de Cadastro de eletrônica: Bioexo. Entretanto,
Fornecedor. detalhes não
foram fornecidos.
4.4 Desempenho
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Figura 4.4.1
SÍNTESE DO DESEMPENHO
Drivers Indicadores Caso 1 Caso 2 Caso 3 Caso 4
Variação das Ano-base Ano-base Ano-base Ano-base
vendas 2014: 30% 2014: 9% 2012: 100% 2017: 5%
maior maior maior menor
Variação dos Não lucrativo Não lucrativo Não lucrativo Não lucrativo
Desempenho
lucros
Variação da De 15 a 18 mil Não Não Não
aquisição de por ano mensurado mensurado mensurado
novos clientes
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objetivo propor um modelo teórico para avaliar
a inovação em serviços. Esse modelo consistiu em nove drivers, que orientam
a firma em direção à inovação. São eles: cultura organizacional, estratégias,
funcionários, pesquisa e desenvolvimento, trajetória tecnológica, trajetória
institucional, competidores, consumidores e fornecedores. Nesse sentido,
ressalta-se que, dependendo da firma, os drivers apresentam variações quan-
to ao seu conteúdo, as quais resultarão nos padrões de inovação da firma.
Percebe-se que o modelo foi útil para a descrição da inovação em servi-
ços, pois os resultados obtidos possibilitaram identificar se uma firma inova
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sendo de cunho público, o que pode trazer variações nos drivers, dada a
dependência de políticas públicas e a menor autonomia quanto aos seus
investimentos. Essa limitação é uma das sugestões para pesquisas futuras,
isto é, aumentar o escopo, incluindo os hospitais privados. Ademais, sugere-
-se que esse modelo seja aplicado quantitativamente.
ABSTRACT
KEYWORDS
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