Você está na página 1de 6

RECOMENDAÇÕES E INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE

FUNDAÇÕES DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

RUBENS ASHCAR
VIII ERLAC CESP CIUDAD DEL ESTE -1999

RESUMO Em função disto, neste artigo são feitas


Neste trabalho são feitas recomendações sobre recomendações sobre fundações de linhas de
fundações de linhas de transmissão, baseado nas transmissão (LT’s), com base nas experiências obtidas
experiências adquiridas na CESP, e dadas informações na CESP , e dadas informações técnicas, nas fases de
técnicas de forma qualitativa. projeto e de construção.

São apresentados tópicos e dados conselhos Os critérios adotados em projeto (fundação e


práticos sobre os locais das estruturas e investigações estrutura) e a execução de provas de carga nas
geotécnicas. fundações também permitem obter redução de custo
em LT’s.
Estão descritos os métodos de cálculo, os
coeficientes de segurança e os tipos de fundação 2. LOCAIS DAS ESTRUTURAS
utilizados pela CESP, nas torres autoportantes, torres
estaiadas e postes, acompanhados de recomendações Nos desenhos dos perfis topográficos de linhas
nas fases de projeto e de construção. de transmissão encontram-se importantes dados, tais
como, travessias, natureza do terreno e vegetação,
Também são mostrados três exemplos de brejos, erosões, lagoas, etc, que auxiliam a definição
redução de custo e um de economia, obtidos na dos locais das estruturas (metálica e de concreto) e a
empresa, nas fundações e estruturas de linhas de escolha das fundações.
transmissão.
Há situações em que as estruturas estão locadas
em solos com nível de água elevado e impenetráveis a
PALAVRAS-CHAVE
pequena profundidade (indicadas nas sondagens). Em
Fundação - Linhas de Transmissão - Recomendação alguns destes casos, desde que possível, é vantajoso
deslocar as estruturas, para reduzir os custos das
1. INTRODUÇÃO fundações.
O crescimento do consumo de energia elétrica Todas as dificuldades encontradas no campo
no Brasil tem exigido a construção de diversas linhas devem ser informadas aos projetistas, para facilitar a
de transmissão, implicando em altos investimentos construção das fundações.
neste setor. O levantamento das cotas dos pés das torres
Visando reduzir os custos das fundações nas devem ser feitos pelo menos nos locais onde os
linhas, torna-se cada vez mais importante a otimização desníveis do terreno são mais acentuados, ainda na fase
de seus projetos, bem como o processo e o controle de de projeto. Deste modo, sabe-se, com antecedência, os
suas execuções. pés das torres que deverão ser utiliza-

Rua da Consolação, 1875 - CEP: 01301-100 - São Paulo - SP - Brasil


TEL. : (011) 234-6473 Fax: (011) 234-6477
2

dos e fabricados. 3.2 Ensaios de laboratório


Para a definição dos afloramentos dos pés das A realização de ensaios de laboratório, em
torres, nas fundações com stub, recomenda-se: linhas de transmissão, depende do tipo de obra, da
natureza do solo encontrado e do maior ou menor
- Verificar os afloramentos disponíveis nos projetos-
conhecimento geológico da região.
padrão de fundação;
- Usar de preferência até dois afloramentos de projeto Através dos ensaios geotécnicos, em amostras
para cada torre; deformadas e indeformadas, determinam-se os
parâmetros do solo para a elaboração dos projetos de
- Deixar o topo do concreto, no mínimo, 20 cm acima
fundação.
do terreno;
- Verificar os afloramentos nos casos de travessias; A execução destes ensaios é útil em provas de
carga de fundação, em projetos de fundação de longas
- Evitar cortes do terreno (proteger contra erosão, se
linhas de transmissão e em casos específicos onde se
necessário).
têm dúvidas das características do solo.

3. INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS 3.3 Provas de carga


3.1 Ensaios de campo Visam determinar, por meios diretos, as
características de deformação ou resistência do terreno,
3.1.1 Sondagens ou de elementos estruturais da fundação.
É essencial fazer sondagens (SPT, Rotativa e A execução de provas de carga permite otimizar
Borro) ao longo da linha, para que as fundações das os projetos de fundação, assim como comparar os
estruturas sejam dimensionadas com segurança e resultados práticos com os previstos nas teorias
otimização. existentes.
Os custos das sondagens representam de 0,5% a A realização de provas de carga (compressão e
1% do custo total de uma LT de 138 kV, circuito arrancamento) também é importante para verificar a
duplo. Esta porcentagem varia conforme a região necessidade de reforço das fundações nas seguintes
(normal , de serra e litorânea) da obra. Para LT de 460 situações:
kV, circuito duplo, os custos das sondagens são
inferiores a 0,3% do total. - Novas condições de pressão de vento atuando numa
LT em relação às consideradas no projeto original [1];
Recomenda-se executar sondagens tipo SPT,
- Recapacitação de LT.
próximas ao piquete central, em todas as estruturas de
ancoragem e fim de linha, e em locais tais como: Como as condições das fundações melhoram no
travessias de rios, aterros, fundos de vale, alagados, decorrer do tempo, devido ao confinamento do solo, é
erosões e encostas. vantajosa a realização de provas de carga, cujos
resultados poderão reduzir os custos de reforço das
A CESP faz em média uma sondagem SPT a
fundações ou até mesmo evitar o reforço das mesmas.
cada cinco estruturas e dependendo do conhecimento
da região, esta proporção poderá variar até 1 para 10. Referente a ensaios, a CESP determinou a
Também são executadas sondagens tipo Borro, em aderência média solo x estaca (6 meses após a crava-
todas as estruturas da linha, exceto nos locais das ção das estacas) , na região litorânea de Bertioga,
sondagens SPT/Rotativa. obtendo-se o valor de 1,4 tf/m2 na estaca de concreto
e de 1,8 tf/m2 na estaca metálica. O solo é constituído
Dependendo da região, é necessário fazer
de camadas intercaladas de areia fina, siltosa, fofa, com
sondagem Rotativa em cada pé da torre metálica,
argila siltosa, muito mole a mole, submerso.
devido à diferença de materiais atravessados.
Vale lembrar que, antes de executar as 4. DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES
sondagens, deve-se aferir seus equipamentos,
principalmente o peso do martelo padrão e o 4.1 Métodos de cálculo - Torres metálicas
comprimento do amostrador padrão.
Os métodos mais utilizados pela CESP para o
3.1.2 Investigações auxiliares do solo cálculo da capacidade de carga à tração (arrancamen-
to) das fundações para as torres metálicas são: Método
As sondagens a trado, os poços de inspeção, e a
do cone e Método do cilindro de atrito.
determinação da densidade natural/compactada e da
umidade natural fornecem informações de solo que O dimensionamento à resistência lateral
auxiliam os projetos de fundação. (esforço horizontal) das fundações em tubulão tem sido
3

feito pelo Método de Wiggins (Journal of the Power fundação. São executados manualmente ( fuste de 70
Division). Em fundação rasa, compara-se o momento cm no mínimo) ou mecanicamente, com base alargada
resistente (pesos do solo e concreto) com o momento ou não.
atuante na base da fundação.
Em solo seco, o tubulão é moldado “in loco” e
Para o cálculo da capacidade de carga do solo à recomenda-se fazer um alargamento mínimo na sua
compressão é mais usual determinar a tensão do solo base, igual ao diâmetro do fuste mais 30 cm, devido à
por correlação com o número de golpes da sondagem existência de esforços de arrancamento.
tipo SPT, necessitando-se experiência profissional.
Também aplica-se o Método de Terzaghi (teórico). Em solo submerso, tem-se dado preferência à
fundação cilíndrica ( sem alargamento de base) com o
Convém alertar que a carga de trabalho e a uso de camisas metálicas ou de concreto (sem bolsa),
carga última (carregamento da torre) estão relaciona- mas com profundidade maior que o tubulão com base
das com a tensão admissível e a tensão de ruptura do alargada, devido à tração.
solo, respectivamente.
No caso de tubulão com base alargada,
4.2 Método de cálculo - Postes recomenda-se escavar apenas o fuste com a perfuratriz
(mecanicamente), em geral com diâmetro até 1,20 m. O
A CESP tem aplicado o Método de Sulzberger alargamento de base tem sido melhor executado
para calcular as fundações de postes. manualmente.
4.3 Coeficiente de segurança - Torres metálicas Se as escavações forem feitas em época de
O coeficiente de segurança utilizado para o chuva e em solo arenoso, fofo (1 a 2 golpes SPT),
dimensionamento das fundações de torres metálicas aconselha-se utilizar camisa metálica (recuperável) no
(autoportante e estaiada) deve ser associado à fuste de cada fundação, para evitar desmoronamentos
velocidade de vento e depende do tipo de carregamento do solo e acidentes com operários.
da torre. 5.1.2 Sapata
Nas torres cujo carregamento não tem fator de Esta fundação é aplicada a pequena
sobrecarga (carga de trabalho), recomenda-se adotar na profundidade, variável de 2,0 a 3,0 m , devido à
fundação coeficiente de segurança de 1,3 a 2,0 dificuldade de escavação mais profunda (presença de
(depende do método de cálculo e tipo de torre). água e desbarrancamento). Por isso, não deve ser
No caso de torres com carregamento último utilizada em locais sujeitos à erosão.
(“ultimate load”), recomenda-se utilizar na fundação A sapata deve ser executada com escavação
coeficiente de segurança de 1,1 a 1,5 (depende do total, ou seja, retirada de todo o terreno atuante na
método de cálculo e tipo de torre). vertical sobre a base (geralmente quadrada ou
4.4 Coeficiente de segurança - Postes retangular) da fundação.

Usualmente utiliza-se um coeficiente de 1,4 O pilarete da sapata pode ser vertical ou


sobre a carga nominal, correspondendo ao limite inclinado. Atualmente, tem-se utilizado o pilarete
elástico do poste (limite de carregamento excepcional). inclinado, com mais frequência, pois os momentos
A carga de ruptura (limite último) é no mínimo igual a atuantes na sua base são menores, reduzindo o custo da
duas vezes a carga nominal. fundação.

5. TIPOS DE FUNDAÇÃO A sapata é viável economicamente para torres


de suspensão, em virtude dos pequenos esforços na
A seguir são feitas recomendações e fundação. Para torres de ancoragem e terminal (grandes
apresentadas informações técnicas sobre os tipos de esforços), devem ser feitas comparações de custo com
fundação de torres autoportantes, torres estaiadas e as fundações em bloco e estaqueada.
postes, nas fases de projeto e de construção.

5.1.3 Estaca
5.1 Torres autoportantes
As fundações estaqueadas geralmente são
5.1.1 Tubulão constituídas de estacas verticais e inclinadas
(engastadas num bloco), sendo as últimas destinadas a
A profundidade do tubulão varia de 3,0 m a combater os esforços horizontais.
10,0 m , pois depende do tipo de solo e dos esforços na
4

Os tipos mais utilizados de estacas são: pré- Geralmente são usados chumbadores com
moldadas de concreto armado e metálicas. diâmetro de 25 mm, aço CA-50 A, e introduzidos num
furo de 50 mm, no mínimo.
Antes de escolher este tipo de fundação deve-se
observar, no campo, as condições de acesso para o Os projetos fixam o comprimento útil das
bate-estacas. Se este equipamento ficar sob linha ancoragens engastadas na rocha sã ou quase sã,
energizada será preciso verificar a distância da estaca medianamente a pouco fraturada.
ao cabo condutor.
Recomenda-se ensaiar, por estrutura, pelo
As estacas metálicas devem ser protegidas menos um chumbador ao arrancamento.
contra corrosão, através de um cobrimento
(encapsulamento) de concreto de 5 cm, até 1,0 m 5.1.6 Grelha
abaixo do nível de água. A grelha é aplicada em terreno seco e com
Se a cravação da estaca for interrompida a profundidade que varia de 2,0 a 4,0 m. Não deve ser
pequena profundidade (menos de 5 m), com com- aplicada em locais sujeitos à erosão ou em áreas
primento insuficiente para combater o esforço de alagadiças.
tração, então pode-se adotar a fundação em caixa Se houver um pequeno nível de água no fundo
estaqueada. Esta caixa (concreto armado) é preenchida da fundação (cerca de 0,5 m), faz-se o esgotamento,
com solo compactado, a fim de aumentar o peso do através de bombeamento, e concreta-se até o mesmo
bloco e compensar a profundidade da estaca. nível inicial.
Nas torres de transmissão, normalmente As principais vantagens da grelha consistem na
trabalha-se com energia de cravação de 1,5 tf.m e com rapidez de execução da fundação (escavação,
nega igual ou inferior a 3 cm nos últimos 10 golpes. montagem e reaterro) e na facilidade de transporte,
Sugere-se utilizar flange (em vez de stub) no principalmente em locais de difícil acesso para o uso de
topo de cada pilarete destas fundações, como concreto.
dispositivo de fixação da torre, constituído de A CESP tem constatado diversos casos de
chumbadores e chapa de base. corrosão nas grelhas, principalmente quando as
A aplicação de flange facilita e agiliza os mesmas estão aplicadas em solos considerados
serviços de reconstrução da torre, numa eventual agressivos e até mesmo em regiões com uso intensivo
danificação na interface torre/fundação. de fertilizantes e agrotóxicos.
O uso de estacas injetadas tem sido ainda A agressividade do solo pode ser detectada pela
pequena, devido ao maior custo em relação à estaca medição da resistividade do solo e do coeficiente de
pré-moldada. despolarização. Neste tipo de solo, recomenda-se fazer
uma proteção anticorrosiva ou catódica nas fundações
com grelha.
5.1.4 Bloco
Vale também chamar a atenção para a instalação
O bloco é aplicado a pequena profundidade, da grelha na escavação. Devem ser feitos dois sulcos
variável de 2,5 a 3,5 m , devido à dificuldade de no fundo da cava para encaixar os perfis “C” da grelha
escavação manual. Portanto, não deve ser utilizado em e permitir que as cantoneiras “L” fiquem assentadas no
locais sujeitos à erosão e em encostas íngremes. terreno.
A fundação normalmente é executada com
5.2 Torres estaiadas
escavação total. No caso de o bloco ser moldado
“in loco”, deve-se fazer o fuste com diâmetro mínimo Os tipos de fundações mais empregados nas
de 80 cm (depende da resistência do solo) para facilitar torres estaiadas da CESP são:
a escavação.

- estai : bloco de concreto (tronco cônico e prismático)


5.1.5 Bloco ancorado
- mastro central : tubulão e sapata.
Esta fundação é utilizada na ocorrência de rocha
As fundações dos estais são submetidas apenas
não escavável manualmente, a pequena profundidade
a esforços de tração (na direção do estai). Na fundação
(1,0 a 3,0 m), onde a construção de bloco simples
do mastro central atuam esforços de compressão
(peso) é insuficiente para suportar o arrancamento,
(verticais e horizontais).
exigindo, portanto, a sua ancoragem.
5

Em geral, as fundações em bloco prismático do poste, em comparação com a fundação moldada “in
para estai são projetadas até 3,0 m de profundidade. loco”, além de evitar desbarrancamento do solo.
Porém, apresenta a desvantagem de ser mais cara e
Para os estais com fundação em bloco tronco
demorada.
cônico, sugere-se que a profundidade não ultrapasse
4,0 m. Isto deve-se ao custo da haste-âncora que fica
embutida em cada fundação. 6. RECOMENDAÇÕES GERAIS

Para a estabilidade das fundações dos estais (4) A seguir são feitas recomendações genéricas e
é fundamental fazer o controle de qualidade de adicionais para as fundações de linhas de transmissão:
compactação em cada uma das cavas. - Estudar alternativas de projeto e comparar os seus
Recomenda-se que o reaterro seja compactado custos;
em camadas de 20 cm de espessura (no máximo) , de - Dar atenção especial às fundações das estruturas
modo que se obtenha densidade seca igual ou superior adjacentes às travessias (rios, rodovias, ferrovias e
a 1,8 tf/m3 e grau de compactação igual ou superior a LT’s);
95% do Proctor Normal. A compactação deve ser feita
com teor de umidade próxima da ótima. - Planejar as etapas de execução da obra para evitar a
sua paralisação;
Durante a execução, é importante verificar o
posicionamento da haste-âncora, devendo estar com a - Proteger as escavações abertas com tampões/cercas
inclinação indicada no projeto. para impedir a entrada de água (chuva) e de detritos,
bem como a queda de animais no interior das mesmas;
Para o mastro central, sugere-se, calcular
projetos-padrão de tubulão com profundidade variável - Trabalhar sempre com profissionais experientes em
de 3,0 a 5,0 m. Normalmente a sapata é projetada com explosivo, no caso de sua utilização nas fundações.
pequena profundidade (1,0 a 1,5 m).
7. REDUÇÃO DE CUSTO E ECONOMIA
Os cuidados na execução das fundações para o
mastro central são semelhantes às das torres A seguir são descritos três exemplos de redução
autoportantes. de custo e um de economia obtidos na CESP:
5.3 Postes - A utilização de esforços reais nas fundações, em
substituição aos esforços máximos, permitiu uma
As fundações mais usuais da CESP, a partir de
redução de custo nas fundações de 31%, equivalente a
69 kV, para engastamento de poste em solo seco são:
US$ 192.000, na LT 345 kV São Roque-Interlagos,
bloco cilíndrico ou retangular (moldado “in loco”) e
com extensão de 61 km;
caixa de concreto.
- Na comparação dos custos das fundações, na
Em solo submerso, as fundações mais utilizadas
LT 460 kV Jupiá-Taquaruçu (circuito simples - cabo
são: bloco cilíndrico com tubos de revestimento de
Grosbeak - 208 km), entre o caso real da linha definida
concreto (incorporados) e bloco retangular com
com torres estaiadas (90% de estaiada e 10% de
escoramento.
autoportante) e o caso hipotético da linha definida com
Nos postes de suspensão, o preenchimento das torres autoportantes (100%), houve uma redução de
cavas, das fundações da CESP, normalmente são feitos 40%, equivalente a US$ 2.150.000; [3]
com reaterro compactado em solo seco, e brita ou
concreto em solo submerso. - A utilização de torres estaiadas (caso real) na
LT 460 kV Jupiá-Taquaruçu, em substituição às torres
Nos postes de ancoragem e terminal as cavas
geralmente são preenchidas com concreto simples.
autoportantes (caso hipotético), permitiu uma redução
global de 9,7% de custo na linha, equivalente a
A utilização de caixa de concreto é US$ 4.150.000; [3]
recomendada especialmente no caso de a cava da
fundação ser preenchida com areia adensada com - A CESP realizou provas de carga de compressão e de
circulação de água, em solo arenoso. Se esta fundação arrancamento nas fundações em grelha na LT 138 kV
(bloco) fosse moldada “in loco”, seria necessário muita Presidente Prudente-Porto Primavera (circuito duplo -
água para adensar a areia, devido à permeabilidade cabo Grosbeak) para avaliar a resistência das mesmas,
deste solo. para condições mais severas de pressão de vento (novo
carregamento), em relação às consideradas no projeto
A execução com caixa de concreto permite um original, devido a quatro acidentes ocorridos nesta
maior espaço de tempo entre a escavação e a colocação
6

linha. Mediante os resultados destas provas de [3] ASHCAR, R. - Comparações de custos entre
carga, considerou-se desnecessário reforçar as torres estaiadas e autoportantes na LT 460 kV Jupiá-
fundações em grelha (contrariando a necessidade Taquaruçu. In: Encontro Regional Latino-Americano
teórica), proporcionando uma economia de US$ da Cigré, 5o , Ciudad del Este, 1993.
1.995.000. [1]
AGRADECIMENTOS
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aos colegas da Divisão de Engenharia de Linhas e
A qualidade da fundação está diretamente Subestações, pelo constante apoio e estímulo no
relacionada com a boa técnica e responsabilidade nos desenvolvimento deste trabalho, e em especial aos
serviços, tanto na fase de elaboração do projeto como engenheiros José Augusto Siqueira e Fernando Duarte
na de construção. de Oliveira Barros.
Para isso é importante a fiscalização permanen-
te na realização das sondagens (dados para projeto) e
nas etapas de execução das fundações.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] ASHCAR, R. et alii - Provas de carga nas


fundações em grelha na LT 138 kV Presidente Pru-
dente-Porto Primavera. In: Encontro Regional Latino-
Americano da Cigré, 7o , Puerto Iguazú, 1997.
[2] ASHCAR, R. - Fundações para linhas de
transmissão. In: Seminário Avançado em Linhas de
Transmissão de Energia Elétrica, 1o , Belo Horizonte,
1996.

Você também pode gostar