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Plano de Aula

Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia


Professor: Allan de Sousa Soares
Disciplina: Álgebra Vetorial e Geometria Analı́tica
Conteúdo Pragmático: Vetores
Tema da Aula: Vetores no Espaço Cartesiano Ortogonal
Duração: 100 − 150 min
Objetivos:
- Entender o conceito de vetores no espaço cartesiano ortogonal;
- Apresentar o conceito de igualdade de vetores no espaço tridimensional;
- Apresentar o conceito de soma de vetores no espaço tridimensional;
- Entender a noção de paralelismo de vetores no espaço tridimensional;
- Apresentar o conceito de módulo de um vetor no espaço tridimensional.
Metodologia:
- Aula expositiva participada.
Recursos Didáticos Utilizados:
- Apostila;
- Pincel e quadro branco;
- Datashow;
- Softwares gráficos.
Avaliação:
- Observação;
- Resolução de exercı́cios.
Referência Principal:
[1] WINTERLE. Vetores e Geometria Analı́tica. Ed. Pearson Makron Books.
Bibliografia:
[2] REIS & SILVA . Geometria Analı́tica. Ed. Livros Técnicos e Cientı́ficos-LTC.
[3] STEINBRUCH & WINTERLE. Geometria Analı́tica. Ed. Pearson Makron Books.

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Capı́tulo 5

Vetores no Espaço
→ → →
O tratamento de vetores no espaço (cartesi- em que i = (1, 0, 0), j = (0, 1, 0) e k = (0, 0, 1). - O
ano) ocorre de maneira semelhante ao que foi estudado eixo Ox recebe o nome de eixo das abscissas, Oy é o
no plano cartesiano. Estudaremos as noções de para- eixo das ordenadas e Oz é o eixo das cotas. Cada uma
lelismo, igualdade, módulo etc. desses eixos é ortogonal aos outros dois;
- Temos três planos coordenados mais importantes, o

5.1 Vetores no Espaço plano xOy (Figura 5.2), o plano xOz (Figura 5.3) e o
plano yOz (Figura 5.4). As coordenadas de um pon-

Um vetor OP do espaço tem suas coordenadas tos sobre cada um desses planos são, respectivamente,
→ → →
acompanhadas da base canônica { i , j , k }. Em que PxOy (x, y, 0), PxOz (x, 0, z) e PyOz (0, y, z).
cada uma dessas componentes está posta em um dos
eixos coordenados do espaço cartesiano ortogonal con-
forme a Figura 5.1:

Figura 5.2: Plano xOy

Figura 5.1: Espaço Cartesiano Ortogonal

Agora, vejamos alguns fatos importantes relativos ao


espaço cartesiano ortogonal:
- Um ponto P do espaço cartesiano ortogonal é repre-
sentado por três uma terna P (x, y, z). Neste espaço a
origem é representada por O(0, 0, 0);
→ →
- Um vetor v =OP do espaço cartesiano ortogonal é
representado por:
→ → → → Figura 5.3: Plano xOz
OP = x i +y j +z k

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Figura 5.4: Plano yOz Figura 5.6: Pontos e Relações Importantes

Exemplo 1. Considere o paralelepı́pedo apresentado ii) Desloca-se P 0 paralelamente ao eixo Oz c unidades


na Figura 5.5: para cima, se c > 0 ou para baixo se c < 0.
Acompanhe a marcação de P (a, b, c) na Figura 5.7:

Figura 5.5:

Note que:
- o ponto A(2, 0, 0) está sobre o eixo Ox; Figura 5.7: Marcação de P (a, b, c) no espaço cartesiano

- o face ABP F é paralela ao plano yOz (veremos logo ortogonal


mais a noção de paralelismo no espaço);
Semelhante ao plano cartesiano com sua divisão em
- a face AOEF está contida no plano xOZ;
→ → 4 quadrantes, temos o espaço cartesiano ortogonal com
- o vetor AB é paralelo a F P ;
seus 8 octantes conforme a Figura 5.8.
- um ponto N sobre a face BCDP é da forma N (x, 4, z);
Os octantes serão bastante úteis na resolução de al-
- o ponto B é a projeção de P sobre o plano xOy;
guns problemas, principalmente no que diz respeito ao
Há ainda muitas outras relações a serem identificadas
sinal de suas coordenadas. Estes sinais estão postos na
e exploradas. Conformo formos aprofundando volte a
Tabela a seguir:
este exemplo e identifique-as.
OCT I II III IV V VI V II V III
A Figura 5.6 apresenta alguns pontos e relações bas-
x + − − + + − − +
tante utilizados em diversos problemas que estudare-
y + + − − + + − −
mos:
z + + + + − − − −
A marcação de um ponto qualquer P (a, b, c) no
espaço é feita da seguinte maneira:
i) Marca-se o ponto P 0 (a, b, 0) no plano xOy;

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5.2 Relações Análogas ao Plano
• Igualdade de Vetores no Espaço
→ →
Dois vetores u = (x1 , y1 , z1 ) e v = (x2 , y2 , z2 ) são
iguais, se e somente se, x1 = x2 , y1 = y2 e z1 = z2

Exemplo 3. Determine a, b e c de modo que os vetores


→ →
u = (a + 1, 2b − 2, 1 − c) e v = (1, 2, 2) são iguais.
Resposta:
Temos que
→ →
u = v ⇔ a + 1 = 1, 2b − 2 = 2 e 1 − c = 2,

donde obtemos: a = 0, b = 2 e c = −1.

• Soma de Vetores no Espaço


Figura 5.8: Divisão do Espaço Tridimensional Cartesi- → →
A soma dos vetores u = (x1 , y1 , z1 ) e v = (x2 , y2 , z2 )
ano em Octantes
é dada por
→ →
Exemplo 2. Considere a Figura 5.9 com os diversos u + v = (x1 + x2 , y1 + y2 , z1 + z2 ).
pontos, todos com cota igual a 2.
• De Pontos a Vetores e Vice-Versa
Se A(x1 , y1 , z1 ) e B(x2 , y2 , z2 ) são pontos do espaço,

então AB= B − A = (x2 − x1 , y2 − y1 , z2 − z1 ). Alem
→ →
disso, se v = B − A, então B = A v . A Figura 5.10
ilustra essa situação:

Figura 5.9:
Figura 5.10: Representante Natural
Temos que:
- o ponto A(6, 4, 2) está localizado no primeiro octante; • Ponto Médio
0
o ponto A (6, 4, −2), está localizado abaixo de A, no Se A(x1 , y1 , z1 ) e B(x2 , y2 , z2 ) são pontos extremos
quinto octante, simétrico em relação ao eixo xOy de um segmento, então o ponto médio M de AB é dado
0
- os pontos B(−5, 3, 2) e B (−5, 3, −2) estão localiza- por:  
x1 + x2 y1 + y2 z1 + z2
dos no segundo e sexto quadrantes respectivamente. M , ,
2 2 2
- os pontos C(−6, −5, 2) e B 0 (−6, −5, −2) estão locali- • Paralelismo
zados no terceiro e sétimo quadrantes respectivamente. → →
Se os vetores u = (x1 , y1 , z1 ) e v = (x2 , y2 , z2 ) são
- os pontos D(5, −3, 2) e D0 (5, −3, −2) estão localiza- paralelos, então existe α ∈ R tal que
dos no quarto e oitavo quadrantes respectivamente. → x1 y1 z1
u = α v ou = = .
x2 y2 z2

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• Módulo

O módulo do vetor u = (x, y, z) é dado por:
→ p
|v|= x2 + y 2 + z 2 .

Exemplo 4. Encontra o vértice oposto a B no parale-


logramo ABCD, sendo dados A(3, −2, 4), B(5, 1, −3) Figura 5.12:
e C(0, 1, 2).
Resposta: Resposta:
Podemos pensar conforme descrito na Figura 5.11: Considere a Figura 5.12:
Temos que
 
4 + 2 −1 + 5 −2 − 6
M , , = M (3, 2, −4).
2 2 2

Queremos o módulo do vetor CM :

Figura 5.11:
CM = M − C = (3, 2, −4) − (1, −1, −2) = (2, 3, −2)
→ → →
Note que BD=BA + BC donde decorre que
Por fim,
D−B =A−B+C −B ⇔D =A−B+C ⇔ → p √
|CM |= s2 + 32 + (−2)2 = 17.
⇔ D = (3, −2, 4) − (5, 1, −3) + (0, 1, 2) = (−2, −2, 9).

Exemplo 5. Sabendo que P (−3, m, n) pertence à reta


que passa pelos pontos A(1, −2, 4) e B(−1, −3, 1), de-
terminar m e n.
Resposta:
→ →
Nestas condições, temos, por exemplo, que AP // AB.
Os vetores citados são dados por:

AP = P −A = (−3, m, n)−(1, −2, 4) = (−4, m+2, n−4)

AB= B − A = (−1, −3, 1) − (1, −2, 4) = (−2, −1, −3).

A relação de paralelismo implica que vale


−4 m+2 n−4
= = .
−2 −1 −3
Assim,
−4 m+2
= ⇒ m = −4
−2 −1
−4 m−4
= ⇒ n = −2.
−2 −3
Exemplo 6. “A mediana de um triângulo ABC em
relação ao lado BC é o segmento de reta que liga o
ponto A ao ponto médio M de BC.”
Seja o triângulo de vértices A(4, −1, −2), B(2, 5, −6) e
C(1, −1, −2). Calcule o comprimento da mediana do
triângulo relativa ao lado AB.

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