DE
HISTÓRIA
Resumo e Compreensão Pessoal dos livros:
Capítulos 1 a 3
Capítulos 1 a 3
Capítulos 1 a 5
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RESUMO – DOIS REINOS
A FUNDAÇÃO DA IGREJA
O império romano foi o regime politico mais abrangente e dinâmico que o mundo
já viu e sua influencia pode ser vista no inicio através da vida de um monge quase
desconhecido chamado Dionísio Exíguo que substituiu o cálculo romano por um
novo baseado no papel central de Jesus Cristo e dai em diante os cristãos
passaram a datar os acontecimentos usando os termos a.C. (antes de Cristo) e
d.C. (depois de Cristo), ou anno Domini – “no ano de nosso Senhor”.
A fé cristã nasceu num período de transição politica quando uma pequena cidade
da Itália espalhou seu poder por todo o mundo ao massacrar sua rival Cartago no
norte da África e venceu os estados helênicos sucessores do império de
Alexandre o Grande no Oriente.
Em seguida aparece Júlio César, um politico e grande líder militar formando uma
aliança secreta com Crasso (o homem mais rico de Roma) e com Pompeu um
jovem e brilhante general.
Nesse contexto aparece Cesar que mesmo contra a ordem do Senado marcha
para o sul fazendo explodir uma guerra civil que termina com sua vitória em
Farsalo e em seguida persegue Pompeu até o Egito onde finalmente o mata.
Seu poder continuou crescendo até que em 44 a.C., ele foi assassinado e depois
disso o mundo romano mais uma vez caiu em guerra civil.
Um ano depois surge Otaviano que acabou derrotando Antônio (que era casado
com sua irmã Cleópatra) na famosa batalha naval de Actium, sendo que esta
derrota acabou levando o casal a se suicidar.
Foi nessa época que nasceu Jesus em Belém da Judéia para onde seus pais
tinham viajado por causa de um censo; esse período ficou conhecido como a paz
romana. (Pax Romana).
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Outros lideres políticos surgiram como Tibério sucessor de Otaviano e Pôncio
Pilatos que foi governador da Judéia
O próximo imperador foi Gaius Calígula que acabou sendo assassinado depois de
quatro anos de governo sendo sucedido por Cláudio.
Foi nessa época que Paulo ficou preso em Cesaréia sob Félix, irmão de Palas e
governador da Judéia.
Claudio acabou sendo assassinado por sua esposa Agripina com cogumelos
venenosos para que seu filho Nero assumisse seu trono.
Nero governou auxiliado pelo filósofo Sêneca e Burro e no ano 64 a capital foi
devastada por um incêndio onde Nero acabou culpando os cristãos sendo que
muitos deles foram executados em seus jardins.
Cercado de inimigos; Nero acabou ordenando que Sêneca e seu irmão Gálio
(governador de Corinto diante do qual Paulo apareceu) cometessem suicídio; o
que levou a guarda pretoriana a se revoltar contra ele que acabou se matando.
Depois de uma rápida sucessão de três generais surge Vespasiano que restaurou
as finanças publicas, estendeu as fronteiras do império, começou a construção de
um imenso anfiteatro público (o Coliseu) e nomeou seu filho Tito com a tarefa de
conquistar Jerusalém.
Seu sucessor foi Domiciano seu irmão mais novo que exigiu ser chamado de
“Senhor e Deus” e perseguiu tanto cristãos como judeus.
Durante séculos, depois da destruição dos reinos de Israel e Judá pelos assírios e
babilônios, vários povos estrangeiros governaram a região ao sul da Síria
conhecida a principio como: “Cananéia” ou “Israel” chamada pelos romanos de
“Palestina”.
Nesse período esses povos estrangeiros trouxeram consigo sua religião pagã e
quando os exilados retornaram a Judá e reconstruíram o Templo; o convívio
desses dois povos foi de hostilidade permanente.
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Os hasmoneus fizeram uma aliança com os romanos e depois de muitas lutas
Pompeu interveio e a Judéia se tornou um protetorado romano.
Nesse período César nomeou Antipater procurador da Síria e seu filho Herodes
foi autorizado pelo Senado a governar sobre o reino da Judéia.
Depois de sua morte o reino de Herodes foi dividido entre seus três filhos:
Arquelau, Felipe e Antipas, este último conforme a Bíblia foi quem ordenou a
execução de João Batista a pedido de sua esposa Herodias e teve também um
breve encontro com Jesus quando Herodes o enviou para julgamento.
O biógrafo romano Suetônio relata que “Claudio expulsou os judeus de Roma por
causa dos tumultos que estes constantemente causavam, sendo instigados por
Chrestus”, uma provável referencia a Cristo.
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Flavio Josefo, o escritor judeu registrou que “o sumo sacerdote Anás realizou uma
sessão judicial no Sinédrio e trouxe perante ele o irmão de Jesus, o chamado
Cristo – irmão cujo nome era Tiago – e alguns outros os quais ele condenou de
quebrar a lei e os entregou para que fossem apedrejados até a morte”.
Jesus realizou muitos milagres citados nos evangelhos sendo: quinze curas, cinco
exorcismos de demônios, cinco milagres sobre a natureza e a ressurreição de
duas pessoas mortas e foram estes sinais que convenceram os discípulos de seu
mandato divino; ganhando assim muitas pessoas para a causa.
Jesus também desencorajou aqueles que o viam como o Messias de acordo com
as expectativas populares, ou seja, aquele que iria estabelecer um reino politico.
E apesar de ter sido aclamado pela multidão que estava em Jerusalém para a
Páscoa no dia de Domingo de Ramos, a crescente oposição e hostilidade
culminaram com a sua prisão, um ato que teve a ajuda de traição por um membro
de seu circulo intimo, Judas Iscariotes.
Foi nesse contexto que o procurador Pôncio Pilatos percebeu que Jesus era
inocente e queria libertá-lo, mas os principais sacerdotes pressionaram para que
ele fosse morto; e a multidão do lado de fora do palácio gritava pedindo a
libertação de Barrabás que havia se envolvido numa insurreição armada.
Preocupado com sua posição politica, Pilatos ordena a execução de Jesus que foi
levado para um monte chamado em aramaico de Gólgota e lá sofreu a
crucificação ao lado de dois ladrões.
Como era proibido realizar enterros no Sábado, Jesus foi sepultado ás pressas
num tumulo doado por seu admirador José de Arimatéia antes do sol se pôr.
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A LIDERANÇA PROEMINENTE DE PEDRO
Pedro foi o discípulo que mais se destacou nos evangelhos e nos primeiros
capítulos de Atos.
Mas depois de sua vergonhosa negação quando Jesus foi preso, ele foi
transformado pela aparição do Cristo ressurreto e o poder do Espírito Santo que
desceu sobre os discípulos no dia de Pentecostes fez Pedro pregar um sermão
que levou á conversão de três mil pessoas.
Isso pode ser visto em sua primeira aparição em Atos quando somente observava
o apedrejamento de Estevão até a morte.
Foi nessa ânsia que ele obteve autorização dos sumo sacerdote para atacar a
comunidade cristã em Damasco e lá mesmo foi atingido por uma visão brilhante
do Cristo ressuscitado que o repreendeu por sua atitude.
Depois disso passou três anos na Arábia, fez uma breve visita a Jerusalém,
voltou para Tarso e depois de dez anos foi chamado para o ministério em
Antioquia na Síria onde os crentes foram chamados pela primeira vez cristãos.
Paulo foi a Perga, o interior da Galácia, Pisídia, Icônio, Listra, Derbe, cruzou o
mar Egeu e foi para Tessalônica, Beréia, Atenas e Corinto.
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Depois de um ano e meio Paulo volta para Jerusalém e inicia sua terceira viagem
missionaria passando em Éfeso por onde ficou durante três anos ensinando na
sinagoga e participando da escola de Tirano.
Foi neste tempo que Paulo escreveu I Coríntios e enquanto viajava pela Grécia
escreveu II Coríntios; quando chegou a coríntios escreveu a epistola aos
Romanos que foi entregue por uma diaconisa chamada Febe.
Apesar de ser advertido por Ágabo do perigo que o aguardava em Jerusalém ele
foi assim mesmo e acabou sendo preso pelas tropas romanas, mas quando
revelou sua cidadania romana foi transferido para Cesaréia onde foi acusado
perante o procurador.
Mais tarde apresentou o evangelho a Félix e sua esposa judia Drusila, irmã de
Herodes Agripa II de forma tão eloquente que o governador estremeceu, porém
acabou deixando Paulo preso durante dois anos.
Depois disso Paulo aproveitando de seu direito romano apelou a Festo que o
enviasse a Nero em Roma e no caminho seu navio naufragou.
Na primavera Paulo e sua escolta seguiram novamente para Roma onde ele foi
preso e acorrentado a um membro da guarda pretoriana.
Durante esse tempo Paulo escreveu suas cartas pastorais – I e II Timóteo e Tito.
Outras fontes cristas posteriores sugerem que foi perto do reinado de Nero que
Paulo sofreu o martírio, misericordiosamente pela espada como cidadão romano,
e não através da crucificação.
O ultimo dos doze apóstolos a falecer foi João, a quem Irineu atribuiu o
evangelho, as três cartas e o livro de Apocalipse.
Acredita-se que ele tenha sido bispo de Éfeso e que seu exilio na ilha de Patmos
aparentemente tenha ocorrido durante a perseguição no reinado de Domiciano.
Os cristãos da Palestina (quase todos os judeus) ainda iam ao Templo até sua
destruição em 70. d.C., apesar de também frequentarem as sinagogas e
costumarem se encontrar regularmente no primeiro dia da semana.
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Eles não tinham casta sacerdotal, mas assim como os judeus também escolhiam
presbíteros ou supervisores que presidiam as suas congregações.
Algumas mulheres, como Febe, serviam como diaconisas e viúvas mais idosas
que eram sustentadas pela igreja participando de vários ministérios sociais.
A perseguição aos cristãos também aconteceu por parte das autoridades civis
romanas, mas apesar disso sua fé resistiu ao desafio das heresias divisoras e
espalhou-se rapidamente por todo o Império Romano no 2º e 3º séculos.
Alguns dos mistérios a entrar em Roma foram: culto à Magna Mater, culto a Isis –
Osíris e o culto à deusa Atargatis.
O culto à deusa persa Mitras era o mais forte rival do Cristianismo, mas o
elemento que mais ameaçou diretamente a sobrevivência do Cristianismo foi o
culto imperial ou “adoração ao imperador”.
Nero ordenou que se erigisse uma estátua gigantesca de Apolo Hélio com seu
próprio semblante.
O culto imperial tinha tanto significado politico como religioso sendo que em todas
as províncias por volta de setenta templos e santuários foram erigidos em
homenagem ao imperador.
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PERSEGUIÇÃO ROMANA E MÁRTIRES CRISTÃOS
O próximo foi Tiago filho de Zebedeu e um dos doze apóstolos morto por Herodes
Agripa que de acordo com Josefo e Eusébio foi morto apedrejado.
Neste tempo segundo Severo; Paulo e Pedro foram condenados à morte sendo o
primeiro decapitado com a espada enquanto Pedro sofreu a crucificação.
Muitos outros também morreram como mártires e foram banidos de Roma, mas a
perseguição final ocorreu sob o governo de Diocleciano o ultimo grande
imperador pagão antes de Constantino que promulgou uma carta imperial
ordenando a destruição das Igrejas e a queima das Escrituras.
“Nosso propósito é dar tanto aos cristãos como a todos os outros a autoridade de
seguir qualquer tipo de adoração que cada um deseje”.
A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA
A liderança era composta pelos Apóstolos e outros mestres dotados pelo Espírito
Santo com uma diversidade de talentos.
Seus sacrifícios eram uma liturgia espiritual que envolvia ofertas de louvor e boas
obras e com o tempo começaram a fazer distinções entre os leigos (do povo) e os
clérigos ordenados.
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A função dos diáconos nos primeiros séculos era distribuir a ceia, ajudar nos
batismos, organizar os lugares das reuniões, supervisionar os bens da Igreja e
também cuidar dos enterros, dos cemitérios e assistir ao bispo.
De acordo com Eusébio a Igreja de Roma contava com um bispo, quarenta e seis
presbíteros, sete diáconos, sete subdiáconos, quarenta e dois acolitas e
cinquenta e dois exorcistas, leitores e porteiros.
Outro critico agora mais erudito do Cristianismo foi Porfirio sendo que alguns
achem possível que ele mesmo tenha sido um cristão em sua mocidade.
OS APOLOGISTAS
Justino Mártir foi um dos mais importantes onde defendia a fé de vários ataques
pagãos, sendo que por volta de 165 ele e mais outras seis pessoas foram
condenadas por recusar-se a fazer sacrifícios para o imperador, recebendo assim
o nome de Justino “Mártir”.
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Outros homens surgiram depois como o sírio Tatiano, Atanágoras e Teófilo de
Antioquia.
O DESAFIO DO GNOSTICISMO
Ele reinava como “Augusto” no Ocidente, assistido por seu “César”, Galério,
enquanto Maximiano governava no Ocidente com seu “César” Constâncio.
Nessa época Constantino buscou ajuda divina contra seu inimigo Maxêncio
voltando-se então para o Cristianismo.
A visão descrita por Lactâncio, dizia que Constantino foi orientado em um sonho a
marcar o sinal celestial de Deus com a letra “X” em forma de cruz nos escudos de
seus soldados.
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HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ
RESUMO
Capítulo 1 – Preparação para o Cristianismo
Os Romanos
O domínio mundial de Roma fez parte dessa obra quando por volta do ano 50
d.C., seu império abrangia a Europa ao Sul do Reno e do Danúbio, a maior parte
da Inglaterra, o Egito e toda a costa da África como também parte da Ásia, desde
o Mediterrâneo à Mesopotâmia.
Seus numerosos exércitos garantiram que a paz reinasse entre todos os povos
facilitando assim a disseminação da religião entre todas as nações, religião essa
que também pretendia um domínio espiritual universal.
Outra contribuição do império romano foi sua sábia, forte e vigilante administração
que tornou as viagens entre as diferentes partes do mundo mais seguras e fáceis.
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Esse ambiente propício tornou-se um excelente aliado para que a mensagem
pregada pelos primeiros missionários encontrasse as portas abertas facilitando
assim o intercâmbio entre todos os países do império.
OS GREGOS
Isso tudo contrastava com os judeus que apesar de terem recebido a revelação
de Deus e da sua vontade, ao contrario dos gregos nunca foram dados às
indagações, pesquisas ou discussão dessas questões.
Por causa disso podemos ver sua influencia na vida de todos os povos e
principais países do mundo greco-romano que conforme os desígnios de Deus
foram alcançados pelos primeiros missionários com a pregação do Cristianismo.
Foi neste idioma que os primeiros missionários bem como o Apóstolo Paulo
fizeram quase todas as suas pregações e foi neste idioma também que foram
escritos os livros que compõe o Novo Testamento.
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Esse plano sem duvidas estava no planejamento de Deus que desejava que
todos os homens pudessem entender a mensagem da Salvação, e os gregos
deram sua grande contribuição dentro da providência soberana de Deus.
OS JUDEUS
Mas dentro de sua providência o povo judeu também daria uma grande
contribuição, pois foram eles os escolhidos por Deus para receber dele uma
revelação divina e ainda preservar todos esses ensinos com pureza e integridade
para que no futuro os judeus se tornassem numa benção para todos os povos.
Quando o Cristianismo chegou não havia em nenhuma parte do mundo uma vida
religiosa tão pura e intensa como entre os judeus; resultada do ensino do Antigo
Testamento.
Outra contribuição desse povo ocorreu na sua dispersão quando espalhados pelo
mundo todo conservaram sua religião e mantiveram suas sinagogas.
Foi nesta época que Augustos estabeleceu a religião romana como oficial do
estado o que mais tarde acabou levando à veneração de imagens e estatuas de
imperadores.
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Foi nesta época e com este quadro que os primeiros missionários cristãos
levaram as boas novas da Salvação.
Logo no inicio de seu ministério Jesus convidou alguns homens para serem seus
companheiros e participantes da sua missão e dos que creram nele escolheu
doze para que fossem seus companheiros mais íntimos.
A relação de Jesus com seus doze discípulos constituem-se em uma das partes
mais importantes de sua obra.
No final de seu ministério Jesus se dedicou ainda mais a esse trabalho com seus
discípulos e após a sua ressurreição apareceu somente a eles.
Suas ultimas palavras foram uma ordem para que eles anunciassem o Evangelho
a todas as nações prometendo estar com eles todos os dias enquanto estivessem
cumprindo suas ordenanças.
a) O começo
Num certo sentido a Igreja cristã teve seu nascimento quando Jesus chamou os
seus primeiros discípulos, mas na verdade foi ai que a Igreja iniciou sua vida
ativa, porque dez dias depois do Pentecostes o Espirito Santo prometido veio
sobre eles e os revestiu de poder.
Desde então a Igreja cristã tem sido uma comunidade destinada a testemunhar
de Cristo proclamando o Evangelho e edificando o Reino de Deus aqui na terra.
b) A extensão da Igreja
E foi através da perseguição que a Igreja compreendeu a visão de Jesus para ela.
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Desde o discurso e morte de Estevão a igreja foi perseguida tenazmente; e por
causa disso a comunidade cristã de Jerusalém que já contava com milhares de
cristãos foi dissolvida espalhando seus seguidores por toda a Palestina.
E ao fugir levaram com eles também o Evangelho por toda a parte sendo que na
Antioquia - Síria foram chamados pela primeira vez “cristãos”.
Mais tarde essa Igreja de Antioquia – Síria enviou Barnabé e Paulo para
pregarem Cristo aos gentios fazendo assim do Cristianismo uma religião para
todos.
A igreja se espalhou tanto que por volta de 100 d.C., havia igrejas em inúmeras
cidades da Ásia Menor, Palestina, Síria, Macedônia, Grécia, Roma, Puteoli na
Itália, Alexandria e até provavelmente na Espanha sendo Paulo o missionário que
mais contribuiu para esse resultado.
c) Vida na Igreja
A igreja da época era um pequeno grupo de crentes que viviam numa grande
comunidade pagã sendo quase toda de pessoas pobres e alguns escravos
havendo, porém especialmente em Roma alguns cristãos nas classes mais altas.
Também se diferenciavam pelo seu fervor e pureza moral, algo que não existia
em nenhum outro lugar, mas apesar disso as cartas de Paulo aos Coríntios nos
falam que o povo estava longe de ser perfeito.
Foi nesse período que muitos cristãos como o Apóstolo Paulo foram mortos como
heróis e se tornaram mártires.
d) O Culto na Igreja
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As reuniões eram uma espécie de culto de oração com testemunhos, ensinos,
cânticos dos salmos, citações de memorias, ensinos dos atos de Jesus e leitura
das cartas enviadas pelos apóstolos às Igrejas.
Outro tipo de reunião acontecia nos domingos e era conhecida como Festa do
Amor ou Fraternidade onde havia uma refeição em comum que culminava na
celebração da Ceia do Senhor.
e) A Crença da Igreja
Criam eles em Deus o Pai, em Jesus como o Filho de Deus e Salvador e criam no
Espirito Santo de cuja presença estavam cônscios.
Criam também no perdão dos pecados e tinham como base de seu ideal o ensino
de Jesus sobre o amor a todos os homens além de aguardar a volta de Jesus
para julgar e dar a vida eterna a todos que criam nele.
f) Governo da Igreja
As igrejas primitivas eram independentes tendo seu governo próprio que decidia
todos os seus negócios e problemas, nenhuma organização de caráter geral
exercia controle sobre as inúmeras igrejas espalhadas por toda a parte.
Os primeiros apóstolos eram respeitados pelo fato de ter estado com Cristo e,
portanto exerciam alguma forma de autoridade.
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Alguns imperadores foram fracos e maus, além da corrupção e opressão dos
governos das províncias que culminaram na sua ruina.
A escravidão se espalhou não só por toda a Itália além de uma politica econômica
mal orientada que enriqueceu uns poucos e empobreceu as classes média e
baixa provocando um decréscimo da população.
A Extensão da Igreja
O governo romano permitia a livre prática das religiões, mas o cristianismo era
diferente das outras religiões, pois os crentes prestavam obediência e lealdade
supremas somente ao seu Salvador.
Mas para os romanos, o Estado era a suprema força e a religião era uma forma
de patriotismo.
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A despeito dessa repressão até o 3º século os cristãos ainda continuaram
crescendo muito e também se tornando odiados do povo sendo que nenhum
cristão conseguiu viver nesta época sem sofrer algum tipo de perseguição; apesar
de algumas tréguas que aconteciam em algumas regiões.
Porque além de se preocupar com os seus irmãos cristãos esse amor também se
estendia à todas as classes de pessoas em época de calamidade e pestilências
cuidando de todos sem distinção quando ninguém se atrevia a fazê-los.
A partir dai começaram a surgir certas formulas para oração, liturgias ou ordem de
Culto onde o batismo era ministrado como um ritual elaborado e a ceia do Senhor
também passou a ser ministrada.
A CRENÇA DA IGREJA
Nesse período a Igreja começou a aprofundar seu pensamento dando origem aos
credos do século 4º e 5º.
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A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA
Eram unidas por terem uma só forma de governo, isto é, bispos, presbíteros,
diáconos, a adoção de um só credo dos Apóstolos e ainda por todas
reconhecerem e receberem uma só coleção de livros do Novo Testamento.
No século 2º o Bispo era o pastor de uma igreja na cidade e cada uma das outras
igrejas eram dirigidas por um presbítero, sendo que o bispo exercia
superintendência sobre todo o distrito ou diocese.
Um século mais tarde essa liderança já tinha sido reconhecida no Ocidente, não,
porém no Oriente.
O BERÇO DO CRISTIANISMO
Tal fato nos leva a afirmar que o Cristianismo é inconcebível à parte de mundo.
O MUNDO JUDAICO
A Palestina estava localizada numa região por onde passavam rotas de comércio
do Egito para a Assíria e da Arábia para a Ásia Menor, lugar que sempre foi
objeto da cobiça imperialista dos grandes estados que surgiram no Oriente.
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Depois que a Assíria foi suplantada pela Babilônia acabou também herdando a
Palestina e nesse período destruiu Jerusalém e levou parte do povo para o exílio.
Mais tarde a Babilônia foi conquistada pela Pérsia e Ciro permitiu o retorno dos
exilados fazendo da Palestina uma parte de seu império.
Tudo isso aconteceu porque os judeus eram o povo da Lei, o Torah, que era o
centro da sua religião e de sua nacionalidade que dizia: “Escuta, ó Israel: O
Senhor, nosso Deus, é o único Senhor”.
Assim foi criada a profissão de Escriba ou mestre da Lei que eram os fariseus,
responsáveis tanto pela sua preservação como por sua interpretação.
Mas além dos saduceus e fariseus havia ainda muitas outras seitas e grupos dos
quais pouco ou nada é sabido; e dentre esses estavam os essênios a quem se
atribuem os famosos “Rolos do Mar Morto”.
As discussões das varias seitas do Judaísmo não tornou a vida religiosa banal,
mas pelo contrário, essa diversidade era devida à profunda vitalidade do
Judaísmo daquele tempo que tinham em comum compartilhar o monoteísmo ético
e a esperança messiânica e escatológica.
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Assim de um modo ou de outro, todos esperavam que Deus salvasse Israel de
suas desgraças politicas e morais, algumas vezes centrada no Messias e outras
vezes em um ser celestial que alguns chamavam de “Filho do Homem”.
Os judeus da Diáspora não foram assimilados pela população dos países em que
passaram a habitar, mas acabaram formando um grupo separado que gozava de
certa medida de autonomia dentro do governo civil.
A tendência helenizante nesse período havia tomado conta do povo judeu que se
sentia obrigado a mostrar que o Judaísmo não era tão bárbaro quanto se
pensava; mas que estava ligado intimamente ao genuíno pensamento grego.
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Todos os povos não helênicos eram considerados “bárbaros” e, portanto
inferiores, mas com o crescimento do comercio e da intercomunicação entre
vários grupos o pensamento grego se tornou cada vez menos exclusivista.
Epicurismo ensinava uma vida de continuo prazer como chave para alcançar a
felicidade.
Mais tarde a descrença nos deuses desaba e a filosofia tentaria tomar seu lugar
sugerindo sistemas filosóficos de caráter religioso como o neoplatonismo.
Mas com o passar do tempo se tornou mais flexível e quando foi confrontado com
o Cristianismo já havia se tornado um dos sistemas filosóficos mais populares do
império.
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De qualquer forma os primeiros séculos foram marcados pelo seu espirito
eclético, pois na medida em que qualquer parcela de verdade pudesse ser
encontrada em cada uma das escolas filosóficas logo era aceita.
Esses cultos passaram a ser difundidos além das fronteiras nacionais, e assim
descobrimos que o culto a Isis e Osíris chegou a ser praticado até mesmo na
Espanha; e que o culto a Atis e Cibele, originalmente frígio, tornou-se frequente
em Roma.
Sua popularidade pode ser explicada pelo caráter de mistérios como religiões de
iniciação onde numa época individualista e cosmopolita o povo não poderia ficar
satisfeito com religiões meramente coletivas e nacionais e isso explica o seu
crescimento incomum que encontravam nesses cultos um refúgio espiritual.
Mas o berço do Cristianismo não pode passar por cima de um fator importante
como o Império Romano que muito embora o perseguisse foi sua estrutura e
facilidade dos meios de comunicação que providenciaram os meios necessários
para sua expansão.
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vida e do pensamento da jovem igreja e ainda tornando possível entender e
vislumbrar os problemas produzidos pelas divisões internas, pela perseguição e
pelos conflitos tanto com o Judaísmo quanto com o paganismo.
Ao lado dos pais apostólicos, existem escritos cristãos do mesmo período sendo
que os mais importantes são:
OS APOLOGISTAS GREGOS
Por volta da metade do século 2º, alguns dos autores cristãos tomaram para si a
tarefa de defender sua fé em face das falsas acusações que davam ensejo às
perseguições.
AS PRIMEIRAS HERESIAS
Desafio e Proposta
Desde cedo a Igreja Cristã teve de lutar contra varias interpretações de sua fé,
que para muitos pareciam pôr em perigo um aspecto crucial dessa fé.
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Como era de se esperar essas diversas doutrinas e tentativas de entender a fé
cristã serviram de vários modos como um desafio e um ponto de partida para o
desenvolvimento teológico dos séculos 2º e 3º onde a Igreja em geral tentou
refutar e neutralizar os vários sistemas que ela via como ameaça à fé.
A RESPOSTA
COMPREENSÃO PESSOAL
As leituras nos levam ao entendimento de que tudo concorreu para a chegada do
Messias na igreja prometida até mesmo o domínio pelos Romanos e Gregos
estava no planejamento de Deus.
Todo esse ambiente foi preparado para que Jesus chegasse e implantasse seu
reino e sua Igreja.
Poder entender como a Igreja Primitiva funcionava, sua extensão, sua forma de
culto e sua perseguição preencheram muitas lacunas abertas em minha mente.
Mas Deus proveu a vida dos Apologistas cristãos que ousaram defender o
Cristianismo dos ataques pagãos e com isso também foram perseguidos.
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Nomes como Quadrato, Aristides, Justino, Tatiano e Atanágoras estão agora em
minha memoria.
E por fim conhecer os chamados “Pais Apostólicos” que contem informações que
confirmam pelo menos superficialmente como funcionava a Igreja naquela época
foi fundamental para completar a visão da Igreja Primitiva.
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Osni Rullo
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