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TRABALHO

DE
HISTÓRIA
Resumo e Compreensão Pessoal dos livros:

DOIS REINOS - Robert G. Clouse, Richard V. Perand,Edwin M. Yamauchi

Capítulos 1 a 3

HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ - NICHOLS, Robert Hastings

Capítulos 1 a 3

UMA HISTÓRIA DO PENSAMENTO CRISTÃO – Gonzales, Justo L.

Capítulos 1 a 5

Aluno: Osni Rullo


Bacharel em Teologia – 1º Ano – manhã

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RESUMO – DOIS REINOS
A FUNDAÇÃO DA IGREJA

O império romano foi o regime politico mais abrangente e dinâmico que o mundo
já viu e sua influencia pode ser vista no inicio através da vida de um monge quase
desconhecido chamado Dionísio Exíguo que substituiu o cálculo romano por um
novo baseado no papel central de Jesus Cristo e dai em diante os cristãos
passaram a datar os acontecimentos usando os termos a.C. (antes de Cristo) e
d.C. (depois de Cristo), ou anno Domini – “no ano de nosso Senhor”.

O CONTEXTO POLITICO EM ROMA

A fé cristã nasceu num período de transição politica quando uma pequena cidade
da Itália espalhou seu poder por todo o mundo ao massacrar sua rival Cartago no
norte da África e venceu os estados helênicos sucessores do império de
Alexandre o Grande no Oriente.

Em seguida aparece Júlio César, um politico e grande líder militar formando uma
aliança secreta com Crasso (o homem mais rico de Roma) e com Pompeu um
jovem e brilhante general.

Pompeu foi enviado para enfrentar Mitríades e acabou entrando em Jerusalém


onde estabeleceu o governo romano sobre a Palestina tornando assim a Judéia
num reino subordinado ao império Romano.

Nesse contexto aparece Cesar que mesmo contra a ordem do Senado marcha
para o sul fazendo explodir uma guerra civil que termina com sua vitória em
Farsalo e em seguida persegue Pompeu até o Egito onde finalmente o mata.

Seu poder continuou crescendo até que em 44 a.C., ele foi assassinado e depois
disso o mundo romano mais uma vez caiu em guerra civil.

Um ano depois surge Otaviano que acabou derrotando Antônio (que era casado
com sua irmã Cleópatra) na famosa batalha naval de Actium, sendo que esta
derrota acabou levando o casal a se suicidar.

Sem opositores Otaviano é aclamado pelo Senado como Augusto (“honrado”)


tornando-se o primeiro e o melhor dos imperadores romanos.

Em seu governo consolidou os principais poderes do estado sendo responsável


por muitas medidas sabias e visionarias em relação à Roma regulamentando os
padrões morais como o encorajamento de casamentos e nascimentos.

Foi nessa época que nasceu Jesus em Belém da Judéia para onde seus pais
tinham viajado por causa de um censo; esse período ficou conhecido como a paz
romana. (Pax Romana).

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Outros lideres políticos surgiram como Tibério sucessor de Otaviano e Pôncio
Pilatos que foi governador da Judéia

O próximo imperador foi Gaius Calígula que acabou sendo assassinado depois de
quatro anos de governo sendo sucedido por Cláudio.

Foi nessa época que Paulo ficou preso em Cesaréia sob Félix, irmão de Palas e
governador da Judéia.

Claudio acabou sendo assassinado por sua esposa Agripina com cogumelos
venenosos para que seu filho Nero assumisse seu trono.

Nero governou auxiliado pelo filósofo Sêneca e Burro e no ano 64 a capital foi
devastada por um incêndio onde Nero acabou culpando os cristãos sendo que
muitos deles foram executados em seus jardins.

Foi no governo de Nero que Paulo e Pedro tornaram-se mártires em Roma.

Cercado de inimigos; Nero acabou ordenando que Sêneca e seu irmão Gálio
(governador de Corinto diante do qual Paulo apareceu) cometessem suicídio; o
que levou a guarda pretoriana a se revoltar contra ele que acabou se matando.

Depois de uma rápida sucessão de três generais surge Vespasiano que restaurou
as finanças publicas, estendeu as fronteiras do império, começou a construção de
um imenso anfiteatro público (o Coliseu) e nomeou seu filho Tito com a tarefa de
conquistar Jerusalém.

Seu sucessor foi Domiciano seu irmão mais novo que exigiu ser chamado de
“Senhor e Deus” e perseguiu tanto cristãos como judeus.

Foi no reinado de Domiciano que João escreveu Apocalipse e na mesma época


ele acabou sendo assassinado em seu palácio depois de um golpe.

O CONTEXTO RELIGIOSO – (Judaísmo)

Durante séculos, depois da destruição dos reinos de Israel e Judá pelos assírios e
babilônios, vários povos estrangeiros governaram a região ao sul da Síria
conhecida a principio como: “Cananéia” ou “Israel” chamada pelos romanos de
“Palestina”.

Nesse período esses povos estrangeiros trouxeram consigo sua religião pagã e
quando os exilados retornaram a Judá e reconstruíram o Templo; o convívio
desses dois povos foi de hostilidade permanente.

Muitos judeus se espalharam por todo o mundo helênico e quatrocentos anos


depois da revolta dos macabeus foi estabelecido um reino judeu independente
pela família hasmonéia de sumo sacerdotes, sob o governo de João Hircano.

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Os hasmoneus fizeram uma aliança com os romanos e depois de muitas lutas
Pompeu interveio e a Judéia se tornou um protetorado romano.

Nesse período César nomeou Antipater procurador da Síria e seu filho Herodes
foi autorizado pelo Senado a governar sobre o reino da Judéia.

Mas quando Otaviano derrotou Antônio, Herodes conhecido como o Grande


imediatamente transferiu sua lealdade para o vencedor e acabou assassinando a
maioria dos hasmoneus, incluindo sua esposa e vários de seus filhos.

Na Bíblia encontramos Herodes mandando matar todas as crianças com medo de


perder seu trono.

Depois de sua morte o reino de Herodes foi dividido entre seus três filhos:

Arquelau, Felipe e Antipas, este último conforme a Bíblia foi quem ordenou a
execução de João Batista a pedido de sua esposa Herodias e teve também um
breve encontro com Jesus quando Herodes o enviou para julgamento.

No primeiro século depois de Cristo, havia diversas seitas judias importantes


como os samaritanos, os saduceus, os fariseus, os essênios e os zelotes.

Com a destruição do Templo, a sinagoga tornou-se a principal instituição do


Judaísmo e o local de reunião para orar e adorar, sendo que os Evangelhos
relatam Jesus ensinando e realizando milagres nas sinagogas de Nazaré e
Cafarnaum.

O MINISTÉRIO FUNDAMENTAL DE JESUS

Algumas importantes referencias extra bíblicas sobre Jesus foram registradas na


história além da Bíblia:

O biógrafo romano Suetônio relata que “Claudio expulsou os judeus de Roma por
causa dos tumultos que estes constantemente causavam, sendo instigados por
Chrestus”, uma provável referencia a Cristo.

O historiador Tácito, escrevendo em 115 d.C., descreve como Nero culpou os


cristãos pelo incêndio devastador de Roma e relata que “seu nome veio de Cristo,
que foi executado por sentença do procurador Pôncio Pilatos no reinado de
Tibério”.

Plinio o governador de Bitínia escreveu ao imperador Trajano perguntando o que


deveria fazer com os cristãos, pois seus interrogatórios haviam revelado que eles
“estavam se encontrando num dia determinado antes do nascer do sol e recitando
um hino em forma de antífona a Cristo como Deus”.

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Flavio Josefo, o escritor judeu registrou que “o sumo sacerdote Anás realizou uma
sessão judicial no Sinédrio e trouxe perante ele o irmão de Jesus, o chamado
Cristo – irmão cujo nome era Tiago – e alguns outros os quais ele condenou de
quebrar a lei e os entregou para que fossem apedrejados até a morte”.

Jesus realizou muitos milagres citados nos evangelhos sendo: quinze curas, cinco
exorcismos de demônios, cinco milagres sobre a natureza e a ressurreição de
duas pessoas mortas e foram estes sinais que convenceram os discípulos de seu
mandato divino; ganhando assim muitas pessoas para a causa.

Jesus também desencorajou aqueles que o viam como o Messias de acordo com
as expectativas populares, ou seja, aquele que iria estabelecer um reino politico.

E apesar de ter sido aclamado pela multidão que estava em Jerusalém para a
Páscoa no dia de Domingo de Ramos, a crescente oposição e hostilidade
culminaram com a sua prisão, um ato que teve a ajuda de traição por um membro
de seu circulo intimo, Judas Iscariotes.

Jesus foi então examinado pelo Sinédrio e acabou convencendo os lideres


religiosos de que ele era um blasfemo, mas quando o entregaram ao governador
romano para receber a pena de morte, foi acusado por afirmar que era Rei dos
Judeus.

Foi nesse contexto que o procurador Pôncio Pilatos percebeu que Jesus era
inocente e queria libertá-lo, mas os principais sacerdotes pressionaram para que
ele fosse morto; e a multidão do lado de fora do palácio gritava pedindo a
libertação de Barrabás que havia se envolvido numa insurreição armada.

Preocupado com sua posição politica, Pilatos ordena a execução de Jesus que foi
levado para um monte chamado em aramaico de Gólgota e lá sofreu a
crucificação ao lado de dois ladrões.

Como era proibido realizar enterros no Sábado, Jesus foi sepultado ás pressas
num tumulo doado por seu admirador José de Arimatéia antes do sol se pôr.

No domingo algumas mulheres descobriram que a pedra havia sido removida e


seu corpo não estava mais lá; sendo que durante quarenta dias Jesus apareceu
vivo; audível e visível para seus seguidores em pelo menos dez ocasiões e ainda
para mais de quinhentas pessoas de uma só vez. I Coríntios 15.4-8

Convencidos de sua ressurreição, a igreja cresceu em força e numero na medida


em que pregavam as boas novas de que Jesus era de fato, o Cristo que havia
morrido pelos pecados de todas as pessoas e havia ressuscitado para garantir
sua salvação.

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A LIDERANÇA PROEMINENTE DE PEDRO

Pedro foi o discípulo que mais se destacou nos evangelhos e nos primeiros
capítulos de Atos.

Mas depois de sua vergonhosa negação quando Jesus foi preso, ele foi
transformado pela aparição do Cristo ressurreto e o poder do Espírito Santo que
desceu sobre os discípulos no dia de Pentecostes fez Pedro pregar um sermão
que levou á conversão de três mil pessoas.

Mais importante ainda foi depois de sua relutância em permitir gentios na


comunhão cristã, Pedro obedeceu à visão para receber bem a Cornélio, um
centurião romano na comunhão cristã.

A MISSÃO DE PAULO ENTRE OS GENTIOS

Paulo foi sem duvida o maior missionário e teólogo da Igreja do Novo


Testamento, cujas atividades estão relatadas em Atos.

Antes chamado de Saulo, nascido em Tarso havia recebido a cidadania romana


através de seu pai judeu, foi educado pelo famoso rabino Gamaliel e em
Jerusalém tornou-se um fariseu e superou seus colegas no zelo pela lei.

Isso pode ser visto em sua primeira aparição em Atos quando somente observava
o apedrejamento de Estevão até a morte.

Assustado com o crescimento do cristianismo Saulo se tornou um grande


perseguidor sendo responsável pela prisão de muitos homens e mulheres até
mesmo aprovando sua morte.

Foi nessa ânsia que ele obteve autorização dos sumo sacerdote para atacar a
comunidade cristã em Damasco e lá mesmo foi atingido por uma visão brilhante
do Cristo ressuscitado que o repreendeu por sua atitude.

Ficou temporariamente cego e precisou ser guiado à cidade até a casa de


Ananias que obedecendo à ordem do Senhor restaurou a sua visão.

Depois disso passou três anos na Arábia, fez uma breve visita a Jerusalém,
voltou para Tarso e depois de dez anos foi chamado para o ministério em
Antioquia na Síria onde os crentes foram chamados pela primeira vez cristãos.

Paulo e Barnabé foram nomeados pela igreja de Antioquia como missionários e


juntamente com João Marcos; primo de Barnabé partiram para Chipre e para o sul
da Anatólia.

Paulo foi a Perga, o interior da Galácia, Pisídia, Icônio, Listra, Derbe, cruzou o
mar Egeu e foi para Tessalônica, Beréia, Atenas e Corinto.

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Depois de um ano e meio Paulo volta para Jerusalém e inicia sua terceira viagem
missionaria passando em Éfeso por onde ficou durante três anos ensinando na
sinagoga e participando da escola de Tirano.

Foi neste tempo que Paulo escreveu I Coríntios e enquanto viajava pela Grécia
escreveu II Coríntios; quando chegou a coríntios escreveu a epistola aos
Romanos que foi entregue por uma diaconisa chamada Febe.

Apesar de ser advertido por Ágabo do perigo que o aguardava em Jerusalém ele
foi assim mesmo e acabou sendo preso pelas tropas romanas, mas quando
revelou sua cidadania romana foi transferido para Cesaréia onde foi acusado
perante o procurador.

Mais tarde apresentou o evangelho a Félix e sua esposa judia Drusila, irmã de
Herodes Agripa II de forma tão eloquente que o governador estremeceu, porém
acabou deixando Paulo preso durante dois anos.

Festo o novo governador recebeu a acusação de Paulo e reconheceu que eram


infundadas, mas também rejeitou a mensagem do Evangelho dizendo: “Por pouco
me persuades a me fazer cristão”.

Depois disso Paulo aproveitando de seu direito romano apelou a Festo que o
enviasse a Nero em Roma e no caminho seu navio naufragou.

Na primavera Paulo e sua escolta seguiram novamente para Roma onde ele foi
preso e acorrentado a um membro da guarda pretoriana.

Durante esse tempo Paulo escreveu suas cartas pastorais – I e II Timóteo e Tito.

Outras fontes cristas posteriores sugerem que foi perto do reinado de Nero que
Paulo sofreu o martírio, misericordiosamente pela espada como cidadão romano,
e não através da crucificação.

OUTROS JUDEUS CRISTÃOS

O ultimo dos doze apóstolos a falecer foi João, a quem Irineu atribuiu o
evangelho, as três cartas e o livro de Apocalipse.

Acredita-se que ele tenha sido bispo de Éfeso e que seu exilio na ilha de Patmos
aparentemente tenha ocorrido durante a perseguição no reinado de Domiciano.

COMO FUNCIONAVA A IGREJA PRIMITIVA

Os cristãos da Palestina (quase todos os judeus) ainda iam ao Templo até sua
destruição em 70. d.C., apesar de também frequentarem as sinagogas e
costumarem se encontrar regularmente no primeiro dia da semana.

Diferentemente dos judeus que praticavam várias purificações em seus “miqvaot”


(banhos rituais) o batismo se tornou o rito de iniciação dos cristãos.

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Eles não tinham casta sacerdotal, mas assim como os judeus também escolhiam
presbíteros ou supervisores que presidiam as suas congregações.

Para atender a reclamação dos judeus-gregos que suas viúvas sofriam


discriminação na distribuição de comida foram selecionados sete homens como
diáconos sendo dois deles o mártir Estevão e Filipe.

Algumas mulheres, como Febe, serviam como diaconisas e viúvas mais idosas
que eram sustentadas pela igreja participando de vários ministérios sociais.

A IGREJA NO ESTADO ROMANO

A perseguição aos cristãos também aconteceu por parte das autoridades civis
romanas, mas apesar disso sua fé resistiu ao desafio das heresias divisoras e
espalhou-se rapidamente por todo o Império Romano no 2º e 3º séculos.

Com a adesão do imperador Constantino ao Cristianismo em 312 d.C., a natureza


das relações entre Estado e Igreja mudou drasticamente.

AS RELIGIÕES DE MISTÉRIO E O CULTO IMPERIAL

Varias religiões de mistério vindas do Oriente encontraram aceitação no mundo


romano que funcionavam como sociedades secretas fechadas cujos membros
eram cuidadosamente escolhidos e iniciados.

Alguns dos mistérios a entrar em Roma foram: culto à Magna Mater, culto a Isis –
Osíris e o culto à deusa Atargatis.

O culto à deusa persa Mitras era o mais forte rival do Cristianismo, mas o
elemento que mais ameaçou diretamente a sobrevivência do Cristianismo foi o
culto imperial ou “adoração ao imperador”.

Herodes o Grande construiu templos para ele em Cesaréia e Sebaste e Calígula


não apenas exigia as honrarias divinas para si, mas chegou até mesmo a deificar
sua irmã Drusila quando ela faleceu.

Claudio apesar de não se entusiasmar com honrarias divinas concordou em


aceitar um templo em sua homenagem na recém-conquistada província da Grã
Bretanha como sinal de lealdade politica.

Nero ordenou que se erigisse uma estátua gigantesca de Apolo Hélio com seu
próprio semblante.

O culto imperial tinha tanto significado politico como religioso sendo que em todas
as províncias por volta de setenta templos e santuários foram erigidos em
homenagem ao imperador.

Aqueles que se recusavam a fazer sacrifícios para o imperador eram


considerados culpados de traição e julgados nesses termos.

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PERSEGUIÇÃO ROMANA E MÁRTIRES CRISTÃOS

As primeiras perseguições aos cristãos partiram de autoridades judias na


palestina sendo que o primeiro mártir registrado nas Escrituras foi o diácono
Estevão que morreu apedrejado por uma multidão.

O próximo foi Tiago filho de Zebedeu e um dos doze apóstolos morto por Herodes
Agripa que de acordo com Josefo e Eusébio foi morto apedrejado.

Neste tempo segundo Severo; Paulo e Pedro foram condenados à morte sendo o
primeiro decapitado com a espada enquanto Pedro sofreu a crucificação.

Muitos outros também morreram como mártires e foram banidos de Roma, mas a
perseguição final ocorreu sob o governo de Diocleciano o ultimo grande
imperador pagão antes de Constantino que promulgou uma carta imperial
ordenando a destruição das Igrejas e a queima das Escrituras.

Somente na cidade de Nicomédia, duzentos e sessenta e oito cristãos foram


executados.

Constantino (seu filho) deu fim a essa perseguição com um decreto:

“Nosso propósito é dar tanto aos cristãos como a todos os outros a autoridade de
seguir qualquer tipo de adoração que cada um deseje”.

A EXPANSÃO DA IGREJA E SUA CRESCENTE INFLUÊNCIA

Depois que os romanos destruíram o Templo em 70 d.C., grande parte de


Jerusalém foi transformada numa cidade pagã e declarada local proibido para
judeus e para os cristãos.

Depois disso os cristãos foram obrigados a desenvolver novos centros em outros


lugares como na Antioquia na Síria e chegando a outros lugares como Armênia,
Egito, Sudão, Cirene na Líbia, Cartago na África, Alemanha, Gália na França, Grã
Bretanha especulando-se que Paulo pode ter ido até a Espanha também.

A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA

A liderança era composta pelos Apóstolos e outros mestres dotados pelo Espírito
Santo com uma diversidade de talentos.

Os diáconos e diaconisas eram escolhidos para cuidar de assuntos quotidianos


como a distribuição de comida.

Seus sacrifícios eram uma liturgia espiritual que envolvia ofertas de louvor e boas
obras e com o tempo começaram a fazer distinções entre os leigos (do povo) e os
clérigos ordenados.

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A função dos diáconos nos primeiros séculos era distribuir a ceia, ajudar nos
batismos, organizar os lugares das reuniões, supervisionar os bens da Igreja e
também cuidar dos enterros, dos cemitérios e assistir ao bispo.

As diaconisas (como Febe) auxiliavam no batismo das mulheres e ministravam às


mulheres enfermas.

De acordo com Eusébio a Igreja de Roma contava com um bispo, quarenta e seis
presbíteros, sete diáconos, sete subdiáconos, quarenta e dois acolitas e
cinquenta e dois exorcistas, leitores e porteiros.

No Novo Testamento os presbíteros constituíam a liderança coletiva de uma


Igreja local, Pedro se considerava um presbítero (I Pedro 5.1).

Nas diversas igrejas locais os presbíteros que começaram a ser chamados de


sacerdotes foram designados para “celebrar”, ou seja, exercer atividades como a
Eucaristia (Ceia do Senhor) sendo que o bispo gradativamente assumiu a maior
parte das funções de pregação e ensino na Igreja.

Em Alexandria os doze presbíteros que lideravam ali elegeram um novo bispo


dentre as pessoas de seu próprio nível.

OS ATAQUES PAGÃOS E OS APOLIGISTAS CRISTÃOS

Os Romanos viam o Cristianismo como uma “superstição maldosa”, pois eles


eram suspeitos de ateísmo, deslealdade, imoralidade e canibalismo.

O satirista Luciano fez gozações dos cristãos ingênuos que demonstravam


generosidade até mesmo com os charlatães.

Voltaire no 2º século fez ataques mais sérios quando escreveu “A Verdadeira


Doutrina” em 178 d.C.

Outro critico agora mais erudito do Cristianismo foi Porfirio sendo que alguns
achem possível que ele mesmo tenha sido um cristão em sua mocidade.

OS APOLOGISTAS

O movimento conhecido como “Os Apologistas” refutavam tanto os conceitos


populares errôneos como também às objeções ao Cristianismo apresentadas por
estudiosos.

Quadrato e Aristides apresentaram ao imperador Adriano alguns livros


defendendo o Cristianismo.

Justino Mártir foi um dos mais importantes onde defendia a fé de vários ataques
pagãos, sendo que por volta de 165 ele e mais outras seis pessoas foram
condenadas por recusar-se a fazer sacrifícios para o imperador, recebendo assim
o nome de Justino “Mártir”.

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Outros homens surgiram depois como o sírio Tatiano, Atanágoras e Teófilo de
Antioquia.

O DESAFIO DO GNOSTICISMO

O termo gnosticismo refere-se a vários movimentos religiosos dos primeiros


séculos de Cristianismo que afirmavam que a salvação era obtida através de um
“conhecimento” secreto da origem da pessoa.

Os gnósticos se caracterizavam basicamente por clamarem possuir ou


procurarem supremamente algum tipo de conhecimento secreto sobre as
naturezas do universo e da existência humana ensinando que tudo que era
material era mal.

Os Patriarcas da Igreja foram unânimes em considerar Simão de Samaria como


o primeiro gnóstico e seu sucessor foi outro samaritano chamado Menander.

Depois veio Saturnino de Antioquia e outros como Cerinto, Márcio, Basilides e


Valentino que surgiram nesta época.

O IMPERADOR CONSTANTINO E O CRISTIANISMO LEGALIZADO

Para administrar o vasto império, Diocleciano instituiu uma estrutura complexa


chamada de Tetrarquia ou “governo dos quatro”.

Ele reinava como “Augusto” no Ocidente, assistido por seu “César”, Galério,
enquanto Maximiano governava no Ocidente com seu “César” Constâncio.

Nessa época Constantino buscou ajuda divina contra seu inimigo Maxêncio
voltando-se então para o Cristianismo.

A visão descrita por Lactâncio, dizia que Constantino foi orientado em um sonho a
marcar o sinal celestial de Deus com a letra “X” em forma de cruz nos escudos de
seus soldados.

Em 313 Constantino e seu colega do Oriente, Licínio concordaram em conceder a


tolerância aos cristãos e restituir as propriedades que haviam sido confiscadas
deles, ato que ficou conhecido como “Édito de Milão”.

Ao falecer, Constantino foi sepultado na Igreja dos Doze Apóstolos na nova


capital sendo que as igrejas ortodoxas até hoje se referem a ele como o “Décimo
Terceiro Apóstolo”.

Apesar da rivalidade das religiões de mistério, do desdém dos filósofos, dos


preconceitos do povo e da perseguição do Estado, os cristãos ganhavam cada
vez mais convertidos, incluindo homens de intelecto que defenderam a fé das
difamações e alertaram a Igreja sobre as heresias como o gnosticismo.

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HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ
RESUMO
Capítulo 1 – Preparação para o Cristianismo

O mundo jamais entenderia se disséssemos que toda a História da Igreja foi


planejada por Deus preparando assim a vinda de Jesus ao mundo.

Todos os acontecimentos sem nenhuma exceção foram atos da providência de


Deus para que um ambiente propício fosse criado no cumprimento de seus planos
como veremos a seguir:

I – A contribuição dos povos

Os Romanos

O domínio mundial de Roma fez parte dessa obra quando por volta do ano 50
d.C., seu império abrangia a Europa ao Sul do Reno e do Danúbio, a maior parte
da Inglaterra, o Egito e toda a costa da África como também parte da Ásia, desde
o Mediterrâneo à Mesopotâmia.

E o Cristianismo foi primeiramente implantado exatamente nos locais onde o


domínio romano foi mais acentuado demonstrando assim que os romanos foram
essenciais no preparo do mundo da época para a chegada do Cristianismo.

Se antes havia um conceito de separação dos povos, com a chegada do império


romano um novo conceito foi implantado; o de um único povo comandado por um
único poder: o poder politico de Roma.

Esse acontecimento por si só já demonstra que Deus já estava trabalhando no


preparo da humanidade para a chegada do Cristianismo que também não fazia
distinção de raça ou cor, mas tornava a todos UM em Cristo.

Outro fator que contribuiu bastante foi a “Pax Romana”.

Seus numerosos exércitos garantiram que a paz reinasse entre todos os povos
facilitando assim a disseminação da religião entre todas as nações, religião essa
que também pretendia um domínio espiritual universal.

Outra contribuição do império romano foi sua sábia, forte e vigilante administração
que tornou as viagens entre as diferentes partes do mundo mais seguras e fáceis.

As estradas foram pavimentadas e provavelmente também eram guardadas pelas


tropas romanas o que impedia a ação de ladrões e salteadores.

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Esse ambiente propício tornou-se um excelente aliado para que a mensagem
pregada pelos primeiros missionários encontrasse as portas abertas facilitando
assim o intercâmbio entre todos os países do império.

OS GREGOS

Quando o Cristianismo chegou de fato; os povos que habitavam as regiões do


Mediterrâneo já haviam sido em muito influenciados pelo espírito do povo grego.

A disseminação de suas colônias ao longo das costas de todo o Mediterrâneo e o


seu comércio fez com que sua influencia alcançasse todas as partes do mundo.

Apesar desse império também ser dominado politicamente por Roma; a


mentalidade desses povos havia sido moldada pelos gregos que muitos séculos
antes da era cristã eram os detentores da vida intelectual mais vigorosa e
desenvolvida no mundo.

Seus filósofos cogitavam sobre a origem e o significado do mundo, a existência


de Deus, do homem e do bem e do mal bem como qualquer coisa que se
relacionava com pesquisas filosóficas.

Isso tudo contrastava com os judeus que apesar de terem recebido a revelação
de Deus e da sua vontade, ao contrario dos gregos nunca foram dados às
indagações, pesquisas ou discussão dessas questões.

Do 6º ao 3º século um grande movimento intelectual sobre assuntos filosóficos e


teológicos ocorreu entre os gregos, nos quais os mais profundos e influentes
pensadores do mundo ensinaram coisas que até o dia de hoje ainda perduram.

Sócrates foi um exemplo dessas influencias debatendo assuntos e ideias que


obrigavam os homens a pensar e meditar em problemas que jamais antes haviam
pensado.

Por causa disso podemos ver sua influencia na vida de todos os povos e
principais países do mundo greco-romano que conforme os desígnios de Deus
foram alcançados pelos primeiros missionários com a pregação do Cristianismo.

A contribuição dos gregos também é importante na disseminação da língua que


mais tarde seria pregada ao gênero humano pela primeira vez, língua essa que
na época era a mais falada e conhecida nos países às margens do Mediterrâneo.

Essa língua passou a ser conhecida como universal do mundo greco-romana e


sendo usada para todos os fins no intercâmbio popular tornando-se
essencialmente importante quando da chegada do Cristianismo.

Foi neste idioma que os primeiros missionários bem como o Apóstolo Paulo
fizeram quase todas as suas pregações e foi neste idioma também que foram
escritos os livros que compõe o Novo Testamento.

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Esse plano sem duvidas estava no planejamento de Deus que desejava que
todos os homens pudessem entender a mensagem da Salvação, e os gregos
deram sua grande contribuição dentro da providência soberana de Deus.

OS JUDEUS

Mas dentro de sua providência o povo judeu também daria uma grande
contribuição, pois foram eles os escolhidos por Deus para receber dele uma
revelação divina e ainda preservar todos esses ensinos com pureza e integridade
para que no futuro os judeus se tornassem numa benção para todos os povos.

E foram exatamente os judeus que fizeram toda a preparação para a chegada do


cristianismo bem como os preparativos para o seu nascimento e o seu cuidado
quando ainda era uma criança.

Quando o Cristianismo chegou não havia em nenhuma parte do mundo uma vida
religiosa tão pura e intensa como entre os judeus; resultada do ensino do Antigo
Testamento.

Era esse povo o único preparado no mundo para a implantação do Cristianismo e


a vinda de Cristo o Salvador que eles tanto aguardavam como promessa.

As Escrituras do Velho Testamento preservadas pelos judeus foram instrumentos


de uso constante de Jesus para basear seus ensinos que além de serem
conhecidos pelos judeus o eram também pelos gentios.

Outra contribuição desse povo ocorreu na sua dispersão quando espalhados pelo
mundo todo conservaram sua religião e mantiveram suas sinagogas.

Capítulo II – Condições do mundo na chegada do Cristianismo

Com a chegada do Cristianismo estava acontecendo o declínio da religião


clássica onde os velhos deuses e deusas da Grécia e de Roma conhecidos
através da mitologia clássica já estavam desgastados e fora de moda.

Foi nesta época que Augustos estabeleceu a religião romana como oficial do
estado o que mais tarde acabou levando à veneração de imagens e estatuas de
imperadores.

Quando o Cristianismo chegou havia uma grande curiosidade dos povos em


conhecer outra forma de religião que trouxesse maior satisfação à alma, pois
muito embora a religião judaica tenha se constituído na melhor religião existente
na época ela não podia satisfazer plenamente as necessidades do mundo.

O pensamento grego também já não satisfazia a mente do homem nas questões


fundamentais e urgentes do pecado e da vida futura, não conseguindo também
responder a essas questões.

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Foi nesta época e com este quadro que os primeiros missionários cristãos
levaram as boas novas da Salvação.

Capítulo 1 – O primeiro século

JESUS E A SUA IGREJA

a) Jesus e seus discípulos

Logo no inicio de seu ministério Jesus convidou alguns homens para serem seus
companheiros e participantes da sua missão e dos que creram nele escolheu
doze para que fossem seus companheiros mais íntimos.

A relação de Jesus com seus doze discípulos constituem-se em uma das partes
mais importantes de sua obra.

No final de seu ministério Jesus se dedicou ainda mais a esse trabalho com seus
discípulos e após a sua ressurreição apareceu somente a eles.

Suas ultimas palavras foram uma ordem para que eles anunciassem o Evangelho
a todas as nações prometendo estar com eles todos os dias enquanto estivessem
cumprindo suas ordenanças.

b) Jesus funda a Sua Igreja

Em seu ministério Jesus deixou clara a necessidade de haver uma sociedade


constituída de seus seguidores para oferecer ao mundo seu Evangelho e ministrar
os ensinos que ele deixara com objetivo de propagar o Reino de Deus.

A IGREJA APOSTÓLICA (até o ano 100 d.C)

a) O começo

Num certo sentido a Igreja cristã teve seu nascimento quando Jesus chamou os
seus primeiros discípulos, mas na verdade foi ai que a Igreja iniciou sua vida
ativa, porque dez dias depois do Pentecostes o Espirito Santo prometido veio
sobre eles e os revestiu de poder.

Desde então a Igreja cristã tem sido uma comunidade destinada a testemunhar
de Cristo proclamando o Evangelho e edificando o Reino de Deus aqui na terra.

b) A extensão da Igreja

A primeira pregação do Evangelho no Pentecostes foi destinada aos judeus, pois


os cristãos primitivos não haviam percebido ainda que a extensão do propósito
divino fosse a salvação do mundo e não unicamente os judeus.

E foi através da perseguição que a Igreja compreendeu a visão de Jesus para ela.

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Desde o discurso e morte de Estevão a igreja foi perseguida tenazmente; e por
causa disso a comunidade cristã de Jerusalém que já contava com milhares de
cristãos foi dissolvida espalhando seus seguidores por toda a Palestina.

E ao fugir levaram com eles também o Evangelho por toda a parte sendo que na
Antioquia - Síria foram chamados pela primeira vez “cristãos”.

Mais tarde essa Igreja de Antioquia – Síria enviou Barnabé e Paulo para
pregarem Cristo aos gentios fazendo assim do Cristianismo uma religião para
todos.

A igreja se espalhou tanto que por volta de 100 d.C., havia igrejas em inúmeras
cidades da Ásia Menor, Palestina, Síria, Macedônia, Grécia, Roma, Puteoli na
Itália, Alexandria e até provavelmente na Espanha sendo Paulo o missionário que
mais contribuiu para esse resultado.

c) Vida na Igreja

A igreja da época era um pequeno grupo de crentes que viviam numa grande
comunidade pagã sendo quase toda de pessoas pobres e alguns escravos
havendo, porém especialmente em Roma alguns cristãos nas classes mais altas.

Cuidavam zelosamente dos órfãos, doentes, viúvas e dos desamparados sendo


que as coletas para os fundos de caridade constituíam-se numa das partes mais
importantes da vida da igreja primitiva tratando-se mutuamente de irmãos.

Nesta igreja não havia distinções, escravos e senhores e até as mulheres


alcançaram posição de honra e influencia que jamais haviam conseguido na
sociedade profana anteriormente.

Também se diferenciavam pelo seu fervor e pureza moral, algo que não existia
em nenhum outro lugar, mas apesar disso as cartas de Paulo aos Coríntios nos
falam que o povo estava longe de ser perfeito.

Essas características se tornaram numa poderosa propaganda para o seu


desenvolvimento fazendo com que vários inimigos do Cristianismo os odiassem,
pois suas vidas condenavam os costumes e conduta moral dos pagãos.

Foi nesse período que muitos cristãos como o Apóstolo Paulo foram mortos como
heróis e se tornaram mártires.

d) O Culto na Igreja

Por conta da perseguição; a Igreja Primitiva ficou impossibilitada de construir seus


templos durante o primeiro século fazendo com que suas reuniões para o culto
acontecessem nas casas particulares.

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As reuniões eram uma espécie de culto de oração com testemunhos, ensinos,
cânticos dos salmos, citações de memorias, ensinos dos atos de Jesus e leitura
das cartas enviadas pelos apóstolos às Igrejas.

Estranhos também podiam participar dessas reuniões onde alguns deles se


levantavam, confessavam seus pecados e declaravam aceitar a Jesus.

Outro tipo de reunião acontecia nos domingos e era conhecida como Festa do
Amor ou Fraternidade onde havia uma refeição em comum que culminava na
celebração da Ceia do Senhor.

e) A Crença da Igreja

Na igreja do primeiro século não houve a composição de credos ou declarações


formais de fé, o Credo dos Apóstolos só apareceu no segundo século.

Criam eles em Deus o Pai, em Jesus como o Filho de Deus e Salvador e criam no
Espirito Santo de cuja presença estavam cônscios.

Criam também no perdão dos pecados e tinham como base de seu ideal o ensino
de Jesus sobre o amor a todos os homens além de aguardar a volta de Jesus
para julgar e dar a vida eterna a todos que criam nele.

f) Governo da Igreja

As igrejas primitivas eram independentes tendo seu governo próprio que decidia
todos os seus negócios e problemas, nenhuma organização de caráter geral
exercia controle sobre as inúmeras igrejas espalhadas por toda a parte.

Os primeiros apóstolos eram respeitados pelo fato de ter estado com Cristo e,
portanto exerciam alguma forma de autoridade.

Havia oficiais que se ocupavam do Ministério da pregação e do ensino que eram


conhecidos como apóstolos, profetas e mestres e qualquer um podia exercer seu
ministério desde que fosse habilitado pelo Espirito Santo.

Além dos anciãos ou presbíteros também chamados bispos que eram os


superintendentes havia o grupo dos diáconos.

Os anciãos ou bispos cuidavam do pastorado, da disciplina e dos negócios


econômicos e os diáconos cuidavam da beneficência.

Capítulo 3 – A Igreja Antiga

Primeira parte – (100-314 d.C.)

O MUNDO EM QUE A IGREJA VIVIA

O fato de possuir um território muito extenso e uma população variadíssima era


difícil governar de maneira centralizada por apenas uma autoridade.

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Alguns imperadores foram fracos e maus, além da corrupção e opressão dos
governos das províncias que culminaram na sua ruina.

A escravidão se espalhou não só por toda a Itália além de uma politica econômica
mal orientada que enriqueceu uns poucos e empobreceu as classes média e
baixa provocando um decréscimo da população.

O poder e prestigio dos romanos e dos habitantes de varias províncias foram


corroídos pela decadência moral atingindo todas as classes provocando a
imoralidade e a desonestidade no comercio e nos governos.

Com o crescimento da população, a falta de recursos e a atração pela rica


civilização do Império houve uma emigração da população que modificou a face
da Europa.

A Extensão da Igreja

Foi no reinado de Constantino que o Cristianismo alcançou um maravilhoso


progresso tornando-se uma religião dominante e poderosa na Antioquia, na Síria,
Grécia, Macedônia, ilhas gregas, norte do Egito, África, Itália, Gália e Espanha.

Acabou sendo introduzida em todas as classes sociais inclusive as mais altas e


ricas além da corte imperial e do governo.

Nessa época a obra missionária também se desenvolveu com a entrada de


muitos missionários itinerantes que foram os pioneiros do Cristianismo sendo um
deles Justino que também ficou conhecido como o Mártir.

Todavia quem contribuiu poderosa e decisivamente para espalhar a cruz foram os


cristãos em geral, pelas suas vidas, seu amor fraternal e também pelo amor aos
descrentes, além de sua fidelidade e coragem nas perseguições.

O governo romano permitia a livre prática das religiões, mas o cristianismo era
diferente das outras religiões, pois os crentes prestavam obediência e lealdade
supremas somente ao seu Salvador.

Mas para os romanos, o Estado era a suprema força e a religião era uma forma
de patriotismo.

Assim os cristãos foram acusados de anarquistas, sacrílegos, ateus e traidores


passando a ser hostilizada pelo governo que os considerava uma ameaça ao
Estado Supremo.

Muitos eram levados a juízo e obrigados a participar das cerimônias da religião do


Estado, na adoração das estátuas de Roma e dos imperadores e quando se
recusavam a prestar esse culto eram considerados traidores.

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A despeito dessa repressão até o 3º século os cristãos ainda continuaram
crescendo muito e também se tornando odiados do povo sendo que nenhum
cristão conseguiu viver nesta época sem sofrer algum tipo de perseguição; apesar
de algumas tréguas que aconteciam em algumas regiões.

Mas tempos depois o governo de Décio despejou grande perseguição aos


cristãos com vistas a varrer de uma vez por todas o Cristianismo do Império.

Nessa época milhares foram martirizados e abandonaram a fé até que quando a


Igreja já estava enfraquecida a perseguição foi suspensa pelo Imperador Galieno.

Nesse período denominado “Pax Longa” a igreja muito conseguiu em números e


organização até que em 331 apareceu o Édito de Tolerância publicado por
Galério, imperador do Oriente.

Dois anos mais tarde, o Édito de Milão de Constantino e Licínio imperadores do


Oriente e Ocidente estabeleceu a liberdade religiosa para todos pondo assim fim
à perseguição do Cristianismo.

Apesar da perseguição o mundo ficou admirado com a coragem e o testemunho


dos cristãos, sobretudo com a sua fraternidade cristã, pureza, honestidade e
bondade que eram suas principais características.

Porque além de se preocupar com os seus irmãos cristãos esse amor também se
estendia à todas as classes de pessoas em época de calamidade e pestilências
cuidando de todos sem distinção quando ninguém se atrevia a fazê-los.

O CULTO E OS SACRAMENTOS DA IGREJA

Em meados do século 2º já era costume estabelecido o Dia do Senhor (domingo)


numa reunião para leitura da Escritura, oração, cântico de Salmos e hinos e
pregação encerrando com a Ceia do Senhor.

Apesar das reuniões serem publicas, na ministração dos sacramentos somente os


crentes podiam participar.

A partir dai começaram a surgir certas formulas para oração, liturgias ou ordem de
Culto onde o batismo era ministrado como um ritual elaborado e a ceia do Senhor
também passou a ser ministrada.

A CRENÇA DA IGREJA

Nesse período a Igreja começou a aprofundar seu pensamento dando origem aos
credos do século 4º e 5º.

O gnosticismo se espalhou pelo Oriente e especialmente na Ásia Menor além de


vários outros credos e declarações breves sobre o que constituía objeto da fé dos
cristãos começaram a aparecer para defender o Cristianismo do gnosticismo.

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A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA

No primeiro século não havia um padrão uniforme de organização eclesiástica;


algumas igrejas eram governadas por grupos de presbíteros ou bispos auxiliados
pelos diáconos sendo que mais tarde praticamente toda igreja já tinha um bispo.

No segundo século além da unidade espiritual havia também uma unidade


exterior e as igrejas faziam parte da associação chamada católica.

Eram unidas por terem uma só forma de governo, isto é, bispos, presbíteros,
diáconos, a adoção de um só credo dos Apóstolos e ainda por todas
reconhecerem e receberem uma só coleção de livros do Novo Testamento.

A ideia de que um ministro cristão é um sacerdote, ou seja, que ele permanece


entre o homem e Deus começou a prevalecer no século 3º.

No século 2º o Bispo era o pastor de uma igreja na cidade e cada uma das outras
igrejas eram dirigidas por um presbítero, sendo que o bispo exercia
superintendência sobre todo o distrito ou diocese.

Havia sínodos ou reuniões de bispos para tratarem das necessidades particulares


e a partir do fim do século 2º, os bispos de Roma começaram a reivindicar a
autoridade geral.

Um século mais tarde essa liderança já tinha sido reconhecida no Ocidente, não,
porém no Oriente.

A HISTÓRIA DO PENSAMENTO CRISTÃO


RESUMO

O BERÇO DO CRISTIANISMO

A manjedoura foi o inicio do nascimento do Cristianismo e ela aconteceu da forma


que aconteceu porque José e Maria foram levados à cidade de Davi atendendo a
um decreto de César Augusto que convocava toda a população para um
recenseamento.

Tal fato nos leva a afirmar que o Cristianismo é inconcebível à parte de mundo.

O MUNDO JUDAICO

A Palestina estava localizada numa região por onde passavam rotas de comércio
do Egito para a Assíria e da Arábia para a Ásia Menor, lugar que sempre foi
objeto da cobiça imperialista dos grandes estados que surgiram no Oriente.

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Depois que a Assíria foi suplantada pela Babilônia acabou também herdando a
Palestina e nesse período destruiu Jerusalém e levou parte do povo para o exílio.

Mais tarde a Babilônia foi conquistada pela Pérsia e Ciro permitiu o retorno dos
exilados fazendo da Palestina uma parte de seu império.

Um pouco depois Alexandre derrotou os persas e anexou ao seu império a


Palestina que ficou sujeita ao domínio dos governadores macedônios.

No fim desse período, os sucessores de Alexandre haviam consolidado o seu


poder, mas por mais de um século as duas principais dinastias que se
estabeleceram a partir dos generais de Alexandre, os Ptolomeus e os Selêucidas,
lutaram pela posse da Palestina e seus arredores.

No ano 63 a.C., Roma através de Pompeu tomou Jerusalém e profanou o


Templo, entrando até mesmo no Santo dos Santos, ficando a Palestina sujeita ao
poder romano.

Sob o domínio dos romanos, os judeus foram particularmente difíceis de governar


por causa da exclusividade de sua religião que não admitia deuses estranhos,
mas Roma respeitava as características de cada povo conquistado.

Mas nenhum governador romano conseguiu se tornar popular entre os judeus,


nem aqueles que entendiam e aceitavam o seu caráter religioso.

Tudo isso aconteceu porque os judeus eram o povo da Lei, o Torah, que era o
centro da sua religião e de sua nacionalidade que dizia: “Escuta, ó Israel: O
Senhor, nosso Deus, é o único Senhor”.

Assim foi criada a profissão de Escriba ou mestre da Lei que eram os fariseus,
responsáveis tanto pela sua preservação como por sua interpretação.

Esse esforço os levou ao legalismo onde foram objetos de tantas criticas e


oposição dos saduceus; que eram os judeus conservadores do século 1º que
aceitavam apenas a Lei escrita como sua autoridade religiosa e não a lei oral que
tinha sido desenvolvida da tradição judaica.

Mas além dos saduceus e fariseus havia ainda muitas outras seitas e grupos dos
quais pouco ou nada é sabido; e dentre esses estavam os essênios a quem se
atribuem os famosos “Rolos do Mar Morto”.

As discussões das varias seitas do Judaísmo não tornou a vida religiosa banal,
mas pelo contrário, essa diversidade era devida à profunda vitalidade do
Judaísmo daquele tempo que tinham em comum compartilhar o monoteísmo ético
e a esperança messiânica e escatológica.

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Assim de um modo ou de outro, todos esperavam que Deus salvasse Israel de
suas desgraças politicas e morais, algumas vezes centrada no Messias e outras
vezes em um ser celestial que alguns chamavam de “Filho do Homem”.

O Judaísmo não estava confinado somente à Palestina, mas eles acabaram


formando importantes comunidades como: Mesopotâmia, Egito, Síria, Ásia Menor
e Roma constituindo juntamente com os gentios prosélitos a Diáspora que
também contribuiu para a expansão e formação do Cristianismo.

Os judeus da Diáspora não foram assimilados pela população dos países em que
passaram a habitar, mas acabaram formando um grupo separado que gozava de
certa medida de autonomia dentro do governo civil.

A tendência helenizante nesse período havia tomado conta do povo judeu que se
sentia obrigado a mostrar que o Judaísmo não era tão bárbaro quanto se
pensava; mas que estava ligado intimamente ao genuíno pensamento grego.

Mas a melhor expressão desse propósito de harmonizar sua tradição com a


cultura helenística é encontrada em Filo de Alexandria, que segundo ele as
Escrituras e Platão (aluno de Sócrates) ensinavam as mesmas coisas, embora as
Escrituras usassem de alegorias para fazê-lo.

Mais tarde o Cristianismo alexandrino foi caracterizado por sua interpretação


alegórica das Escrituras ao mesmo tempo em que se livrou dos aspectos que
eram mais difíceis de harmonizar com o Platonismo.

Finalmente, o quadro do Judaísmo do século 1º deve ser completado com uma


palavra sobre a tendência proto-gnóstica que ali existia.

Essas inclinações gnósticas provavelmente se desenvolveram a partir do


dualismo apocalíptico, de cujos seguidores encontraram refúgio em uma salvação
trans-histórica, uma vez que suas expectativas apocalípticas não eram satisfeitas.

O MUNDO GRECO ROMANO

No século 1º d.C., a bacia do Mediterrâneo gozava de uma unidade politica e


cultural jamais outrora igualada resultando disso na disseminação do pensamento
grego.

Disto nasceu uma cultura universal que embora conservasse importantes


variações regionais, também unia a todos os povos do império.

Antes de Alexandre e ao longo de todo o período desde Homero até Aristóteles, o


pensamento grego seguiu um caminho sem o qual as grandes conquistas do 4º
século seriam inconcebíveis.

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Todos os povos não helênicos eram considerados “bárbaros” e, portanto
inferiores, mas com o crescimento do comercio e da intercomunicação entre
vários grupos o pensamento grego se tornou cada vez menos exclusivista.

Em Platão encontramos que todos são livres e a antiga ideia da diferença


essencial entre os gregos e os bárbaros mais as conquistas de Alexandre no
desejo de unir a humanidade colocaram um fim no exclusivismo grego.

Deste momento em diante a superioridade grega em relação aos bárbaros passou


a ser tida mais como superioridade cultural do que racial.

No tempo de Alexandre surgiu uma sociedade cosmopolita e fez as pessoas se


encontrarem perdidas na imensidão do mundo onde os deuses entraram em
competição com outras divindades e regras de conduta com novos costumes.

Nesse momento surge então o estoicismo e o epicurismo para satisfazerem a


necessidade durante o período da filosofia grega.

Estoicismo ensinava que as emoções poderiam levar a erros de julgamento, mas


os sábios e intelectuais estariam livres dessas emoções.

Epicurismo ensinava uma vida de continuo prazer como chave para alcançar a
felicidade.

Mais tarde a descrença nos deuses desaba e a filosofia tentaria tomar seu lugar
sugerindo sistemas filosóficos de caráter religioso como o neoplatonismo.

Entre os filósofos antigos foi Platão o de maior influencia no desenvolvimento do


pensamento cristão primitivos sendo alguns de seus ensinos:

as doutrinas dos dois mundos, da imortalidade, da preexistência da alma, do


conhecimento como reminiscência, e da forma do Bem.

Ao lado do platonismo o estoicismo foi o sistema filosófico que mais influenciou o


desenvolvimento do pensamento cristão.

No começo, o estoicismo se inclinava a ser uma doutrina para a elite; pois


estabelecia uma distinção predeterminada e inalterável entre os sábios e os tolos.

Mas com o passar do tempo se tornou mais flexível e quando foi confrontado com
o Cristianismo já havia se tornado um dos sistemas filosóficos mais populares do
império.

Os cristãos encontraram nele também um aliado contra aqueles que zombavam


da austeridade de seus costumes e muitos chegaram à conclusão de que a lei
natural da qual os estoicos falavam era também o fundamento da ética cristã.

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De qualquer forma os primeiros séculos foram marcados pelo seu espirito
eclético, pois na medida em que qualquer parcela de verdade pudesse ser
encontrada em cada uma das escolas filosóficas logo era aceita.

A mesma tendência de combinar doutrinas de diferentes fontes pode ser vista no


sincretismo religioso da época que combinava diferentes religiões e doutrinas
filosóficas que poderiam ser submetidas a uma inclinação religiosa.

Esses cultos passaram a ser difundidos além das fronteiras nacionais, e assim
descobrimos que o culto a Isis e Osíris chegou a ser praticado até mesmo na
Espanha; e que o culto a Atis e Cibele, originalmente frígio, tornou-se frequente
em Roma.

Sua popularidade pode ser explicada pelo caráter de mistérios como religiões de
iniciação onde numa época individualista e cosmopolita o povo não poderia ficar
satisfeito com religiões meramente coletivas e nacionais e isso explica o seu
crescimento incomum que encontravam nesses cultos um refúgio espiritual.

Existem mais dois aspectos da religião helenística: o culto ao Imperador e a


tendência sincretista da época.

Mas o berço do Cristianismo não pode passar por cima de um fator importante
como o Império Romano que muito embora o perseguisse foi sua estrutura e
facilidade dos meios de comunicação que providenciaram os meios necessários
para sua expansão.

Tudo isso mostra que o Cristianismo não nasceu solitariamente, em um vácuo,


mas surgiu no meio de um mundo no qual deveria tomar forma, e á parte do qual
é impossível compreende-lo, assim como é impossível entender a Jesus Cristo à
parte do corpo físico no qual ele viveu.

A TEOLOGIA DOS PAIS APOSTÓLICOS

Os mais antigos escritos cristãos remanescentes, à parte daqueles que agora


fazem parte do cânon do Novo Testamento, são os escritos dos assim chamados
pais apostólicos que receberam esse título porque na ocasião, acreditava-se que
eles tinham conhecido os apóstolos, porém isso nunca pode ser confirmado.

O nome “pais apostólicos” apareceu no século 17 quando foi aplicado a cinco


escritos ou corpo de escritos, mas ao longo dos anos, três outros membros foram
adicionados a esse grupo perfazendo agora um total de oito:

Clemente de Roma, o Didaquê, Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna,


Papias de Hierápolis, a epistola de Barnabé, o Pastor de Hermas e a epistola
a Diogneto.

Com exceção da epistola a Diogneto, todos esses escritos são endereçados a


outros cristãos, sendo, portanto muito uteis para nos dar uma ideia a respeito da

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vida e do pensamento da jovem igreja e ainda tornando possível entender e
vislumbrar os problemas produzidos pelas divisões internas, pela perseguição e
pelos conflitos tanto com o Judaísmo quanto com o paganismo.

OUTRAS LITERATURAS CRISTÃS DO MESMO PERIODO

Ao lado dos pais apostólicos, existem escritos cristãos do mesmo período sendo
que os mais importantes são:

a Ascensão de Isaías, o Testamento dos Doze Patriarcas e o Segundo Livro


de Enoque.

OS APOLOGISTAS GREGOS

Por volta da metade do século 2º, alguns dos autores cristãos tomaram para si a
tarefa de defender sua fé em face das falsas acusações que davam ensejo às
perseguições.

Em sua tentativa de defender o Cristianismo, tais apologistas acharam ser


necessário atacar o paganismo e refutar as acusações feitas contra os cristãos
sendo eles:

Aristides, Justino o Mártir, Taciano, Atenágoras, Teófilo de Antioquia,


Hermas, A Epístola a Diogneto e Melito de Sardes.

AS PRIMEIRAS HERESIAS

Desafio e Proposta

Desde cedo a Igreja Cristã teve de lutar contra varias interpretações de sua fé,
que para muitos pareciam pôr em perigo um aspecto crucial dessa fé.

Convertidos de varias religiões abraçavam o Cristianismo e como era de se


esperar essa multiplicidade influenciava a interpretação do Cristianismo.

Assim surgiu uma grande variedade de doutrinas, todas reivindicando ser o


correto entendimento do Cristianismo, contudo, muitas delas pareciam contradizer
alguns dogmas fundamentais da fé cristã tradicional.

Durante o 2º século, e especialmente em seus últimos anos, essas doutrinas se


tornaram tão difundidas que provocaram, na igreja como um todo; uma reação
que viria ser de grande importância para o pensamento cristão.

Algumas das doutrinas as quais a Igreja Primitiva se opôs foi o Cristianismo


Judaizante e o Gnosticismo.

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Como era de se esperar essas diversas doutrinas e tentativas de entender a fé
cristã serviram de vários modos como um desafio e um ponto de partida para o
desenvolvimento teológico dos séculos 2º e 3º onde a Igreja em geral tentou
refutar e neutralizar os vários sistemas que ela via como ameaça à fé.

A RESPOSTA

Alguns dos instrumentos usados para combater as heresias foram a autoridade


apostólica, o cânon do Novo Testamento, a regra de fé, os credos e a ênfase na
sucessão apostólica.

Essa reação da Igreja provocou a atividade teológica onde os pensamentos e as


penas de muitos cristãos foram estimuladas pelo desafio proposto por aqueles
que tentaram mostrar que outras versões do Cristianismo eram mais razoáveis do
que a versão tradicional, e assim muitos trabalhos teológicos foram produzidos,
cuja influência foi muito além da negação direta da heresia.

COMPREENSÃO PESSOAL
As leituras nos levam ao entendimento de que tudo concorreu para a chegada do
Messias na igreja prometida até mesmo o domínio pelos Romanos e Gregos
estava no planejamento de Deus.

E isso pode ser comprovado em cada detalhe da participação desses povos,


inclusive o judeu que contribuiu na preservação da lei.

Para entendermos melhor é necessário fazer uma leitura do contexto politico e


religioso da época como os livros demonstram.

Todo esse ambiente foi preparado para que Jesus chegasse e implantasse seu
reino e sua Igreja.

Poder entender como a Igreja Primitiva funcionava, sua extensão, sua forma de
culto e sua perseguição preencheram muitas lacunas abertas em minha mente.

A perseguição foi muito mais violenta do que aprendemos e ouvimos e temos de


agradecer a tantos homens e mulheres do passado que corajosamente deram
suas vidas pelo Evangelho, dentre eles muitos mártires como Justino.

Apesar da perseguição a igreja continuou crescendo e influenciando por onde


passava e a chegada das seitas parece um retrato dos nossos dias de hoje,
inclusive o gnosticismo.

Mas Deus proveu a vida dos Apologistas cristãos que ousaram defender o
Cristianismo dos ataques pagãos e com isso também foram perseguidos.

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Nomes como Quadrato, Aristides, Justino, Tatiano e Atanágoras estão agora em
minha memoria.

Muito interessante também as informações sobre a Fundação e organização da


Igreja dando detalhes de como funcionavam os cultos e as responsabilidades de
bispos, presbíteros, diáconos e diaconisas.

Saber que os diáconos também eram responsáveis pelos enterros e


encarregados dos cemitérios foi uma novidade para mim.

E por fim conhecer os chamados “Pais Apostólicos” que contem informações que
confirmam pelo menos superficialmente como funcionava a Igreja naquela época
foi fundamental para completar a visão da Igreja Primitiva.

Leitura agradável e entusiasmante, me sinto abençoado.

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Osni Rullo

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