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Na Cabala existem os Caminhos que vão para o Céu (Arvore da Vida).

Cada caminho é
simbolizado por um animal. O primeiro grupo de caminhos é chamado de: Caminhos da
Personalidade e os símbolos animais são: o crocodilo, o golfinho, o leão, o gavião, o pavão, o urso
e o lobo. No Caminho Da Individualidade ou do Eu Superior tem: o cavalo e o cachorro, o bode e
o burro, o escorpião e o lobo. No Caminho do Adeptado: o elefante, rinoceronte, leão, a águia e o
escorpião. Nos Caminhos do Espírito: o cachorro, castor, carneiro e coruja, o caranguejo e a
tartaruga, o touro. Nos Caminhos da Divindade: o pardal, o pombo e o cisne, a andorinha e o
macaco, a águia e o homem. São essas as vinte e duas estradas que correspondem aos arcanos
maiores.

Nas cartas clássicas de Tarô pode-se encontrar na Imperatriz um escudo com uma águia, símbolo
da sua autoridade, e também a espiritualidade. O imperador também tem um escudo com uma
águia de asas abertas. No carro os dois cavalos puxando para direções diferentes, representam a
união do positivo e do negativo. A Roda da Fortuna tem um macaco descendo pelo lado esquerdo,
e uma criatura subindo pelo direito (há correntes que afirmam ser Tifon ou Grifo, um monstro da
mitologia grega), representando o movimento perpétuo do universo em constante mudança e do
fluxo da vida humana; acima uma esfinge pousada no topo da roda com garras de leão segurando
uma espada, procura manter o equilíbrio.

A carta da Força mostra uma mulher segurando um leão pela boca, sugerindo a vitória da
suavidade sobre a força, o controle sobre tentações. O pássaro na carta Estrela é o Íbis sagrado
do pensamento evidenciando uma nova vida, uma nova promessa. Na carta da Lua os cães
atraem a atenção do homem, enquanto o lagostim traiçoeiro está pronto para enganar. No Mundo,
nos quatro cantos da carta, os quatro animais angélicos do apocalipse, um homem ou anjo, uma
águia, um touro e um leão, sugerindo os quatro elementos água, ar, terra e fogo, que se equilibram
para formar a base da vida sobre a terra e a formação de cada dia. No taro Egípcio a simbologia,
segue bem semelhante, diferenciando com mais rica simbologia nos arcanos menores.

Na parte do Livro Segundo – O Material, da tradução de Richard Wilhelm para o I Ching, o Livro
das Mutações, ele se refere aos oito trigramas e os animais simbólicos: O Criativo ( Céu ) atua
no cavalo, que corre veloz e incansável; o Receptivo (Terra) na vaca, em sua mansidão; o Incitar
( Trovão ) ao dragão, que irrompendo das profundezas ascende ao céu nas tempestades; a
Suavidade (Vento ) no galo, guardião do tempo, cujo canto corta o silêncio e se propaga como o
vento; o Abismal ( Água ) no porco, que vive na lama e na água; o Aderir ( Fogo ) no fênix, a
Claridade, possuía originalmente a imagem de um pássaro de fogo; a Quietude ( Montanha ) no
cão, o guardião fiel, e a Alegria ( Lago ) na ovelha, considerada como o animal do oeste ( não
encontrei maiores referências ), situado na sequência do Céu Posterior. Traz também o comentário
na História da Civilização:

Quando na mais remota Antiguidade Fu Hsi governava o mundo, ele levantou os olhos e
contemplou os fenômenos no Céu e na Terra e compreendeu as leis do Universo. Na terra,
observou os sinais dos pássaros e dos animais, e sua adaptação ás regiões. Ele procedia
diretamente a partir de si mesmo, e indiretamente a partir das coisas. Representou tudo o que
observou e compreendeu nos oitos trigramas, para entrar em contato com as virtudes dos deuses
luminosos e para organizar as condições de todos os seres.

Minha professora de I Ching, Maria Olga Nogueira, (a considero minha “Mãe do I Ching“), é uma
psicóloga junguiana que estuda o oráculo há mais de trinta anos, que al tem me ensinado na
compreensão dos hexagramas e na tomada de muitas decisões. Ela não costuma usar simbologia
animal na interpretação, até porque os hexagramas não são relacionados apenas com um animal.
Olhando os simbolismos adicionais, verificam-se novas descrições de animais para as trigramas,
assim como aspectos de um mesmo animal diferentes para vários hexagramas. Ela utiliza a
simbologia animal quando faz parte do texto do hexagrama. O Ichinólogo Ion de Freitas prefere
falar sobre os animais mencionados nas linhas. A atribuição dos animais (e o porquê) é muito mais
nítida nas linhas do que nos trigramas. Além de menos controverso. Por exemplo, o caso do
dragão associado ao Trovão, mas na verdade é o Trovão que está sendo associado ao dragão. O
dragão está associado de fato ao Céu e ao Yang (vide hexagrama 1, especialmente os textos das
linhas), e só é relacionado ao trovão porque a trigrama Trovão representa o "Yang em movimento"
- porque para os chineses, o trovão - como o dragão - nasce debaixo da terra e sobe em direção
aos céus. Conclui Ion que apresentar os animais das linhas é muito mais fácil, porque a razão e o
sentido das associações são bem mais visíveis nos textos.

Hexagrama 10 – A Conduta / Julgamento:

A Conduta
Trilhando sobre a causa do tigre.
Ele não morde o homem
Sucesso

Na Antiguidade, o método de consulta oracular era feito com cascos de tartaruga, até ser
substituído pelas varetas.

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