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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDÚSTRIAL

C.F.P. ENGENHEIRO JOSÉ WILLIAM LEMOS LEAL

PROCESSOS CONSTRUTIVOS – PROFESSOR EDUARDO

AULA 005 – SISTEMAS DE FÔRMAS E FERRAGENS

ALUNO: Miguel Henrique Soares da Silva FAÇA UM RESUMO OU TEXTO


CURSO: Técnico em edificações RELACIONADOS AO TEMA ACIMA:

Há vários tipos de fôrmas para concreto, que variam conforme seu material. Elas podem ser de
madeira, aço, PVC, alumínio, papelão ou chapas fenólicas. Os fatores que determinam qual o tipo ideal de
fôrma a ser utilizado em cada obra são: tipo de estrutura a construir, se as fôrmas devem ser geométricas,
número necessário de reaproveitamentos para uma mesma fôrma, cronograma da obra, disponibilidade
de equipamentos de transporte vertical ou horizontal, local da obra e espaço interno disponível no
canteiro para armazená-las.

Fôrmas de madeira: Ainda são as mais utilizadas, por apresentarem melhor custo-benefício. Podem ser
fabricadas no próprio canteiro, com madeira de reaproveitamento, e dimensionadas de acordo com cargas
e pressão do concreto, o que varia a cada obra, atendendo às mais diversas formas geométricas para
elementos estruturais. Apesar da vasta aplicação das fôrmas modulares metálicas, há casos em que a
madeira ainda é indispensável.

Fôrmas metálicas: Cresce muito o uso das fôrmas modulares metálicas: Este sistema é composto por
painéis, elementos de ligação e outros acessórios (ancoragens, escoras de prumo, plataforma para
trabalho, entre outros). Painéis são grades metálicas (de aço ou de alumínio) com chapa de contato
embutida (de madeira compensada ou fenólica), conectados com grampos ou travas, permitindo a
execução de vários tipos de estruturas – blocos de fundação, paredes, pilares, vigas.

Fôrmas de PVC: O uso de chapas de PVC tem sido estudado há vários anos como alternativa à madeira
compensada para chapa de contato, contudo, sua comercialização ainda é pequena. O chamado concreto-
PVC conta com painéis ocos de duplo encaixe em PVC. Esses painéis são preenchidos com concreto e as
fôrmas ficam incorporadas à construção, servindo de revestimento final.

Fôrmas de papelão: Tubos de papelão têm a finalidade de moldar pilares de seção circular. Em geral,
permitem fazer pilares de 1 m de diâmetro e 8 m de comprimento, em etapa única. Não demandam mão
de obra especializada e, após o endurecimento do concreto, possibilitam desforma rápida, sendo
descartadas após o uso. Mesmo as fôrmas para concreto mais tradicionais de madeira não são tão baratas
para execução de pilares circulares; sua fabricação é mais trabalhosa.

Fibra de vidro: E empresa Tecwall fornece fôrmas para concreto estruturadas em fibra de vidro com face
de contato em ABS – um tipo de resina. O sistema não tem peças soltas, o que torna a montagem simples e
fácil, com equipe reduzida de operários. Com 20 kg/m², o sistema aceita qualquer tipo de concreto e pode
ser reutilizado centenas de vezes. A fibra de vidro tem resistência semelhante à do aço, com as vantagens
de não enferrujar e ser muito mais leve. Por isso, a montagem do sistema dispensa os tradicionais
travamentos. Os próprios painéis são capazes de resistir à pressão do concreto durante o lançamento.
A norma de "Execução de Estruturas de Concreto" NBR 15696:2009, recomenda que a cura deva se
estender por um período até que o concreto atinja resistência de 15,0 MPa. Recomenda-se na prática
manter a cura por no mínimo cinco dias. Quanto melhor a cura maior a durabilidade do concreto. Uma laje
recém concretada, exposta ao sol e seca, nunca deve receber um jato de água. O choque térmico é pior
que não fazer cura. A desforma deve ser realizada de forma criteriosa. Em estruturas com vãos grandes ou
com balanços, deve-se pedir ao calculista um programa de desforma progressiva, para evitar tensões
internas não previstas no concreto, que podem provocar fissuras e até trincas. Quando os cimentos não
forem de alta resistência inicial ou não for colocado aditivos que acelerem o endurecimento e a
temperatura local for adequada. Na retirada da estrutura de escoramento, ocorre uma deformação
(flecha) da laje – que é prevista em projeto. A aplicação do reescoramento surge justamente para evitar
deformações excessivas, absorver cargas superiores às projetadas e evitar fissuras e demais danos no
concreto.

A concretagem é a etapa de finalização de um conjunto de atividades relacionadas a construção de


um elemento em uma edificação. A concretagem somente pode ocorrer de forma eficaz e segura se todos
os outros serviços anteriores estiverem sido realizados e verificados pelo engenheiro ou técnico
responsável da obra. Tais serviços envolvem verificação da consistência e limpeza das formas, conferência
da armadura (quantidade e se estão bem dispostas) e se as instalações que deverão ser embutidas, como
tubos elétricos e hidráulicos, estão devidamente posicionadas. Durante a concretagem, é fundamental a
presença de um engenheiro na obra para as etapas de lançamento, adensamento e cura do concreto.
Somente pessoas especializadas e com conhecimento técnico em engenharia podem definir o que fazer e o
que não fazer durante uma concretagem. Um erro durante o processo de concretagem pode acarretar
problemas sérios futuros como fissuras, trincas e nos casos mais graves, as patologias podem causar até o
desabamento da estrutura.

Na construção, as ferragens podem ser usadas de várias maneiras, como em formatos de vigas,
vergalhões, barras e colunas. No entanto, as formas mais comuns são a barra de transferência e o
vergalhão. Escolher a ferragem certa para o tipo de construção que você está planejando é essencial,
já que ela ajudará na sustentação e firmeza da obra, evitando problemas futuros. Os tipos de
ferragens são:

Aço CA 50: é o mais usado nas construções de concreto armado. Ele possui uma superfície nervurada,
diâmetros variados e uma resistência característica de tensão de escoamento de 500 Mpa;

Aço CA 60: é mais empregado em estruturas pré-moldadas (aquelas em que as vigas e pilares, por
exemplo, já vem prontos de fábrica). Possui resistência de 600 Mpa, superfície lisa e bitolas que
variam de 4.2mm a 9.5mm;

Aço CA 25: é o tipo mais usado em barras de transferência (geralmente aplicadas na construção de
pisos ou pavimentos). Possui resistência de 250 Mpa, superfície lisa e diâmetros que variam entre 6.3
mm a 40 mm.

Vergalhões: São barras de aço que, quando adicionadas ao concreto, formam o concreto armado. Ele
é usado na estrutura da construção de vigas, vigotas, pilares e outros. Em geral, para cada m³ de
concreto é usado em torno de 100g de aço estrutural. Os vergalhões são vendidos nas categorias GG-
50 e CA-25, com superfície lisa e CA-50 com superfície nervurada. O GG-50 é diferente dos vergalhões
tradicionais porque oferece outros benefícios, como o rigoroso controle de diâmetro, fornecimento
em barras de comprimentos definidos e capacidade de solda a topo (para diâmetros de 10 a 40 mm).
Nesse caso, é possível encontrar vergalhões em barras retas ou dobradas de 12 metros, com seção
circular e superfície nervurada ou lisa.
Arames recozidos: São usados especialmente para fixar os vergalhões nas armaduras de concreto
armado. É possível encontrá-los em rolos de cerca de 30 kg ou em rolos menores, de 1 kg. Devido às
suas características mecânicas, é possível usar os arames em operações que exigem torções e dobras,
como as amarrações de armadura do concreto armado. Ou seja, embora seja um aço simples, o arame
é extremamente maleável, graças à sua produção com baixo teor de carbono, tornando-o
indispensável nas obras.

Cordoalhas e fios: São produtos específicos para o concreto protendido. A diferença entre o concreto
armado e o concreto protendido é o aço utilizado. No primeiro, são usadas ferragens passivas (ou
seja, o concreto comum é adicionado em vigas de aço). Já no segundo, o concreto é armado com
ferragens ativas.

 Cordoalhas engraxadas e plastificadas: Conjunto de fios que não aderem ao concreto


justamente por serem engraxadas e plastificadas;
 Fios de protensão: Mais usados nas lajes alveolares;
 Cordoalhas aderentes: Conjunto de fios usado em estruturas de grandes construções e de
pontes.

Treliças nervuradas: Essas treliças são muito empregadas na construção de lajes treliçadas, pois são
compostas por fios CA-60 nervurados. Sua formação é feita por um fio longitudinal superior e dois fios
longitudinais inferiores, separados por uma determinada distância e definida por dois estribos em
forma de sinusóide, com eletrosoldados em ambos os lados da estrutura, formando uma estrutura
espacial. As treliças nervuradas, quando usadas em elementos pré-fabricados, oferecem uma série de
vantagens, em especial a redução no consumo de aço, a facilidade no manuseio e a rapidez na
execução.

Telas nervuradas: As telas nervuradas, ao lado dos vergalhões, são os tipos de ferragens mais usadas
na construção. Elas se configuram em fios de aço soldados que formam uma malha retangular ou
quadrada e podem ser comercializadas em rolos ou em painéis. Os tipos de telas nervuradas variam
de acordo com o espaçamento do fio e o diâmetro, assim cada tipo de utilização deve contar com
uma malha distinta.

Vigas: Elas fazem parte da estrutura do concreto armado e oferecem sustentação ao imóvel
construído. São barras horizontais e retas, destinadas a receberem à ação da laje, de outras vigas, das
paredes de alvenaria e também dos pilares.

Estribos: No concreto armado, os estribos são barras de aço de pequena bitola dispostos


transversalmente à armadura longitudinal da estrutura. Sua finalidade é solidarizar a armadura
longitudinal para a concretagem e suportar os esforços cortantes da estrutura. Quando usados em
pilares, os estribos evitam que eles sofram flambagem – ou seja, a curvatura devido às forças em
atuação nas colunas e pilares.

EXECUÇÃO:

1. Os aparelhos de apoio, depois de colocados, devem estar desimpedidos e capacitados a permitir


todas as movimentações previstas no projeto; são classificados quanto ao funcionamento
estrutural em articulações fixas, elásticas e móveis e, quanto ao material utilizado, em articulações
de concreto, de policloropreno, de tetraclorofluoretileno, metálicas e articulações especiais. Entre
as articulações de concreto, a mais usual é a tipo Freyssinet, que apresenta uma seção estrangulada
na junção da cabeça do pilar com a viga, variando de um mínimo de 5,0 cm a um máximo de 1/3 da
dimensão correspondente do pilar; um afastamento mínimo de 5,0 cm das bordas do pilar é
obrigatório.
2. As juntas estruturais, quando não puderem ser substituídas por lajes de continuidade, devem ser
protegidas, em toda a largura da pista, por lábios poliméricos ou por cantoneiras metálicas; estas
cantoneiras devem ser fixadas na laje estrutural por meio de barras soldadas, antes da
concretagem do pavimento e obedecendo a seu nivelamento. Para pequenas aberturas e pequenas
movimentações utilizam-se juntas de vedação, que são perfis elastoméricos vazados; para grandes
aberturas e grandes movimentações são necessários perfis compostos de elastômero vulcanizado e
chapas de aço.

3. Os guarda-corpos de concreto, cada vez mais raros, são constituídos de elementos muito esbeltos,
devendo ser tomados cuidados, na fabricação, com a qualidade do concreto e o cobrimento das
armaduras e, na colocação, com o alinhamento e nivelamento.

4. A superfície da laje estrutural, sobre a qual a sobrelaje será colocada, deve estar áspera, com
aparecimento do agregado graúdo ou ser preparada com apicoamento e aplicação de jato de areia,
para eliminação da nata de cimento, dos grãos soltos e de outros detritos. Antes do lançamento do
concreto, a superfície da laje estrutural, previamente umedecida, deve estar no estado saturado-
seco.

ACABAMENTOS

 Drenos: Os drenos, posicionados conforme o projeto, devem captar as águas em ligeiros rebaixos
na pavimentação e escoá-las através de tubos com pontas em bisel e comprimento de 10,0 cm a
15,0 cm saliente da estrutura. Em obras urbanas ou sobre saias de aterro, é necessário projeto
específico de drenagem.

 Pingadeiras: Devem consistir de ressaltos de concreto armado, com dimensões superiores a 5,0 cm
de altura e a largura igual à da barreira, solidários com a laje estrutural; as pingadeiras construídas
com base em rebaixos não são eficazes e não devem ser aceitas.

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