Resumo
Introdução
É interessante observar como os objetos reagem quando entram em colisão com outro objeto
ou superfície e como diversos fatores podem modificar seu comportamento durante o
movimento.
Uma bola, por exemplo, depende completamente das condições em que se encontra para que
qualquer tipo de ação ocorra com a mesma. Quando é arremessada ou chutada comporta-se
de maneira diferente de quando é apenas abandonada de determinada altura, pois na primeira
situação há o emprego de uma velocidade inicial causada pela pessoa que está em contato
com a bola, já na segunda a velocidade inicial é nula, mas será adquirida conforme a
aceleração da gravidade da Terra. Ou seja, para que haja movimento, a bola precisa de algum
estímulo, como ser impulsionada, solta de uma altura, por menor que seja ou posicionada em
uma superfície não plana.
Entretanto, após iniciar sua trajetória, vários aspectos irão influenciar no comportamento
desenvolvido pela bola. A gravidade fará com que o objeto seja sempre puxado ao solo. O
atrito entre a bola e a superfície causará a perda de energia cinética que está relacionada ao
movimento. A resistência do ar também faz com que a bola perca velocidade.
Além desses fenômenos naturais existem alguns fatores que podem ser modificados, por
vezes estrategicamente. O formato esférico da bola é totalmente propício à sua facilidade de
movimentação, porém o material com que é confeccionada modificará minuciosamente seu
comportamento. O material da superfície de atrito também tem esse papel, bem como a
pressão interna da bola.
No caso do experimento realizado através da modelagem que será proposta nesse artigo,
foram utilizadas duas bolinhas, uma utilizada em jogos de ping pong, a qual é fabricada de
plástico e a outra de borracha maciça. Ambas conseguem desenvolver movimento por serem
leves e também porque seus materiais de composição permitem uma deformação. Ou seja,
nesse experimento as bolinhas possuíam material mais maleável que a superfície em que
estavam colidindo, por isso sofrem uma deformação e retornam ao seu formato original
quando quicam. Porém, isso é tão rápido que não percebemos.
Quando as bolinhas são soltas de uma determinada altura ocorre um choque do tipo
parcialmente elástico, isto é, após a colisão há uma perda de energia cinética e as bolinhas
seguem em direção contrária a que estavam inicialmente.
Nessa colisão há um acúmulo de energia potencial elástica que se transformará em energia
cinética novamente fazendo com que a bolinha continue em movimento quicando.
Objetivos
Metodologia
Apenas com os dados de tempo em que as bolinhas quicaram foi possível calcular os
coeficientes de restituição e as alturas atingidas após cada colisão com o solo, partindo do
princípio que o movimento realizado pelas bolinhas foi retilíneo uniformemente variado
(MRUV), devido a ação da aceleração da gravidade. Dessa forma pudemos utilizar a equação
horária do espaço (S=So+Vot+at²/2) apenas atribuindo a altura e o tempo como incógnitas,
pois o objetivo era calcular a altura em função do tempo. Assim, considerando o trajeto de
descida, renomeamos:
S= 0, devido a altura final ser o solo;
So= H, sendo a altura que objetivamos encontrar;
Vo= 0, pois a bolinha foi abandonada, sem possuir velocidade inicial;
a= -g, pelo fato de a aceleração da gravidade ser verticalmente orientada para baixo e ter seu
sentido (descida) contrário ao lado positivo do eixo h por nós atribuído.
#$
Realizando as substituições chegamos a fórmula 𝑡 = .
%
Entretanto, ainda não podíamos apenas substituir os valores de tempo obtidos e calcular a
altura pois analisando graficamente (tempo x altura) o movimento descrito pela bola
encontra-se uma série de parábolas decrescentes, cujas raízes são os tempos de quicadas das
bolinhas (pois é o momento em que a altura é zerada e o gráfico intercepta o eixo t) e a altura
máxima da parábola em questão é o H do vértice da mesma. Resgatando conceitos básicos
do estudo da parábola, sabe-se que, no caso do gráfico tempo x altura, a altura do vértice se
dá no tempo igual a média das raízes da parábola. Então, para podermos substituir t em 𝑡 =
#$
, é necessário realizar a média entre os tempos de quicada n e n+1, por exemplo.
%
Resultados e comentários
Conforme o gráfico:
$# $,
Com as quais foi possível observar o surgimento de um padrão, onde na teoria, = ,
$+ $#
porém, por estarmos tratando de dados experimentais, chegamos a valores para o coeficiente
de restituição iguais a 0,69 e 0,74, respectivamente.
Conforme o gráfico:
Conclusão
Referências