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3º Ano/2020
1.1. Objectivos.............................................................................................................................4
1.1.1. Geral...............................................................................................................................4
1.1.2. Específicos......................................................................................................................4
III. CONCLUSÃO...........................................................................................................................9
A oralidade para Hampâté Bâ (2010) nas sociedades Africanas aparece de forma marcante
através de sua cultura e como meio de adquirir conhecimento a partir dos anciãos das aldeias e
de seus ancestrais. Então a oralidade é abordada nestas sociedades africanas relacionando-a com
o conhecimento, a honra e a experiência. Todas estas características estão interligadas. Observa-
se que nestas sociedades africanas tradicionais elas tomavam decisões, adquiriam conhecimentos
através dos conselhos, onde eram reunidas as pessoas mais influentes as mais velhas e
experientes também, que passavam suas práticas adquiridas ao longo do tempo Hampâté Bâ
(2010).
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Estudar a Tradição Viva como meio de reconstrução da História
1.1.2. Específicos
Conhecer os diferentes tipos de fontes
Caracterizar as fontes orais
Identificar algumas fontes orais da minha comunidade
Discutir a importância das fontes orais no ensino de História
Reflectir em torno da integração das fontes orais no ensino de História
Para Barros (2019), Fonte Histórica é tudo aquilo que, por ter sido produzido pelos seres
humanos ou por trazer vestígios de suas acções e interferência, pode nos proporcionar um acesso
significativo à compreensão do passado humano e de seus desdobramentos no Presente. As
fontes históricas são as marcas da história.
Segundo Mangel (2004) há cerca de quinze anos produziu-se uma profunda transformação dos
instrumentos de trabalho e hoje se admite de bom grado a existência de fontes utilizadas mais
particularmente para a história africana: geologia e paleontologia, pré-história e arqueologia,
paleobotânica, palinologia, medidas de radioactividade de isótopos capazes de fornecer dados
cronológicos absolutos, geografia física, observação e análise etno sociológicas, tradição oral,
linguística histórica ou comparada, documentos escritos europeus, árabes, hindus e chineses,
documentos económicos ou demográficos que podem ser processados electronicamente.
A variedade das fontes da história africana permanece extraordinária. Dessa forma, devem-se
buscar de forma sistemática novas relações intelectuais, agrupando as diferentes fontes em
quatro principais tipos de fontes: As fontes orais, fontes escritas, fontes Arqueológicas,
linguística histórica Mangel (2004).
A tradição oral foi definida como um testemunho transmitido oralmente de uma geração a outra.
Suas características particulares são o verbalismo e sua maneira de transmissão, na qual difere
das fontes escritas (Seignobos & Langlois, 1946).
As fontes orais possuem as suas características particulares que são o verbalismo e sua maneira
de transmissão, na qual difere das fontes escritas. Devido à sua complexidade, não é fácil
encontrar uma definição para tradição oral que dê conta de todos os seus aspectos. Um
documento escrito é um objecto: um manuscrito. Mas um documento oral pode ser definido de
diversas maneiras, pois um indivíduo pode interromper seu testemunho, corrigir-se, recomeçar,
etc. Kizerbo (2010) As fontes orais devem ter testemunhas, que são usadas como provas ou
autenticidade da informação. Por sua vez um testemunho pode ser definido como portanto, todas
as declarações feitas por uma pessoa sobre uma mesma sequência de acontecimentos passados,
contanto que a pessoa não tenha adquirido novas informações entre as diversas declarações
Kizerbo (2010)
O boato nas fontes orais deve ser excluído, pois, embora certamente transmita uma mensagem, é
resultado, por definição, do ouvir dizer. Assim sendo, ele se torna tão distorcido no final, que só
pode ter valor como expressão da reacção popular diante de um determinado acontecimento,
podendo, no entanto, também dar origem a uma tradição, quando é repetido por gerações
posteriores. Resta, por fim, a tradição propriamente dita, que transmite evidências para as
gerações futuras Kizerbo (2010)
A origem das tradições pode, portanto, repousar num testemunho ocular, num boato ou numa
nova criação baseada em diferentes textos orais existentes, combinados e adaptados para criar
uma nova mensagem. Mas somente as tradições baseadas em narrativas de testemunhos oculares
(alguém que presenciou os factos, vendo com seus próprios olhos) são realmente válidas Kizerbo
(2010)
As fontes orais por mim identificadas na minha comunidade natal, dizem respeito ao surgimento
e revolta do Estado Bárué. Segundo os idosos do distrito de Catandica, a revolta do Estado Barue
representa uma iniciativa levado a cabo pelo povo Barke e diversos grupos sociais e unidades
étnicas do Estado de Mwenemutapa sob liderança dos Makombe, ao longo do vale do Zambeze,
em resistir contra a ocupação e dominação colonial portuguesa em Moçambique. Este evento
ainda é comemorado anualmente até os dias de hoje no distrito de Catandica na província de
Manica e a última comemoração foi no dia a 28 de Março de 2019.
Segundo Le Goff (1990) destaca a importância da história oral no sentido de ela oportunizar ao
aluno a sensação de ser o participante da História, porque lhe permite perceber a história como
processo e ele próprio como participante deste processo.
As fontes históricas orais são o material o qual os historiadores se apropriam por meio de
abordagens específicas, métodos diferentes, técnicas variadas para tecerem seus discursos
históricos. Para Mangel (2004) o historiador deve dominar métodos de interpretação, entendendo
que as fontes devem ser criticadas e historicizada.
A utilização das fontes históricas orais não trata de buscar as origens ou a verdade de tal fato,
trata-se de entender estas enquanto registo testemunhos dos actos históricos. É a fonte do
conhecimento histórico, é nela que se apoia o conhecimento que se produz a respeito da história.
Elas indicam a base e o ponto de apoio, o repositório dos elementos que definem os fenómenos
cujas características se buscam compreender pelos alunos no ensino da história nas escolas
Mangel (2004).
Ao trabalhar com as fontes orais em sala de aula é fundamental o cruzamento de outras fontes
escritas ou outras fontes orais para promover a interlocução entre elas pois, as fontes orais podem
significar a memória do entrevistado no presente sobre o passado. Portanto para concretizar esta
prática em sala de aula, Mangel (2004) orienta a elaboração de projectos sugerindo temas como:
autobiografias orais, história oral da escola, história oral de pessoas idosas da localidade, etc.
Uma sociedade oral reconhece a fala não apenas como um meio de comunicação diária, mas
também como um meio de preservação da sabedoria dos ancestrais, venerada no que poderíamos
chamar elocuções-chave, isto é, a tradição oral. No entanto a tradição pode ser definida, de fato,
como um testemunho transmitido verbalmente de uma geração para outra.
As fontes orais possuem as suas características particulares que são o verbalismo e sua maneira
de transmissão, na qual difere das fontes escritas. Devido à sua complexidade, não é fácil
encontrar uma definição para tradição oral que dê conta de todos os seus aspectos. Um
documento escrito é um objecto: um manuscrito. Mas um documento oral pode ser definido de
diversas maneiras, pois um indivíduo pode interromper seu testemunho, corrigir-se, recomeçar,
etc. As fontes orais devem ter testemunhas, que são usadas como provas ou autenticidade da
informação. Por sua vez um testemunho pode ser definido como portanto, todas as declarações
feitas por uma pessoa sobre uma mesma sequência de acontecimentos passados, contanto que a
pessoa não tenha adquirido novas informações entre as diversas declarações.
As fontes históricas orais são o material o qual os historiadores se apropriam por meio de
abordagens específicas, métodos diferentes, técnicas variadas para tecerem seus discursos
históricos. O historiador deve dominar métodos de interpretação, entendendo que as fontes
devem ser criticadas e historicizada.
A utilização das fontes históricas orais não trata de buscar as origens ou a verdade de tal fato,
trata-se de entender estas enquanto registo testemunhos dos actos históricos. É a fonte do
conhecimento histórico, é nela que se apoia o conhecimento que se produz a respeito da história.
Elas indicam a base e o ponto de apoio, o repositório dos elementos que definem os fenómenos
cujas características se buscam compreender pelos alunos no ensino da história nas escolas.
IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, J. D’A. (2019). Fontes Históricas – uma introdução aos seus usos historiográficos.
Petrópolis: Editora Vozes.
HAMPÂTÉ BÂ, A; (2010). Tradição Viva. História Geral da África: Metodologia e Pré-
História da África. Vol. I. Brasília: Unesco.
MANGEL, A; (2004). Uma história da leitura. São Paulo: Cia das Letras.