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net/publication/275725834
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Marco Callegaro
Instituto Catarinense de Terapia Cognitiva
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All content following this page was uploaded by Marco Callegaro on 10 May 2015.
Resumo
Neste artigo, explora-se a utilidade da noção de processamento mental inconsciente quando aplicada a um dos mais recentes
desenvolvimentos em terapia cognitiva, a Terapia focada no Esquema (Schema Therapy), de Jeffrey Young (1990; 1999). A
teoria do esquema é uma abordagem integrativa que expande a Terapia Cognitivo-Comportamental tradicional, integrando
contribuições da Gestalt, Psicanálise e do Construtivismo em um novo sistema de psicoterapia (Young, Klosko & Weishaar,
2003). A teoria do esquema é sintetizada, examinando-se a neurobiologia subjacente a esta abordagem e sua aproximação com
as neurociências cognitivas, em especial a existência de dois sistemas que operam em paralelo e estocam diferentes tipos de
informação relevante para a experiência de aprendizagem emocional. Um dos sistemas é consciente e mediado pelo hipocampo
e áreas corticais relacionadas, sendo o outro inconsciente e se processa através da amígdala. Os Esquemas Iniciais Desadaptativos
(EIDs) envolvem respostas emocionais disparadas através de processamento inconsciente, sem a participação dos centros
superiores de processamento neural envolvidos no pensamento consciente e avaliação racional. A terapia do esquema procura
ajudar os pacientes a identificar seus esquemas e se tornar consciente das memórias, emoções, sensações corporais, cognições
e estilos de enfrentamento associados com estes esquemas. O autoconhecimento sobre os esquemas e estilos de enfrentamento
permite que o paciente exerça certo controle sobre suas reações, aumentando seu poder de escolha e deliberação consciente em
relação aos EIDs.
Palavras-chave: terapia do esquema; neurobiologia; processamento inconsciente.
Abstract
In this article, we exploit the notion of unconscious mental processing when applied to a recent development in Cognitive
Therapy, Jeffrey Young’s (1990; 1999) Schema Therapy. Schema Therapy is summarized, examining the underlying neurobiology
of this approach and the proximity with Cognitive Neuroscience, especially the existence of two systems that operate in
parallel and store different kinds of relevant information for emotional learning. One of these systems is conscious and is
mediated by hippocampus and surrounding cortical areas; the other system is related to an unconscious processing of stimuli
by the amygdala. The Early Maladaptive Schemas (EMSs) involve emotional responses triggered by unconscious emotional
processing without participation of higher centers of neural processing involved in conscious thinking and rational evaluation.
Schema Therapy helps patients identify EMSs and become conscious about memories, emotions, bodily sensations, cognitions
and associated coping styles. Self-knowledge about EMSs permits control by the pre-frontal cortex of the negative reactions
triggered by the amygdala system, increasing the patient’s power of flexibility and choice, allowing more reflection and
conscious deliberation.
Key Words: schema therapy; neurobiology; unconscious processing.
*
Mestre em Neurociências e Comportamento; Diretor do Instituto Catarinense de Terapia Cognitiva – ICTC; Professor do curso de psicologia da Universidade
do Sul de Santa Catarina – UNISUL.
DOI: 10.5935/1808-5687.20050002
10 Marco Montarroyos Callegaro
designar os esquemas, podemos seguramente concluir transforma os dados que chegam em conformidade com
que estes são mecanismos inconscientes – mas de um idéias preconcebidas (Beck, 1963; 1964; Beck & Emery,
inconsciente cognitivo, não do inconsciente dinâmico 1985). Falhas características no processamento de
da psicanálise. A razão principal que leva os teóricos a informação mantém esta distorção das experiências de
evitarem o termo é, provavelmente, o cuidado para evitar vida, e Beck adotou o termo distorções cognitivas para
confusão conceitual ocasionada por um problema descrever o conjunto de erros sistemáticos de raciocínio
semântico – o termo inconsciente praticamente presentes durante o sofrimento psicológico (Beck, 1987;
subentende o inconsciente dinâmico concebido e Beck, Rush, Shaw & Emery, 1982/1979). As crenças
popularizado por Freud. O terapeuta cognitivo Arthur disfuncionais são perpetuadas através das distorções,
Freeman (1998) argumenta que os esquemas são modos mal-adaptativos de processar informações como,
mecanismos inconscientes que afetam nosso por exemplo, a hipervigilância em relação a ameaças
comportamento, cognição, fisiologia e emoções, e se ambientais dos pacientes ansiosos ou a excessiva e
tornam, com o passar do tempo, a própria definição da indevida responsabilização pessoal pelas falhas e erros
pessoa (individualmente e como parte de um grupo). cometidos pelos sujeitos com depressão.
Referindo-se aos esquemas, Freeman acredita que Como poderíamos relacionar os modelos
“pode-se dizer que eles são inconscientes, usando-se cognitivos da TC com o processamento inconsciente?
uma definição do inconsciente como idéias das quais Apesar de evitarem a utilização do termo “inconsciente”
não temos consciência” (p. 32). Ou seja, os esquemas pela conotação psicanalítica que logo associamos à
podem ser adequadamente descritos como mecanismos expressão, veremos a seguir que os modelos cognitivos
inconscientes, se adotarmos a noção de inconsciente podem ser extremamente úteis para compreender o
cognitivo. processamento mental inconsciente (Hassin, Uleman &
A expressão “inconsciente cognitivo” foi Bargh, 2005) e inventivos para buscar técnicas e
cunhada pelo psicólogo John Kihlstrom em um artigo estratégias terapêuticas eficazes na modificação dos
publicado na influente revista Science (Kihlstrom, resultantes padrões disfuncionais cognitivos,
1987). A teoria computacional, a Psicologia Cognitiva comportamentais e emocionais.
e as Ciências Cognitivas forneceram o substrato teóri-
co para entender o funcionamento consciente e
inconsciente, fundando-se no conceito de mente como Esquemas e Processamento
mecanismo de processamento de informação. Os Inconsciente
conteúdos conscientes provêm do processamento de
informações, mas não estamos conscientes do
Em 2000, a Associação Americana de Psicologia
processamento em si, somente do resultado final.
(American Psychology Association – APA) realizou sua
O funcionamento mental envolve processos
convenção anual em Washington, e patrocinou um
conscientes e inconscientes, e obviamente não podemos
encontro entre dois clínicos de grande influência no
entender a mente sem contemplar o processamento
cenário mundial da psicoterapia, Albert Ellis e Aaron
inconsciente. O inconsciente cognitivo apresentou-se
Beck (Chamberlin, 2000). Ambos reconheceram, neste
como um modelo alternativo sobre a mente
encontro, o valor de algumas idéias de Sigmund Freud
inconsciente. A idéia central de Kihlstrom sobre o
para suas teorias, particularmente o papel de destacar a
funcionamento do processamento inconsciente é a de
relevância dos processos mentais inconscientes na de-
que o cérebro efetua muitas operações complexas cujo
terminação do comportamento. Beck afirmou ter
resultado pode se transformar em conteúdo consciente,
recebido forte influência da “idéia do determinismo
embora não tenhamos acesso às operações que originam
psicológico” e Ellis declarou sobre Freud que “uma das
este conteúdo (Kihlstrom, 1984, 1985; Kihlstrom &
principais coisas que ele fez foi chamar a atenção para
Cantor, 1984).
a importância do pensamento inconsciente”
Os esquemas manifestam-se em padrões
(Chamberlin, 2000).
complexos de pensamentos, que são em geral
Em trabalhos mais recentes, Beck e colaboradores
empregados mesmo na ausência de dados ambientais,
vem dedicando mais atenção à noção de um inconsciente
e podem servir como um mecanismo cognitivo que
cognitivo, baseado na idéia de uma natureza
REVISTA BRASILEIRA DE TERAPIAS COGNITIVAS, 2005 Volume 1 Número 1 9-20
12 Marco Montarroyos Callegaro
O modelo desenvolvido por Young enfatiza a refletidos na auto-imagem tácita, como uma visão de si
confrontação, a experiência afetiva, o relacionamento mesmo orgânica e inquestionável. São rígidos e
terapêutico como um veículo de mudança, e a discussão incondicionais, como, por exemplo, quando o paciente
de experiências iniciais da vida, aproximando a TC da sente que, não importa o que possa fazer, não será
abordagem da Gestalt terapia e da Psicanálise em alguns amado, mas sim abandonado e traído em sua confiança.
aspectos. O modelo de Young se revela importante para O sujeito percebe o EID como uma verdade a priori,
o refinamento de uma abordagem psicoterápica irrefutável e aceita como uma realidade intrínseca,
(alternativa à Psicanálise) para abordar em profundidade essencial.
os processos inconscientes. A terapia focada em A definição revisada e compreensiva de um
esquemas é mais longa do que a TC, dedicando muito Esquema Inicial Desadaptativo apresentada por Young
mais tempo para identificar e superar a evitação e colaboradores (2003, p. 7) caracteriza o EID como:
cognitiva, afetiva e comportamental. • um padrão amplo e pervasivo
O apoio empírico para a Teoria do Esquema é • composto de memórias, emoções, cognições e
proveniente de estudos que utilizam a forma longa do sensações corporais
Young Schema Questionnaire (Questionário de • envolvendo a si mesmo e a relação com os outros
Esquemas de Young) Este instrumento é de grande uti- • desenvolvido durante a infância ou adolescência
lidade clínica e de pesquisa, e já foi traduzido para • elaborado através da trajetória de vida da
muitos idiomas, inclusive português (Young, 2003). pessoa
Investigações sobre as propriedades psicométricas do • disfuncional em grau significante
Questionário de Esquemas (Schmidt, Joiner, Young & Outras características importantes dos EIDs são
Telch, 1995) revelaram coeficientes alfa para cada EID seu caráter autoperpetuador e sua resistência à mudança.
oscilando entre .83 a .96 e coeficientes de teste-reteste Mesmo que o sujeito seja enormemente bem sucedido
de .50 a .82 em uma amostra de população não clínica. na vida, isto não acarretaria alteração do esquema
As subescalas demonstraram alta confiabilidade teste- disfuncional. Os EIDs são o núcleo da auto imagem, e
reteste e consistência interna, além de boa validade vão realizar uma série de manobras cognitivas,
discriminante em medidas de estresse psicológico, auto- distorcendo o processamento para manter os esquemas.
estima e sintomatologia de transtornos de personalidade. São, na realidade, um sistema de expectativas rígidas
Jeffrey Young propõe cinco construtos teóricos sobre si mesmo e o mundo.
para expandir o modelo cognitivo de Beck, os Esquemas Os Esquemas Iniciais Desadaptativos implicam
Iniciais Desadaptativos, a sistematização de domínios em disfuncionalidade importante, gerando muitas vezes
dos esquemas, e os conceitos de manutenção, evitação transtornos mentais ou sofrimento psicológico
e compensação do esquema. Examinaremos a seguir subclínico. São ativados por eventos significativos para
mais detalhadamente estes construtos. a pessoa, como, por exemplo, uma atribuição difícil para
uma pessoa com esquema de fracasso, que pode acionar
pensamentos autoderrotistas com elevada carga
Esquemas Iniciais emocional (“não vou conseguir” ou “vou falhar e ser
Desadaptativos demitido”).
pode estar mais predisposta a apresentar um esquema As respostas comportamentais de luta, fuga ou
de isolamento social, e outra biologicamente hiper- congelamento correspondem aos três estilos de
reativa à ansiedade pode ter mais dificuldade de superar enfrentamento dos EIDs, a supercompensação,
a dependência em direção à autonomia. Young (2003, subordinação (no original, surrender), e a evitação do
p. 24) hipotetiza cinco tarefas desenvolvimentais esquema, que podem ocorrer no plano afetivo,
primárias que a criança necessita realizar para se comportamental ou cognitivo. Lutar contra o esquema
desenvolver de forma sadia – conexão e aceitação, equivale a supercompensar, fugir é equivalente a
autonomia e desempenho, auto-orientação, limites subordinar-se e o congelamento equivale a evitação. Os
realistas e auto-expressão, espontaneidade e prazer. três estilos de enfrentamento geralmente operam
Quando não consegue avançar de forma sadia em função inconscientemente, e em cada situação, o paciente
de predisposições temperamentais e experiências provavelmente utiliza um deles, mas pode exibir dife-
parentais e sociais inadequadas, a criança pode rentes estilos de enfrentamento em diferentes situações
desenvolver EIDs em um ou mais domínios de esquema. ou com diferentes esquemas (Young, et al. 2003, p. 33).
Ou seja, problemas no estabelecimento de conexão com
as outras pessoas e de um sentimento de aceitação por Fig. 1.1. Estilos inconscientes de enfrentamento dos EIDs
parte dos outros leva a desenvolver EIDs no domínio
Desconexão e Rejeição; dificuldades na aprendizagem
de autocontrole e senso de limites podem induzir EIDs SUPERCOMPENSAÇÃO (LUTA)
no domínio Limites Prejudicados, e assim por diante.
SUBORDINAÇÃO (FUGA)
mentar emocionalmente a situação – existe evitação dos Young (2003, p.27), o conceito está relacionado à noção
aspectos afetivos sem bloqueio da cognição associada. psicanalítica de formação reativa. O paciente tenta lutar
Young (2003, p. 39) sugere que duas carac- contra o esquema pensando, sentindo e comportando-
terísticas evidenciam a evitação afetiva do esquema, a se de forma oposta ao esquema. Se o sujeito sentia-se
dificuldade de identificar o conteúdo de sintomas ou defeituoso na infância, quando adulto tenta ser perfeito;
emoções experienciadas – o paciente sente-se irritado se foi controlado, esforça-se para rejeitar todas as formas
ou triste, mas não consegue relatar a que se referem de influência, se foi subjugado, quando adulto tenta
estes sentimentos – e a presença de sintomas somáticos desafiar a todos, se foi abusado, abusa dos outros,
vagos como tonturas, vertigem, febre, amortecimento sempre contra-atacando o esquema.
ou despersonalização – os sintomas difusos estão A supercompensação de um esquema é vista como
presentes em vez de emoções primárias como raiva, uma tentativa parcialmente saudável de lutar contra o
medo ou tristeza, o que pode indicar evitação do esquema que acaba passando do ponto ótimo, uma
esquema. A evitação afetiva levaria a mais sintomas espécie de tiro pela culatra. Na tentativa de enfrentar o
psicossomáticos e a manutenção mais prolongada de esquema, o exagero leva a perpetuação do mesmo, e não
emoções difusas. ao arrefecimento. Na realidade, existem muitos
A evitação do esquema, além de afetiva ou supercompensadores que parecem sadios entre aqueles
cognitiva, também pode ser comportamental, que é que se destacam ou são admirados em alguma área, como
basicamente esquivar-se de situações ou circunstâncias estrelas da mídia, lideranças políticas ou empresários de
reais que ativam esquemas dolorosos. A evitação sucesso – são pessoas que muitas vezes obtiveram seu
comportamental pode ser descrita como esquiva de sucesso através da supercompensação. Mas, como
situações aversivas e manifesta-se pelo isolamento nas poderíamos distinguir a linha divisória entre o
relações humanas, por fobias e inibições que limitam a enfrentamento sadio de um esquema e uma
vida profissional e familiar. Um sistema de crenças supercompensação patológica? É saudável lutar contra
contaminado com um esquema de fracasso, por esquemas disfuncionais de forma proporcional à situação,
exemplo, leva o sujeito a evitar desafios e situações levando em consideração os sentimentos dos outros e
competitivas, levando ao insucesso e à confirmação de direcionando a situação para obter resultados desejáveis.
suas crenças sobre si mesmo, de forma circular e A compensação excessiva de um esquema é
autoperpetuadora. freqüentemente insensível a necessidades e direitos dos
Em suma, a evitação (afetiva, cognitiva e/ou outros e improdutiva, além de desproporcional aos fatos.
comportamental) serve para escapar da dor Até agora examinamos os elementos básicos da
desencadeada pela ativação de um esquema primitivo. Teoria do Esquema, mas de que forma conceitos como
No entanto, ao evitar experiências de vida o sujeito esquemas primitivos disfuncionais tem suporte na
também é impedido de refutar a validade de suas neurobiologia do cérebro? Jeffrey Young procurou
crenças. Além disto, o esquema pode nunca ser trazido endereçar esta questão no livro Schema Therapy (Young
à superfície e examinado de forma racional. Podemos et al. 2003), uma espécie de bíblia da Terapia do
perceber que estas conseqüências introduzem círculos Esquema que escreveu em colaboração com as
viciosos fundamentais na psicopatologia e que a terapeutas cognitivas Janet Klosko e Marjorie Weishaar.
evitação, na teoria do esquema, é um mecanismo chave,
da mesma forma que o conceito de repressão para Freud
representava um papel crucial na gênese das desordens Neurobiologia dos Esquemas
mentais. Primitivos
O último processo de um EID é a super-
compensação do esquema, a adoção de estilos
Idealmente, uma teoria psicoterápica necessita de
cognitivos ou padrões comportamentais opostos aos
suporte neurobiológico e das ciências do
prescritos pelos esquemas. Em uma forma de
comportamento no que se refere às suas hipóteses
compensação exagerada, a partir de um esquema inicial
testáveis. Uma abordagem psicoterápica também não
desadaptativo de privação emocional, um paciente pode
poderia contradizer, nas suas formulações e hipóteses
comportar-se narcisisticamente, por exemplo. Segundo
que aguardam verificação mais direta, a corrente
A Neurobiologia da Terapia do Esquema e o Processamento Inconsciente 17
O acionamento de um EID é mediado pelo cerebrais “pode explicar por que esquemas não são
sistema da amígdala, enquanto o pensamento racional modificáveis por simples métodos cognitivos” (2003,
e a reflexão consciente são produtos de um p. 29). Este é um ponto central na argumentação, pois
processamento que envolve os córtices superiores e o Jeffrey Young et al. acreditam que os componentes
sistema hipocampal. Segundo Young et al. (2003), cognitivos de um esquema freqüentemente se
mecanismos neurobiológicos como estes dão suporte à desenvolvem mais tarde, depois que as emoções e
Teoria de Esquema, e outros serão identificados por sensações corporais já foram estocados no sistema de
pesquisas adicionais. memória emocional da amígdala.
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nos da personalidade: uma abordagem focada no
esquema. Porto Alegre: Artmed.
Recebido em: 09/04/2005
Aceito em: 20/06/2005
Endereço do autor principal: Marco Montarroyos Callegaro, Universidade do Sul de Santa Catarina –UNISUL, Rodovia
Virgílio Várzea, 1510/201 Bloco B Cond. Central Park
Saco Grande CEP 88032 001, Florianópolis – SC.
Email: mcallegaro@brturbo.com.br