Este aplicativo permitirá a você, perceber as imagens sob o ponto de vista de diversos
observadores.
O centro da tela é um rio (pontos amarelos movem-se com a água). Movendo-se junto
com ele, há um bote vermelho e um outro objeto (amarelo) sob o qual há uma
pequena bolinha com seu próprio movimento.
Uma pessoa (azul) também caminha junto a uma das margens. Se você quiser pode
fazer com que ela cruze o rio.
Você pode facilmente mudar o ponto de referência movendo a seta controlada pelo
mouse para diferentes regiões.
Você pode ainda caminhar junto com a pessoa a margem do rio ou permanecer parado
Tente observar as diferenças entre cada região. Depois faremos coisas mais
complicadas!
1. Se você clicar em info, poderá ver os vetores velocidade de cada objeto. A cor
destes vetores será a mesma do ponto de referência em que você estiver.
2. Você pode também suspender a animação.
Se pressionar o botão direito do mouse ela permanecerá suspensa até que você
o pressione novamente. Se no entanto quiser fazer com que o movimento se
passe segundo a segundo deve ir clicando sobre o esquerdo e a cada clique se
passará um segundo de movimento.
Para isso deve suspender o movimento, clicar e arrastar a ponta da seta do vetor
para a direita ou esquerda aumentando-o ou diminuindo-o o quanto quiser.
Próximo a pessoa, você pode observar dois números. São a velocidade vertical
e horizontal. Clique próximo a perna esquerda e arraste o mouse para cima ou
para baixo.
Há ainda um outro recurso. Você pode clicar em 2D e perceberá uma pequena bolinha
sendo lançada do objeto amarelo sob o rio. A trajetória da bolinha será mostrada para
você. Mude de referencial e perceberá que a trajetória da bolinha mudará
drasticamente.
Se você clicar ao mesmo tempo em info e 2D, verá também a altura alcançada pela
bolinha. E se observar no canto esquerdo da tela, verá seu deslocamento no eixo x
junto com o dos outros objetos. Perceba que a cor dos números é a mesma que do
objeto cujo deslocamento eles representam.
Abaixo estão algumas velocidades características para que você possa colocá-las e
fazer observações. Deixamos espaços em branco no intuito de aguçar sua curiosidade
e fazê-lo procurar as respostas. Além disso, tenha suas próprias idéias e divirta-se!
Velocidades Típicas
Movimento Relativo
Para ilustrar o conceito de movimento relativo, vamos adaptar uma narrativa encontrada no livro “Física
1”, 4ª edição, dos autores David Halliday, Robert Resnick e Kenneth Krane.
Suponha que você esteja em um carro que se move em uma auto-estrada reta em um carro com
velocidade escalar constante de 80 km/h. Os outros passageiros que estão com você movem-se à
mesma velocidade escalar. Entretanto, ao passar por um posto de gasolina, um frentista parado observa
o seu carro se movendo com uma velocidade de 80 km/h. No carro, você poderia, por exemplo, atirar
uma bola para cima e observar a bola subir e descer pousando exatamente na sua mão. Note que a bola
tem movimento horizontal (por causa do movimento do carro), mas você tem o mesmo movimento
horizontal e não há movimento relativo. Por outro lado, para o frentista no posto de gasolina, o resultado
é diferente. A bola tem uma componente de velocidade para a frente de 80 km/h e uma componente
vertical resultante do movimento que ela recebeu de você. Sabemos que um projétil nessa situação
segue uma trajetória parabólica, como vimos quando estudamos lançamento de projéteis. Portanto, você
e o frentista teriam de usar equações diferentes para descrever o movimento, mas concordariam entre si
que o vetor aceleração coincide com a aceleração da gravidade.
Se agora um outro carro se colocasse ao seu lado e passasse com o velocímetro dele marcando uma
velocidade constante de 90 km/h, você observaria esse carro (em relação ao seu próprio referencial) se
movendo lentamente para a frente à taxa de 10 km/h (= 90 km/h – 80 km/h). Elimine os detalhes
externos _a paisagem que se “afasta”, o ar que passa pelo carro em movimento, as irregularidades da
estrada e o barulho do motor_ e considere somente os dois carros. Você não teria como definir qual
deles estaria “realmente” se movendo. Por exemplo, o carro que passa poderia estar em repouso e você
poderia estar se movendo para trás a 10 km/h; o resultado observado seria o mesmo.
Nesta seção consideraremos a descrição do movimento de uma única partícula por dois observadores
que estão em movimento uniforme relativamente um ao outro.
Vamos considerar, então, o movimento de uma partícula em relação a R e esse mesmo movimento em
relação a R’. Vejamos como relacionar suas posições, velocidades e acelerações observadas num
desses referenciais com suas posições, velocidades e acelerações observadas no outro. Seja r o seu
vetor posição no referencial R, r’ o seu vetor posição no referencial R’ e R o vetor posição da
origem O’ em relação a R.
A Figura 2.21 ilustra essa situação num dado instante de tempo t (o desenho mostra apenas dois dos
eixos para cada referencial, a fim de não sobrecarregar a figura). A partir da figura, obtém-se, de
imediato,
r(t)=r’(t)+R(t) (2.4.1)
v(t)=v’(t)+V(t) (2.4.2)
a(t)=a’(t), (2.4.3)
Na verdade, pode-se mostrar que esse resultado é válido no caso mais geral em que as direções dos
eixos de R’ permanecem fixas em relação aos eixos de R. (Veja, por exemplo, o Problema 1 da Aula 13
da apostila Física 1A, Módulo 1. Note ainda que a condição (a) é apenas um caso particular desta,
quando as direções dos eixos de R’ coincidem com as direções dos eixos de R.
Então, o resultado que acabamos de ver implica na seguinte propriedade: se uma partícula tem
aceleração nula em relação a R, ela tem aceleração nula em relação a R’ também.
Para ilustrar a Transformação de Galileu, vamos considerar um nadador que cruza um rio caudaloso com
margens retilíneas e paralelas entre si.
Por simplicidade, vamos supor que todas as partículas do rio se movam em MRU com velocidade V em
relação a um referencial R com eixos OXY. Vamos escolher os eixos cartesianos desse referencial R de
tal modo que a direção de OX coincida com a do rio, que o sentido positivo do eixo OX seja o sentido da
correnteza do rio e que a origem O esteja num ponto da margem em contato com a água do rio. Nesse
caso, nos referimos à velocidade V simplesmente como a “velocidade do rio” em relação a R.
No instante t= 0 s, vamos supor que as origens de O e O’ coincidam, de modo que nesse instante todos
os eixos de R e R’ também coincidam. Neste instante um nadador de dimensões desprezíveis em
relação à distância d entre as margens (de modo que possa ser considerado uma partícula) inicia
um MRU em relação a R’ com velocidade v’= v’yu’y. Vejamos como determinar a sua velocidade em
relação a R.
Utilizando a transformação de Galileu para as velocidades, dada pela Eq. (2.4.2), obtemos diretamente a
velocidade do nadador em relação a R, ou seja,
(2.4.4)
Portanto, a sua velocidade em relação a R é diferente de sua velocidade em relação a R’. No caso em
questão, não apenas as respectivas direções de v e v’, mas também seus respectivos módulos são
diferentes. A Figura 2.22 mostra o nadador num instante genérico de sua travessia.
Como v’= v’yu’y, é imediato perceber que a velocidade do nadador em relação a R’ é perpendicular às
margens do rio enquanto a sua velocidade relativa a R faz um ângulo com o eixo OX. Aplicando o
teorema de Pitágoras, vemos que |v|2= |v’|2 + |V|2.
Finalmente, note que as trajetórias do nadador relativas aos referenciais R e R’ não coincidem. Para um
observador no referencial R’, o movimento do nadador ocorre ao longo do eixo O’Y’, enquanto para um
observador no referencial R
Finalmente, note que as trajetórias do nadador relativas aos referenciais R e R’ não coincidem. Para um
observador no referencial R’, o movimento do nadador ocorre ao longo do eixo O’Y’, enquanto para um
observador no referencial R seu movimento ocorre ao longo da linha tracejada mostrada na Figura 2.22.
As equações cartesianas das trajetórias relativamente a R e R’ podem ser facilmente obtidas. Sendo d a
distância entre as margens, elas são dadas, respectivamente, por:
(2.4.5)
Quando um corpo realiza dois ou mais movimentos simultâneos ele executa cada
movimento como se os outros não existissem.
No estudo dos movimentos relativos são considerados via de regra dois referenciais.
Um referencial supostamente fixo, denominado de referencial fixo e um outro que se
movimente em relação a ele, denominado de referencial móvel
–O movimento de um corpo em relação ao referencial fixo é denominado de movimento
absoluto.
–O movimento do corpo em relação ao referencial móvel é denominado de movimento
relativo.
–O movimento do referencial móvel em relação ao fixo é denominado de movimento de
arrastamento.
Exemplo:
Quando andamos dentro de um ônibus em movimento, podemos considerar a rua como
referencial fixo e o ônibus como referencial móvel.
O nosso movimento em relação ao ônibus é o movimento relativo e em relação à rua é o
movimento absoluto. O movimento do ônibus em relação à rua é o movimento de
arrastamento.
A Evolução da Ciência
O conhecimento científico não permanece igual ao longo dos anos. O que é considerado verdade hoje,
pode não ser no futuro. Há 6 séculos pensava-se que a Terra era o centro do universo. Hoje sabemos
que ela não é sequer o centro do Sistema Solar. A teoria da relatividade de Einstein mudou as bases da
Física alterando conceitos tão fundamentais como tempo e espaço.
A Relatividade de Galileu
Algumas vezes, porém, o próprio refencial que escolhemos está em movimento. Pode ser o caso de um
referencial preso em um ônibus, barco ou avião. Se um referencial A estiver em repouso ou em
movimento retilíneo e uniforme (MRU) ele é considerado inercial. Da mesma forma, se um outro
referencial B está em repouso ou se move em linha reta com velocidade constante em relação ao
referencial A, o referencial B também é considerado inercial.
O Problema
Sabemos há muito tempo que a Terra movimenta-se girando ao redor do Sol. Existem também estrelas
com movimentos conhecidos e de grande velocidade. Porém, ao medir a velocidade da luz vinda de
diferentes direções e de astros em movimento, não encontrou-se qualquer alteração na sua velocidade.
Esta velocidade é a constante c= 300.000 Km/s, comprovada pelos estudos de óptica e
eletromagnetismo feitos até então. Alguma coisa deveria estar errada! Como tornar este resultado
compatível com as teorias aceitas até o momento?
A Relatividade Restrita
Para resolver estes impasses, Albert Einstein propôs a Teoria da Relatividade Restrita, que está baseada
em dois postulados:
Postulado 1: Todas as leis da física assumem a mesma forma em todos os referenciais inerciais;
Postulado 2: Em qualquer referencial inercial, a velocidade da luz no vácuo c é sempre a mesma, seja
emitida por um corpo em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme;
Relatividade Geral
Em sua teoria da Relatividade Geral, Einstein procura avaliar o que acontece em referenciais não
inerciais (que possuem aceleração). Ele chega a algumas importantes conclusões:
Um referencial que sofre aceleração é equivalente a um referencial submetido a uma força atuando à
distância.
Por exemplo, quando um elevador sobe, o passageiro não tem como distinguir se o elevador realmente
iniciou o movimento ou se alguma força começa a empurrá-lo para baixo (exceto pelo indicador dos
andares).
A Força Gravitacional é provocada por uma distorção na relação entre espaço e tempo.
Isso pode ser observado por um corpo em queda que percorre espaços maiores em tempos cada vez
menores. Toda massa provoca essa distorção e quanto maior a massa maior a distorção.
Bibliografia:
MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Explicando a Teoria da Relatividade. Editora Ediouro, 2005.
Apesar dessa teoria parecer distante ou complexa, ela está muito presente no nosso
dia a dia.
Essas duas teorias juntas formam a Teoria da Relatividade, que em resumo, podem ser
entendidas por meio dessas premissas:
Apesar dos satélites GPS não estarem na velocidade da luz, eles orbitam em uma
velocidade alta, de 10.000 km/h. Devido à essa velocidade, junto com a diferença de
gravidade em sua órbita em relação a um observador na Terra, a dilatação do tempo
torna-se um fator crucial para uma determinação precisa da posição.
Como resultado, os relógios dos satélites devem ser sintonizados para correr mais
devagar do que a quantidade calculada.
Esses metais eletrizados têm uma propriedade específica: eles apenas afetam
magneticamente os objetos que se movem e não têm efeito em objetos estacionários.
Isso é o que acontece num eletroímã.
Quando uma corrente contínua de carga elétrica flui através de um fio, os elétrons
passarão pelo material.
Normalmente, o fio pareceria ser eletricamente neutro, sem carga líquida positiva ou
negativa. Essa é a consequência dele ter o mesmo número de prótons (carga positivas)
e elétrons (cargas negativas). Porém, esses fios irão se atrair ou repelir, dependendo
da direção em que a corrente está em movimento.
Por exemplo, se você colocar outro fio ao lado dele, com uma corrente que tenha a
mesma força e esteja indo na mesma direção, os elétrons do primeiro fio irão perceber
os elétrons do segundo fio como imóveis, visto que eles estarão seguindo o mesmo
movimento.
Entretanto, da perspectiva dos elétrons, os prótons em ambos os fios parecem estar se
movendo, e por isso, aparentam estar mais espaçados. Assim, haverá mais carga
positiva por comprimento de fio do que a carga negativa. Como as cargas são
repelentes, os dois fios também se repelem.
Isso acontece porque do ponto de vista do primeiro fio, parecerá que existem mais
elétrons no outro fio, criando uma carga negativa líquida. Enquanto isso, os prótons no
primeiro fio parecerão estáticos, criando uma carga positiva, e assim, os opostos irão
se atrair.
Isso acontece porque na maioria dos metais, os elétrons nos átomos se movem em
diferentes orbitais. Parte da luz que atinge o metal é absorvida e re-emitida, embora
com um comprimento de onda maior. Porém, a maioria das luzes visíveis é apenas
refletida.
Há um total de 79 elétrons em torno de um átomo de ouro e 79 prótons no núcleo. Na
orbital mais próxima do núcleo, os elétrons se movem muito mais rápido, e por um
caminho menor.
Como os elétrons estão se movendo rápido, eles parecem estar mais próximos do que
realmente são. Para um elétron pular para um nível de energia mais elevado, ele
precisa absorver um comprimento de onda específico da luz.
Então a luz azul é absorvida e apenas as cores vermelhas, laranjas e amarelas são
refletidas nos nossos olhos. Por isso, o ouro tem um brilho amarelado.
Esse tubo funcionava utilizando um imã para disparar elétrons em uma superfície de
fósforo, que produz luz quando é atingido por elétrons. Cada elétron então equivalia a
um pixel iluminado na tela.
Esses elétrons, de carga negativa, viajam em cerca de 30% da velocidade da luz. Para
que eles fossem direcionados para o ponto correto na tela, criando uma imagem
perfeita, os imãs de carga positiva que puxariam os elétrons de carga negativa
deveriam estar bem posicionados. Para isso, os efeitos relativistas deveriam ser
considerados.
aplicações da teoria da relatividade de
Einstein na vida real
Apesar dessa teoria parecer distante ou complexa, ela está muito presente no nosso
dia a dia.
Essas duas teorias juntas formam a Teoria da Relatividade, que em resumo, podem ser
entendidas por meio dessas premissas:
Apesar dos satélites GPS não estarem na velocidade da luz, eles orbitam em uma
velocidade alta, de 10.000 km/h. Devido à essa velocidade, junto com a diferença de
gravidade em sua órbita em relação a um observador na Terra, a dilatação do tempo
torna-se um fator crucial para uma determinação precisa da posição.
Como resultado, os relógios dos satélites devem ser sintonizados para correr mais
devagar do que a quantidade calculada.
Esses metais eletrizados têm uma propriedade específica: eles apenas afetam
magneticamente os objetos que se movem e não têm efeito em objetos estacionários.
Isso é o que acontece num eletroímã.
Quando uma corrente contínua de carga elétrica flui através de um fio, os elétrons
passarão pelo material.
Normalmente, o fio pareceria ser eletricamente neutro, sem carga líquida positiva ou
negativa. Essa é a consequência dele ter o mesmo número de prótons (carga positivas)
e elétrons (cargas negativas). Porém, esses fios irão se atrair ou repelir, dependendo
da direção em que a corrente está em movimento.
Por exemplo, se você colocar outro fio ao lado dele, com uma corrente que tenha a
mesma força e esteja indo na mesma direção, os elétrons do primeiro fio irão perceber
os elétrons do segundo fio como imóveis, visto que eles estarão seguindo o mesmo
movimento.
Entretanto, da perspectiva dos elétrons, os prótons em ambos os fios parecem estar se
movendo, e por isso, aparentam estar mais espaçados. Assim, haverá mais carga
positiva por comprimento de fio do que a carga negativa. Como as cargas são
repelentes, os dois fios também se repelem.
Isso acontece porque do ponto de vista do primeiro fio, parecerá que existem mais
elétrons no outro fio, criando uma carga negativa líquida. Enquanto isso, os prótons no
primeiro fio parecerão estáticos, criando uma carga positiva, e assim, os opostos irão
se atrair.
Isso acontece porque na maioria dos metais, os elétrons nos átomos se movem em
diferentes orbitais. Parte da luz que atinge o metal é absorvida e re-emitida, embora
com um comprimento de onda maior. Porém, a maioria das luzes visíveis é apenas
refletida.
Há um total de 79 elétrons em torno de um átomo de ouro e 79 prótons no núcleo. Na
orbital mais próxima do núcleo, os elétrons se movem muito mais rápido, e por um
caminho menor.
Como os elétrons estão se movendo rápido, eles parecem estar mais próximos do que
realmente são. Para um elétron pular para um nível de energia mais elevado, ele
precisa absorver um comprimento de onda específico da luz.
Então a luz azul é absorvida e apenas as cores vermelhas, laranjas e amarelas são
refletidas nos nossos olhos. Por isso, o ouro tem um brilho amarelado.
Esse tubo funcionava utilizando um imã para disparar elétrons em uma superfície de
fósforo, que produz luz quando é atingido por elétrons. Cada elétron então equivalia a
um pixel iluminado na tela.
Esses elétrons, de carga negativa, viajam em cerca de 30% da velocidade da luz. Para
que eles fossem direcionados para o ponto correto na tela, criando uma imagem
perfeita, os imãs de carga positiva que puxariam os elétrons de carga negativa
deveriam estar bem posicionados. Para isso, os efeitos relativistas deveriam ser
considerados.