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Comunicações ópticas

Terceiro Ano

Prof. MSc. Dionísio Fama Noque

Segundo semestre, 2019

Prof. MSc. Dionísio Fama Noque.


dionisiofama@hotmail.com 1
Avaliação

Primeira prova (P1): 16/09/2019;


Segunda prova (P2): 28/10/2019
Exame de Época Normal: 25/11/2019
Recurso: 13/12/2019

Obs. N1 = 0,60P1+0,40T1

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Temas
1. Amplificadores ópticos
9. Processo de fabricação das fibras
2. Fibras ópticas e suas
ópticas
aplicações
10. Evolução das fibras ópticas
3. Sensores por fibras ópticas
11. Efeitos não-lineares na fibra óptica
4. Óptica no espaço livre
12. Laseres e Fotodetectores
5. Fibras ópticas na medicina
13. Redes de fibras ópticas em Angola
6. Moduladores e
14. Redes de fibras ópticas transoceanicas
demoduladores ópticos
15. Redes óptico Wireless
7. Fibras de Cristais Fotonicos
16. xGPON
8. Fibras altamente não lineares
17. Redes DWDM
(HNLF)
9. Redes de Bragg
Grupos de 4 elementos no máximo
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Programa

1. Noções básicas da optoelectrónica


2. Fundamentos das fibras ópticas
3. Fontes de luz e receptores ópticos
4. Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
5. Testes e emendas em enlaces de fibras ópticas
6. Redes de fibras ópticas
7. Sistemas rádio sobre fibra
8. Projecto de Redes de fibras ópticas

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Introdução
A comunicação com fibra óptica tem suas raízes nas
invenções do século XIX. Um dispositivo denominado Fotofen
convertia sinais de voz em sinais ópticos utilizando a luz do sol
e lentes montadas em um transdutor que vibrava ao entrar em
contato com o som.
A fibra óptica em si foi inventada pelo físico indiano
Narinder Singh Kanpany.

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Introdução
As fibras ópticas podem ser consideradas basicamente como
guias de luz, a qual transmite a informação no sistema binário,
ou seja, pulso de luz ou não.

Existem várias aplicações para as fibras ópticas. Na medicina


são usadas em vários equipamentos médicos projetados para
examinar o interior do corpo.
As companhias telefônicas foram as primeiras a se beneficiar
do uso de técnicas de fibra óptica em conexões de longa
distância, em meados da década de 80, foram estendidos, nos
Estados Unidos e no Japão, milhares de quilômetros de cabos
de fibra óptica para estabelecer comunicações telefônicas.

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1.Noções básicas da optoelectrónica
Divisão do estudo da óptica.

Devido à grande diversidade de fenômenos


luminosos, por razões didáticas, convencionou-se
o estudo da óptica em duas partes:

Óptica geométrica e

Óptica física.

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Divisão do estudo da óptica.

1 – Óptica geométrica: Estuda os fenômenos que são


explicados, sem que seja necessário conhecer a
natureza do agente físico luz (comprimento de onda,
velocidade, etc.).
Ex: a reflexão e a refração.

2 – Óptica física: Estuda os fenômenos cuja


compreensão e elaboração de leis só são possíveis
com o conhecimento da natureza do agente físico.
Ex: interferência, polarização, difração e dispersão.

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Fenômenos da Óptica Geométrica
No estudo da óptica geométrica, os fenômenos mais
importantes são o da reflexão e o da refração.
Quando um feixe de luz atinge a superfície de separação entre
dois meios. Podem ocorrer: Reflexão, Refração ,e Abrsorção.

Onde:
θi – Ângulo incidente
θr – Ângulo refratado
θ – Ângulo refletido

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REFLEXÂO DA LUZ

O fenômeno da reflexão da luz é regido por duas leis que


podem ser verificadas teórica e experimentalmente.

1ª Lei da reflexão: “O raio de


luz incidente, a reta normal e
o raio de luz refletido
pertencem ao mesmo plano”.

2ª lei da reflexão: O ângulo


de reflexão é igual ao ângulo
de incidência. fig. 3 θi = θ .

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REFRACÇÂO

Refracção é a passagem da luz de um meio para outro


opticamente diferente.

Nessa passagem, a velocidade


de propagação da luz (v)
necessariamente se altera.
A frequência (f) não se altera,
fato observado em qualquer
onda. O comprimento de onda
altera-se, proporcionalmente á
velocidade, pois v=λ.f. A
alteração da velocidade de
propagação provoca, em geral,
um desvio da luz.
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M ei Índic Velo
o e de cida
ref r de
acçã da
o (n) luz
v(K
m/s )
Vácu 1 300,
o 000
Ar 1,00 300,

Índice de refração de alguns meios e a velocidade da


03 000
Águ 1,33 225,
a 000
Vidr 1,5 200,
o 000
D ia 2,0 150,
man 000
te
Ars e 3,6 83,0
neto 00
de
gálio

luz no meio.

Meio Índice de Velocidade da luz


refracção (Km/s)
Vácuo 1 300,000
Ar 1,0003 300,000
Água 1,33 225,000
Vidro 1,5 200,000
Diamante 2,0 150,000
Arseneto de 3,6 83,000
gálio

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2. Fundamentos das fibras ópticas
A luz carregada nos sistemas de comunicações por
fibras ópticas pode ser vista como uma onda ou como
uma partícula.

O comprimento de onda é inversamente proporcional a


frequência de oscilação da onda e diretamente
proporcional a velocidade da luz. E pode ser calculado
pela seguinte formula:

λ – Comprimento de onda;
c – velocidade da luz no vácuo (c=3.108m/s);
f – Freqüência.

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Refração na Fibra

O vidro pode ter seu índice de refração


modificado, bastando para isso, alterar sua
composição. Esta capacidade é muito importante
na fabricação da fibra óptica. O índice de refração
na fibra é aproximadamente 1,5, tanto no núcleo
quanto na casca, sendo ligeiramente maior no
núcleo.

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Confinamento da luz na fibra

A luz ao se propagar pela fibra sofre continuas reflexões


internas, uma vez que há materiais diferentes na sua
composição. A luz é confinada principalmente em seu
núcleo pelo processo de reflexão interna total. Isso
ocorre quando o ângulo de incidência for igual ou maior
do que o ângulo critico na interface do núcleo com a
casca. O fenômeno ocorrerá sempre que o índice de
refração do núcleo da fibra for maior que o índice de
refração da casca.

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Reflexão total

Quando a luz incide na fronteira de separação entre dois


meios, parte da onda é refletida e parte refrata. A
quantidade de luz refletida é tanto maior quanto maior
for o ângulo de incidência.

À medida que o ângulo de incidência aumenta, chega-se a


uma situação em que o raio refratado sai a 90º. Para
ângulos de incidência maiores que este ângulo critico, não
existe raio refratado, ocorrendo um fenômeno chamado
reflexão total.

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Reflexão total

Onde:
θi – Ângulo incidente
θr – Ângulo refratado
θ – Ângulo refletido

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Ângulo critico.

O ângulo critico é o ângulo a partir do qual a luz será


totalmente refletida para o meio 1. No caso da fibra será
totalmente refletido para o núcleo.
Pela lei de Snell podemos determinar o ângulo critico
fazendo o ângulo refratado igual a 90º, ou seja:

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Vantagens Das Comunicações Ópticas
• Baixa atenuação
• Maior capacidade de transmissão
• Dimensões e peso reduzido nos cabos
• Condutividade eléctrica nula
• Imunidade as interferências electromagnéticas
• Qualidade de transmissão
• Sigilo na transmissão
• Facilidade de obtenção da matéria prima
• Baixas Perdas de informação.

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Desvantagens da fibra óptica.

• Custo elevado para sistemas de pequenas larguras de faixa;

• Dificuldades nas emendas e conectores;

• Absorção de hidrogênio;

• Sensibilidade a irradiação;

• A escolha da freqüência;

• Não permitir mobilidade.

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Tipos De Fibras Ópticas

Segundo o número de modos guiados as fibras


ópticas são classificadas em: Multímodo (MM) e
Mono modo (SM-Singlemode).

Por ser muito pequeno o diâmetro de uma fibra fica difícil ou até mesmo impossível
identificar o tipo de fibra. Normalmente a identificação da fibra é fornecida pelo
fabricante.

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Multimodo: Monomodo:

Permite o uso de fontes luminosas Geralmente é usado laser


de baixa ocorrência tais como como fonte de geração de
LEDs (mais baratos); sinal;
Maior diametro, facilitam o Dimensões menores que os
acoplamento de fontes luminosas outros tipos de fibras;
e requerem pouca precisão nos Maior banda passante por ter
conectores; menor dispersão.
Muito usado para curtas
distâncias pelo preço e facilidade
de implementação, pois a longa
distância tem muita perda.

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Estrutura Básica Da Fibra Óptica

Devido a sua fragilidade, a fibra óptica é revestida de


elementos que lhe dão sustentação, permitindo-lhe
maior flexibilidade e facilitando o seu manuseio. O
material mais utilizado para esta finalidade é o
acrilato e o diâmetro deste revestimento é de 250 μm.
O acrilato é também utilizado para numeração das
fibras de um cabo óptico, através de um código.
Os cordões ópticos utilizados para interligar os cabos
ópticos aos equipamentos, possuem uma terceira
camada de revestimento. Esta terceira camada é de
nylon .

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Estrutura Básica Da Fibra Óptica

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Cabos ópticos.

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Cabos ópticos.
Como são muitos os fabricantes de cabos ópticos,
existe uma grande variedade de cabos. Os modelos
variam entre fabricantes e pelo numero de fibras que
eles suportam.

(Corte transversal de um cabo com capacidade para 36 fibras).

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Código de cores para 36 Fibras.
No caso da fig.8. Trata-se de um modelo de cabo com 36 fibras. As fibras
estão distribuídas nas unidades básicas, formando grupos independentes
de 6 fibras cada, obedecendo a seguinte gama de cores:

Cabo Óptico com 36 fibras

Tubete 1ª (Vd) 2ª (Am) 3ª (B) 4ª (B) 5ª (B) 6ª (B)


1 – Verde (vd)
Fibra 1-Vd 7-Vd 13 - Vd 19 - vd 25 - Vd 31 - Vd 2 – Amarela (Am)
3 – Branca (B)
Fibra 2-Am 8-Am 14 - Am 20 - Am 26 - Am 32 - Am
4 – Azul (Az)
5 – Vermelha (Ver)
Fibra 3-B 9-B 15 - B 21 - B 27 - B 33 - B
6 – Violeta (Vio)
Fibra 4-Az 10-Az 16 - Az 22 - Az 28 - Az 34 - Az

Fibra 5-Ver 11-Ver 17 - Ver 23 - Ver 29 - Ver 35 - Ver

Fibra 6-Vio 12-vio 18 -Vio 24 - Vio 30 - Vio 36 -Vio

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Código de cores para 12 Fibras.

Fibra Cor
1 Verde
2 Amarela
3 Branca
4 Azul
5 Vermelha
6 Violeta
7 Castanha
8 Rosa
9 Preta
10 Cinza
11 Laranja
12 Azul ciano
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CÓDIGO DE CORES PARA CFOA 12 FO POR LOOSE ATÉ 144 FO

VD AM BR BR BR BR BR BR BR BR BR BR

GR-01 GR-02 GR-03 GR-04 GR-05 GR-06 GR-07 GR-08 GR-09 GR-10 GR-11 GR-12
VD 1 13 25 37 49 61 73 85 97 109 121 133
AM 2 14 26 38 50 62 74 86 98 110 122 134
BR 3 15 27 39 51 63 75 87 99 111 123 135
AZ 4 16 28 40 52 64 76 88 100 112 124 136
VM 5 17 29 41 53 65 77 89 101 113 125 137
VL 6 18 30 42 54 66 78 90 102 114 126 138
MR 7 19 31 43 55 67 79 91 103 115 127 139
RS 8 20 32 44 56 68 80 92 104 116 128 140
PT 9 21 33 45 57 69 81 93 105 117 129 141
CZ 10 22 34 46 58 70 82 94 106 118 130 142
LR 11 23 35 47 59 71 83 95 107 119 131 143
A-MAR 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 132 144

CÓDIGO DE CORES PARA CFOA 06 FO POR LOOSE ATÉ 72 FO

VD AM BR BR BR BR BR BR BR BR BR BR
GR-01 GR-02 GR-03 GR-04 GR-05 GR-06 GR-07 GR-08 GR-09 GR-10 GR-11 GR-12
VD 1 7 13 19 25 31 37 43 49 55 61 67
AM 2 8 14 20 26 32 38 44 50 56 62 68
BR 3 9 15 21 27 33 39 45 51 57 63 69
AZ 4 10 16 22 28 34 40 46 52 58 64 70
VM 5 11 17 23 29 35 41 47 53 59 65 71
VL 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72

CÓDIGO DE CORES PARA CFOA 02 FO POR LOOSE ATÉ 12 FO

VD AM BR BR BR BR VD AM BR BR BR BR
GR-01 GR-02 GR-03 GR-04 GR-05 GR-06 GR-01 GR-02 GR-03 GR-04 GR-05 GR-06
VD 1 3 5 7 9 11 1 3 5 7 9 11
AM 2 4 6 8 10 12
BR 2 4 6 8 10 12

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Linhas de transmissão de electricidade com
fibras ópticas

Actualmente as empresas fornecedoras de electricidade,


instalam as redes eléctricas juntamente com redes
ópticas para gerenciar as estações remotas da empresa e
para geração de receitas, alugando as fibras não
utilizadas. São exemplos de cabos usados pelas
operadoras de electricidade:

OPGW – Optical Fiber Ground Wire.


OPPW – Optical Fiber Phase Wire.

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Nomenclatura para cabos em Dutos ou Enterrados

CFOA-X-Y-G-Z

C- Cabo;
F- fibra;
O- Óptica;
A - Revestimento da fibra “Acrilato”;
X- tipo de Fibra: MM-Multimodo, SM- Monomodo.
Y- Aplicação do cabo: DD-Duto; DE-Enterrado;
DPE- Protegido Enterrado.
G- Núcleo geleado.
Z- Numeros de fibras ópticas.

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Nomenclatura para cabos Aéreos
CFOA-X-ASY-G-Z

C- Cabo;
F- fibra;
O- Óptica;
A-Revestimento da fibra “Acrilato”;
X- tipo de Fibra: MM-Multimodo, SM-
Monomodo, DS- Dispersão deslocada.
AS- Auto sustentado
Y- Vão máximo sustentado: 80m, 120m, 200m.
G- Núcleo geleado.
Z- Numeros de fibras ópticas.

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Cabos Aéreos

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Identificação de cabos ópticos.

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Identificação de cabos ópticos.

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Fontes De Luz
As fontes de luz são partes dos trasmissores ópticos.
Muitos tipos de fontes de luz são usados em sistemas de fibras
ópticas desde os LEDs excitados diretamente por fontes de sinal
ate lasers sofisticados de linha estreita com moduladores
externos. Todas essas fontes de luz geram sinais a serem
transmitidos através da fibra óptica.

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Fontes De Luz
Para a seleção de uma fonte de luz em um sistema de fibras
ópticas deve-se ter em conta vários factores:
Ponto de operação do mesmo em relação ao
comprimento de onda, visto que as fibras operam numa faixa de
850nm para a primeira janela, 1310 para a segunda e 1550 para a
terceira janela.
Potência suficiente para enviar o sinal através da fibra.
Tipo de modulação requerida.

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TRANSMISSOR ÓPTICO

Alguns dos transmissores utilizam a modulação direta no processo de


conversão em virtude da simplicidade, eficiência e baixo custo. Além disso,
os diodos laseres representam a principal fonte de luz nestes sistemas,
uma vez que eles são pequenos, operam em temperatura ambiente,
possuem estreita largura de linha, boa potência óptica de emissão,
linearidade e estão disponíveis nas três principais janelas de transmissão
das fibras ópticas (850,1310 e 1550 nm).

As características dos laseres são importantes em transmissores ópticos.


Por exemplo, a linearidade define a máxima potência de RF que pode ser
inserida no laser, levando em consideração à corrente de alimentação, para
que o processo de modulação não gere produtos de intermodulação ou
harmônicos na saída do sistema. Por outro lado, o RIN (Relative Intensity
Noise – ruído de intensidade relativo) define a mínima figura de ruído em
sistemas não amplificados.

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TRANSMISSOR ÓPTICO

Atualmente, os laseres mais usados em equipamentos comerciais,


são os que apresentam estrutura com realimentação distribuída
(Distributed FeedBack – DFB). Os laseres DFB, podem ser
modulados diretamente em frequências de até 37GHz,
apresentam grandes vantagens, porém são caros.

Visando a construção de laseres eficientes e de baixo custo, novas


estruturas estão sendo pesquisadas e desenvolvidas. Nesse
contexto, laseres semicondutores com cavidade vertical de
emissão (Vertical Cavity Surface Emitting Laseres - VCSELs)
evoluíram significativamente, tornando-se uma solução atraente
para transmissores ópticos

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TRANSMISSOR ÓPTICO
Pode-se concluir que o transmissor óptico é um dos dispositivos
mais importantes em sistemas de comunicações ópticas e podem
apresentar modulação direta ou modulação externa. Na Figura é
apresentado de forma simplificado um diagrama em bloco de um
transmissor de RoF com modulação externa. Diferentes fontes
ópticas podem ser empregadas na sua construção. A escolha da
fonte óptica irá variar conforme as características desejadas para
o sistema de comunicação como: a linearidade e frequência de
operação
Circuito
de
Amplificador controle
de RF Optical
RF IN
OUT
Modulador

Módulo TX

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RECEPTOR ÓPTICO

O receptor óptico tem o fotodetector como principal


dispositivo. O fotodetector é responsável pela conversão do sinal
no domínio óptico para o domínio elétrico.
A maioria dos receptores utilizam um fotodiodo PIN,
geralmente feitos com a heterojunção de arseneto de gálio índio
(InGaAs), a qual apresenta ótima responsividade nas janelas de
interesse (1310nm e 1550nm). Nesses dispositivos, os principais
parâmetros que devem ser considerados são: responsividade,
potência óptica de saturação e banda de operação do fotodiodo.

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RECEPTOR ÓPTICO
Idealmente, fotodetectores devem apresentar alta
responsividade, grande banda de operação e devem admitir
altos níveis de potência óptica. Entretanto, é difícil a
combinação de todos esses parâmetros, existindo um
equilíbrio. Os fotodiodos PIN usados em sistemas comerciais
com modulação direta apresentam responsividade de 0,85 e
0,9A/W em 1310 e 1550nm, respectivamente, admitem potências
ópticas entre 4 a 10dBm e operam na faixa de 10MHz a 18GHz.
Na Figura é apresentado o diagrama simplificado do receptor
óptico.
Fotodector Amplificador
de RF
Optical
RF OUT
IN

Módulo RX

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FIM

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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
Atenuação

Em um sistema de fibras, as janelas usuais de


transmissão estão centradas em 850, 1310 e 1550 nm.
O comprimento de onda na origem afecta a atenuação
assim como a dispersão de pulso do sinal transmitido na
fibra.
A largura espectral, ou faixa de comprimento de onda
emitidos, também afectam a dispersão de pulso, que
aumenta com a faixa de comprimento de onda.

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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
Curva de atenuação da fibra óptica

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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
Atenuação

A atenuação mede a redução da intensidade do sinal


comparando a potência de saída com a potência de
entrada. As medidas são feitas em decibéis (dB), uma
unidade muito útil nos sistemas de transmissão. O
decibel é uma unidade de medida logarítmica da razão
entre potência de saída e potência de entrada.
A atenuação em decibéis é calculada pela fórmula:

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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
Atenuação

As fibras ópticas são as únicas linhas de transmissão


que permitem transmissão de sinais em alta velocidade
com baixa atenuação. As fibras monomodo se destacam
pela sua baixa atenuação, cerca de 0,2 dB/km através de
uma largura de banda de vários THz. Entretanto, após
longas distâncias de propagação, a atenuação na fibra
reduz a potência do sinal abaixo do limiar detectável
pelos receptores ópticos, tornando necessário a
amplificação óptica.

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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
Atenuação solução

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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
Atenuação solução
Amplificadores ópticos introduzem o ruído
denominado emissão espontânea amplificada (ASE –
Amplified Spontaneous emission). O efeito do ruído ASE
é adicionar flutuações ao sinal amplificado, as quais são
convertidas em flutuações de corrente durante a foto
detecção.
Em sistemas com amplificadores o ruído é
amplificado junto com o sinal e degrada relação sinal-
ruido óptica (OSNR ‘ Optical Signal-to-noise ration). A
OSNR é definida como a razão da potência do sinal
óptico sobre a potência de ruído. E para sistemas WDM
com vários estágios de amplificadores em cascata, o
ruído ASE torna-se um sério problema.
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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
Atenuação solução

RUÍDO ASE

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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
DISPERSÃO CROMÁTICA E DISPERSÃO POR MODO
DE POLARIZAÇÃO (PMD)

A dispersão cromática expressa a dependência da


velocidade de grupo de um pulso propagando-se
por uma fibra, em relação à frequência óptica,
fazendo com que componentes espectrais
diferentes viagem a velocidades diferentes

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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
DISPERSÃO CROMÁTICA E DISPERSÃO POR MODO
DE POLARIZAÇÃO (PMD)

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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
DISPERSÃO CROMÁTICA E DISPERSÃO POR MODO
DE POLARIZAÇÃO (PMD)
Outra fonte de alargamento do pulso óptico é a dispersão
por modo de polarização (PMD – Polarization Mode
Dispersion), a qual é causada pelas distorções da fibra
em relação a uma geometria cilíndrica perfeita.

PMD - Como a geometria circular da fibra não é perfeita,


surgem pequenas diferenças de índice de refracção para
os dois estados de polarização. Esta característica é
conhecida como birrefringência. A birrefringência
ocasiona que cada modo de polarização exiba
velocidade de grupo diferente dando origem à velocidade
diferencial de grupo.
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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
DISPERSÃO CROMÁTICA E DISPERSÃO POR MODO
DE POLARIZAÇÃO (PMD)

Bits Transmitidos 1 1 0 1

Bits Recebidos

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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
DISPERSÃO CROMÁTICA E DISPERSÃO POR MODO
DE POLARIZAÇÃO (PMD)

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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
Compensação da dispersão.
Sendo a dispersão nocivo para sistemas ópticos de
longo alcance, desenvolveu-se fibras com dispersão
contrária (DCF) para compensar a dispersão causada
pelas fibras convencionais de uso nas redes ópticas.
O ideal é que a dispersão total em um enlace óptico seja
nula. Onde:
Dtotal - Dispersão total do enlace;
Dfo - Dispersão da fibra óptica;
DDCF - Dispersão da fibra compensadora de
dispersão;
Ltotal – comprimento total do enlace;
LDCF – Comprimento total da fibra de
compensação de dispersão.
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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas

A fibra de compensação de dispersão (DCF), pode ser conectada no inicio


do enlace (Pré -compensação), no final do enlace (pós-compensação) ou
distribuída no inicio e no final do enlace (compensação híbrida).
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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
De um modo geral, o índice de refração na fibra varia com a
intensidade da potência óptica do campo (P), do coeficiente de índice não
linear (n2) e da área efetiva (Aeff). A constante de propagação β é dependente
do coeficiente de não linearidade (γ) e da potência óptica.

P
n´ n  n2
Aeff O segundo termo da equação 1 e 2,
determinam o comportamento dos
´    .P efeitos não lineares da fibra (Auto
modulação de fase – SPM,
 
K 0 .n2 modulação de fase cruzada – XPM,
Aeff
mistura de quatro ondas (Four Wave
Mixing – FWM), Espalhamento
β é o factor de fase de
propagação do meio sem
estimulado Raman – SRS,
perdas. Espalhamento estimulado de Brillouin
k0 - o número de onda no – SBS.
vácuo
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Efeitos lineares e não lineares em fibras ópticas
Automodulação de fase (SPM) - o pulso no tempo sofre um desvio de
frequência, provocando uma modulação angular.

Modulação de fase cruzada (XPM) - interferência entre canais adjacentes


que se propagam na fibra (o canal que sofre interferência torna-se modulado
em fase provocando um alargamento espectral).

Mistura de quatro ondas (FWM) é um fenômeno que produz uma quarta


onda devido à interação entre três ondas transmitidas em um meio não-linear.

Espalhamento estimulado de Raman (SRS), surge devido à interação da


luz e o meio de propagação, caracteriza-se por atenuar o sinal de menor
comprimento de onda transferindo energia para o sinal de maior comprimento
de onda (princípio de funcionamento do amplificador Raman).

Espalhamento estimulado de Brillouin (SBS), surge devido à interação do


fóton transmitido com as moléculas do meio, produzindo uma vibração
mecânica que provoca a perda de parte de sua energia.
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Emendas De Fibras Ópticas

Tipicamente, as emendas são usadas para reunir


comprimentos de cabo fora de edifícios e em terminações
de cabos nos bastidores ópticos (ODF, PDO, DGO etc)

As emendas podem ser incorporadas nas


extremidades dos cabos ou abrigadas em caixas de
emenda internas ou externas; os conectores são
tipicamente em painéis de ligações ou anexados em
equipamentos ou interfaces de cabo.

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Emendas De Fibras Ópticas
• As características físicas das emendas são
importantes em muitas aplicações de longa distância.
Os cabos emendados precisam ser capazes de
suportar o ambiente externo hóstil, portanto são
acondicionados em invólucros protetores, também
chamados caixas de emendas.

• Apesar de muitos invólucros de emendas serem


projetados para serem reabertos se forem necessários
reparo ou alterações, eles podem ser hermeticamente
selados para proteger contra extremos de temperatura
e humidade.
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Emendas De Fibras Ópticas

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Emendas De Fibras Ópticas
Basicamente existem dois tipos de emendas de fibras: Emenda por
fusão e emenda mecânica.
A emenda de fusão derrete as extremidades de duas fibras para que
elas se fundam, como em solda metálica.
A emenda mecânica mantém duas extremidades de fibras juntas
sem derretê-las, usando um grampo mecânico e/ou cola.

Os emendadores de fusão são caros, mas eles praticamente não


têm custos de consumo, e as emendas de fusão tem características
ópticas ligeiramente melhores. As emendas mecânicas exigem
menos equipamentos (nenhum emendador de fusão caro), mas os
custos de consumo por emenda são maiores.

Cada tipo de emenda tem suas vantagens e desvantagens.

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Emendas De Fibras Ópticas
A emenda de fusão é efectuada pela colocação das
pontas de duas fibras e o aquecimento delas para que se
derretam juntas.

O emendador alinha mecanicamente as duas


extremidades de fibra, e então aplica uma fagulha através
das pontas para fundi-las.

Os emendadores de fusão incluem instrumentos para


testar a qualidade da emenda.
Em uma emenda de fibra óptica é aceitável uma perda de
0.00 a 0.2 dB. Quanto menor o valor da perda melhor a
emenda.
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Emendas De Fibras Ópticas
Principais componentes de um emendador de fusão:

Soldador de fusão ou electrodos

Mecanismo para alinhamento das fibras

Câmera de vídeo ou microscópio – (geralmente um


modelo binocular) com magnificação de 50 vezes ou mais
para que o operador posa ver as fibras enquanto as
alinha.

Instrumentos para checar a perda de potência causada


pela emenda.
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Emendas De Fibras Ópticas

PASSOS PARA EMENDA:

1º Expor a fibra, cortando a capa do cabo, remover a


cobertura plástica protetora de alguns centímetros da
extremidade.

2º Nivelar as extremidades das fibras, usando o clivador. As


mesmas devem ser mantidas limpas até a fusão.

3º Levar as duas extremidades à maquina de fusão e alinhá-


las corretamente ou ao emendador mecânico, quando se
tratar de uma emenda mecânica.
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Emendas De Fibras Ópticas

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Emendas De Fibras Ópticas
Ferramentas e materiais a serem utilizados

•Emedador de Fusão ou mecânico,


•Strip, Descascador ou decapador de
fibras,
•Álcool isopropílico,
•Papel para limpeza da fibra,
•Clivador de fibra óptica,
•Roletador de cabo,
•Microscópio de inspeção.
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Emendas De Fibras Ópticas
Descascador de fibras e roletador de tubo loose,

Decapador, strip ou descascador de fibras é uma ferramenta


usada para descarnar a fibra ou seja, serve para remover a parte
protetora da fibra mais próxima da casca.
No mercado existe uma variedade de strip.
Os roletadores de tubo loose e de cabo são semelhantes aos strip
no que diz respeito a funcionalidade, porém têm diâmetros de
abertura maior que os strip e são usados para descarnar o cabo
óptico ou remover o tubo loose,

Roletador de tubo loose


Strip
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Emendas De Fibras Ópticas
Álcool isopropílico e papel para limpeza

Devido aos cuidado de higiene que devemos ter com as


fibras, são usados papeis apropriados para a limpeza das
mesmas . Esses papeis encontram-se a venda nas lojas de
vendas de materiais de fibras ópticas e se assemelham com
os guarnapos de papel para nariz.

No acto da limpeza os papeis devem ser embebido em álcool


com pouca concentração de água. O tipo de álcool usado na
limpeza de fibras é o álcool isopropílico

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Emendas De Fibras Ópticas
Clivador
Existem vários tipos de cliva dores de fibras ópticas
desde os mais complexos (clivador de precisão) ao mais
simples (Clivadores manuais).

A finalidade do clivador é o corte ideal na fibra de


modo que as extremidades da mesma estejam devidamente
aliadas no acto da junção.

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Emendas De Fibras Ópticas

Microscópio de inspeção

O microscópio de inspeção é um aparelho


indispensável quando se trata de emendas em
fibras ópticas, pois serve para diagnosticar o
corte na fibra bem como a possível
contaminação ambiental.

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ATENUAÇÃO EM EMENDAS ÓPTICAS

Factores Intrínsecos: São os factores que envolvem a


fabricação da fibra óptica, entre eles:

Variação do diâmetro do núcleo;


Diferença de perfil do índice de refração;
Eliopticidade ou excentricidade do núcleo ou casca.

Fatores Extrínsecos: São os fatores que decorrem do processo


de emenda, são os seguintes:
Precisão no alinhamento da fibra;
Qualidade das terminações da fibra;
Espaçamento entre as extremidades;
Contaminação ambiental.

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ATENUAÇÃO EM EMENDAS ÓPTICAS

Factores Reflexivos: são os fatores que advêm


das próprias emendas, estas podem gerar em seu
interior, reflexão de luz que irão atenuar os sinais
transmitidos, ocasionando perda de potência.

Com os equipamentos empregados no


processo de emenda, e a constante melhoria na
qualidade da fabricação da fibra, este tipo de
atenuação é inferior a 0,5dB para conectores e a
0,1dB para emendas por fusão.

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Atenuação em Macro e microcurvatura

Macrocurvatura

Microcurvatura
A Microcurvatura geralmente ocorre, quando uma Fibra
sofre algum tipo de impacto ou uma curvatura com raio
extremamente pequeno. Este tipo de dano é irreversível e
impede o uso da fibra.

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Testes Em Fibras Ópticas

O procedimento para verificar um enlace de fibra óptica é


semelhante ao dos cabos de cobre, em que se verificam as
duas extremidades do mesmo. A diferença consiste em que
para os cabos de cobre, é verificada a continuidade elétrica
enquanto que para as fibras é verificada a continuidade óptica.

Três testes são possíveis efetuar em um enlace óptico. O


teste de continuidade que tem por objetivo identificação das
fibras em um cabo óptico, bem como a continuidade óptica
em uma fibra. Para a verificação de perda de potência,
recorre-se ao teste de perda de potência. Por fim, temos o
teste usando o refletômetro óptico no domínio do tempo
(OTDR - Optical Time Domain Reflectometer).

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Testes Em Fibras Ópticas

Teste de identificação e continuidade


• Esse tipo de teste normalmente é efectuado na fase de
implantação (instalação) e manutenção, quando é necessário
identificar um cabo de fibra, seja para separá-lo dos demais cabos
numa instalação, seja para avaliar visualmente suas
características de condução de radiação. Para esse teste é
injetado luz numa extremidade e verificar a luminosidade no outro
extremo.
Um dos instrumentos para o teste
Anteparo de identificação e continuidade é
Olho
rastreador de fibra óptica. O
mesmo nos permite constatar se
Espectro de uma fibra óptica está aberta no
luz visivel enlace, ou mostrar o caminho da
Fibra optica fibra óptica através de varias
conexões.
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Testes Em Fibras Ópticas
Teste de Perda de potência

Com o medidor de potência óptica podemos conhecer qual a


quantidade de potência óptica que chega ao fim do enlace,
levando-se em consideração que existe uma fonte óptica
emitindo radiação óptica no outro lado do enlace.

O teste de medição da potência requer uma fonte óptica, um


medidor de potência óptica, e um adaptador para o conector.
Para efectuar a medida é necessário configurarmos o medidor
de potência óptica, para receber a faixa de potência
especificada no projecto do enlace óptico (geralmente em
dBm, mas em algumas vezes em mW), bem como o
comprimento de onda usado no referido enlace óptico.

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Testes Em Fibras Ópticas
Prováveis perdas de potencia ópticas em enlace óptico.

ODF ODF
EM-mecanica EM-fusão EM-fusão
Conector Conector

L=10Km
BEO BEO

A perda total em um enlace de fibra óptica


é a soma de todas as perdas parciais.
Considerando os valores de 0.2dB e 0.5dB Onde:
como sendo máximos admissíveis nas At = Atenuação total;
emendas e conectores respectivamente, nC = número de conectores;
nE = número de emendas;
para o cálculo da potência óptica total do
L = comprimento da fibra (Km)
enlace óptico, é adoptado a seguinte
Afo = atenuação da fibra óptica.
fórmula:
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Testes Em Fibras Ópticas

Verificação De Enlaces De Fibras Ópticas

Para realização de teste de aceitação ou verificação de enlaces


de fibras ópticas, deve-se antes de mais nada, tomar
conhecimento das atenuações máximas admissíveis na fibra,
nas emendas por fusão ou mecânica e nos conectores como
exemplificado na tabela a seguir.
Comprimento de onda (nm) Para1.310nm Para 1.550nm

1-Atenuação na F.O 0,45 dB/Km 0,25 dB/Km

2- Atenuação na Emenda 0,10 dB/em 0,10 dB/em


por fusão
3- Atenuação na Emenda 0,20 dB/em 0,20 dB/em
mcânica
4- Atenuação nos 0,50dB/em 0,50 dB/em
Conectores

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Testes Em Fibras Ópticas
Testes com o OTDR

Em alguns casos é impraticável percorrermos alguns quilômetros de


cabo óptico, em busca de alguma falha. Ocorre, porém, a necessidade
frequente de avaliarmos as características de perda de uma fibra
devido a quebras ou a outros fenômenos. Nesse contexto recorre-se ao
uso do OTDR para tal avaliação.

Os parâmetros reconhecidos pelo OTDR são: o tempo em que o pulso


é enviado na fibra, sua largura de pulso e a velocidade com que ele
viaja pela fibra óptica. O tempo que o pulso de luz gasta para viajar pela
fibra, se refletir e voltar para o detector do OTDR pode ser medido
precisamente. Conhecendo-se este tempo, o OTDR consegue calcular
a distância do enlace.

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Testes Em Fibras Ópticas
Interpretando a medida de um OTDR
É necessária uma correta interpretação dos resultados obtidos em
teste com o OTDR, a fim de se evitar falsos resultados de testes realizados.
O OTDR precisa ser configurado corretamente para permitir bons resultados
de testes efetuados. E o domínio na leitura do trace do OTDR é fundamental
para boa interpretação dos resultados apresentados pelo equipamento.
Conector Fusão Curva Emenda Mecânica Fissura Fim da Fibra
OTDR

dB

Trechos de fibra sem


defeito aparente

Km
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Verificação De Enlaces De Fibras Ópticas
Para realização de teste de aceitação ou verificação de
enlaces de fibras ópticas, deve-se antes de mais nada, tomar
conhecimento das atenuações máximas admissíveis na fibra,
nas emendas por fusão ou mecânica e nos conectores conforme
a tabela a seguir.

Para comprimento de onda (nm) 1.310 1.550

Atenuação na F.O (dB/Km) 0,3 0,25

Atenuação na Emenda por fusão (dB/em) 0,10 0,10

Atenuação na Emenda mecânica (dB/em) 0,30 0,30

Atenuação nos Conectores (dB/c) 0,50 0,50

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Motivação Redes Ópticas

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Redes ópticas

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Redes ópticas
Hierarquia de cabos ópticos em uma rede de Telecomunicações.

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Redes ópticas
Elementos principais de um enlace de fibra ópticas.
Conector Trechos de fibra
Fontes de Fontes de
óptico óptica
Informação Informação

Transmissor
Receptor óptico
óptico
Amplificador
Dispositivos ópticos, óptico Conector
activos ou passivos
óptico

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Redes ópticas - Amplificadores
Os amplificadores são dispositivos usados em enlaces ópticos quando
se pretende manter o nível de sinal acima de um limiar de potencia definido no
projeto da rede.

A A Rx
Amplificadores de Linha Tx fibra
fibra

booster

Amplificador de Tx A Rx
Potência fibra

Pré - amplificação

Pré Amplificador Tx A Rx
fibra

nòs Barra óptica

Amplificador de Tx A Rx
Linha Amplificador de LAN

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Redes ópticas - Cabeamento
Na instalação de cabos ópticos, os técnicos podem
puxa-los ou sopra-los através de dutos interiores ou exteriores,
ou outros espaços, coloca-los em uma vala, enterra-los
diretamente no chão, suspende-los em postes, estica-los ou
repousa-los debaixo da água. Apesar de cada método ter seus
proprios procedimentos de manuseio especial, todos eles
prrecisam obedecer um conjunto comum de precausões, as
quais incluem evitar dobras acentuadas do cabo, minimizando
as tensões sobre o cabo instalado, permitir folgas adicionais
ao longo do trajeto para reparos inesperados e evitar puxadas
ou arrancadas excessivamente fortes. Para instalação
subterranea, um cabo de fibra óptica pode ser arado
diretamente no solo ou colocado em uma vala que é
posteriormente preenchida.

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Redes ópticas - Cabeamento

Play

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Redes ópticas – FTT-x
Muitos meios de transmissão diferentes podem
ser usados em uma rede de acesso, incluindo fios
trançados de cobre, cabo coaxial, fibras ópticas e
links de rádio. As redes de distribuição óptica que
não exigem quaisquer componentes optoeletronicos
ativos na região de acesso oferecem uma série de
vantagens de funcionamento sobre os outros meios.
Essa implementação é chamda de rede óptica
passiva (PON – Passive Optical network) e é a base
para as instalações de fibra para redes FTT-x.

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Redes ópticas - FTT-X
FTTx é um termo usado para designar arquitecturas de redes de
transmissão de alto desempenho, baseadas em tecnologia óptica. São
redes totalmente passivas também designadas por PON – Passive
Optical Network

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Redes ópticas - FTT-X
Fiber to the home (FTTH), ou fibra até a residência do usuário
final. A terminação do cabo óptico externo é feita no ponto
terminal óptico (PTO) que é instalado na casa do cliente. As
redes FTTH oferecem velocidades de até 100 Mbps.

Fiber to the building (FTTB), onde a fibra vai até o prédio e a


distribuição para os assinantes são feitas através de uma
rede Ethernet tendo como meio o cabo coaxial ou o par
trançado.

Fiber to the curb (FTTC) – onde a fibra vai até um armário na


rua e a distribuição para os assinantes nos arredores é
através deVDSL2 ou Ethernet tendo como meio o cabo
coaxial ou o par trançado
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Redes ópticas – Arquitectura PON
Em termos de tecnologias, as redes ópticas vêm
sofrendo uma evolução o que tem proporcionado o surgimento
de redes com maiores taxas, consequentemente com maior
numero de usuários.

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Redes ópticas – Arquitectura PON

Arquiteturas APON/BPON EPON GPON

Padrões ITU-T G.983 IEEE 803.ah ITU-T G.984

Largura de banda Máxima 622 Mb/s 1,25 Gb/s 2,5 Gb/s

Quadro ATM Ethernet GEM

Usuários na PON 16 32 64/128

Custos estimados Baixo Mais baixo Médio

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Redes ópticas – Arquitectura PON

Uma rede óptica passiva (PON) usa a arquitetura ponto-


multiponto, em que divisores ópticos, também chamados de
spliters são usados ​para permitir que uma única fibra óptica
possa servir múltiplos locais.

A rede PON simplificada consiste de um terminal de linha


óptica (OLT), no escritório central do provedor de serviço e um
número de unidades de rede óptica (ONUs), perto de usuários
finais. Essa estrutura de rede, em comparação com arquitetura
ponto-a-ponto reduz a quantidade de equipamentos na rede.

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Redes ópticas – Arquitectura PON

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Redes ópticas
Dispositivos optoeletrónico na rede PON.
As redes PON sáo caracterizadas de passivas, por
possuirem equipamentos ativos somente no escritorio central
e nos pontos terminais de usuarios ou perto destes.

ONU

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Redes ópticas
Terminal da linha óptica (OLT) – esta localizado em um escritorio
central e controla o fluxo bidirecional de informações através da
rede. Um OLT deve conseguir suportar distâncias de transmissão de
até 20Km. Na direção do fluxo, a função de um OLT é levar o trafego
de voz, dados e video de uma rede de longa distância ou
metropolitana e transmiti-los a todos os usuários da rede.

Unidade de rede óptica (ONU) – Situa-se diretamente nas


instalações do cliente. O objetivo é proporcionar uma conexão óptica
com a rede do lado de contrafluxo e fazer a interface elétrica para o
equipamento local do cliente.

Terminal de rede óptica (ONT) – Embora seja semelhante a ONU,


ela possui portas com taxas maiores incluindo E1, GigabitEthernet
(GE) e isso faz dela ideal para atender serviços corporativos
enquanto a ONU atende os serviços residenciais.
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Redes ópticas
COMPONENTES ÓPTICOS PASSIVOS
São todos os componentes usados em redes ópticas e
que funcionam sem a necessidade de alimentação eléctrica.
incluem spliters, dispositivos como Wavelength-Division
Multiplexer/Demultiplexers- (WDMs), isoladores, circuladores e
filtros. Estes componentes são utilizados em Fiber In The Loop
(FITL), Hybrid fiber-coaxial (HFC), rede óptica síncrona
(SONET) e Synchronous Digital Hierarchy (SDH) Sistemas e
outras redes de telecomunicações empregando comunicações
ópticas sistemas que utilizam amplificadores de fibra óptica
(OFAS) e Multiplexe Division Wavelength Sistems Dense
(DWDM)

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Redes ópticas
Splitter Óptico – É um componente passivo da
rede FTTx, que possui uma fibra óptica para
entrada de sinal e possui duas ou mais fibras
ópticas para saída do sinal recebido. O sinal
óptico recebido na entrada é derivado de maneira
uniforme entre as diversas fibras de saída. Em
outras palavras, podemos dizer que o Splitter é
um divisor da potência óptica transmitida.

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Redes ópticas
Cálculo do Enlace.

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Redes ópticas
Cálculo do Enlace.

Designação
Comprimento de onda 1300-1339nm 1540- 1560nm
Fibra óptica
Emenda por fusão
Emenda mcânica
Conectores
Spliter 1/2
Spliter 1/4
Spliter 1//8
Spliter 1/16
Spliter 1/32
Spliter 1/64

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Redes ópticas
Exercícios.
1. Dado a figura, calcule todos os parâmetros em falta. Considere a atenuação na
fibra igual 0,2 dB/Km.

2. Calcular o comprimento máximo de um enlace óptico, com as seguintes


características: comprimento de onda de 1550nm; potência de saída de -2 dBm;
sensibilidade do receptor de -38 dBm; margem de confiabilidade de 6 dB. Considere
bobinas com tamanho de 4Km.

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Redes ópticas
Exercícios.
3. Considere uma rede PON que distribui o sinal utilizando um Spliter 1/32
com 16 dB de atenuação, já incluídas as perdas nas fusões do Spliter.
Se este equipamento utiliza uma portadora em 1549 nm para dados e voz
no sentido de distribuição, uma portadora em 1550 nm para distribuição
de vídeo e 1310 nm como canal de retorno para voz e dados, calcule a
distância máxima que os usuários poderão ficar da estação. As potências
de transmissão e recepção do sinal são respectivamente:
Para 1310 nm, Ptx = -2 dBm e Srx = -28 dBm;
Para 1549 nm, Ptx = 0 dBm e Srx = -27 dBm;
Para 1550 nm, Ptx = 0 dBm e Srx = -24 dBm;
Considerar uma margem de segurança de 4 dB e emendas feitas a cada
2 Km.

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FIM

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