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Tema: Educação
Universidade Rovuma
Nampula
2020
Universidade Rovuma
Nampula
2020
Índice
Introdução.........................................................................................................................4
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1. Como diferencia a educação no sentido social, no sentido amplo e no sentido
restrito?..............................................................................................................................5
3. Entre os povos Gregos (na época da antiguidade clássica) como estava organizada a
educação?..........................................................................................................................6
Conclusão.....................................................................................................................,..13
Bibliografia......................................................................................................................14
Introdução
A educação é um processo de ensino não restrito a sala de aula, além de ser uma prática
social que acontece a todo o momento em diversas instituições e actividades. A docência é a
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integrante mais abrangente do processo educativo, pois ele engloba a sociedade de tal
maneira, que ela acaba por ser responsável em preparar as pessoas para participarem de uma
vida social. "Para a existência e o funcionamento de qualquer sociedade, é necessário que
ocorra o fenómeno social chamado educação" (LIBÂNEO, 1994, p. 16 e 17). A sociedade e
a educação estabelecem entre si uma relação dialéctica, mas uma dependente da outra. A
educação produz a sociedade e ao mesmo tempo é produzida por ela. Cada sociedade tem
suas características e educação própria, sendo assim, a educação se faz presente em todos os
contextos sociais, ela é um elemento constitutivo da sociedade. Os indivíduos são
influenciados pelo meio sociais em que estão inseridos, estabelecendo uma relação com ele e
recebendo suas influências: costumes, hábitos, valores, que são perpetuados por gerações.
Chega-se nesse momento em dois sentidos de educação, o amplo e o restrito. A educação no
sentido amplo é aquela que acontece em todo lugar, independente de ter ou não um lugar
específico para educar. Está inserida no “seio” da sociedade, e acontece no quotidiano, sem
ser intencional ou pré-estabelecida. A época da chamada antiguidade clássica remonta a um
período que vai aproximadamente do século IX ao século II antes de Cristo (a.C.). Neste
período encontramos as primeiras reflexões empreendidas pelos gregos a respeito do mundo,
da natureza e das relações entre os homens.
A educação como “Processo em que a sociedade forma os seus membros `a sua imagem e
em função dos seus interesses” (PINTO, 2000:19) ela encontra na Grécia um marco muito
importante que contribuiu para a definição dos actuais modelos da educação. Esparta e
Atenas foram duas cidades gregas que apresentaram soluções distintas para a educação da
juventude e ambas ancoradas no conceito de cidade-estado.
R:) Para mim a diferença entre a educação no sentido social, no sentido amplo e no sentido
restrito é:
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A educação no sentido amplo é aquela que acontece em todo lugar, independente de ter ou
não um lugar específico para educar. Está inserida no “seio” da sociedade, e acontece no
quotidiano, sem ser intencional ou pré-estabelecida, isto é, no sentido amplo, a educação
compreende os processos formativos que ocorrem no meio social, nos quais os indivíduos
estão envolvidos de modo necessário e inevitável pelo simples facto de existirem
socialmente; neste sentido, prática educativa existe numa grande variedade de instituições e
actividades sociais decorrentes da organização económica, política e legal de uma sociedade,
da religião, dos costumes, das formas de convivência humana.
A educação no sentido restrito é aquela que acontece em instituições específicas, feitas para
isso (escolas ou não), acontece com planejamento, acção pensada e sistematizada, enfim têm
objectivos, sabe qual processo educativo utilizar. Acontece com intencionalidade por parte de
quem educa, isto é, no sentido estrito, a educação ocorre em instituições específicas,
escolares ou não, com finalidades explícitas de instrução e ensino mediante uma acção
consciente, deliberada e planificada, embora sem separar-se daqueles processos formativos
gerais.
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gradualmente, mudanças de culturas que obstaculizam a participação social e, em última
análise, o desenvolvimento” (Timóteo & Bertão, 2012, p. 15).
Nas comunidades primitivas não existiam escolas, a educação entre grupos primitivos ocorria
de forma espontânea e integral, ou seja, as crianças aprendiam por imitação ao observarem os
maiores em suas actividades e incorporava tudo o que era possível receber e elaborar. Todos
os membros da velha geração educavam os membros da nova geração e outra forma de
educação entre os povos primitivos são as cerimónias de iniciação que possuem um valor
educativo. Não existia educação na forma de escolas; objectivo era ajustar a criança ao seu
ambiente físico e social, através da aquisição das experiências; chefes de família eram os
primeiros professores e em seguida os sacerdotes.
3. Entre os povos Gregos (na época da antiguidade clássica) como estava organizada a
educação?
Educação Ateniense
A educação em Atenas pautava-se por outros valores. Em suas escolas, mesmo aristocráticas,
ao lado da formação física, destacava-se a formação intelectual, necessária para participar dos
destinos da cidade. Buscava-se o conhecimento da verdade, do belo e do bem. Com a
ascensão da classe dos comerciantes e o crescimento da cidade, em oposição à aristocracia,
que tradicionalmente teve o poder em suas mãos, impôs-se outra forma do exercício do poder
e, por conseguinte, uma nova educação. Atenas os cuidados da criança eram a cargo da
família, geralmente eram entregue aos cuidados de amas e escravos, mais tarde pedagogo –
guia de crianças á escola. Existiam dois tipos de escola: a de música e a de ginástica e
palestra.
Se no início a educação fora aristocrática, sob a tutela da família, com o passar do tempo
surgiram as escolas, já no século VI a.C. Embora o Estado já perceba a importância da
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educação, ela não se tornou obrigatória nem gratuita, predominando pois a iniciativa
particular.
A educação começava aos sete anos. As meninas permaneciam em casa e se dedicavam aos
afazeres domésticos, enquanto os meninos desligavam-se da autoridade da mãe para iniciar a
alfabetização e a educação física e musical.
De acordo com Gadotti (2006), ̋no ensino superior prevalecia o estudo da retórica (a arte do
bem falar) e da filosofia. Os estudos filosóficos compreendiam, geralmente, seis tratados: a
lógica, a cosmologia (estudo dos astros), a metafísica, a ética, a política e a teodiceia.̋
A educação elementar completava-se aos treze anos. Os mais pobres saíam em busca de um
ofício, enquanto os jovens de família rica prosseguiam nos estudos. Dos dezasseis aos dezoito
anos a educação assumiu uma dimensão cívica de preparação militar, instituição criada no
século VI a.C., conhecida como efebia (efebo = jovem). Com a abolição do serviço militar
em Atenas, a efebia passou a constituir a escola em que se ensinava filosofia e literatura.
Somente no século V a.C., com os sofistas, é que teve início uma espécie de educação
superior. Segundo alguns estudiosos, as lições dos sofistas tinham como principal objectivo o
desenvolvimento do poder da argumentação, a habilidade retórica, bem como o
conhecimento de doutrinas divergentes.
Dessa forma, eles transmitiam todo um jogo de palavras, raciocínios e concepções úteis para
driblar as teses dos adversários e convencer as pessoas. A democracia ateniense proporcionou
um número maior de habitantes na discussão sobre temas práticos e públicos, favorecendo
também o desenvolvimento de uma cultura que valorizava o uso da palavra e da razão. As
habilidades argumentativas e dialécticas dos cidadãos tornaram-se um bem cada vez mais
apreciado. Foi nesse contexto que apareceram os sofistas. Seus ensinamentos foram
valorizados, pois a política precisava de cidadãos que soubessem convencer pela palavra.
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Educação Espartana (750-600 a.C.)
A educação espartana tinha um carácter militar em que todos adultos participavam duma
forma obrigatória (dever). A educação espartana tinha como objectivo dar a cada individuo
um nível de perfeição física, coragem e hábito de obediência as leis que o tornassem um
soldado ideal.
Esparta constituiu um caso excepcional entre as póleis gregas, cuja evolução se assemelhou
mais à de Atenas. Fundada pelos dórios no interior do Peloponeso, organizou-se como uma
fortaleza erguida em solo inimigo. Os espartanos (ou esparciatas, classe dominante,
descendentes dos guerreiros dórios) eram educados como cidadãos-soldados, mobilizados
permanentemente para a Guerra. A cidade-estado era militarista, aristocrática e conservadora.
Nesta fase, as crianças estudavam, como todo grego que tinha acesso à educação, música,
canto e dança. Aos doze anos iam viver em acampamentos, dedicados ao treinamento físico e
à formação militar. Os jovens aprendiam os segredos da luta corporal e do manejo das armas.
Aprendiam a suportar a fome, o frio e a controlar seus sentimentos diante de castigos físicos,
sobretudo a raiva, essencial na luta contra os inimigos.
A educação moral valorizava a obediência, a aceitação dos castigos físicos, o respeito aos
mais velhos e privilegiava a vida comunitária. Aos vinte anos, após se submeter ao teste da
Krypteia, o indivíduo estava preparado para ingressar no exército. Em estado de mobilização
permanente, o cidadão-soldado servia no exército até os sessenta anos quando, se pertencesse
a uma família notável, poderia integrar as instituições políticas responsáveis pela
administração da Pólis.
Por valorizar a formação militar, os espartanos não eram dados aos refinamentos intelectuais,
nem apreciavam os debates e os discursos longos, como em Atenas. No entanto, em Esparta
se oferecia uma maior atenção às mulheres, cuja função essencial era gerar filhos robustos e
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saudáveis. Por isso, elas participavam das actividades físicas. É preciso esclarecer que apenas
a classe dominante, formada por aqueles que acreditavam ser descendentes dos dórios, tinha
o direito à educação estatal.
R:) Essas foram as contribuições dos grandes pedagogos para a educação na minha ordem de
ideia.
Sócrates usava como métodos a ironia e a maiêutica, que consistiam em fazer perguntas para
obter opiniões do interlocutor e depois através de outras perguntas de forma a levar o
interlocutor a descobrir por si mesmo a contradição e o absurdo das opiniões apresentadas
(descobrir a verdade).
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Platão (428-348 a.C.)
A necessidade de procurar uma nova base moral para determinantes nova base deveria
encontrar-se em ideias e na verdade universal;
Aceitou e desenvolveu o método dialéctico de Sócrates, e definiu como sendo um
contínuo discurso consigo mesmo. O que se traduz em: A educação é o processo do
próprio educando, mediante a qual são dadas as ideias que fecundam a sua alma.
Portanto, a educação consiste na actividade que cada homem desenvolve para
conquistar as ideias e viver de acordo com elas. Acrescenta ainda que, o
conhecimento não vem de fora para o homem, é o esforço da alma para adaptar-se da
verdade.
Platão e Sócrates divergem no facto de que para Platão nem todos os homens tem a
capacidade de adquirir conhecimentos, apenas algumas pessoas, enquanto Sócrates, para este,
todos possuem a capacidade de adquirir conhecimentos.
Apresentou uma visão bastante diferente de Sócrates e de Platão. Enquanto esses dois
afirmavam que a base de conhecimentos consistia na virtude, Aristóteles afirmava que a
virtude está na conquista da felicidade e do bem.
A virtude não consiste em simples conhecimentos do bem, mas da sua conquista. E o bem na
sua integridade resume-se em bem ser (intelecto) e bem-fazer (acção) A felicidade é um bem
supremo que consiste em realizar o que é específico do homem, é a razão (amor, saúde,
posição social, fortuna, etc.).
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Aristóteles sistematizou pela primeira vez o processo de ensino ao postular o seguinte plano
metódico:
Na Antiguidade, o conhecimento inicial era o mito e mais tarde a razão. Nessa época os
filósofos eram as primeiras representações de professores, questionavam os mitos e
colocavam em questão a nossa existência. Os pedagogos eram os escravos que levavam os
filhos da classe mais alta para observar os filósofos nas goras, dessa maneira, não havia uma
relação estabelecida entre o processo ensino-aprendizagem.
A profissão de professor é uma das mais antigas que existe. Há 25 séculos, o filósofo grego
Sócrates foi professor de Platão. Sócrates não ensinava numa escola, mas em locais públicos,
como praças e ginásios. Ele conversava com as pessoas, fazendo perguntas e provocando
seus discípulos, o que os obrigava a pensar.
Em 355 a.C., Aristóteles fundou uma escola próxima ao templo de Apolo Lício, de onde
recebeu seu nome: Liceu. A escola se tornaria a rival e ao mesmo tempo a verdadeira
herdeira da Academia platónica.
Nessa época, em famílias mais ricas, era comum pagar pessoas com mais conhecimentos para
guiar as crianças nos estudos.
Podemos dizer que os primeiros professores foram os filósofos como Platão, Sócrates,
Aristóteles.
Conclusão
Nas comunidades primitivas não existiam escolas, a educação entre grupos primitivos ocorria
de forma espontânea e integral, ou seja, as crianças aprendiam por imitação ao observarem os
maiores em suas actividades e incorporava tudo o que era possível receber e elaborar. Todos
os membros da velha geração educavam os membros da nova geração e outra forma de
educação entre os povos primitivos são as cerimónias de iniciação que possuem um valor
educativo. Não existia educação na forma de escolas; objectivo era ajustar a criança ao seu
ambiente físico e social, através da aquisição das experiências; chefes de família eram os
primeiros professores e em seguida os sacerdotes.
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A Sociedade Ocidental deve muito à cultura e à civilização dos gregos e romanos. Muitas
foram as contribuições deste modelo de civilização para o ocidente, e mesmo na actualidade,
muito de nosso modo de pensar e ver o mundo ainda contém influências advindas desta
época.
Depois destes dois modelos de educação e com o passar do tempo, apareceu um grupo de
indivíduos que desenvolveu a educação em modelos diferentes, direccionando a esta para da
ciência e a arte com finalidades práticas (eloquência,) – os sofistas.
Como consequência destes, que iam então de cidade em cidade ensinando os discípulos a
debater em público e falar em auditório, puderam surgir vários filósofos como Sócrates (que
foi discípulo do sofista chamado Górdias) e graças a esta influência dos sofistas, se deu
principalmente na Política e no Direito dos gregos muita difusão.
Bibliografia
LARRUYO, Francisco: História geral da pedagogia: São Paulo: Mestre Jou: 1970: P. 150
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PACTRICK, John: A s origens da educação superior em atenas. o lyceum e a educação
ateniense antes de Aristóteles: Disponível em www.educação na antiguidade clássica: acesso
em 05 de Abril de 2009.
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