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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, GESTÃO E ECOLOGIA: as

inquietações e consequências do uso desordenado dos recursos na produção


de bens e serviços.

Wellington Antonio Cabral Felipe¹


Rebeca Maria Barbosa Santos²
Prof.ª M.a. Antônia Dutra de Araújo³

Resumo
Este trabalho tem como enfoque a análise da importância que a inclusão do ambiente natural e
seus aspectos têm como vantagem competitiva na metodologia do planejamento estratégico.
Propõe demonstrar que é possível à empresa reduzir custos implementando a gestão
ecológica. Identificando no ambiente natural uma fonte de vantagem competitiva. Discute os
conceitos de sustentabilidade e gestão ecológica e seu impacto nas pessoas e na sociedade
como um todo. Foi desenvolvido em etapas: seleção de autores e material bibliográfico;
modelo contemplando um conjunto teórico embasado em produção científica de autores, cujo
pioneirismo e rigor técnico são reconhecidos pela comunidade acadêmica científica. Tem o
objetivo de descrever um método de introduzir a questão ecológica nos modelos de gestão
praticados nas instituições contemporâneas.

Palavras-chave: Gestão; Sustentabilidade; Gerenciamento Ecológico; Recursos naturais.

Summary: The focus of this study is to analyse the importance of the inclusion of the natural
environment and its aspects have as competitive advantage on the methodology of strategic
planning. Proposes to demonstrate that it is possible the company reduce costs by
implementing the ecological management. Identifying the natural environment a source of
competitive advantage. Discusses the concepts of sustainability and ecological management
and their impact on people and society as a whole. Was developed in stages: selection of
authors and bibliographic material; contemplating a set theoretical model grounded in
scientific literature of authors, whose pioneering and technical rigor recognized by the
academic scientific community. Aims to describe a method of introducing the ecological
issue management models practiced in contemporary institutions.

Keywords: management; Sustainability; Ecological Management; Natural resources.

1.Discente do 4º ano do bacharelado em administração-SOPECE


wellingtonacfelipe@gmail.com
2.Discente do 3º ano do bacharelado em administração-SOPECE
rebecabsantos28@outlook.com
3.Docente e mestre; Professora das disciplinas de mercadologia e TGA-SOPECE
Hantoniah@bol.com.br
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1 INTRODUÇÃO

A sustentabilidade tem sido tema de discussões em todos os seguimentos da


sociedade, desde os governamentais, com eventos e compromissos em nível global e nacional,
aos órgãos internacionais e nacionais com a produção e divulgação de regulamentações,
normas, padrões e certificações, com situações de poder de força coercitivas gerando custos
advindos de multas por práticas não conformes com as regras de sustentabilidade em vigor.
O foco deste trabalho está na análise da importância que a inclusão do ambiente
natural, e seus aspectos, têm como vantagem competitiva, na metodologia do planejamento
estratégica que enfatiza apenas os fatores sociais, políticos, tecnológicos e econômica. O que
se propõe aqui é demonstrar que é possível à empresa reduzir custos implementando a gestão
ecológica. Não por ceder às pressões sociais, mas por identificar, no ambiente natural, uma
fonte de vantagem competitiva capaz de agregar valor à missão institucional do
empreendimento. A sustentabilidade e a gestão ecológica, conceitos que serão discutidos no
referencial teórico, exerce nas pessoas e na sociedade como um todo, um crescente interesse,
pois se sustenta em vários relatórios divulgados por institutos de renome internacional e com
apoio da comunidade científica.
O interesse pelo determinado estudo originou-se das inquietações fomentada a partir
do primeiro contato com o tema que aconteceu no terceiro ano do curso de graduação em
administração onde se tomou conhecimento de trabalhos como os de Rachel Carson, Fritjof
Capra e o relatório Meadows, dentre outros que apresentam cenários onde se projeta
perspectivas de devastação e desolação para o planeta, por conta da atual negligencia humana
com os aspectos ambientais. Assim como alternativas de comportamento e gestão no que diz
respeito às práticas do dia-a-dia das pessoas, das organizações e, consequentemente, da
sociedade. Este trabalho prospecta a possibilidade de inserir um modelo de gestão que
considera em seu planejamento estratégico a variável ecológica.
Quando se observa a sociedade, e sua complexidade, vê-se um mundo movido pela
busca de atendimento de necessidades presentes e uma total despreocupação quanto as
gerações futuras. A partir dessas observações, houve motivação para se tratar do assunto mais
detalhadamente. Além do espaço da própria faculdade que é estimulante e permissivo quando
se trata de discussões científicas. Diante desse ambiente, foi crescendo o debate entre os
colegas da graduação, foi quando surgiu a oportunidade de desenvolver o assunto, através do
projeto de extensão e pesquisa sobre, então diante da oportunidade única resolveu-se arguir de
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forma contributiva para o entendimento de pontos chaves sobre os principais modelos que
rege o universo da sustentabilidade.
Voltando para a narrativa do tema, observou-se que os empreendimentos
empresariais precisam enquadrar cada vez mais suas estratégias de investimentos ao contexto
ecológico da sustentabilidade, focando os esforços para a obtenção de práticas bem avaliadas
que protejam o meio ambiente, pois além do aspecto legal, se não houver racionalidade na
exploração, conversão e uso de recursos e talentos nas instituições as consequências futuras
das decisões presentes serão desastrosas.
Percebe-se que todo empreendimento, desde o mais simples até o mais complexo tem
uma função a cumprir, um desempenho a alcançar e, segundo Drucker, “Precisa visar, em
primeiro lugar, a obtenção de qualidade e não a qualidade mínima, mais ótima ou máxima”
(DRUCKER, 1999, p. 118). Existe um aumento cada vez maior quanto ao reconhecimento e a
importância da participação total integrada das pessoas nas organizações e principalmente na
sociedade.
Uma forma de analisar o foco do estudo é através da premissa de que ao otimizar
processos, produtos e sistemas, a gestão está contribuindo, não apenas com o
desenvolvimento e sustentabilidade do empreendimento em questão, mais com toda a cadeia
de valor intrínseca a sua atividade; com o desenvolvimento dos stakeholders envolvidos e o
ambiente onde opera, desde que não haja comprometimento ou debilidade em sua capacidade
de desempenho.
Partindo do pressuposto que, com foco em qualidade, melhoria contínua de produtos,
processos e sistemas pode-se reduzir custos, agregar valor e mitigar danos ao ambiente
natural.
Resulta que os modelos de gestão que consideram a sustentabilidade e as práticas
ecológicas em seu planejamento estratégico dentro da área de responsabilidade e autoridade
da instituição alcançam um desempenho aceitável com baixo impacto ambiental.
A questão a ser colocada consiste em buscar o entendimento de como os aspectos
que causam impacto ambiental: energia, água, emissões, resíduos, contaminantes tóxicos,
sejam registrados, analisados e medidos, mitigando assim seus efeitos.
Objetivamente, trata-se de relatar a importância da sustentabilidade sob dois focos:
práticas ecológicas alinhadas ao uso do planejamento estratégico como meio de alcançar o
desempenho aceitável, e se os resultados são realmente de baixo impacto ambiental, quanto ao
processo de produção de produtos e serviços, havendo assim redução dos custos para as
organizações.
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2 EMBASAMENTO TEÓRICO

2.1 Contexto histórico da Sustentabilidade

O termo Sustentabilidade não é concepção do século vinte e um, nem do acaso, já


que os problemas ambientais só aumentam. O marco foi a publicação do clássico “Livro
Primavera silenciosa em 1962, de Rachel Carson¹”, a quem se atribui ser o desencadeador das
discussões sobre o meio ambiente em âmbito internacional Este trabalho mobilizou a opinião
acadêmica e despertou nos organismos mundiais a necessidade de gerar prioridades
relacionadas com o uso indiscriminado de inseticidas, dentre eles o DDT (Dicloro-difenil-
tricloretano).
Tal publicação levou a desconstrução da crença predominante, na época, em torno
dos benefícios da aplicação de inseticidas. As críticas e questionamentos feitos pela obra
geraram inquietações sobre tal substancia usada para pulverização e seus efeitos sobre o meio
ambiente. Para Carson (1962, p. 16) “Foram necessárias centenas de milhões de anos para se
produzir a vida que agora habita a terra; idades de tempo, para que essa vida, desenvolvendo-
se, evoluindo e diversificando-se, alcançasse um estado de ajustamento e equilíbrio com o
meio ambiente.”. A autora observa que o homem só adquiriu significativa capacidade para
alterar a natureza do mundo a partir do século XIX, alerta para os seguintes questionamentos
quanto à tolerância relacionada à aceitação de níveis de ruído e corrupção do ambiente:

Este modo de pensar, nas palavras do ecologista Paul Shepard, “idealiza a vida com
apenas a cabeça fora d’água, poucas polegadas dos limites acima da tolerância da
corrupção do seu próprio ambiente” [...] Por qual razão deveríamos nós tolerar uma
dieta de venenos fracos, um lar em meio a arredores insípidos, um círculo de
conhecidos que não sejam propriamente nossos inimigos, o barulho de motores com
o alivio apenas o suficiente para evitar a insanidade? Quem desejaria viver num
mundo que apenas não chega a ser fatal? (CARSON, 1962, p. 22).

Devido ao fato de que vivemos um contexto onde a mesmice das coisas parece ser
inevitável e induz a aceitação do que é inferior em detrimento do que traz qualidade desde a
concepção até a conversão em produtos e serviços. Para compreender claramente a situação
de que “Os novos problemas ambientais de saúde são múltiplos: foram criados pelas
radiações, em todas as suas variadas formas; decorreram da interminável torrente de
substancias químicas, de que os pesticidas fazem parte.”, (CARSON, 1962, p. 195). Carson
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explica como a agua, o solo, a atmosfera e as formas de vida estão sendo destruídas em
função do lucro fácil, alertando para o fato que há um entrelaçamento entre as diferentes
formas de vida e as condições ambientais que possibilitou o surgimento e a manutenção da
vida. Como um tubo de ensaio em que os resultados se alteram quando as condições
existentes são alteradas, por isso a autora afirma que “A vegetação da terra faz parte de uma
teia de vida em que existem relações intimas e essenciais entre as plantas e o solo, entre umas
plantas e outras plantas, e entre as plantas e os animais.”, (CARSON, 1962, p. 74).
Claro que o tema é anterior a obra de Carson, pois trata-se de uma construção social,
contudo os avanços e retrocessos a partir desta obra, passaram a ter outra relevância.
Em 1968, em Paris, ocorreu a Conferência intergovernamental de especialistas sobre
as bases científicas para uso e conservação racionais dos recursos da biosfera -Conferência da
Biosfera- organizada pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura
(UNESCO), direcionada somente para os aspectos científicos da conservação da biosfera e
pesquisas em Ecologia. Este mesmo ano foi marcado pela criação de uma importante
instituição denominada Clube de Roma, tendo entre seus associados um grupo representativo
de cientistas, industriais e políticos que levantam questões objetivando discutir e analisar os
limites do crescimento econômico, focando neste debate, o número crescente da população
mundial e o impacto do uso descontrolado dos recursos naturais. O Clube de Roma
encomendou um dos documentos mais importantes em termos de repercussão, o Relatório
Meadows (1972), uma referência até os dias atuais, cuja proposição é de crescimento
econômico zero. Este documento identificou como principais problemas:
 A industrialização acelerada;
 O crescimento demográfico;
 A exploração descontrolada dos recursos não renováveis;
 A escassez dos alimentos
 E a deterioração do meio ambiente.
A partir de uma visão ecocêntrica (Sistema de valores centrado na natureza.),
concluiu que o maior destes problemas estava na pressão que o crescimento da população
infringia ao meio ambiente. Este relatório tem repercussão até os dias atuais e suas
conclusões, publicadas no livro intitulado Os Limites do crescimento, com projeções que
apontam para a necessidade de estabilizar o crescimento industrial e da população global para
respeitar a finitude dos recursos naturais.
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A projeção de que os limites do crescimento seriam alcançados em um período de


cem anos (1900 a 2100), caso a tendência atual de crescimento populacional com os níveis de
industrialização, produção de alimentos, poluição e redução de recursos naturais
continuassem imutáveis, resultando num provável declínio súbito e sem controle, tanto da
população quanto da capacidade industrial.
“A produção industrial global tem se expandido acima de cinco pontos percentuais
ao ano. A taxa média de crescimento de 1963 a 1968 foi de 7% ao ano, ou de 5% ao ano na
base de produção per capita” (Meadows, 1972, p.35-36).
O ciclo positivo de realimentação responsável pelo crescimento exponencial da
produção industrial tem um padrão de semelhança à do sistema da população. O objetivo de
todo empreendimento é replicar o capital investido com o propósito de custear mais capital
industrial (fábricas, caminhões, ferramentas, máquinas, etc) para aumentar a quantidade de
produção e a expansão ciclo a ciclo. É claro que o rendimento depende de fatores outros como
trabalho, matérias-primas dentre outros fatores adicionais. Admitindo o capital como sendo o
fator limitativo da produção. Claro que a maior parte da produção de cada ano é de bens de
consumo, mas uma fração da produção é capital adicional – maquinas e equipamentos, usinas
siderúrgicas, treinamento de talentos, imobilizados, entre outros - que é um investimento para
fazer crescer o estoque de capital. “Temos assim outro ciclo positivo de realimentação. Mais
capital mais produção; uma fração constante da produção torna-se investimento; e mais
investimento significa mais capital. A nova e maior reserva de capital gera ainda mais
produção e assim por diante.” (Meadows et all, 1972, p.36)
Em 1992, a equipe do MIT, uma vez mais, declarou que a catástrofe não é inevitável,
mas alertaram sobre a necessidade mais urgente de mudanças políticas importantes para
alcançar a sustentabilidade, com alguns sistemas ecológicos já pressionados além de seus
limites.
O gráfico 01 ilustra o exame dos cinco fatores básicos que determinam e,
conseguinte, em última análise, limitam o crescimento em nosso planeta – população,
produção agrícola, recursos naturais, produção industrial e poluição. O gráfico 02 mostra a
mesma ilustração, comparando as projeções de 1972 com os dados reais de 1970 até o ano
2000. Demonstrando uma realidade preocupante à medida que há uma convergência entre a
realidade e as projeções.
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GRÁFICO. 01 – PROJEÇÃO EM CEM ANOS SOBRE A LIMITAÇÃO QUE IMPEDEM O


CRESCIMENTO DO PLANETA TERRA SOBRE A PERSPECTIVA DA POPULAÇÃO

Fonte: Departamento de energia dos EUA www.doe.gov. Em 27 de setembro de 1997.

GRÁFICO. 02: ANÁLISE DE DADOS REAIS ENTRE 1970 A 2000, COM A PROJEÇÃO DE
1972, SOBRE A LIMITAÇÃO QUE IMPEDEM O CRESCIMENTO DO PLANETA TERRA SOBRE A
PERSPECTIVA DA POPULAÇÃO.

Fonte: estudo "Looking back on the limits of growth", via Smithsonian Magazine

Em pesquisa recente divulgada pela Smithsonian Magazine que corrobora as


conclusões do relatório Meadows, divulgado há 40 anos, o mundo de fato está caminhando
para o colapso, segundo afirmações do físico australiano Graham Turner, após revisão do "Os

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Limites do Crescimento", que previu em seu estudo que se os seres humanos continuassem a
consumir mais do que o planeta é capaz de fornecer, um colapso econômico global com
acentuado declínio populacional poderia ocorrer por volta de 2030.
Segundo o informe, Turner (2012) comparou os dados reais entre 1970 e 2000 com
as estimativas do estudo.

Ele observou que as previsões até agora são praticamente idênticas aos fatos - no
gráfico acima, as bolinhas são as estimativas e os traços, os índices reais da
progressão da população e poluição globais, das reservas dos recursos naturais não-
renováveis e da produção industrial, serviços e alimentos per capita. "Há um alerta
bem claro aqui", diz o físico. "Nós não estamos em uma trajetória sustentável.
(Smithsonian Magazine- 22 de março de 2012 às 19:34 hs.)

É importante ressaltar que a construção de um modelo capaz de modificar as


tendências desordenadas de crescimento, e formar uma condição de estabilidade ecológica e
econômica para garantir em um futuro remoto, as condições do sistema em que vivemos tem
sido o tema de discussão global desde então. Construir um estado global capaz de atender as
necessidades materiais básicas de cada pessoa na Terra passa por um planejamento
institucional a nível político tanto na esfera pública, quanto na esfera privada.

2.2 Gerenciamento ecológico

Gerenciamento ecológico é um ato de construir, de desenvolver e incrementar


condições para que a base ecológica da economia – solos férteis, ecossistemas naturais,
florestas, pescarias e sistemas de água não sejam explorados além da sua capacidade de
reposição natural. O aumento do produto de bens e serviços pode certamente ser parte do
resultado desejado, mas igualmente importante é a manutenção das condições de renovação,
preservando principalmente, o capital natural existente. O desenvolvimento sustentável requer
mensurações diferentes.
Conforme Winter (apud CAPRA et al,1999, p.35) existem seis motivos pelos quais
todo administrador responsável deve implementar os seis princípios da administração com
consciência ecológica em sua empresa:
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QUADRO 1 – RELAÇÃO DOS SEIS MOTIVOS E DOS SEIS PRINCÍPIOS DA


CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA NA ADMINISTRAÇÃO SEGUNDO WINTER

FONTE: Winter apud Capra, 1999, p.35.

O modelo Winter inclui o uso estratégico de instrumentos tradicionais de


administração para fins ecológicos (WINTER et all, apud CAPRA, 1999, p. 37). “Portanto, a
gestão ambiental e a responsabilidade social tornaram-se importantes instrumentos gerenciais
na busca de uma maior competitividade. A “empresa verde” é hoje e será no futuro sinônimo
de bons negócios.”.
Ao estudar a adaptação das instituições às questões ambientais, é importante
conhecer as perspectivas teóricas e metodológicas que se destacam em termos de
planejamento estratégico institucional. A Teoria Baseada em Recursos (resource-based
theory) é uma das perspectivas pertinentes aos de que trata este trabalho. Wright (2009, p. 32)
afirma que a teoria baseada em recursos “coloca mais peso nas escolhas proativas das
empresas. Embora as oportunidades e ameaças ambientais sejam considerações importantes,
os recursos únicos da empresa encerram as variáveis-chaves que permitem a ela desenvolver e
sustentar uma vantagem competitiva estratégica.” Considerando que os recursos incluem
ativos tangíveis e intangíveis, desde materiais e energia, até o talento humano e informação
como fluxos de entrada. Como se pode inferir, a teoria baseada em recursos focaliza, em
primeiro lugar, empresas individuais e depois o ambiente competitivo. Wright (2009, p. 33)
conclui que “A teoria baseada em recursos pode ser estruturada no contexto de mudança
evolucionaria ou revolucionaria. Uma empresa que possua vantagens únicas dentro de urn
ambiente evolucionário pode continuar a competir eficazmente realizando melhorias
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incrementais sobre sua base de recursos.” Afirma ainda que os recursos devem ser explorados
de forma eficiente de maneira a se obter diferencial competitivo diante do mercado explorado.

Se uma empresa utilizar seus recursos para obter vantagens competitivas


sustentadas, esses recursos devem ser valiosos, raros e objetos de imitão imperfeita e
não devem possuir substitutos relevantes. Recursos valiosos são aqueles que
contribuem significativamente para a eficiência e a eficácia da empresa. Recursos
raros são aqueles possuídos por poucos concorrentes. Recursos imperfeitamente
imitáveis não podem ser completamente duplicados pelos rivais. E recursos que não
possuem substitutos estratégicos relevantes permitem que a empresa atue em uma
situação menos competitiva. (Wright, 2009, p. 33)

Para concluir este capitulo faz-se necessário destacar a atuação de um dos maiores
militantes da questão ecológica que é o físico Fritjof Capra, autor de vários livros sobre o
tema. Dentre eles o livro Ecomanagement:
 Propõe uma cultura organizacional que abarca diferentes percepções, ideias, valores
e comportamentos.

QUADRO 2- PROPOSTA DE MUDANÇA DA CULTURA ORGANIZACIONAL


PRÁTICAS ATUAIS MUDANÇA PRÁTICAS PROPOSTAS
Pensamento mecanicista Para Pensamento sistêmico
Crescimento Para Sustentabilidade
Autoafirmação Para Integração
Dominação Para Parceria
Estrutura Para Processos
Energia fóssil Para Alternativas sustentáveis
Exploração descontrolada Para Mitigação dos recursos naturais
Fonte: Adaptado de Capra, 1999.

Capra (1999) demonstrando a gravidade da situação do atual estilo de vida e modelo de


produção, afirma:
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A sobrevivência da humanidade e do planeta estão em jogo. Estamos diante de uma


série de problemas globais que estão danificando a biosfera e a vida humana de
forma alarmante, capaz de, em breve, tornar-se irreversível. [...] As florestas da terra
estão sendo desmatadas, enquanto a desertificação avança. O solo arável das nossas
terras está diminuindo, e a camada de ozônio, que nos protege da prejudicial
radiação ultravioleta, está sendo destruída. As concentrações de gases que
aprisionam o calor na atmosfera estão se elevando, enquanto o número de espécies
vegetais e animais está se reduzindo. A população mundial continua a crescer, e
continua a aprofundar-se o abismo entre ricos e pobres. (CAPRA et all, 1999, p.
100)

2.3 A empresa como um sistema vivo

Uma instituição empresarial, qualquer que seja sua natureza, é um sistema auto
organizado com certo grau de autonomia, cujo “padrão de organização é a totalidade de
relações que definem as características essenciais do sistema. ” (CAPRA, 1999, P. 123).
Fazendo um paralelo entre o sistema empresa e um sistema vivo onde deixa clara a
necessidade de mudar a forma como é vista e estruturada as relações com as instituições e o
meio ambiente, a “percepção, dos objetos para as relações, das estruturas para os processos,
dos elementos de construção para os princípios de organização.” (CAPRA, 1999, p. 122).
Capra (1999) sugere a implantação de auditorias (Eco auditorias) como pratica de gestão e
forma de identificar e controlar as manifestações físicas do padrão da instituição empresarial.

Como a tarefa de uma eco auditoria é minimizar o impacto ambiental de uma


empresa, e como esse impacto diz respeito a processos ecológicos que envolvem
energia, substancias materiais, pessoas e outros organismos vivos, precisamos
representar a empresa, um sistema vivo, em termos desses processos. Isso significa
que estamos interessados nos aspectos estruturais de uma empresa, ou seja, na
manifestação física de seu padrão de organização. (CAPRA et all, 1999, p. 123)

Dessa forma Capra (1999) apresenta um fluxograma que representa o metabolismo


de uma empresa: a movimentação de materiais, de pessoas e de energia que vem do exterior é
convertida e voltam para o exterior como novos materiais, resíduos e emissões (Sobras). É
Fácil associar e converter o fluxo metabólico fazendo um paralelo com a cadeia de valor de
Porter, promovendo a inserção de práticas de melhoria de qualidade considerando as ações
com cunho ecológico como um redutor de custos e um agregador de qualidade e valor,
estratégico para a empresa, e funcional para os clientes. As figuras 01 e 02 ilustram
claramente essa questão. A figura 01 representa o esquema sugerido por Capra (1999) para o
fluxo metabólico e a figura 02 é uma adaptação da cadeia de valor de Porter.
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FIGURA. 1- FLUXO DO METABOLISMO EMPRESARIAL

Fonte: Gerenciamento ecológico, Capra et all, 1999, p. 125

A ideia é tratar das consequências que os fluxos de pessoas, materiais e energia como
uma realidade física das empresas, inclusive, das “suas ligações com fornecedores, a
comunidade, o ambiente natural e assim por diante.” (CAPRA, 1999, p. 124).

FIGURA 2- CADEIA GENÉRICA DE VALOR ADAPTADA PARA A GESTÃO AMBIENTAL

Fonte: Adaptado de Epsten e Roy, 1998.

Capra (1999) sugere o uso de listas de verificação, com o objetivo de assegurar que
aspectos ecológicos significativos das operações da empresa não sejam ignorados, devem ser
usados em conjunto com o fluxograma metabólico.
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2.4·Fluxos refluxos e conversão

Vê-se ao longo deste trabalho, que uma empresa converte valores, materiais,
informações e talentos; em produtos, informações e resultados, em um fluxo contínuo, onde o
ambiente fornece elementos que após um processo de conversão, são devolvidos ao ambiente.
As consequências dos fluxos dessas atividades são de interesse estratégico e devem ser
arranjados de modo a criar vantagem competitiva, de difícil imitação, e com um nível de
qualidade que contemple as questões ecológicas, não apenas o mínimo necessário, mas o
máximo. Deve-se isto ao fato de que a empresa não existe sem o ambiente, não só o
econômico, não só o social, mas fundamentalmente, o natural. É irresponsabilidade não
auditar os efeitos dos fluxos de entrada, dos fluxos das atividades de conversão e saída dos
processos empresariais. Assim como a toxidade e o impacto de materiais, resíduos e emissões
e as consequências para a biosfera e o ambiente natural em sua totalidade.
Por isso o conceito de ciclo de vida e a modelagem de entrada, conversão e saída,
“podem ser usadas para realizar avaliações de suficiência de recursos de forma aplicável
universalmente.” (IVANOVA, 2014, p. 84). Segundo Almeida (2002)

A análise do ciclo de vida (ACV) é uma técnica para avaliação dos impactos
ambientais de um produto, do berço ao túmulo. Isto é, desde o projeto (design) do
produto até a disposição final do que restou do produto consumido – passando pela
obtenção das matérias-primas e insumos na natureza, a fabricação, a embalagem, o
transporte, a utilização, a reutilização e a reciclagem/recuperação. (ALMEIDA,
2002, P. 63)

A metodologia aqui proposta é baseada no esquema da figura 03, sendo utilizada


listas de verificação com base em todas as etapas dos fluxos de atividades como ilustrado nas
figuras 3 e 4. Capra (1999) observa que a prática ecológica demanda anos de esforço
sistemático e planejamento e sugere que de início se priorize atividades de acordo com as
prioridades do negócio e que volte a atenção às providencias que contemplem os aspectos
legais, e só depois as providencias que poupam dinheiro e aumentam receitas. Em nível de
importância nas indústrias podemos catalogar ações relacionadas aos fluxos que envolvem
entradas, conversão e saídas nos processos, começando pelos processos funcionais onde os
colaboradores estejam interessados nos aspectos de melhoria ecológicos. Roberts apud Capra
(1999) classificou os piores problemas ecológicos que o mundo enfrenta:
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 Mudança do clima global;


 Destruição do ozônio estratosférico;
 Alteração do hábitat;
 Extinção de espécies e perda de biodiversidade;
 Poluentes atmosféricos (Mistura de nevoeiro e fumaça);
 Poluentes atmosféricos tóxicos (Por exemplo, Benzeno);
 Gás Rádom;
 Poluição em interiores;
 Contaminação por agua potável;
 Exposição ocupacional a produtos químicos;
 Aplicação de pesticidas. (ROBERTS apud CAPRA, 1999, p. 184).

A redução de emissões, resíduos e poluentes em uma empresa se dá em três esferas


importantes:
 Redução do uso de agua, energia e matéria-prima;
 Insumos do processo: uso de materiais ecologicamente desejáveis;
 Contenção e manejo de materiais residuais prejudiciais (E do ruído).
(CAPRA, 1999, p. 184).

FIGURA 3- ESQUEMA DO PROCESSO DE PRODUÇÃO CONSIDERANDO


ASPECTOS DA SUSTENTABILIDADE

REUSO

REMANUFATURAMENTO

RECICLAR

INSUMOS FABRICAÇÃO MONTAGEM CONSUMIDOR


Material em processo; Material em processo;
Refugo; Refugo; DISPOR
Retrabalho; Retrabalho;
Subproduto; Subproduto;
Co-geração Co-geração TRATAMENTO

PERDAS PERDAS PERDAS PERDAS DESCARTE

ELIMINAÇÃO DAS PERDAS - REDUÇÃO DE EMISSÕES E RESÍDUOS

Fonte: Adaptação dos autores

Desdobrando os elementos da figura 03 temos na figura 04 as configurações seguintes para os


fluxos a serem auditados:
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FIG. 04- LOGÍSTICA DOS FLUXOS DE ENTRADA, CONVERSÃO E SAÍDA.

LOGISTÍSTICA DOS FLUXOS DE ENTRADA


AUDITAR AUDITAR
FORNECEDOR INSUMOS
Ambiente ENERGIA SOLAR
Concessionária PRÁT ICAS DE AGUA
Ambiente GEST ÃO; HIST ÓRICO AR
ÉT ICO; PRÁT ICAS TOXIDADE;
Industrias T RABALHIST A; MATERIA PRIMA EMISSÕES;
Concessionária PRÁT ICAS ENERGIA RESÍDUOS;
COMERCIAIS; PERDAS;
Industrias RESPONSABILIDADE
COMPONENTES
TRATAMENTO.
Mercado de trabalho AMBIENT AL; TALENTOS
ORIGEM E POLÍT ICAS.
Bancos/investidores CAPITAL
Comunidade RECICLAGEM

LOGISTÍSTICA DOS FLUXOS DE CONVERSÃO


AUDITAR AUDITAR
FABRICAÇÃO MONTAGEM
Material em processo Material em processo
Refugo Refugo
Retrabalho Retrabalho
TOXIDADE;
Subproduto TOXIDADE; Subproduto EMISSÕES;
EMISSÕES;
Co-geração Co-geração RESÍDUOS;
RESÍDUOS; PERDAS;
Perdas PERDAS;
TRATAMENTO. Perdas
TRATAMENTO.
Insumo solar Insumo solar
Agua Agua
Ar Ar

LOGISTÍSTICA DOS FLUXOS DE SAÍDA


AUDITAR AUDITAR
EMPRESA CONSUMIDOR
Produtos Consumo
Armazenagem Uso
Distribuição Reuso
TOXIDADE;
Captação embalagens TOXIDADE; Tratamento EMISSÕES;
EMISSÕES;
Captação carcaças RESÍDUOS;
RESÍDUOS; PERDAS;
Tratamento PERDAS;
TRATAMENTO.
TRATAMENTO.
Destino descartaveis

Fonte: Adaptado da figura 03

É importante prefixar metas de melhoria para processos, produtos, talentos e


desenvolvimento institucional, principalmente quanto aos aspectos ecológicos. Drucker
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(1999, p. 70) estima que “uma taxa anual de aperfeiçoamento de 3% é realista e atingível.”
Por isso é importante, durante o processo de decisão, que as questões ecológicas sejam
consideradas. “De acordo com a visão sistêmica, as propriedades essenciais de um organismo,
ou sistema vivo, são propriedades do todo, que nenhuma das partes possui. Elas surgem das
interações e das relações entre as partes.” (CAPRA, 2004, p. 43). Capra (1995) destaca que o
mundo material não como uma máquina, constituída de uma multidão de objetos distintos;
mas a um todo indivisível, uma rede de relações onde o homem além de observador constitui
um desses objetos.

3 METODOLOGIA

O presente trabalho envolve o estudo e aprofundamento teórico no que diz respeito à


análise da contribuição da inserção do ambiente natural como variável estratégica e as
contribuições para a redução de custos, construção de vantagem estratégica e do
desenvolvimento sustentável. Trata-se de uma pesquisa de natureza básica com abordagem
qualitativa, porquanto o interesse é o de aprofundamento teórico e a busca de novas
interpretações e significados. Quanto ao tema em questão à classificação do tipo de pesquisa
para este trabalho é de pesquisa exploratória, para Gil (2008):

As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e


modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais
precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. De todos os tipos de
pesquisa, estas são as que apresentam menor rigidez no planejamento.
Habitualmente envolvem levantamento bibliográfico e documental, [...]. Pesquisas
exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo
aproximativo, acerca de determinado fato. Este tipo de pesquisa é realizado
especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre
ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis. Muitas vezes as pesquisas
exploratórias constituem a primeira etapa de uma investigação mais ampla. Quando
o tema escolhido é bastante genérico, tornam-se necessários seu esclarecimento e
delimitação [...]. O produto final deste processo passa a ser um problema mais
esclarecido, passível de investigação mediante procedimentos mais sistematizados
(GIL, 2008, p.27).

Ainda Gil (GIL, 2008, p. 50) pesquisa bibliográfica normalmente é desenvolvida a


partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.
A pesquisa adota, na análise do problema, o método dedutivo na busca de construir
um modelo lógico de gestão com foco na estratégia das instituições.
17

O objetivo desta investigação é de responder através de uma pesquisa de natureza


exploratória descritiva do qual são abordados referenciais teóricos relativos ao tema
sustentabilidade, gestão estratégica de recursos do ambiente natural e redução de custos com a
prática do gerenciamento ecológico nas empresas.

O método dedutivo, de acordo com a acepção clássica, é o método que parte do geral
e, a seguir, desce ao particular. Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e
indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é,
em virtude unicamente de sua lógica. É o método proposto pelos racionalistas
(Descartes, Spinoza, Leibniz), segundo os quais só a razão é capaz de levar ao
conhecimento verdadeiro, que decorre de princípios a priori evidentes\ e
irrecusáveis. O protótipo do raciocínio dedutivo é o silogismo, que consiste numa
construção lógica que, a partir de duas preposições chamadas premissas, retira uma
terceira, nelas logicamente implicadas, denominada conclusão (GIL, 2008, p.9).

O método dedutivo advém da composição do pensamento que é elaborado a partir de


uma coletânea de pensamentos teóricos que serão a base para a composição de novas
orientações e encaminhamentos teóricos que serão decompostos para a iniciação básica de um
novo direcionamento analítico sobre um assunto ainda não tão explorado no meio acadêmico,
ou até mesmo, no ambiente empírico.

5 CONCLUSÃO

Imaginando a terra como um grande tubo de ensaio, com peculiaridades,


características específicas e as condições que originaram, em milhares de anos terrestres, a
vida. A predominância do homem, a partir da revolução industrial, na exploração do ambiente
natural tem contribuído em grande escala para alterar características importantes nesse tubo
de ensaio chamado terra. Vê-se neste trabalho que o impacto das ações humanas tem alterado
o meio ambiente e subsistemas como a biosfera e a atmosfera terrestre. A Pegada Ecológica,
Becker (2012), de um país, estado, cidade ou pessoa corresponde ao tamanho das áreas
produtivas terrestres e marinhas necessárias para sustentar determinado estilo de vida.
Conceito este, de importante contribuição para aferir o quanto o crescimento e consumo
descontrolado de algumas cidades impactam os sistemas do planeta. Uma forma de traduzir a
extensão de território que uma pessoa ou uma sociedade utiliza para moradia, alimentação,
locomoção, vestuário e apropriação de bens de consumo em geral considerando para neste
cálculo o impacto do consumo sobre recursos naturais renováveis.
18

Cada vez mais cientes da importância de otimizar os recursos naturais de forma a


minimizar danos e reduzir custos, empresários tem buscado em suas instituições, não
desperdiçar insumos naturais, mas também, incrementar meios de captação, reuso e
preservação das fontes e sistemas naturais produtores e seus ciclos. A precipitação sobre a
superfície da Terra é a origem de todos os nossos suprimentos de água potável. A gestão desse
e de outros recursos naturais envolve a captação, o tratamento, o uso e reuso e a preservação
das reservas e fontes naturais, por indivíduos e instituições privadas e publicas.

6 REFERENCIAS

ALMEIDA, Fernando. O Bom Negócio da Sustentabilidade. Ed., Nova Fronteira, 2002.

ATLÂNTICA ESTADO DO MUNDO 2014. Como Governar em Nome da


Sustentabilidade/ Worldwatch Institute; Organização: Tom Prugh e Michael Renner
Salvador, BA: Uma Ed., 2014.

BECKER, Michael et al. A Pegada Ecológica de Campo Grande e a família de pegadas.


WWF-Brasil, Brasília, 2012.

CAPRA, Fritjof et all. Gerenciamento Ecológico (EcoManagement). São Paulo: Editora


Cultrix, 1999. http://www.pensamento-cultrix.com.br

CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida. São Paulo: Editora Cultrix, 1999. http://www.pensamento-
cultrix.com.br

CAPRA, Fritjof. As conexões Ocultas: Ciência para uma vida sustentável. São Paulo:
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CAPRA, Fritjof. Sabedoria Incomum: Conversas com Pessoas Notáveis. São Paulo:
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CARSON, Rachel. Primavera Silenciosa. São Paulo: Editora Portico, 1999.

CHEHEBE, José Ribamar B. Análise do Ciclo de Vida de Produtos: Ferramenta


Gerencial da ISO 14000. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 1998.

DRUCKER, Peter Ferdinand. Desafios Gerenciais para o Século XXI. São Paulo: Editora
Pioneira, 1999.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Ed. Atlas, 2008.

MARK STRAUSS | Smithsonian Magazine | Washington - 22/03/2012 - 19h34<em 19-08-15.


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MEADOWS, Donella et all. The Limits to Growth. NEW YORK: Universe Books, 2007.
19

WRIGHT, Peter et all. Administração estratégica: conceitos. São Paulo: Editora Atlas,
2009.

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