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EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO – MATEMÁTICA A

PROVA MODELO N.º 1


José Carlos da Silva Pereira
Explicações de Matemática  Sala de Estudo
12.º ANO DE ESCOLARIDADE

“Pela evidência intrínseca da sua criação, o Grande Arquitecto do Universo começa agora a parecer um puro Matemático.”
Sir James Jeans

GRUPO I – ITENS DE ESCOLHA MÚLTIPLA

1. Um baralho de cartas completo é constituído por 52 cartas, repartidas por quatro naipes de treze cartas cada:
espadas, copas, paus e ouros. Em cada naipe há três figuras. Retiram-se as doze figuras de um baralho completo e
colocam-se em fila. Quantas filas diferentes podemos formar de modo que nos extremos fiquem dois Reis?

A 10! B 4  3 10! C 12! D 2 10!

2. Seja S o espaço de resultados associados a uma certa experiência aleatória. Sejam A, B e C três acontecimentos
 A  S, B  S e C  S  . Sabe-se que P  A  B  P  C   0,2 e que A  B e C são incompatíveis. Qual é o


valor de P  A  B  C ? 
A 0 B 0,10 C 0,25 D 0,4

3. Seja g uma função de domínio IR cujo gráfico se encontra parcialmente representado na figura. Sabe que:

y  As rectas de equações x  1 , y  1 e y  2 são assimptotas do


gráfico de g;

 g 1   2 .
2
g
1

O 1 x
Seja  un  uma sucessão tal que lim g  un   1 . O termo geral de da
sucessão  un  pode ser:

1
A un  1  e n B un  n  n2 C un   D un   ln  n
n

2  x3 y 3 
4. Sejam x e y dois números reais positivos tais que y  . Qual é o valor exacto de log4  ?
x  4 

3 1 1 3
A  B  C D
2 2 2 2

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5. Na figura está representada, em referencial o.n. xOy uma circunferência de equação x2  y 2  4 .

y
 Os pontos A, B e C pertencem à circunferência; B
P
 Os pontos A e C pertencem ao eixo Ox e o ponto B ao eixo Oy;

C O A x
 O ponto O é a origem do referencial.

Considera um ponto P que se desloca sobre o arco ABC e seja  a


amplitude, em radianos, do ângulo AOP,   0,  .

Qual das seguintes expressões dá a área da região sombreada em função de ?

A     tg B 2       sen 

C   sen D 2       tg 

6. Seja h uma função cuja representação gráfica é a seguinte:

4 h

3 O 2 x

Qual das seguintes expressões designa um número negativo?

A h  2   h 1 B h  0   h  3   h 1

C h  3   h  3  D h  2   h  3   h  4 

i
7. Em C, conjunto dos números complexos, considera o complexo z  2  2 3i . Um argumento de é:
z2

  2 7
A  B C  D 
6 6 3 6

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8. Seja P a imagem geométrica do número complexo z. A imagem geométrica do número complexo z  2i11 é:

Im(z)

D P B
O 1 Re(z)
A

A O ponto A B O ponto B C O ponto C D O ponto D

GRUPO II – ITENS DE RESPOSTA ABERTA

5
i
1. Em C, conjunto dos números complexos, considera z1  3  i e z 2  2e 12 .

z1  z 2
1.1 Mostra que o número complexo  2 é um imaginário puro.
2i

z 
2
 
1.2 Seja z3  cis um número complexo. Determina    0,  de modo que 3 seja um número real.
 2 z2

2. Seja S um espaço de resultados associados a uma experiência aleatória. Sejam A e B dois acontecimentos possíveis
( A  S e B  S ).

    
2.1 Mostra que P A  B  P  B   P  A   P A B  P B .

2.2 Num encontro de professores de Matemática de todo o país, realizado em Fátima, sabe-se que:

 5 em cada 7 professores não tem um mestrado em Educação;

 40% dos professores tem um mestrado em Análise;

 Dos professores que não têm mestrado em Análise, a sexta parte têm mestrado em Educação.

Escolhendo aleatoriamente um professor, qual é a probabilidade desse professor não ter mestrado em Educação e
ter mestrado em Análise? (Apresenta o resultado na forma de fracção irredutível) Sugestão: Podes utilizar a igualdade enunciada em
2.1

3. Um código de um cofre é constituído por 4 algarismos seguidos de 5 letras (Considera 26 letras). Um exemplo de um
código deste cofre pode ser 1 0 0 2 A W Z B B. Escolhendo ao acaso um destes códigos, qual é a probabilidade de ter
exactamente dois 6 e as letras todas distintas? (Apresenta o resultado na forma de dizima arredondada às centésimas)

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4. Considera uma função f, continua em IR. Sabe-se que:

 f tem um único zero para x  1 ;

 A recta de equação y  2x  1 é assimptota do gráfico de f quando x   e a recta de equação y  3x é


assimptota do gráfico de f quando x   .

x
Seja g uma função definida em IR \ 1 por g  x   . Estuda a função g quanto à existência de assimptotas ao seu
f  x
gráfico.

3cos x  3e  x
5. Considera a função f, definida no intervalo  4,11 por f  x   . Recorrendo às capacidades gráficas
x
da calculadora reproduz o gráfico de f na janela de visualização  4,11   1,1 . Com base nesse gráfico resolve o
seguinte problema:

Seja f  a função derivada de f. O conjunto-solução da condição f   x   0 é um intervalo aberto a,b . Determina os


valores de a e de b.

Justifica a resposta. (Apresenta os resultados arredondados às décimas)

6. Seja g uma função, de domínio   2,   , cuja sua derivada é dada por g  x   2x2  5ln  x  2  , x    2,   .

6.1 Seja r a recta tangente ao gráfico de g no ponto de abcissa 1 . A recta r intersecta o eixo Ox num ponto P e o
eixo Oy num ponto Q. Sabendo que g  1  3 , determina a área do triângulo OPQ , sendo O a origem do
referencial.

6.2 Estuda a função g quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico e quando à existência de pontos de
inflexão.

7. Um certo elemento radioactivo de massa M, em miligramas, desintegra-se segundo a lei M  t   a  e bt , onde t é o
tempo em anos e a e b são constantes reais positivas.

7.1 Sabendo que a massa inicial deste elemento radioactivo se reduz 80% ao fim de um século, determina o valor
de b. (Apresenta o resultado na forma de dízima arredondada às milésimas)

M  t  10 
7.2 Nesta alínea considera b  0,016 . Mostra que é constante. Interpreta o resultado no contexto do
Mt 
problema. (Apresenta o resultado na forma de dízima arredondada às centésimas)

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SOLUÇÕES

GRUPO I – ITENS DE ESCOLHA MÚLTIPLA

1. B 2. C 3. D 4. C 5. B 6. D 7. D 8. A

GRUPO II – ITENS DE RESPOSTA ABERTA

5
1.2 
24

3
2.2
14

3.  0,03

1 1
4. A.V.: x  1 ; A.H.: y  quando x   e y   quando x  
2 3

5. a  6,1 e b  9,3

25
6.1 AOPQ 
4

 1 1  1
6.2 O gráfico de g tem c.v. baixo em   2,  e tem c.v. cima em
2  2 ,   . O gráfico de g tem P.I. para x  2
   

M  t  10 
7.1 b  0,016 7.2  e 0,16  0,85 ; A massa deste elemento radioactivo diminui 15% por década.
Mt 

José Carlos da Silva Pereira Matemática A – 12.º Ano  E.N.E.S. – Prova Modelo n.º 1  7
RESOLUÇÃO DA PROVA MODELO N.º 1 6. A resposta correcta é a D, pois h  2   0 , h  3   0 (A função é

crescente em 2,  ) e h  4   0 (O gráfico de h tem


GRUPO I – ITENS DE ESCOLHA MÚLTIPLA
concavidade voltada para cima em     3 ). Logo
1. Consideremos o seguinte esquema: h  2   h  3   h  4   0 .
0 0 0

Rei Rei
3
4
 
2
10! 7. z  22  2 3  4  12  16  4 . Seja  um

Então o número pedido é 4  3 10! e a resposta correcta é a B. 2 3


argumento de z, assim tg    3 . Como  4.ºQ , vem
2
2. Como A  B e C são incompatíveis vem que  A  B  C   , 
que  pode ser  . Assim:
assim  A  B   C e portanto  A  B  C  A  B . Logo: 3

   P  A  B 
i
P  A  B  C
  2 
i e2 1 i  2  3  1 i 76

P  A  B C   0,2
   e  e .
 
 2 
P C 1 P C  1  0,2 z2 i   16 16
42 e  3 

0,2
  0,25
0,8 i 7
Logo, um argumento de é , pelo que a resposta correcta é
z2 6
A resposta é a C. a D.

3. A resposta correcta é a D, pois un   ln  n   e portanto 8. Vamos resolver esta questão por dois processos distintos.
g  un   1 .
1.º Processo: O número complexo z é da forma z  a  bi com
2 a  1 e 0  b  1 (por observação da figura). Como i11  i3  i
4. Como y  então xy  2 . Logo:
x então z  2i11  a  bi  2i  a  i b  2  . Como b  2  0 , pois
0  b  1  2  b  2  1 , então a imagem geométrica de
 x3y 3
log4 
 4


3 3

1
3
 
  log4 x y  log4 4  log4  xy   1  log4 2  1
3
z  2i11 pertence ao 4.º quadrante.

3 1 2.º Processo: Vamos utilizar a Regra do Paralelogramo para


 log4 8  1  1
3
2 2 resolver esta questão. Seja Q a imagem geométrica do número
2
complexo 2i11  2i . Consideremos a figura seguinte:

A resposta correcta é a C.
Im(z)

log2 8 log2 23 3 P
Cálculo Auxiliar: log4 8    , ou de uma outra
log2 4 log2 22 2
forma, fazendo log4 8  y vem: O 1 Re(z)

3
 
y
log4 8  y  8  4y  23  22  23  22y  3  2y  y  A
2

Q
1
5. A sombreada   A círculo  A sec torAOP  AOCP 
2
Pela Regra do Paralelogramo tem-se OP  OQ  OA , então o
1  2  2sen
   22   22   ponto A é a imagem geométrica do número complexo
2 2 2
z   2i   z  2i11 .
 2  2  2sen  2       sen 
A resposta correcta é a A.
A resposta correcta é a B.

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GRUPO II – ITENS DE RESPOSTA ABERTA Justificação:

1. 
P A B   P A  B  P A B P B
 
i) P A B      
P B 
 3    1
2 2
1.1 z1   3 1  4  2 . Seja  um
2.2 Vamos resolver esta questão por dois processos distintos:
1 3
argumento de z1 , assim tg   . Como  4.ºQ
3 3
1.º Processo: Consideremos os acontecimentos A: «Professor com
 
 i   mestrado em Educação» e B: «Professor com mestrado em
então  pode ser   , pelo que z1  2e  6  e portanto:
6
 
Análise». Queremos determinar P A  B . Assim, pelo enunciado

2 5
  2
  5   5 
tem-se P  A   (pois P A  ), P B   0,4  e portanto
i   i i   
z1  z 2 2e  6
 2e 12 2e  6 12 
 2 
 2 
 2 7 7 5
2i i i
2e 12
e 12

i

   

P B 
3
5
 
1 2 2 1 3 3

e P A B  . Logo P A  B      .
6 5 7 6 5 14

2e 4 i   i  
 
 2  2e 4 2
 2  2e  4
 2
i
e 12 2.º Processo: Consideremos os acontecimentos A: «Professor com
mestrado em Análise» e E: «Professor com mestrado em
 2 2 
 2
 2

 i  2 
2 
2  2i  2   2i

Educação». Queremos determinar P E  A . Vamos construir 
uma tabela para responder a esta questão. Do enunciado tem-se
e  2i é um imaginário puro.
 5
7
2
5
1
P E  , P  A   0,4  e P E A  . Assim:
6
 
 z3 
2

1.2 O número complexo é um número real se e só se


z2 A A p.m.
qualquer seu argumento for da forma 0  k, k  Z . Assim:
13 1 2
E
70 10 7
e 
2
 z3 
2 i
e
i 2  5 
1 i  2  
 5
 5
 e  12  3 1 5
z2 i i 2
2e 12 2e 12 E
14 2 7

5 5 2 3
Logo 2    k, k  Z  2    k, k  Z  p.m. 1
12 12 5 5

5 k
   , kZ
24 2 
Logo P E  A   3
14
.

5   5 Justificações:
Para k  0      0,  . Portanto    .
24  2 24
P EA  
 
i) P E A 
1

1 1 3 1
 P EA     
2. 6 P A 6   6 5 10

   
2.1 P A  B  P A  B  1  P A  B    2 1 13
ii) P E  A    
7 10 70


 1 P  A   P B  P A  B      2 13 3
iii) P E  A   
5 70 14
 1 P  A   P B  P A  B    
 
5 3 1
iv) P E  A   
7 14 2
 1  P  A   1  P B   P A  B   
 P B   P  A   P A B  P B
i)
  
Q.E.D.

José Carlos da Silva Pereira Matemática A – 12.º Ano  E.N.E.S. – Prova Modelo n.º 1  4
3. O número de casos possíveis é 104  265 . Para determinarmos o Assim:
número de casos favoráveis consideremos o seguinte esquema: Se
x
os dois 6 ficarem nas duas primeiras posições temos:
g x  f x x 1 1
m  lim  lim  lim  lim  0
x x x x x x  f  x  x f  x  
Letras
6 6
1 1 9 9 26 25 24 23 22 x 1
x
 
b  lim g  x   mx  lim g  x   lim
x x f x

3
9  9  26  25  24  23  22  9  A5 2 26

Os dois números 6 podem ocupar as quatros posições de 4


C2 1
Logo a recta de equação y   é assimptota horizontal do
3
maneiras distintas. Logo o número de casos favoráveis é dado por
gráfico de g quando x   .
C2  92  26 A 5 4
4
C2  9  A 5 e a probabilidade pedida é
2 26
 0,03 .
104  265
5. Utilizando o editor de funções da calculadora vamos definir a
3cos x  3e  x
4. função y1  na janela 4,11  1,1 . Obtemos:
x

i) Como a função f se anula para x  1 então o domínio da função


y
x 1 1
g é IR \ 1 . Assim lim g  x   lim    . 1
x1
  f 1 0
x1 f x

4 9,3 11
O 6,1 x
Logo a recta de equação x  1 é assimptota vertical do gráfico de f
g. Como g é contínua em IR \ 1 , visto ser quociente de funções
1
contínuas no seu domínio, então o gráfico de g não tem mais
assimptotas verticais.
Temos que f   x   0 no intervalo onde a função f é decrescente.
ii) Como a recta de equação de equação y  2x  1 é assimptota Assim concluímos que a  6,1 e b  9,3 .
do gráfico de f, quando x   , então:
6.
 
lim f  x    2x  1  0 e lim f  x   2x  1
x x
 
6.1
f  x
lim  2 e lim f  x   lim  2x  1  
x x x x i) Sabemos que o declive da recta r é dado pela derivada da função
g no ponto de abcissa 1 . Assim:
Assim:
mr  g  1  2   1  5ln  1 2   2  5ln1  2  5  0  2
2
x
g x  f x x 1 1
m  lim  lim  lim  lim  0
x x x x x x  f  x  x f  x   Logo a equação reduzida da recta r é da forma y  2x  b . Como
g  1  3 quer isto dizer que o ponto de coordenadas  1,3
x 1
x
 x

b  lim g  x   mx  lim g  x   lim 
  2
x f x pertence ao gráfico de g e também à recta r. Substituindo o ponto
de coordenadas  1,3  na equação y  2x  b tem-se:
1
Logo a recta de equação y  é assimptota horizontal do gráfico
2 3  2   1  b  3  2  b  b  5
de g quando x   .
Portanto a equação reduzida da recta r é dada por y  2x  5 .
iii) Como a recta de equação de equação y  3x é assimptota do
gráfico de f, quando x   então: ii) O ponto P é da forma  x,0  e pertence à recta r, substituindo na
5
f  x equação de r, y por zero, obtém-se: 0  2x  5  x   . Logo
x

lim f  x   3x  0 e lim  x x
 3 2
 5 
P   ,0  . Como a ordenada na origem da recta r é 5, então o
lim f  x   lim  3x     2 
x x

ponto Q tem coordenadas  0,5  .

José Carlos da Silva Pereira Matemática A – 12.º Ano  E.N.E.S. – Prova Modelo n.º 1  5
Vamos representar o triângulo OPQ num referencial o.n. xOy:
1
x 2 
2
y

r
4x2  8x  5 n.d.  0 
Q
x2 n.d.   

g  x  n.d.  0 

P g x  n.d.  P.I. 
O x

Concluímos então que o gráfico de g tem concavidade voltada para


5 25  1
5 baixo em   2,  e tem concavidade voltada para cima em
OP  OQ 2 25  2 
Assim AOPQ    2  .
2 2 2 4 1
1 
 2 ,   . O gráfico de g tem P.I. para x  2 .
 
6.2 Vamos começar por determinar a expressão analítica de g e
os seus zeros. 7.

 1 4x 2  8x  5
 
i) g  x   2x 2  5ln  x  2   4x  5 
x2

x2
7.1 Se a massa inicial deste elemento radioactivo se reduz 80% ao
fim de um século (cem anos), quer isto dizer que passados cem
anos a massa inicial tinha-se reduzido a 20%. Assim vem:
4x 2  8x  5
ii) g  x   0  0
x8 M 100   0,2  M  0   a  e 100b  0,2  a  e 0  e 100b  0,2

 4x 2  8x  5  0  x  2  0  ln  0,2 
 100b  ln  0,2   b   0,016
100
 5 1
x    x    x  2
 2 2
M  t  10  a e 
0,016 t 10 

7.2   e 0,016t 0,01610 0,016t  e 0,16  0,85 .


Mt  a  e 0,016t
Fazendo um quadro de sinal vem:

A massa deste elemento radioactivo diminui 15% a cada dez anos,


ou seja, a cada década.

José Carlos da Silva Pereira Matemática A – 12.º Ano  E.N.E.S. – Prova Modelo n.º 1  6

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